Sete mil anos atrás, uma grande guerra devastou Keevard e destruiu o trono do Primeiro Rei, o poderoso Darius. Seus três filhos mais velhos, Hazor, Tigur e Vizeu foram os grandes responsáveis por sua queda.
Já seu filho mais novo, Griffin, lutou até...
Voltamos para a escuridão tão rápido quanto havíamos saído dela.
Lynn mantinha seus braços em minha volta, enquanto eu tentava com todas as forças parar de tremer.
Minha mãe, que achei que tinha morrido me dando a luz, que só a amei através das pinturas que a retratavam espalhadas pelo castelo, havia sido assassinada, apenas por ter trazido uma menina ao mundo.
Pensei que não poderia odiar mais meu pai, mas sempre havia um bom motivo para esse sentimento ser elevado.
Passei a mão em meu rosto, secando as lágrimas enquanto me levantava do chão com Lynn ainda me sustentando.
- Estou bem - disse a ela, num tom gentil e agradecido - obrigado.
Notei, um pouco assustado, que a escuridão agora era completa. Nossa tocha havia sumido, e a criatura poderia estar em qualquer lugar. Com a ausência na luz, ela poderia nos atacar a qualquer momento.
Uma risada maléfica ocupou todo o lugar onde estávamos, ecoando pelo vazio das sombras.
- Está na hora de brincar - disse a criatura, parecendo ainda sorrir.
Enquanto ela se movia, fazia alguns barulhos no ar, tentando mexer com nosso psicológico para ficarmos com medo e esquecermos de lutar. Eu tinha noção que não tinha chance contra um monstro que se dissipava, mas foi questão de instinto sacar a espada de meu cinto.
- Fique perto de mim - sussurrou Lynn, próxima ao meu ouvido - consigo vê-lo.
- Como? - Era impossível. Não dava para distinguir absolutamente nada.
Tão rápido que quase não consegui processar, Lynn criou uma barreira no ar tão poderosa, que a criatura que estava vindo em minha direção, colidiu contra a parede, causando um ponto de luz muito forte no momento em que se chocou.
Eidolom gritou como se tivesse se queimado, e logo em seguida ficou em silêncio novamente.
Lynn podia machucá-lo.
Ficamos aguardando o próximo ataque, mas ele não veio. A cada minuto que passava eu conseguia sentir o meu corpo mais pesado, minhas pálpebras mais tensas. Era como se o mal estivesse cada vez mais perto.
A sensação era da própria morte.
- Está na hora de brincar - disse Lynn, imitando o monstro enquanto estalava os dedos, criando chamas ao nosso redor.
