11 - Nosso Acordo

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Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: Nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra

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Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: Nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra.

- Mário Lago

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Lynn

- Isso é muito assustador! - Lou estava sentada em minha cama fitando-me atônita.

Eu havia copiado o rosto de Louíse e transformei suas feições nas minhas. Comecei a praticar metamorfose todos os dias desde que aprendi onde procurar e como moldar

Eu não havia me transformado nela, pois era impossível para um portador fazer isso por completo, mas eu conseguia mudar partes de mim, como meu rosto ou alguma parte do meu corpo. E eu colocara a face de Lou na minha, com exceção dos cabelos negros.

- Lynn, você está ficando muito boa nisso - disse ela, levantando-se e me olhando mais de perto - eu não sabia que meu nariz era tão redondinho assim - ela colou a mão sob seu nariz e encaminhou-se para o espelho. Ri pelo gesto e desfiz a transformação.

- Está mais simples agora, é como brincar com argila.

- Então Kian é um bom instrutor? - Lou falou enquanto saia do quarto, ela fez sinal para que eu a seguisse até a cozinha, meu pai estava fazendo o almoço para nós.

- Kian é um idiota, ele me largou sozinha.

Quando entrei na pequena cozinha, a primeira coisa que vi foram aqueles olhos dourados voltados para mim em tom de divertimento. Ele estava de costas para a bancada da pia com uma maçã mordida nas mãos.

- Larguei, Lynn? - Perguntou Kian, me desafiando. Ele deixou a maçã sob a mesa e veio em minha direção - Olha só quem conseguiu consertar as pernas com as minhas instruções. - Kian enfatizou a última frase de propósito.

Vê-lo trouxe toda a sensação de fúria que eu havia guardado nos últimos dois meses. Então fiz o que havia prometido a mim mesma. Concentrei toda a força que consegui em minha perna e pisei com gosto em seu pé direito.

Ouvi-lo xingar de dor foi uma das coisas mais prazerosas que ouvi em dias.

- Ficou maluca? - Perguntou Kian, seus olhos ardiam em fúria

- Você quer discutir quem realmente está louco?

Kian abriu a boca para responder mas olhou em volta e percebeu que Lou e meu pai nos olhavam como se estivéssemos perdido a compostura.

- Precisamos conversar - Kian passou por mim às pressas, seu maxilar estava tenso de raiva.

Segui-o para fora da cabana enquanto ele mancava, ver aquilo realmente havia melhorado meu humor.

Depois das Chamas - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora