Capítulo 34

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Angeline narrando:

- Você tem certeza que quer ir? - Minha mãe perguntou sentada na cama enquanto eu terminava de arrumar meu cabelo. - Ele não está te obrigando, querida.

- Achei que estivesse tudo bem pra senhora. - Falei a olhando momentaneamente.

- E está, mas... bem, você não pode me culpar por me preocupar em te deixar sair sozinha com ele.

- Mãe, eu não vou se você acha que não devo ir.

Ela inclinou a cabeça.

- Você quer mesmo?

- Bem... - Encolhi os ombros. - Eu estou curiosa.

Ela sorriu, mas seu sorriso não chegou aos olhos.

- Então vá. Deus estará com você.

Assenti e peguei minha bolsa sobre o sofá e meu celular que marcavam 05:57, então minha mãe me acompanhou até a porta.

Aparentemente estávamos sincronizados, porque no momento que saímos do casebre, Thomas estava descendo os poucos degraus de sua casa em direção ao porsche prateado estacionado na frente do jardim, ao qual Henry mantinha a porta aberta.

Ele vestia uma jaqueta de couro marrom por cima de uma camiseta preta e uma calça jeans - o que não lembrava nada seus ternos caros. Eu, por minha vez, escolhi um dos únicos vestidos que havia trazido: lilás, florido e rodado. Soltei um suspiro ao notar que fiz a escolha certa, embora de qualquer forma não tivesse muitas opções.

Depois de falar alguma coisa com seu guarda-costas, ele olhou para mim e sustentou meu olhar por um ou dois segundos antes de se inclinar e entrar no carro. Henry gesticulou com a cabeça uma despedida e bateu a porta.

Me virei para minha mãe quando Thomas deu partida, dando a volta no jardim para chegar até a gente.

- Qualquer coisa me ligue, está bem? - Ela pediu.

Assenti antes de abraçá-la.

- Sua bênção, mãe.

- Deus te abençoe, querida. Que Ele te acompanhe.

- Amém. - Dei um beijo em sua bochecha e sorri ao me afastar, então me virei e cobri os poucos passos até o carro que acabara de se estacionar às minhas costas.

Assim que entrei e fechei a porta, minha mãe se inclinou para olhar pela minha janela.

- Sr. Strorck, por favor... cuide bem dela.

Thomas a olhou por um momento, mas acabou assentindo com a cabeça.

Minha mãe me olhou uma última vez, me lançou um sorriso e se afastou. Então, sem dizer uma palavra, Thomas deu partida no carro.

***

Os primeiros sete ou oito minutos de viagem foram regidos pelo silêncio, com Thomas focado na estrada e eu olhando as árvores que lentamente começavam a ser substituídas pelas luxuosas casas do bairro. Eu estava tão absorta em tantos pensamentos diferentes - como por exemplo: era a primeira vez que eu entrava em um de seus carros -, que mal prestei atenção ao que ele disse, embora estivesse certa de que era algo como: Por que vocês terminaram?

- O que? - Perguntei me virando para olhá-lo, mas sua atenção se manteve voltada para frente, ambas as mãos no volante.

- Achei que seu plano fosse criar um futuro com Tyler.

Ah...

Desviei os olhos e levei um momento para responder.

- Bem... não é mais.

Um plano para nós (PAUSADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora