Capítulo 17

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Recadinho básico da Mih: Se vocês estão com raiva de mim pela uma hora de atraso, se preparem para triplicar essa raiva até o final do capítulo.

Tudo bem, eu ainda amarei vocês

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Angeline narrando:

Tyler sorriu quando me viu me aproximando da entrada da casa com George ao meu lado.

- Divirta-se, menina. - O mordomo disse ao gesticular com a mão, fazendo o portão ranger aberto.

Eu havia pedido ao meu namorado que viesse me ver porque precisávamos conversar pessoalmente, olhando um nos olhos do outro, mas não imaginava o quanto seria fácil convencer Thomas a permitir isso - especialmente depois do nosso desastroso encontro do dia anterior. No entanto, quando meu patrão consentiu sem questionar nada, o choque que eu senti foi maior que a insegurança. Ele nem sequer fez questão de saber quem era, e pelo resto do dia eu imaginei que talvez não tivesse sido uma ideia tão ruim ter molhado seus pés e demonstrado minha frustração ao tê-lo tão interessado em minha vida pessoal.

Eu sabia qual seria a consequência dessa sua aproximação excessiva, e mesmo sabendo que talvez eu estivesse errada quanto a isso, não estava com a mínima vontade de arriscar.

- Obrigada, George. - Me despedi do mordomo com um sorriso e ele me retribuiu com outro antes de fazer seu caminho para a casa.

- Oi, amor. - Tyler disse com um sorriso animado se aproximando de mim depois que entrou, enquanto o portão se fechava vagarosamente.

Ele tinha um pacote de presente exageradamente grande em uma das mãos e uma cesta de piquenique em outra, mas escondia ambas as coisas atrás das costas sustentando a ilusão de que eu não conseguiria ver.

- Oi. - Falei antes de ele se aproximar e depositar um beijo rápido em meus lábios. - O que tem aí?

Ele pensou por um momento e sorriu, me estendendo o presente primeiro.

- É pra você.

Franzi a testa e peguei o pacote, hesitante.

Tyler raramente me dava presentes - e quando digo raramente, me refiro a somente e exclusivamente os dias do meu aniversário, às vezes -, porém no primeiro dia que veio me visitar, ele trouxe uma barra de chocolate. Agora isso.

O que há de errado com os homens do planeta?

- O que é isso? - Eu quis saber, embora já tivesse uma ideia do que se tratava.

- Abra. - Ele pediu.

Desfiz o laço e abri o pacote, tirando um coração vermelho de pelúcia de pelo menos oitenta centímetros de dentro.

Eu te amo, era o que as letras brancas gravadas em sua superfície diziam.

- Pode colocar na sua cama. - Tyler sugeriu com um sorriso tímido. - Assim você vai pensar em mim sempre que for dormir, como eu penso em você.

Os cantos das minha boca se ergueram, mas nem de longe aquilo poderia ser considerado um sorriso. Ele não sabia que eu dormia no sofá.

- E a cesta?

Ele a tirou de trás das costas e notei um curativo cobrindo os dedos de sua mão direita.

- O que acha de um piquenique?

Dessa vez eu sorri. Eu gosto de piquenique.

- Parece um bom programa.

Ele assentiu e olhou para o coração de pelúcia em minha mão.

Um plano para nós (PAUSADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora