Capítulo 11 - Parte II

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Surpresa!!!

Gente, eu precisava fazer tudo em um capítulo só, mas ficaria grande demais... então o dividi em dois. Espero que não se importem.

Esse capítulo  (o final dele, pra ser mais exata) é muito importante pra mim. Vez ou outra eu passo por isso, e momentos como esse (que vcs lerão daqui a pouco) é o que me fortalece. Por favor, não critiquem, pelo menos não os últimos parágrafos. A importância que esse capítulo teve pra mim foi o que me motivou a postá-lo tão de repente.

Isso é tudo. Boa leitura. ❤

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Angeline narrando:

Eu já estava acordada quando minha mãe se levantou pela manhã. Ela me olhou e franziu a testa.

- O que houve? Você nunca acorda antes de mim...

Tentei sorrir, me sentando no sofá.

Nós tínhamos cerca de uma hora até começar o expediente, isso devia ser o suficiente para termos uma conversa civilizada.

- Mãe, eu... tem uma coisa que... eu...

Deus, como posso falar isso com ela?

Passei boa parte da madrugada treinando mentalmente como seria essa conversa, mas agora, tudo o que existia em minha mente era um completo vazio.

Minha mãe suspirou, então se aproximou de mim e se sentou no sofá ao meu lado.

- Eu não sei se quero ouvir o que você precisa dizer.

E foi aí que eu soube que ela já sabia.

Engoli em seco, segurando sua mão.

- Eu não tenho muitas outras opções, mãe. Ele não me dá outras opções.

Ela apenas assentiu, sem uma palavra.

- Eu não vou voltar pra casa do papai. - Falei tentando chamar sua atenção. - Vou ficar com a Diana até entrar na faculdade, e depois... bem, daqui a alguns anos eu vou te tirar daqui também. Mas se eu não sair daqui... nenhuma de nós duas teremos um bom futuro.

Ela me olhou tristemente.

- Achei que você acreditava que Deus tinha um propósito pra tudo isso.

Respirei fundo. Sim, isso havia passado pela minha cabeça também. Mas por mais que eu tentasse, não conseguia enxergar que propósito era esse. Quanto mais eu pensava nisso, mais convencida eu ficava de que era apenas uma tola passando por algo que não me levaria a lugar algum.

- Eu não consigo mais imaginar que Ele tenha. Acho que tudo está cooperando pra que eu vá. Veja, nem à igreja Thomas me deixa ir mais... por que Deus iria querer isso pra mim?

Minha mãe desviou os olhos novamente, soltando um longo suspiro.

- Eu não vou te prender aqui, filha. Eu entendo. Se você quiser ir... - Engoliu. - Que Deus guie sempre você pelo caminho certo.

- Eu vou voltar. - Falei. - Eu sempre estarei aqui pra te visitar, mesmo se não me deixarem passar pelo portão.

Ela sorriu, mas seu sorriso não atingiu os olhos.

- Quando você está pensando em ir?

- Não agora, eu ainda tenho que falar com George pra encontrar outra cozinheira. Com certeza devem existir dezenas esperando uma oportunidade para trabalhar para o homem mais rico da cidade.

Um plano para nós (PAUSADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora