2ª parte - Capítulo XXI

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Olá,  olá! Mais um... Espero que gostem! Não sejas um leitor fantasma, porque há novidades para quem se dá a conhecer e além disso podemos trocar opiniões. 

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- Hum... Pensando bem não é nada má ideia. Um castelo pode-se tornar numa fortaleza com alguns ajustes de magia, se for preciso. E a nossa menina pode começar a preparar-se para a vida que a espera em Olisipo  - concordou Fabiola, pensativa. 

- Foi exactamente o que eu pensei!  Até já mandei reforçar a guarda do castelo por ordem de Vossa Graça, o Príncipe Filipe - exclamou a minha madrinha com alegria.

- E o que me dizem do casamento? - insisti eu, porque era o que mais me importava naquele momento. Casada ou não, ela iria para o castelo do conde Monforte para se proteger da Bruxa.

Dulce pigarreou como quisesse limpar a garganta, antes de falar:

- Fabiola e Lucy, se o rei Dinis descobrir vai mandar-nos cortar as asas. Sabem disso, não sabem?

Elas abanaram afirmativamente a cabeça, escondendo o medo que sentiam só de imaginar tal cenário e batiam freneticamente as asas como se fosse a última vez que o pudessem fazer.

- Mas o casamento será secreto - frisei eu, calmamente. - Ninguém pode saber! 

- Excepto o padre - atalhou Dulce, com um sorriso maroto. - Mas a nossa menina merece ser feliz e o Príncipe Filipe também. A Rosa não está habituada a viver como uma princesa e poderá ter um casamento simples como o dos seus sonhos. O luxo para ela é ter um lindo vestido de noiva, suponho! - franziu a testa pensativa e apareceu duas linhas de expressão na testa. - Que Deus me ajude se o Dinis descobre que não foi ao casamento da filha - murmurou baixinho como se fosse uma reza.

Fabiola e Lucy benzeram-se fazendo o sinal da cruz para terem a certeza de que Deus também as protegia da ira do rei Dinis  no caso de o nosso segredo ser descoberto.

- É impossível o rei Dinis descobrir. É um segredo só nosso! - assegurei-lhe eu, com um sorriso confiante de orelha a orelha.

- Sim, será um segredo só nosso! O casamento real será para todos os efeitos o vosso primeiro casamento para os reis e o povo, senão o Dinis transformar-me-á numa bruxa. É a sua única filha, e casei-a sem o seu consentimento e a sua presença. Ele é tão impulsivo em relação à filha!  - expôs Dulce, a fada que criou o rei de Olisipo e o conhecia melhor que ninguém.

- Eu não quero ser uma bruxa - resmungou Fabiola, medrosamente. 

- O Príncipe tem razão. É praticamente impossível descobrir a realização deste casamento. E quanto ao padre também podemos fazer-lhe um feitiço de esquecimento - sugeriu Dulce.

- O padre será o meu capelão. Não quero que o homem que serve Deus e que nos casa e abençoa não se lembre de o ter feito. Quero que ele possa gritar aos sete ventos que nos casou, se algum dia for preciso. O meu capelão é de confiança!

- Sim, o nosso padre é um santo - garantiu a minha madrinha. - Eu tratarei de que se lhe trave a língua para falar do teu casamento, Filipe.

As fadas riram-se com satisfação, mas eu não percebi ao certo o que lhe iam fazer. Deveria ser algum feitiço ou poção mágica para que ele não pudesse falar do nosso casamento. Pobre, Bonifácio! Será que ficaria gago? Pela maneira que elas se riam a magia era boa! Não queria nem podia ter pena dele, porque seria algo para o meu bem e o de Aurora.

- Então, podem começar a tratar dos preparativos do casamento, minhas adoradas fadas e madrinha! - exclamei eu, com uma alegria que parecia que não me cabia no peito. - Conto convosco para que seja um casamento digno...hã... não pode nem deve ser de princesa. Mas um casamento como a Rosa sonhe.

- Nem precisava pedir, meu Príncipe - atalhou Lucy.

- Ah! E não se esqueçam de lhe fazer um bom vestido, o vestido do seus sonhos. Não a quero com tecidos de fraca qualidade ou... - fiz uma careta - remendados.

As fadas riram-se como se eu tivesse contado uma anedota. 

- Príncipe, a Rosa tem muito vestidos para escolher. Já se esqueceu que somos as costureiras oficiais da rainha de Olisipo - replicou Lucy, com ar divertido. 

Eu assenti com um sorriso.

- Contudo,  não pode escolher os vestidos que costuramos para a sua mãe, a rainha - advertiu Dulce. - Enquanto, não souber da verdade jamaias deve usar arminho nos vestidos. O arminho é só para a realeza. - Deu um longo suspiro. - É tão difícil esconder a sua beleza! Temos que a proteger!

- Esse é a minha missão principal: protege-la da Bruxa e livra-la da maldição. Mas também não é necessário vesti-la com aqueles vestidos remendados. Isso é um exagero! Odeio vê-la vestida assim. É mais pobre que uma camponesa! E quando se casar comigo dará nas vistas se não se vestir com dignidade. O arminho, sem dúvida, só usará quando souber que é a Princesa Aurora. Ai sim, usará o arminho que lhe pertence por direito. Agora só falta ela me dar o sim - desabafei eu, com esperança e uma ligeira tristeza a desapontar-me na voz.

- Ò meu Príncipe não se preocupe com isso que iremos ajuda-lo! - exclamou Fabiola, radiante de felicidade e agitando a varinha como se fosse lançar um feitiço. 

- Eu não quero que a obriguem ou influenciem a dar-me o sim. Simplesmente, quero que a ajudem a organizar as ideias... hã... tem que ensinarem-lhe, sim ensinar-lhe que o nosso amor é mais importante que as nossas diferenças sociais. Diferenças sociais que na realidade nem existem - desabafei com um longo suspiro. 

- Ela não pode desaprender o que lhe ensinamos durante uma vida. Há diferenças sociais e devem-se respeitar - murmurou Lucy, baixinho.

Fiz de conta que nem ouvi, porque aquele assunto enervava-me. Como é que era possível!? Eu nunca iria ensinar isso aos nossos filhos e a Aurora ao meu lado irá perceber o quanto equivocada esteve neste assunto devido à antiga educação que recebeu.

- E o anel, madrinha? - lembrei-me eu, de repente. - Não te esqueças! Ah, e nada de muito extravagante. 

Ela só se ria. Deveria parecer um rapaz idiota de amor. Que figuras as minhas!

- Agora vamos ao verdadeiro motivo desta reunião! Que novidades me trazem hoje? - perguntei eu, olhando para as fadas que pareciam bibelôs no parapeito da lareira.

- Ah, meu Príncipe, as melhores notícias! - exclamou Fabiola, aplaudindo como se fosse uma peça de teatro. - A sobrinha do rei Dinis, filha do seu irmão Henrique, a princesa Maria fugiu...

Continua... (Alguém consegue adivinhar este segredo? esta última informação é o motivo de boa disposição das fadas!! Por que será?)

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Bem, cá está mais um capítulo e espero que tenham gostado. Esforço-me para que mantenha a mesma qualidade que antes. 

O que me têm a dizer deste capítulo? É muito importante as vossas opiniões, como já sabem.

Tenho uma novidade para vocês:

AS FADAS DE OLISIPO OFERECEM VESTIDOS PARA IR AO CASAMENTO SECRETO DE QUEM NÓS SABEMOS, SE HOUVER CASAMENTO CLARO. ENTÃO, RESERVE JÁ O SEU LUGAR.  A CLARA-NOAMI JÁ RESERVOU NA PRIMEIRA FILA, É PARA VEREM COMO SOU ATENTA AOS MEUS LEITORES. JÁ ESTÁ GUARDADO CLARA. QUEM É QUE PRECISA DA  FADA MADRINHA DA CINDERELA!? =p

QUERES APARECER NO CASEMENTO, ENTÃO DEIXA AQUI O TEU NOME E AS FADAS TRATAM DE TUDO, INCLUÍNDO VESTUÁRIO.

* Devem pensar que eu estou maluca, não? É uma surpresa PARA VÓS!

BEIJIHOS ENORMES









O AMOR NÃO DORMEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora