Olá, olá! 😄 Bem- vindos a Aragão! Não digo mais nada, porque devem estar ansiosos para saber o que se vai passar neste reino. Boa leitura!
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Quando entramos em Aragão fiquei com o nariz colado ao vidro da janela. O meu reino, o meu povo! Os campos estavam verdejantes e nas ruas principais circulavam pessoas num ritmo frenético ocupadas com os seus afazeres. Emocionei-me. As lágrimas ameaçavam os meus olhos. Desde que fiquei velho tornei-me um lamechas!
Atravessávamos o meu reino a galope, sempre com o mesmo ritmo. E quando me apercebi que faltava pouco para avistar o meu castelo, sem saber porquê o meu coração começou a bater mais depressa. Seria medo, receio, emoção?
- Bem-vindo a casa, Filipe! – exclamou a minha madrinha.
No horizonte, erguia-se um grande castelo com torres e torreões. Parecia mágico, porque durante o dia estava sempre reflectido nas límpidas águas do rio. O que nos separava era a ponte levadiça, naquele momento. Oh, foi ali que eu nasci, cresci e vivi os anos mais felizes da minha vida!
- Acho que estás a precisar, Filipe.
Olhei por cima do ombro e vi a minha madrinha a segurar um lenço que era três vezes maior do que ela.
- Eu não estou a chorar.
- Tens a certeza?
Levei os dedos ao rosto e percebi que estava banhado de lágrimas. Agora chorava sem me aperceber.
- Obrigado, madrinha – peguei no lenço e enxuguei o rosto.
Senti o coche abrandar o ritmo e depois parou.
- Preparado, meu querido? – perguntou ela, ao fim de algum tempo.
- Acho que também é impossível preparar-me para dar um desgosto aos meus pais.
- Se por acaso isto correr muito mal, posso lançar um feitiço de esquecimento aos teus pais – sugeriu ela.
- Isso é traição!
Havia uma lei que continha uma lista de feitiços e poções que as fadas estavam proibidas de lançar aos seus soberanos. Era considerada traição a desobediência desta lei e a consequência era o exílio, ou seja, transformar-se-iam em bruxas.
- Não há como os teus pais descobrirem. E eu por ti faço o que for preciso. Aliás, também é para o bem deles.
- És a fada madrinha que qualquer príncipe desejaria ter! Obrigado por tudo!
- Oh, não digas essas coisas, se não pões-me a chorar.
Dito isto, enfeitiçou a porta para que se abrisse. Ela saiu voando, transformou-se em adulta e ofereceu-me a sua mão que exibia uma pele impecável. Apoiado na bengala e na mão dela, desci. Os meus olhos estavam fixados no castelo e depois do choro inconscientemente sorri.
- Vamos – disse ela com confiança e ofereceu-me o braço.
Dei uma última olhadela ao castelo, mais concretamente na torre onde se situava os meus aposentos. Suspirei. Que boas recordações! Que saudades da minha cama e dos meus pertences.
Aceitei o braço da minha madrinha e caminhamos para a entrada, em silêncio. Repensava pela milésima vez no que estava prestes acontecer. Tinha que pensar positivo, pois voltaria a estar nos braços dos meus pais, das pessoas que mais me amam no mundo.
- Estou nervosa – confessou a minha madrinha, baixinho.
- Eu também. Mas eu sou corajoso!
- Nunca duvides que o és, Filipe! Eu dei-te o dom da valentia, no dia do teu baptizado.
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O AMOR NÃO DORME
ChickLitUma nova versão do conto de fadas da Bela Adormecida! E se a maldição acontecesse? Ele perdeu a liberdade para não salvar a sua amada e envelheceu. Ela dormiu um sono profundo ao longo de 80 anos e preservou a juventude. E agora? Haverá alguma poss...