4º parte do Capítulo XVI

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Olá, olá!!! 😉😉😉

Mais um capítulo! Quem quiser pode ler com música. Boa leitura!

Dedicado a:
rozelysouto

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- Não sei se isto está certo – disse ela, baixinho, ao fim do beijo

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- Não sei se isto está certo – disse ela, baixinho, ao fim do beijo. A alegria foi roubada ao seu rosto pela dúvida e a incerteza.

Num outro passado, teria ficado assustado com aquela declaração. Mas agora era tudo diferente, porque eu a conhecia melhor do que ela imaginava. Sabia das suas dúvidas em relação ao nosso amor. Fingi-me de surpreendido e perguntei, meigamente:

- Porquê?

- Não é correcto encontrar-me contigo sem o conhecimento das minhas tias. Não é correcto uma moça solteira encontrar-se às escondidas com um homem.

- Eu tenho as melhores das intenções, Rosa, acredita!

Relembrei-me desta conversa em outros tempos. Pedi-lhe que me desse tempo para falar com o meu pai sobre o nosso amor, pedi-lhe que acreditasse nos meus verdadeiros sentimentos. O rumo desta conversa iria ser diferente, porque ao saber da verdade de que estamos comprometidos desde o seu nascimento não precisava de pedir ou rogar ao meu pai pelo nosso amor. O nosso amor era um sonho para as nossas famílias e estamos mais do que abençoados. Ela era minha a minha noiva prometida, o meu amor!

- Eu quero conhecer as tuas tias e pedir-lhes autorização para te visitar – acrescentei eu.

Ela arregalou os olhos de espanto e exclamou:

- Não!

A sua atitude surpreendeu-me. Esperava que ela ficasse contente.

- Não queres que eu conheça as tuas tias?

- Não... hã... Não me parece boa ideia.

- Porquê?

- Oh, Filipe... Olha, para nós! – ela afastou-se de mim. Perdi o seu contacto e o calor do seu corpo. Senti-me estranhamente desconfortável com o seu afastamento.

Lá vinha a conversa das nossas diferenças sociais. Oh meu amor, se soubesses a verdade... A nossa verdadeira ameaça era a terrível maldição que carregavas e a maldade da Bruxa. Antigamente, esta conversa causava-me pânico, porque temia perdê-la. Mas agora sentia-me calmo e nada me roubaria a felicidade que sentia por voltar a tê-la comigo. Pousei as mãos em cada lado da sua cintura, puxei-a para mim e declarei, sorridente:

- Estou a olhar.

Rosa estava séria e cabisbaixa. Mesmo assim era adorável.

- Eu estou a falar a sério, Filipe – atalhou ela, com queixume.

- Eu vejo apenas dois jovens apaixonados. Não vejo nada mais do que o amor, Rosa.

- Nós somos diferentes, muito diferentes! Tu és rico. O teu vestuário não engana, porque vestes os melhores tecidos e calças botas de bom cabedal. És da nobreza?

- Sim – menti. – Mas isso não tem importância, juro-te.

- Tu não te importas que eu seja pobre?

- Se me importasse, não estaria aqui. Eu não me importo que sejas pobre, porque não procuro alargar a minha fortuna através de um casamento, não procuro uma esposa rica.

Via ficar pensativa e calada.

- Deus, o que é que as tuas tias te andaram a ensinar? Só te falaram na importância dos casamentos por interesse? E o amor? O que é que elas te disseram sobre o amor? – perguntei eu, sem conseguir esconder uma certa irritação.

Naquele momento, senti uma enorme vontade de pedir satisfações às fadas de Olisipo. Sabia perfeitamente que a educaram de acordo com os princípios da educação de uma princesa. E os casamentos das princesas, na maioria, são arranjados, porque elas nascem para os príncipes. Então, e o amor? Não era o beijo do verdadeiro amor que a poderia salvar da maldição?

- Disseram-me que um dia, um jovem me poderia despertar um dos mais belos sentimentos: o amor. Mas deveria ser cautelosa, porque o amor às vezes faz-nos perder a razão.

- Parece que esse jovem sou eu! – exclamei eu, com orgulho. Ri, não consegui evita-lo.

Via ganhar um rubor mais intenso na faces e um sorriso voltou a nascer nos seus maravilhosos lábios.

- Também me pediram que lhes contasse, se tal acontecesse. Quebrei a minha palavra.

Falou como sentisse culpa. Oh, não...

- Só nos conhecemos há cinco dias, Rosa. Vais muito a tempo de lhes contar.

Ela assentiu. Estava demasiado calada e isso não era bom. Como não sabia o que ela pensava, não podia demovê-la dos seus medos. Soltei a sua cintura e afastei-me. Queria que ela se sentisse livre.

- Eu já percebi que não te sentes confortável em relação à nossa diferença social. Então, vamos conversar sobre isso. Vamos ser sinceros e pensar com a razão! – disse eu, sério.

Consegui captar novamente a sua atenção e o seu olhar voltou a cruzar-se com o meu.

- Queres afastar-te de mim, porque eu sou rico? Nunca mais me queres ver, Rosa?

- Não! Não é isso...

- Então, desejas continuar a ver-me? Queres estar comigo como eu desejo estar contigo?

- Sim! – respondeu ela, com alguma timidez.

- E o que é que isto tem a ver com o dinheiro, diz-me Rosa? – estendi-lhe as mãos. Gentilmente, ela recebe-as nas suas. – Vês como o amor é simples!? Eu não consigo viver sem ti, acreditas?

- Sim...

Fiquei com a sensação de que ela me queria dizer algo mais, mas não conseguia. Eu queria que ela se sentisse bem e feliz comigo, por isso não insisti, apenas a abracei.

Continua...

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O que é que estão a achar do Filipe e da Rosa?

Se gostaram não se esqueçam de deixar uma estrelinha!!!

beijinhos

O AMOR NÃO DORMEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora