Bónus - Capítulo XV

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Boa noite! Decidi partilhar convosco o que já escrevi, porque merecem. Há uma pista muito importante aqui. Descubram-na!! 😉

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De repente, tudo o que me rodeava desmoronou-se e cai. Gritei de pânico, mas depressa descobri que voltei ao remoinho do tempo. Havia nuvens e mais nuvens à minha volta, mas em vez de estar a cair estava a subir. E passado algum tempo voltei a sentir os meus pés seguros.

- Vamos fazer um brinde...

Reconheci de imediato a voz da Bruxa. Apressei-me a caminhar para sair do nevoeiro. Encontrei-me numa sala privada do castelo de Olisipo, onde as quatro fadas estavam reunidas à volta de uma mesa.

- Lucy, Dulce, Fabiola – chamou a Bruxa, enquanto lhes entregava os cálices.

As três fadas recebem-nos com a alegria estampada nos seus grandes sorrisos.

- É tão bom ter-te de volta, Malévola! – exclamou a Lucy.

- Nunca mais voltaremos a separar-nos! – declarou Fabiola, com convicção. - Agora está tudo no seu devido lugar.

- Fabiola! – repreenderam Lucy e Dulce, em coro e arregalando os olhos em reprovação.

- Oh! Desculpa, Malévola – pediu Fabiola, cabisbaixa.

- Está tudo bem, Fabiola – garantiu a Bruxa, agitando o cálice para fazer rodar a bebida.

- Sentimos muito a tua falta – desabafou Dulce e perdeu a grandeza do seu sorriso.

- Oh! Não vamos falar de coisas tristes. Eu estou de volta! Quero brindar ao meu regresso a Olisipo e aproveitamos o momento para brindar pela nova princesa de Olisipo – disse a Malévola, erguendo o cálice, com um sorriso de orelha a orelha.

- Um brinde à Malévola! E um brinde à Princesa Aurora! – exclamaram as três fadas, cheias de alegria.

As quatro ergueram os cálices, bateram com eles e beberam. Observei a Bruxa com toda atenção. O que é que ela naquela altura sentiria pela Princesa Aurora? Ela nunca deve ter sentido amor por aquele bebé.

- Chegou a hora de irmos – apressou-se Dulce, pousando o cálice em cima da mesa. – Não fica bem as fadas madrinhas chegarem atrasadas ao baptizado.

Oh...Hoje, será o baptizado da Aurora! É hoje que aquela maldita bruxa a vai amaldiçoar. Voltei a olhar para mim e como sentia e suspeitava continuava velhíssimo. Além disto, agora também era um fantasma! Mas a ideia agradava-me, porque eu precisava saber a verdade para não voltar a acreditar em mentiras e a informação era poder. Eu não estava a viver o passado, mas a revivê-lo. No ano do baptizado da Princesa de Olisipo teria apenas dois aninhos.

- Vamos, vamos... Estou ansiosa para ver a nossa menina – disse Fabiola, enfeitiçando-se para transformar em miniatura.

- Ela é um amor, não é? – exclamou Dulce, imitando os gestos da sua amiga para se transformar em miniatura.

- É tão bonita! – declarou Lucy, com encanto, enquanto se transformou também em miniatura.

- Sim, ela é uma bebé amorosa, bonita e é alegria de Olisipo! – concordou Malévola, com um sorriso sincero nos lábios .

- Vamos, Malévola – apressou-a Dulce.

- Já vou! Vão andando, que eu estarei logo atrás de vós.

As três fadas saíram a voaram entre risos e continuam a tecer elogios à princesa. Mal elas saem, a Malévola deixou cair o sorriso, correu para uma das janelas, abriu-a e chamou:

- Arabel, Arabel!

Para meu grande espanto, no parapeito apareceu o corvo. Então, era assim que se chamava! O maldito fez-lhe uma reverência abrindo as asas e baixando a cabeça como soubesse que ela um dia viria a ser rainha.

- Por fim, chegou o dia que tanto esperei! – exclamou a Bruxa. – Não te esqueças do que combinamos.

O monte de penas abanou a cabeça em concordância. Entretanto, a Bruxa dirigiu-se a um espelho e mirou-se, por alguns instantes.

- Ai, Dinis... - suspirou. – O que é que ela tem que eu não tenho, Arabel? Não é mais bonita do que eu, é uma frágil humana... Já sei! É uma princesa! – riu, mas de tristeza. – Idiota! Vai arrepender-se para os restos do seus dias por ter-me despedaçado o coração!

O corvo voou para se aproximar dela, mas foi impedido por uma ordem dura:

- Não quero falar contigo, Arabel! E já te disse que não deves aproximar-te de espelhos sem que eu te peça para o fazeres!

De imediato, ele pousou em cima da mesa e ficou a mira-la com um olhar triste.

Que informação interessante! Porquê é que a ave rara não se pode aproximar de espelhos?, pensei.

- Agora vai, Arabel!

O obediente lacaio voltou a fazer-lhe uma reverência e saiu a voar pela janela.

- Hoje, serás livre! – disse ela para o seu reflexo no espelho.

Depois, via treinar vários sorrisos e foi no último que a reconheci. Ali estava o seu sorriso maléfico! Um arrepio desceu-me pela espinha ao imaginar o que se iria passar.

 Ali estava o seu sorriso maléfico! Um arrepio desceu-me pela espinha ao imaginar o que se iria passar

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Continua...

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Não se esqueçam da estrelinha que é muito importante para mim e para a história crescer.

Já têm teorias para o corvo ou não?

beijos enormes

O AMOR NÃO DORMEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora