4ª parte - Capítulo VIII

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Olá, Olá! 😉 Hoje, queria agradecer às pessoas que acompanham esta história. OBRIGADA! 💗 Vocês são uns leitores espetaculares, maravilhosos e adoro ler os vossos comentários.

Ansiosos? Não vós prendo mais... Boa leitura!

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Naquele momento, fiquei sem chão. Ela tinha a certeza de que me conhecia. Seria possível? Os seus olhos maravilhosos rogavam-me que a ajudasse a lembrar. Não posso, meu amor! Perdoa-me!

A sua mão aquecia a minha. Vê-las sobrepostas era como enfrentar a dura realidade de o nosso amor ser impossível. A minha pele era rude e cheia de marcas do tempo e a dela era nova, brilhante e macia. Era algo incompatível, eramos diferentes. Que tristeza a minha!

- Duque Artur.... – chamou Aurora, esperando por uma resposta.

- Aurora... - chamou Dulce que acabava de se aproximar da mesa, no estado adulto.

- Tia.

Fui salvo! Que alívio!

- Madrinha, querida – emendou-a. – Boa noite, senhor! – cumprimentou-me como se fosse um desconhecido, mas fez-me uma reverência.

- Duque Artur – esclareci, de imediato, para não lhe ocorrer chamar-me de Príncipe. – É um gosto conhecer uma das fadas de Olisipo.

- Dulce – apresentou-se, agitou a varinha e caiu uma chuva de brilhos em cima dela que desapareceram no chão.

Foi impossível não soltar uns risos devido à sua exuberante apresentação.

- Aurora , o teu pai deseja ver-te – disse a fada. – Acompanha-me.

- Até à próxima, Duque Artur – despediu-se Aurora.

- Até à próxima, Princesa.

Ela deu apenas dois passos, depois virou-se para trás e perguntou:

- Afinal, eu conheço-o?

Ela era persistente! Não lhe queria mentir. Olhei para Dulce procurando por ajuda.

- Aurora, eras uma bebé quando abandonaste o castelo. E desde então, nunca mais ninguém te viu, nem a nobreza, nem a realeza. Deves estar a fazer confusão, querida! – passou-lhe o braço por cima do ombro e puxou-a para junto de si.

- Hum... Talvez – concordou ela.

Esforcei-me para dar um sorriso sincero e disfarçadamente troquei um olhar cúmplice com Dulce para lhe agradecer. A fada devolveu-me um sorriso carinhoso e girou levando Aurora consigo.

Ufa! Já podia respirar de alívio. Aurora quando queria era teimosa!

Fiquei a vê-las, até que me foi possível. Depois, olhei para a minha mão esquerda e sorri ao lembrar-me que há pouco tempo atrás voltou a estar sob o melhor toque.

- Príncipe Filipe...

- Fabiola! – exclamei, alegremente. – Ainda bem que apareceste! Tens novidades para mim?

Ela encontrava-se no seu estado de miniatura e decidiu sentar-se à minha frente, no cimo de um monte de fruta.

- Sim, meu Príncipe.

- Capturam-no? – perguntei baixinho e cheio de esperanças.

- Ainda não.

- Esclarece-me – pedi.

- O corvo realmente encontra-se no baile.

- Eu sabia!

- Decidimos não captura-lo já, porque dará nas vistas e depois teremos que o entregar ao rei. E o Príncipe pretende ficar com ele, não é verdade?

O AMOR NÃO DORMEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora