Uma nova versão do conto de fadas da Bela Adormecida!
E se a maldição acontecesse?
Ele perdeu a liberdade para não salvar a sua amada e envelheceu.
Ela dormiu um sono profundo ao longo de 80 anos e preservou a juventude.
E agora? Haverá alguma poss...
A água agitou-se e a visão sobre um passado muito recente foi desfeita. Magicamente, a nuvem de água voltou ao seu estado gasoso e desapareceu.
- Como fui tão estúpido ao duvidar de Aurora – desabafei eu. – Como é que ela está?
- Muito triste, Príncipe – respondeu Lucy.
- Mas cheia de esperança que o Príncipe apareça no castelo para reclamar a sua mão – contou Dulce, com tristeza.
- Era o que eu mais desejava – disse eu, afundando-me nos almofadões. – Deixei-me sozinho.
- Queres que te faça um chá, Filipe? – perguntou a minha madrinha.
Ela lembrava-se. Outrora em gostava de beber chá, enquanto pensava.
- Aceito, madrinha.
A varinha dela foi agitada de leve e a magia estava prestes a oferecer-me um chá. Um tabuleiro surgiu e pairava à minha frente apresentando-me uma bela ceia. O bule fumegava e o aroma de camomila perfumou o quarto e um bonito prato estava repleto de diversos bolinhos. Que exagero!
- Se precisares de alguma coisa é só chamares, Filipe.
- Nós estaremos sempre aqui para si, Príncipe!
- Obrigado.
As quatros fadas saíram e fecharam a porta do quarto.
- E agora o que é que eu faço? – pensei, em voz alta.
Tentei sentar-me correctamente na cama para beber o chá. Seria ainda um bom conselheiro? Peguei no bule e enchi a chávena. Bebi um golo e recordei o paladar. Enquanto estive aprisionado nunca bebi chá, só leite. Senti-me reconfortado.
Os meus pensamentos voaram de novo para a minha amada. A minha bela Aurora estava infeliz e a sofrer. E eu também! A Bruxa deveria ser a pessoa mais feliz do mundo, neste momento. Maldita! A revolta nascia em mim e bebi o chá de uma só vez, porque também tinha essências calmantes. Enchi a chávena novamente.
E, agora, qual seria a solução para não perder a Aurora para o Príncipe Ricardo? Nem suportava pensar que tal poderia acontecer. Bebia chá espaçadamente e pensava, pensava, pensava... A voz do rei Dinis azucrinava-me na cabeça:
" - ... Tu precisas de fadas e de exércitos ao teu dispor, Aurora. Só os reis e os príncipes é que dispõem de fadas. (...) Mas algo te garanto, Filipe de Aragão nunca irá ficar com a Aurora depois de quebrar a sua palavra. Jamais o permitirei! "
Inesperadamente, fui iluminado por uma ideia. Uma ideia insensata que ia contra a tudo o que eu tinha decidido. Outra chávena de chá para repensar nesta ideia.
" - A Aurora é minha filha e eu entrego a mão dela a quem eu entender e enquanto, eu for rei de Olisipo não há nada, nem ninguém que possa interferir na minha decisão. "
- Por mais que me custe, tenho que fazê-lo. Sim, eu vou fazê-lo!
Amanhã seria um dia importantíssimo, seria um dia decisivo. Estava convencido que voltaria a recuperar a mão de Aurora. Meu amor... Afundei-me nos almofadões para dormir, porque precisava ter forças para o dia que estaria para nascer. Sonhei com Aurora e era eu jovem que dançava com ela no baile desta noite.
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Será que o Príncipe irá ficar bem? Como irá recuperar a mão de Aurora, se não está jovem? Estranho, não é?
Um abraço e até breve 😉
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Se alguém tiver interesse em saber a tradução da música BE OK (Ficar bem):
