3ª parte - Capítulo VI

278 49 24
                                    

Olá! Olá! Gostava só de pedir que partilhassem de vez em quando a vossa opinião do que estão a achar da história. É sempre bom ter um feedbak e ajuda-nos a nós autores a melhorar a história. Não custa nada.

Entusiasmados para saber o que vai acontecer? Então não percam tempo... Boa leitura! =)

*****************************************************************


- Sente-se bem, meu Príncipe? – perguntou-me uma voz dócil muito perto do meu ouvido.

Era a Fabiola em miniatura e pairava sobre o meu ombro direito.

- Razoavelmente bem.

- Hum... - soltou ela, sem saber o que me dizer.

- Já me posso ir embora. Já vi e ouvi o suficiente.

- Vou enfeitiçar um coche para leva-lo até à nossa casa, Príncipe.

- Agradeço, Fabiola.

- Na entrada estará um coche à sua espera. Se sair agora não dará nas vistas.

Abanei a cabeça em concordância. A fada fez-me uma carícia tão leve com a sua minúscula mão, deu-me um sorriso maternal e depois bateu as suas minúsculas asas saindo pela janela do salão.

***

Lá fora, como Fabiola me disse, aguardava-me um coche prateado puxado por quatro cavalos brancos. Aproximei-me, a porta abriu-se e três escadas desceram até ao chão. Não sentia vontade, nem tinha motivos para desenhar um sorriso nos meus lábios, mas a Fabiola tinha conseguido tal proeza por pensar no bem-estar e como eu já estava velho para subir coches. Eu tinha a certeza de que as fadas de Olisipo, apesar de não me serem nada, tinham um grande carinho por mim.

Antes de abandonar definitivamente o castelo, olhei para a torre mais alta onde provavelmente deveria estar a minha amada. O que é que ela estaria a fazer? Estaria bem? Quando é que a voltaria a ver? Que infortúnio o meu!

- O teu príncipe não foi o único desafortunado – falei para a bengala. – Mas ao menos ele tinha forças para lutar pelo amor de Aurora.

Sem olhar mais para trás, subi as escadas com ajuda da minha companheira e sentei-me no banco almofadado o que reflectiu logo um alívio nas minhas pernas e costas. Vi as escadas recolherem sozinhas, a porta fechar-se e os cavalos começaram a cavalgar.

Na minha cabeça, não conseguia deixar de ouvir repetidamente a voz do rei Dinis a anunciar que iria dar um baile para a Aurora escolher o seu noivo. A preocupação consumia o meu ser. Não conseguia suportar a ideia de que alguém fosse preencher o meu lugar de noivo, mas o pior era se ele me substituísse no coração dela. Ah, não! Em tão pouco tempo, ninguém poderia apagar o amor que ela sentia por mim. Além disso, eu estava disposto a recuperar a minha vida, se conseguisse recuperar a minha juventude... Havia esperança, se eu conseguisse voltar a ser quem era.

O ritmo de andamento da carruagem abrandou e não tardou muito, para que a porta se abrisse e as escadas descessem. Tinha chegado ao meu destino: à casa das fadas de Olisipo. Desci e não sabia se havia de ficar maravilhado ou chocado. Diante de mim estava uma árvore gigante e robusta e no tronco havia uma minúscula porta. Era-me impossível entrar! Será que elas se esqueceram que eu não tenho o dom de encolher? Aquele era o menor dos meus problemas, podia esperar por elas no coche. Mas quando menos esperava a porta deu um pulo.

- Oh! – soltei de admiração, ao ver que a portinha se tinha transformado numa grande porta e abriu-se

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

- Oh! – soltei de admiração, ao ver que a portinha se tinha transformado numa grande porta e abriu-se. – Uau! Parece que esta casa é como as donas: aumenta e diminui de tamanho! Vamos lá, companheira...

Continuava com a parvoíce de falar com a bengala. A idade tinha destas coisas! Aos dezoito anos, eu falava era com as princesas, as moças do castelo e as que encontrava pelo povo. Outros tempos...

Devagarinho, dirigi-me para a casa das fadas. A entrada tinha uma singela sala que estava decorada com uma mesa rodeada de seis cadeiras, um móvel vidrado cheio de livros, uma pequena lareira, três retratos pintados das fadas de Olisipo e uma grande janela redonda que a iluminava. Do nada, era assim que a magia acontecia por vezes, as velas que estavam nos castiçais e a lareira acenderam-se. O ambiente tornou-se logo acolhedor. Puxei uma cadeira para me sentar e aguardava impacientemente pelas fadas. Não estava com forças, nem me interessava conhecer o resto da casa. O mais importante para mim e que não deixava a minha mente sossegar era Aurora e a promessa de recuperar a minha juventude.

O dia tinha sido ENORME e ainda estava longe de acabar. Há imensos anos, que o meu dia se resumia acordar, escrever mais um número na parede, comer, dormir, pensar na Rosa, recordar o passado, chorar quando ainda tinha lágrimas... Mas tudo isto era feito naquele espaço pequeno e frio que era a masmorra. Hoje, foi a minha libertação, cavalguei até ao castelo de Olisipo, voltei a ver os meus pais, subi à torre mais alta para quebrar a maldição e descobri que a minha amada não era quem eu pensava, descobri que a Aurora fora amaldiçoada... Vivi mais num dia ainda inacabado do que naquele horríveis anos que estive prisioneiro. Entre todos estes acontecimentos, o que me importava era juntar as peças de um puzzle que parecia-me impossível para mim: Porquê é que a Aurora por algum tempo, nem sei quanto, se fez passar por Rosa?

A espera parecia uma eternidade. De certeza que já se tinha passado uma hora, desde que abandonara o castelo. Começava a ficar ansioso. Matava o tempo a reflectir no passado e no presente. Algumas perguntas que me passavam pela mente assombravam a minha alma e tentava afasta-las de imediato.

Subitamente, a janela abriu-se de par em par e entraram quatro seres minúsculos.

- Madrinha! – exclamei com o coração cheio de alegria.

- Meu menino – disse ela, transformando-se em adulta e correu para me abraçar. – Não consigo acreditar que cresceste tanto!



Continua...

*******************************************************************************

Gostaram? A vossa opinião é muito importante para mim e para a construção desta história, agradecia se a  compartilhassem comigo.

O que é que acham que vai acontecer, agora que apareceu a fada madrinha do Filipe?

beijinhooooooooooooos



O AMOR NÃO DORMEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora