Como você soube?

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- Não é possível. – disse August.
Estavam boquiabertos diante a identidade de Hórus que se divertia com a expressão estampada naqueles rostos. Hórus adoraria ler o que passava na mente de cada um ali. Kristin engoliu seco, Elsa não escondia a expressão surpresa do rosto e August estava indignado.
- O que quer de nós? – perguntou August.
- Regina, já não basta fazer tudo que fez, unir-se ao inimigo e agora isso? – perguntou Kristin.
Emma tinha uma sorriso orgulhoso para Regina e August observava a reação da loira.
- Você sabia o tempo todo? – perguntou August a Emma.
- O que acha? – perguntou Emma.
- Já acabou a surpresa? Precisamos conversar. – disse Regina.
- Não temos nada para falar com você. – disse August virando as costas, mas foi impedido por Jefferson que segurou o seu braço.
- Me solte! – disse August.
- Ninguém vai a lugar algum sem antes me ouvir. – disse Regina.
- Que palhaçada é essa de Hórus? – perguntou August.
- Sou a chefe imediata de vocês novamente, então meça as suas palavras, August. – disse Regina.
- Chefe? – perguntou Kristin.
- Sim. – disse Regina.
- O que é OESI? – perguntou Elsa.
- Operações Especiais do serviço de inteligência dos EUA. – disse Regina levantando-se.
- Serviço de inteligência? Pode explicar melhor? – pediu August.
- Antes de começar a falar, quero citar algumas regras. – disse Regina.
Regina ligou o projetor.
1 – Nunca mencionar a OESI.
2 – É um serviço secreto, extraoficial por enquanto.
3 – Não vazar informações a terceiros, ainda que sejam familiares ou amigos.
4 – Entrar discretamente no call center.
5 – Pensar estrategicamente antes de realizar qualquer ação que possa comprometer a missão.
6 – Usar coletes especiais durante as missões.
7 – Trabalhar em equipe.
8 – Tomar as melhores decisões para salvar a equipe.
9 – Não  comprometer a missão com coisas idiotas.
10 – Quem desobedecer qualquer regra será rebaixado a guarda de trânsito.
- Guarda de trânsito? – perguntou August.
- Sim. -  disse Regina.
- Você não foi exonerada? – perguntou Kristin.
- Vocês não pararam para pensar nem um segundo sequer? – perguntou Regina.
- Era armação sua. Você nunca foi exonerada de fato. – disse August.
- Parabéns, August. – disse Regina.
- E você sabia o tempo todo e não nos contou. – disse August a Emma.
- Não era pra vocês saberem. – disse Emma.
- Por que esse Teatro todo? – perguntou August.
- Já ouviu aquele ditado? Quando não se pode com seu inimigo, junte-se a ele. – disse Regina.
- Por isso você uniu-se a Gretchen. Como ela acreditou? – perguntou Kristin.
- Vocês também acreditaram. – disse Regina.
- Mas ela é esperta. – disse August.
- E vocês não? Devo repensar na  minha equipe? – perguntou Regina.
- Claro que não. Sempre tive um pé atrás nessa história de exoneração. – disse August.
- Quero saber se alguém aqui deseja sair fora? – perguntou Regina.
Ninguém respondeu nada.
- Eu não ouvi nada, me respondam. – ordenou Regina.
- Não. – responderam todos em  uníssono.
- Este é o Jefferson, faz parte de nossa equipe agora. – disse Regina.
- Bem simpático. – disse August ironizando a recepção do rapaz.
Jefferson arqueou uma sobrancelha.
- Temos mais um agente. – disse Regina.
- Quem? – perguntou Emma.
- Alguém enviado por Gold, nos vai ser muito útil. – disse Regina.
- Onde ele está? – perguntou Elsa.
- Jefferson, vá buscá-lo. – ordenou Regina.
Jefferson foi atender as ordens de Regina imediatamente.
- Por que Hórus? – perguntou Elsa.
- É o meu codinome. Significa poder e proteção, é exatamente o que estamos fazendo aqui. – disse Regina.
Jefferson voltou com o novo agente, era alto, forte, um monstro  de tão grande que era.
- Uou! É o Hulk? – perguntou Kristin.
- Bem vindo, Hércules. – disse Regina.
- Hércules? Tá de brincadeira... – disse August.
- Hércules Smith, ás suas ordens. – disse Hércules.
- A primeira missão será amanhã. O atual presidente dos Estados Unidos, Mike Pense, está por trás do que há de mais sujo na Genese’s, sequestro de moradores de rua, pesquisas ilegais, ataque terroristas, controle mental de pessoas, entre outras coisas.  – disse Regina.
Regina mostrou a foto do presidente durante a reunião.
- Ele ordenou um ataque no shopping do centro da cidade para amanhã às 17 horas. Ele pretende fazer com que as pessoas usem o seu chip e coloquem próteses da Genese’s, obtendo lucro e controle ao mesmo tempo. – disse Regina.
- Que filha da puta. – disse Elsa.
- Não ofenda a mãe dele, ele é um desgraçado mesmo. – disse Regina.
- Você quer que a gente impeça o ataque? – perguntou August.
- Exatamente. – disse Regina.
- Preciso que você, August vá e fique de olho o dia todo amanhã. – disse Regina.
- Elsa, você trabalhará aqui, nestes computadores e tentará invadir o sistema da Genese’s. – disse Regina.
- Emma, tenho uma lista de clientes da Genese’s que estão agendados para receberem as próteses com o chip, preciso que você e kristin adiem isso de alguma forma, quero que se passem por consultoras da Genese’s e inventem qualquer desculpa. – disse Regina.
- Jefferson, voltará para o lado de Gretchen como se nada tivesse acontecido, qualquer coisa me avise. – disse Regina.
- Hércules, preciso que você vigie o passo a passo do presidente, tenho uma carta na manga em relação a ele. – disse Regina.
- Eu tenho uma dúvida. – disse August.
- Pode perguntar. – disse Regina.
- Eu irei sozinho na missão amanhã? – perguntou August.
- Não. Quero apenas que vá na frente, vigie o local. Qualquer suspeito, fique de olho e o impeça de deixar uma bomba no local. – disse Regina.
- Mas como farei isso sozinho? – perguntou August.
- Confie em mim. – disse Regina.
August assentiu.
- Mais alguma dúvida? – perguntou Regina.
- Não. – disse Emma.
- Não. – disse Jefferson.
Os outros negaram também.
- Nós comunicaremos por essa escuta, nunca a percam, não a danifiquem. – disse Regina.
Todos pegaram e colocaram nos ouvidos, era pequena e quase imperceptível.
- Você sabe que sou o seu fã, não sabe? – perguntou August.
Regina deu de ombros.
- Mais uma coisa... – disse Regina.
- O quê? – perguntou Kristin.
- Killian não morreu. – disse Regina.
- Como é que é?  - perguntou Kristin.
- Não acredito que você acreditou na visão de Emma. – disse August.
- Não sou louca, idiota! – disse Emma.
- Não, não foi uma visão de Emma. Eu estive na Genese’s e eles pegaram o corpo do Killian vivo, só recebeu uma dose de toxina que reduz os batimentos cardíacos quando Emma atirou. – disse Regina.
- Fomos ao cemitério e desenterramos o caixão, só haviam pedras. – disse Emma.
- Ele perdeu pouca massa encefálica, o chip amorteceu o tiro e ele está apenas perdendo a memória temporariamente. Ele fugiu de lá e Emma não viu um fantasma. – disse Regina.
- Estou pasmo. – disse August.
- Bem feito, isso é pra largar de ser trouxa e parar de duvidar dos outros.- disse Emma.
- Estão dispensados por hora. – disse Regina.
Regina ligou para Cora.
- Alô?! – atendeu Cora.
- Senhora Mills, liguei para avisar que a cadeira da presidência é toda sua. – disse Regina.
- O que te fez mudar de  ideia, Regina? – perguntou Cora.
- Não posso falar agora.- disse Regina.
- Para de me enrolar e fala logo. – disse Cora.
- Não posso falar por Telefone, faça bom uso de seu cargo.– disse Regina desligando o telefone.
- Que abusada! – disse Cora.
- O que houve, amor? – perguntou Ingrid.
- Regina me tira do sério as vezes. – disse Cora.
- O que ela fez? – perguntou Ingrid.
- Me devolveu a presidência. – disse Cora.
- É por que ficou irritada? Não era o que queria? – perguntou Ingrid.
- Não quer me contar nada, e ainda me mandou fazer com uso do meu cargo. – disse Cora.
- Relaxa, ela deve estar envolvida em algo que não pode te contar. – disse Ingrid fazendo uma massagem nos ombros de Cora.
- Isso eu sei! – disse Cora irritada.
- Eu quis dizer que ela deve estar em alguma operação secreta, por isso não conseguimos entender o que realmente está acontecendo. – disse Ingrid.
- Tem razão. – disse Cora.
- Deixa eu te dar um beijo para relaxar. – disse Ingrid pegando no queixo de Cora.
Cora aprofundou o beijo que Ingrid havia lhe dado, mas Zelena chegou com Ruby interrompendo-as.
- Mamãe! – disse Zelena.
- Zelena? Que susto! Nem bateu na porta. – disse Cora.
- Desculpe, estava aberta. – disse Zelena.
- Oi sogrinhas! – disse Ruby dando um beijo no rosto de Cora e Ingrid.
- Ingrid! – disse Zelena cumprimentando-a.
Beijou o rosto da mãe.
- Você quase nunca vem aqui, o que deu em você? – perguntou Cora.
- Desculpe, eu estava sem tempo, mas tiramos o dia de folga para entregar os convites do nosso casamento. – disse Zelena.
- Fico feliz por vocês estarem se dando tão bem e quererem firmar algo tão sério quanto casamento. – disse Cora.
“Falou a que se casou em Vegas bêbada sem avisar a família” – pensou Zelena mas preferiu deixar para lá.
- Obrigada, mamãe! – disse Zelena.
- Parabéns as noivas. – disse Ingrid. Abraçando Zelena e Ruby.
- Essa família só tem mulheres lindas. – disse Cora.
- Tenho certeza de que a minha é a mais bela. – disse Zelena.
Ruby ruborizou.
- Cora Mills é a mais bela. – disse Ingrid abraçando Cora.
- Não vamos competir, Regina falaria que é a Emma, Emma falaria que a Regina. – disse Zelena.
- E eu digo que é você. – disse Ruby.
- Tá vendo, nunca entraríamos em um consenso. – disse Zelena.
- A verdade é que somos todas belas. – disse Cora.
- Claro que sim. – disse Ingrid.
- Vamos almoçar nós quatro juntas, o que acham?  - perguntou Ruby.
- Claro, somos uma família. – disse Ingrid.
- Não tem problema. – disse Cora.
Emma e Regina ficaram a sós na OESI.
- Pegou  eles de surpresa, heim. – disse Emma.
- Eu imaginei que seria assim. – disse Regina sorrindo.
Emma retribuiu o sorriso e entrelaçou os dedos com Regina.
- Seu sorriso é tão lindo. – disse Emma.
Regina agraciou o rosto de Emma.
- Vamos sair para dançar hoje? – perguntou Regina.
- Não seria arriscado? – perguntou Emma.
- Só se Gretchen nos ver. – disse Regina.
- E quem garante que ela não estará no lugar que formos? – perguntou Emma.
- Precisamos acabar com isso logo e podermos andar livremente por ai, sem ter que nos esconder. – disse Regina.
- Podemos dançar em casa, só nós duas. – disse Emma.
- Tendo a sua companhia eu estou feliz. – disse Regina.
Saíram da OESI e foram para casa. Queriam um momento espontâneo e natural, não planejaram nada. Regina ligou o som e tocava uma música latina, estendeu a mão para Emma acompanhá-la.
- Salsa? – perguntou Emma.
- Uhum! – disse Regina puxando Emma pela cintura.
- Que quente. – disse Emma.
- Muito! Já dançou? – perguntou Regina.
- Não, nunca! – disse Emma.
- Então vou ter que ensiná-la. – disse Regina.
- Não sabia que você dançava salsa. – disse Emma.
- Nem eu. Sempre quis fazer isso. – disse Regina.
Emma riu.
- Então como vai me ensinar se você não sabe? – perguntou Emma.
- Você me ensina e eu te ensino, aprendemos juntas. – disse Regina.
- Então vamos nos deixar levar. – disse Emma.
Colaram os corpos e deixavam o ritmo tomar conta de seus corpos. Regina deslizou a mão na coxa de Emma.
- Estou adorando essa salsa. – disse Emma com um sorriso malicioso.
Emma deslizou as mãos pelo bumbum de Regina, mas ela tirou e colocou as mãos de Emma em sua cintura.
- Está pulando as etapas, senhorita Swan. – disse Regina.
- Senhora Swan Mills. – disse Emma.
- Eu já disse que vou chamá-la de senhorita Swan, principalmente quando fizer alguma travessura. – disse Regina.
- Você pode e  eu não posso? – perguntou Emma.
- Eu deslizei as mãos pelas suas belas pernas de acordo com que a dança exige e a senhorita estava com saliências. – disse Regina.
Emma gargalhou.
- Saliências? – perguntou Emma encostando a testa na testa de Regina.
Não pararam de dançar, seus corpos queimavam com o calor e a tensão do momento.
Regina beijou Emma e permaneceram dançando, Emma deslizava as mãos por todo corpo de Regina.
- Você não tem jeito mesmo. – disse Regina sorrindo.
- Não consigo resistir... – disse Emma.
Regina deslizou as mãos pelos seios de Emma beijando-a.
Seguraram uma nas mãos da outra sem deixarem o ritmo se perder. Regina marcou o pescoço de Emma com seu batom e aquilo a deixava louca.
- Tem certeza de que você só quer dançar? – perguntou Emma.
- Neste momento eu não tenho certeza nenhuma, vamos nos deixar levar. – disse Regina.
Emma beijou Regina novamente, a aproveitaram todo o momento livre que ainda tinham naquele dia. Estavam tão quentes que eram capazes de incendiarem a casa com apenas um toque.
August estava observando a movimentação do shopping desde o momento em que abriu. Percebeu um homem entrar com uma maleta nas mãos, parecia nervoso, mas ainda não havia dado o horário informado por Regina. Faltavam duas horas para o horário do ataque. August seguiu o homem de longe e observou que ele recebia ordens.
- Hórus, acho que vão antecipar o ataque. – disse August na escuta.
- Como sabe?  - perguntou Regina.
- Tem um homem suspeito que parece estar recebendo ordens. – disse August.
- Impeça-o, estou chegando. – disse Regina.
August fingiu andar apressado olhando no relógio e esbarrou no ombro do suspeito.
- Olha por onde anda! – disse o homem.
- Desculpe, pode me informar onde fica a agência de viagens? – perguntou August.
- Não sou guia. – disse o homem dando as costas.
- Tem algo na sua maleta! – disse August puxando a maleta do homem.
- Me deixe. – disse o homem.
- É sério, tem algo estranho nesta maleta, é melhor abrir. – disse August.
- Afaste-se, ou chamarei a segurança. – disse o homem.
- August, não é ele. – disse Regina na escuta.
- Desculpe, foi um engano. – disse August ao homem.
Regina estava com óculos escuros observando o local e percebeu que havia uma pessoa de capuz entrando nos sanitários com uma mochila. Regina a seguiu e escondeu-se.
A pessoa aproveitou-se de que não havia ninguém no banheiro e retirou um explosivo da Mochila.
- Parado! – gritou Regina.
A pessoa virou-se e mostrou o rosto.
- A bomba é falsa, Regina! Eu sabia que estaria aqui. – disse Gretchen.
- O quê? Como você soube? – perguntou Regina.
- Não importa, agora sei que você é uma traidora. – disse Gretchen.
Um homem chegou por trás de Regina e colocou a arma em sua cabeça.
-  Coloque a sua arma no chão devagar. – disse Jefferson a Regina.







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