Ligue para mim...

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Lily encarou Emma e não conseguiu dizer nada.
Regina aproximou-se de Emma segurando em sua cintura.
- Posso ajudá-la? – perguntou Regina.
- Ela é minha filha, Regina. – disse Kristin.
Emma estava nervosa com a presença de Lily, foi uma de suas ex namoradas, um relacionamento que a deixou abalada. Gostou muito de Lily, teve algo inacabado com ela, não puderam desfrutar muito do tempo que passaram juntas.
- Emma. – disse Lily.
- Vocês se conhecem? – perguntou Kristin.
- Eu já ia perguntar a mesma coisa. – disse Regina.
- É uma longa história! – disse Emma.
- Eu não esperava encontrá-la aqui. – disse Lily a Emma.
- Eu não esperava vê-la mais. – disse Emma.
Regina estava incomodada com aquela conversa, Lily e Emma olhavam-se com tristeza, parecia que algo do passado estava sendo revivido.
- Eu sei que sumi, mas eu estou aqui para voltar para casa com você. – disse Lily a Kristin.
- Vamos conversar em casa. – disse Kristin.
Lily entregou um bilhete para Emma.
- Me  ligue! – disse Lily saindo com Kristin.
Regina cerrou o punho involuntariamente, não podia acreditar que aquela mulher estava pedindo para Emma ligar para ela na sua frente.
- Regina... eu não vou ligar pra ela. – disse Emma com o papel na mão.
- Eu não sei o que houve entre vocês, mas essa decisão é sua e não minha. – disse Regina tentando manter-se firme.
- Regina, não foi algo fácil, eu não quero conversar com ela, e agora estou com você. – disse Emma.
- Emma, não se engane. Percebi algo em seu olhar... – disse Regina com certa tristeza na voz.
- Eu te amo, Regina. O que houve me machucou sim, mas não senti nada igual por nenhuma outra pessoa como eu sinto por você! – disse Emma.
- Emma, quero que esteja comigo por gostar de estar ao meu lado e não por obrigação, não por apego, não por comodidade. Eu não vou prendê-la ao meu lado, mesmo que eu sofra. A única coisa que desejo é a sua felicidade! – disse Regina acariciando o rosto de Emma.
- Não seja precipitada, vou te contar o que aconteceu quando sairmos daqui.  – disse Emma.
- Mas isso não significa que eu não lutaria por você... apenas disse que a escolha é sua! – disse Regina.
- Eu sei, meu amor. Fique tranquila... – disse Emma.
Lily e Emma se apaixonaram no passado, era um relacionamento difícil e conturbado, por Lily ser reservada ao extremo e ninguém nunca saber o que realmente passava em sua cabeça. Vivia maior parte do tempo calada, mas o que quase ninguém sabe é que uma boca calada é sinal de uma mente barulhenta.
Regina passou no supermercado e comprou algumas coisas para o jantar, convidou Emma para comer com ela. Preparou uma deliciosa lasanha.
- Isso é pra mim? – perguntou Emma.
- Claro, pra quem mais? – perguntou Regina beijando Emma.
- Meu prato favorito! – disse Emma.
- Eu sei, por isso eu fiz especialmente pra você. – disse Regina servindo Emma.
- O cheiro tá maravilhoso! – disse Emma.
- Lembro-me bem do nosso jantar na casa dos seus pais, você adora lasanha e torta de maçã, ainda farei uma pra você! – disse Regina.
- Por que tantos mimos, doutora Regina Mills? – perguntou Emma arqueando a sobrancelha esquerda.
-  Eu não posso agradar a minha belíssima namorada, que é motivo pra desconfiança? – perguntou Regina com tom de voz manhoso.
- Claro que não, só estou brincando. – disse Emma.
- Experimenta... – disse Regina partindo um pedaço da lasanha com o garfo e levando a boca de Emma.
- Hum... tão deliciosa quanto quem a fez! – disse Emma.
- Já sei o que vou te dar de sobremesa! – disse Regina brincando.
- O quê? Me diz... – disse Emma esperando uma resposta.
- Deixa eu dar uma pista... Morena alta, bonita e sensual, talvez eu seja a solução de seus problemas... - disse Regina.
Emma gargalhou.
- Só pecou no alta, mas o resto eu concordo e muito! – disse Emma.
- Não há nada que um salto não resolva! – disse Regina.
- Que lasanha maravilhosa! – disse Emma colocando o último pedaço na boca.
- Claro, foi que fiz! – disse Regina.
- Convencida! Mas tem razão... – disse Emma
- Quer mais? – perguntou Regina.
- Claro que sim! – respondeu Emma.
- Vou te empanturrar de lasanha. – disse Regina.
- Vou adorar! – disse Emma.
Ingrid teve mais um encontro com Mahonne, passou alguns dados que ele havia exigido. Encontravam-se sentados de costas um para o outro em bancos públicos.
- Por que não faz isso logo de uma vez? – perguntou Mahonne.
- Por que eu preciso de mais um tempo. – disse Ingrid.
- Estou dando tempo demais. Eu deveria ir até lá e acabar com tudo! – disse Mahonne.
- Não seria uma boa ideia. – disse Ingrid.
- Não vai me passar o local? – perguntou Mahonne.
- Não... deixe comigo! – disse Ingrid.
- Vou levá-la de volta. – disse Mahonne.
- Espere mais um pouco... tenho meus motivos e seu que esse momento não é  oportuno. – disse Ingrid.
- Estou começando achar que você desistiu... – disse Mahonne.
- É claro que não! – disse Ingrid.
- Cadê o relatório dessa semana. – pediu Mahonne.
Ingrid estendeu o braço para trás e entregou os papéis.
Cora Tinha costume de correr naquela região todos os dias durante a noite. De longe percebeu a movimentação entre Ingrid e o homem que ela desconhecia.
- Ingrid. – disse Cora chamando atenção da loira.
Mahonne levantou-se e saiu.
- Quem era esse homem? – perguntou Cora.
- Um  desconhecido. – disse Ingrid.
- Eu vi de longe você entregando algo  para ele. – disse Cora.
- Era apenas o jornal que eu havia pedido emprestado. – disse Ingrid.
- Jornal? Uma hora dessas? – perguntou Cora.
- Sim, meio estranho... mas já que ele estava com um, pedi para ver algumas coisas. – disse Ingrid.
- E sobre a proposta que fizemos a você? – perguntou Cora.
- Você só pode estar louca. Isso nunca daria certo! – disse Ingrid.
- Por que não? Seríamos nós três. Eu e você, ele e eu. – disse Cora.
- Parece que a situação se inverteu. – disse Ingrid.
- Como assim? – perguntou Cora.
- Antigamente eu não queria um compromisso com você porque queria viver a vida com mais de uma pessoa. Hoje é você querendo um relacionamento a três... – disse Ingrid.
- Não seria bem uma relacionamento a três e sim um relacionamento aberto. – disse Cora.
- O que aconteceu com você que mudou tanto? – perguntou Ingrid.
- As vezes a  vida tem reviravoltas que ninguém espera! – disse Cora.
- E que reviravoltas! – disse Ingrid.
Cora estava presa a Henry, estava presa a Ingrid. Não conseguia aceitar a ideia de que tinha que escolher um e deixar o outro. Nunca havia cogitado essa possibilidade em sua vida antes, mas já que Henry sugeriu, ela passou a acreditar que aquilo daria certo.
- Não precisa responder agora, apenas pense! – disse Cora.
- Isso é loucura, Cora! – disse Ingrid.
- Ingrid, pense! Poderíamos ficar juntas. – disse Cora.
- Eu não sei... – disse Ingrid.
Cora segurou nas mãos de Ingrid e as acariciou.
- Pense com carinho. – disse Cora passando dois dedos nos lábios de Ingrid.
- Cora... eu te amo! Mas não quero ter que te dividir com outra pessoa. – disse Ingrid.
- Eu não me imagino longe do Henry... – disse Cora.
- Então acho que você já fez a sua escolha. – disse Ingrid.
- Não fique tão relutante, ao menos tente... – disse Cora.
- Tá! Pensarei na possibilidade... – disse Ingrid.
- Obrigada! – disse Cora beijando Ingrid.
Zelena estava com Ruby justamente nessa mesma praça e flagrou a mãe beijando Ingrid. Pra ela foi um choque.
- Mamãe? – chamou Zelena.
Cora não sabia o que dizer.
- Não sabia que você... – disse Zelena.
- Não termine a frase... Henry sabe, Regina sabe... – disse Cora sendo interrompida.
- O QUÊ? Contou a todos e menos a mim? – perguntou Zelena.
- Não é isso... – disse Cora.
- Não? Papai sabe disso e aceita? – perguntou Zelena.
- Você não tem direito de me julgar, você e seu marido eram bem abertos e não pense que eu não sabia disso. – disse Cora.
- É difícil processar isso! – disse Zelena.
- Por que? Eu sou velha? É isso? – perguntou Cora.
- Cora, acalme-se! – pediu Ingrid tentando não mostrar o rosto para Zelena.
- Não brigue com sua mãe! – disse Ruby.
- Hoje é o dia das surpresas! Essa é  Ruby, minha namorada! – disse Zelena.
- Não me abala com essa notícia. Que sejam felizes! – disse Cora.
Zelena olhou bem para Ingrid, não tinha feito isso antes.
- Espera... eu conheço você de algum lugar... – disse Zelena lembrando-se vagamente de Ingrid no cativeiro de Cruella.
- Acho que você está enganada. – disse Ingrid.
- Olhe pra mim! – disse Zelena.
- Deve ser porque eu sou vizinha da sua mãe... – disse Ingrid.
- Não...É de outro lugar, mas não consigo me lembrar! – disse Zelena.
- Acho que está enganada! – disse Ingrid.
Zelena aproximou-se mais e sentiu o perfume de Ingrid.
- Esse perfume não é estranho... – disse Zelena.
Cora lembrou-se de quando esteve detida por Cruella, sentiu esse mesmo perfume.
- Quando Cruella me sequestrou eu senti um perfume semelhante ao seu! – disse Cora.
- Cruella... isso! Você estava lá! – disse Zelena.
- Cruella? Quem é Cruella? – perguntou Ingrid.
- Não minta! Eu lembro de você. – disse Zelena.
- Você deve estar me confundindo com outra pessoa. – disse Ingrid.
- Filha, você estava drogada e perturbada, deve estar confundido as coisas. – disse Cora.
- Talvez... – disse Zelena.
- Eu preciso ir! – disse Ingrid querendo fugir da situação.
- Ingrid... pense! – disse Cora.
- Pode deixar! – disse Ingrid indo embora.
- Ruby... mais uma nora! – disse Cora.
- Tudo bem com a senhora? – perguntou Ruby.
- Comigo? Sim... Sabe, eu desconfiei de vocês desde aquela visita no hospital. – disse Cora.
- Mamãe, não seja indiscreta! – disse Zelena.
- Estou dizendo a verdade! – disse Cora.
- Preciso saber quem é essa Ingrid. – disse Zelena.
Cruella estava em busca de um profissional, tinha um conhecido que era capaz de receber um bom dinheiro pelo seu trabalho e silêncio.
- Quanto quer? – perguntou Cruella.
- É um trabalho complicado e comprometedor. – disse Peter.
- Não perguntei por isso. Quanto quer pelo silêncio e pelo trabalho? – perguntou Cruella.
- 20 mil dólares. – disse Peter.
- A honra de um homem está valendo 20 mil dólares... – disse Cruella debochando.
- Ninguém precisa de honra quando o dinheiro entra em jogo! – disse Peter.
- Percebi... gosto disso! – disse Cruella.
- Você precisa pra quando? – perguntou Peter.
- Te ligarei com antecedência, preciso planejar bem! – disse Cruella.
- Não se esqueça que estou aqui até as 21h, o fato não pode passar desse horário, ou não conseguirei cumprir o acordo. – disse Peter.
- Preciso que esteja totalmente atento, quando ela chegar, inicie o trabalho imediatamente! – disse Cruella.
- Pode deixar! – respondeu Peter.
- Não deixe nenhum rastro. – disse Cruella.
- Falou com a pessoa certa! – disse Peter.
Emma tinha comido tanto que não estava aguentando ficar de pé.
- Regina, preciso te contar a minha história com Lily. – disse Emma.
- Sou toda ouvidos... Não sei se sentirei ciúmes, mas pode falar. – disse Regina
- Se for pra fazer você ficar com ciúmes eu não vou contar! – disse Emma.
- Conte, eu estava exagerando. – disse Regina.
- Nós namoramos apenas 7 meses, eu não cheguei conhecer a mãe ou o pai dela, não fui na casa dela e nem ela na minha... – disse Emma.
- Namoravam em segredo? – perguntou Regina.
- Sim. – disse Emma esfregando os braços para diminuir o frio.
- Está gelada... – disse Regina pegando um edredom.
- Hoje está frio... – disse  Emma.
Regina a cobriu e ficou debaixo do edredom com ela.
- Lily era indecifrável, bipolar... Não sei nem explicar como nos aproximamos, foi complicado! – disse Emma.
Regina abraçou Emma para esquentá-la mais.
- Eu acho que me apaixonei por isso, pelo mistério... tivemos momentos maravilhosos, mas ela sempre me magoava! – disse Emma.
- Te magoava como? – perguntou Regina.
- Sumia... depois voltava com uma desculpa esfarrapada! – disse Emma.
- Como assim? Como alguém tem coragem de sumir de você? – perguntou Regina.
- Eu gostava muito dela, parecia uma obsessão, não sei explicar! – disse Emma.
- Por que terminaram? – perguntou Regina.
- Ela desapareceu de novo... sem dar explicações, sem nunca me ligar, isso me machucou muito. Parecia que nunca fui nada para ela! – disse Emma.
- Você ainda gosta dela? – perguntou Regina.
- Eu não sei... – disse Emma.
- Mas... – tentou dizer Regina.
- Não pense que eu estou pondo em dúvida o que sinto por você. Ninguém se compara a você! – disse Emma.
- Emma, não precisa me dizer essas coisas só pra me agradar. – disse Regina.
- Eu não digo pra te agradar e sim porque é o que eu sinto. Eu não tenho porque reviver o passado se o meu presente é você. Eu não tenho que procurar Lily, porque eu vejo um futuro com você! – disse Emma.
- Foi por você que eu escolhi me abrir com os meus pais, porque era você que eu não conseguia ver como mais uma namorada  e sim alguém que despertou em mim o desejo de poder estar tranquilamente ao seu lado, sem me preocupar com julgamentos... então é por isso que eu rasgo esse telefone! – disse Emma rasgando o papel que Lily havia lhe dado.
- Como é bom ouvir isso! – disse Regina.
- Mudando de assunto, eu só quero que seja sincera comigo... – disse Emma.
- Com o quê? – perguntou Regina.
- Você ainda está tomando aqueles remédios? – perguntou Emma.






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