O assassinato

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Henry abriu a porta da sala, Cora  e Ingrid não ouviram o movimento. Henry deparou-se com a cena da mulher beijando Ingrid e nada disse, ficou parado esperando que elas percebessem a presença dele. Ele não fez um barulho sequer, estava lá apenas como expectador. Cora não relutou o beijo, Henry percebeu que ela tinha sentimentos por Ingrid, pela forma que ela estava entregue ao beijo. Ao acabarem e abrirem os  olhos, assustaram-se com a presença do homem que estava com uma expressão indecifrável no rosto.
- Henry... – disse Cora.
Ingrid estava pálida, não soube como reagir.
- Cora... – disse Henry com uma lágrima no olhar.
- Você estava ai o tempo todo? – perguntou Cora.
- Sim... – respondeu Henry.
- E por que não nos interrompeu, não gritou, não fez nada? – perguntou Cora.
- Eu queria ver, queria saber se isso tudo se tratava só de desejo ou algo a mais...
- Henry, eu te amo! – disse Cora.
- E ela? – perguntou Henry.
- Amo os dois! – disse Cora.
- Eu vou sair... vou fazer o que tinha que fazer, colocar a cabeça no lugar. – disse Henry.
- Vamos conversar... – disse Cora.
- Eu não sou homem de fazer escândalos, nem de ficar humilhando ninguém... deixa eu colocar tudo no lugar e daí conversamos! – disse Henry.
- Tudo bem! – disse Cora.
- Eu... eu vou embora... – disse Ingrid.
- Fique... Não vou incomodar, o resto ficará na consciência de Cora... – disse  Henry saindo de casa.
- É melhor eu ir embora... – disse Ingrid.
- Vá! – pediu Cora.
- Isso não significa que eu estou dizendo adeus, eu volto! – disse Ingrid retirando-se.
Emma e Regina foram coincidentemente para a mesma chopperia que estavam August e Kristin, mas não perceberam a presença dos dois.
- Olha quem está aqui. – disse August olhando em direção a Emma e Regina que entraram de mãos dadas.
- Quem? – perguntou Kristin.
- Olha lá... nossa chefe com Emma Swan, parece que estão tendo algo sério mesmo. – disse August.
- Isso é! – disse Kristin.
- Sério?  Elas estão namorando? – perguntou August.
- Sim... – respondeu Kristin engolindo seco.
- Que surpresa... achei que Regina fosse heterossexual. – disse August dando um gole em sua caneca de chopp.
- Eu  gosto dela... – disse Kristin.
- E eu gosto de você... – disse August tocando na mão de Kristin e sorrindo.
- Eu também gosto de você mas... como amigo. – disse Kristin.
- Entendo, mas acho que você deveria me dar uma chance... – disse August.
- Você é um cara legal, qualquer mulher seria feliz com você, mas ainda gosto da Regina. – disse Kristin.
- Ela está em outra, você tem que olhar pra quem gosta de você. – disse August.
- Você tem razão... mas hoje deixa eu curtir a minha ‘bad’. – disse Kristin.
- Deixa eu ajudar você a curtir a sua ‘bad’. – disse August.
- Estamos aqui para isso! – disse Kristin.
Emma percebeu que Kristin estava sentada com August em uma das mesas, ao reparar que ela estava olhando em sua direção, beijou Regina para provocá-la.
- Olha lá... ela fez de propósito. - disse Kristin olhando em direção ao casal.
August olhou e viu o beijo.
- Tem certeza? -  perguntou August.
- Emma olhou pra mim e na mesma hora beijou Regina. – disse Kristin.
- Quer ir pra outro lugar? – perguntou August.
- Não vou cair nas provocações dela. – disse Kristin.
Regina olhou em volta e percebeu a presença de Kristin.
- Olha quem está aqui! – disse Regina.
- Kristin e August... eu vi! – disse Emma.
- Não se importa? – perguntou Regina.
- Por que eu me importaria? – perguntou Emma.
- Pelo que ocorreu hoje. – disse Regina.
- Já passou, o importante é que você está comigo! – disse Emma.
- Isso é bom, Swan! – disse Regina.
- Swan... isso na sua voz soa tão sexy! – disse Emma.
- É, Emma Swan? – perguntou Regina beijando ela.
Robin entrou com um amigo e a primeira coisa que viu foi Regina beijando Emma.
- REGINA! – gritou Robin de tamanha surpresa.
Emma e Regina olharam  em direção a Robin e perceberam a expressão perplexa dele.
- Eu não posso acreditar... – disse Robin.
Kristin e August estavam assistindo tudo.
- Nossa, agora vai dar merda! – disse Kristin.
- Por que daria? Ele é ex... – disse August.
- Mas ele sempre teve esperanças de voltar para Regina e sempre foi um homofóbico babaca. – disse Kristin.
-  Não sabia disso. – disse  August.
- Ele vivia me olhando torto e quando namorei Aurora ele fez um escândalo porque estava de mãos dadas com ela na porta da delegacia. – disse Kristin.
- Que idiota! – disse August.
Emma levantou-se.
- Qual o problema? – perguntou Emma.
- Meu problema é com Regina e não com você! – disse Robin.
- Não lhe devo explicações, Robin. – disse Regina.
- Ela é minha namorada, então é problema meu sim! – disse Emma.
- Sua namorada? – perguntou Robin forçando uma risada.
- Isso mesmo que ouviu! – disse Emma.
- Desde quando você virou uma lésbica? – perguntou Robin.
Regina levantou-se da mesa e ficou cara a cara com Robin.
- Você não é nada meu para querer tirar satisfações do que eu faço ou deixo de fazer em minha vida. – disse Regina.
Robin segurou no braço de Regina.
- Você não é lésbica! – disse Robin.
- Solta ela, idiota! – disse Emma empurrando Robin.
Robin empurrou Emma de volta fazendo-a quase cair em cima da mesa. Emma ficou com tanta raiva que deu um soco na boca dele, fazendo-o sangrar.
- Você não ouse tocar um dedo nela! - disse Regina apontando o dedo na cara de Robin.
- Ou o quê? – perguntou Robin.
- Vou te prender por agressão! – disse Regina.
- Vou ter que pedir pra vocês brigarem lá fora ou chamarei a polícia. – disse o dono da Chopperia.
- Eu sou a polícia! – disse Regina mostrando o distintivo do FBI.
- Vamos embora! – disse um dos amigos de Robin.
- É melhor ir mesmo! – disse Emma.
- Olha aqui... – disse Robin a Emma.
- Vamos embora, cara! – disse o amigo de Robin levando-o pelo braço.
- Idiota! – disse Regina.
- Como você namorou um babaca desses? – perguntou Emma.
- Pelo menos abri meus olhos a tempo... e agora tenho alguém muito melhor! – disse Regina.
- Ainda bem... – disse Emma.
- Você está bem? – perguntou Regina.
- Estou, não foi nada! – disse Emma.
- Quer ir? – perguntou Regina.
- Não... Não vou deixar isso estragar a nossa noite. – disse Emma.
- Vou pedir outro chopp, esse já esquentou. – disse Regina.
- Eu falei que sairia confusão! – disse Kristin a August.
- Ele teve coragem de empurrar a Emma. – disse August.
- Eu disse que ele é idiota. – disse Kristin.
Flash back on
Cruella volta e meia voltava com muito dinheiro pra  casa, Ingrid não sabia o que ela fazia, apenas deixava as coisas acontecerem naturalmente.
- Agora podemos morar em um lugar melhor. – disse Cruella.
- Como está conseguindo esse dinheiro? – perguntou Ingrid.
- Não é muito, mas dá pra gente viver. – disse Cruella mentindo.
- Não foi o que eu perguntei. – disse Ingrid.
- É melhor você não saber! – disse Cruella.
- Vindo de você eu posso esperar qualquer coisa! – disse Ingrid.
- Relaxa... o importante é que está dando certo. – disse Cruella.
- Eu não quero me meter em confusão, posso não ser santa, mas não quero a polícia na minha cola. – disse Ingrid.
- Eu sei fazer as coisas direito, fique tranquila! – disse Cruella.
- Assim espero. – disse Ingrid.
- Vamos nos mudar ou não? – perguntou Cruella.
- Pra onde? – perguntou Ingrid.
- Agora podemos pagar um lugar melhor... – disse Cruella.
Ingrid recebeu um telefonema e foi atender do lado de fora.
- Ingrid, eu sei que nossa separação não foi amigável mas você precisa saber... – disse o pai de Ingrid ao telefone.
- Saber o quê? Está me assustando. – disse Ingrid.
- Sua mãe está muito doente do coração e precisa de um transplante... – disse o pai de Ingrid.
- O quê? Mas como? Como vão fazer isso? – perguntou Ingrid.
- Ela está na fila de espera para receber uma doação mas pode demorar muito e ela não tem muito tempo... – disse o pai de Ingrid.
-  E não tem uma forma de acelerar isso? – perguntou Ingrid.
- Só se pagarmos particular... – disse o pai de Ingrid.
- E quanto custa? – perguntou Ingrid.
- Não podemos pagar... – disse o pai de Ingrid.
- Quanto custa? – insistiu Ingrid.
- 200 mil dólares... – disse o pai de Ingrid.
- 200 mil? E quanto tempo ela tem? – perguntou Ingrid.
- Um mês de vida se não conseguirmos o transplante. – disse o pai de Ingrid.
- Eu vou dar um jeito! – disse Ingrid.
- O que vai fazer? – perguntou o pai de Ingrid.
- Não sei ainda, quando tiver a resposta te ligo! – disse Ingrid desligando o telefone.
Ingrid entrou no banheiro, ligou o chuveiro e tomou um banho gelado. Chorou por alguns minutos, pensou diversas vezes no que poderia fazer e não encontrou outra saída a não ser entrar no negócio de Cruella.
Ao chegar na sala, deparou-se com Cruella tingindo os cabelos, metade branco e a outra de preto.
- Cruella... o que está fazendo? – perguntou Ingrid.
- Estou tentando ser eu mesma! – respondeu Cruella.
- Meio exagerado, não? – perguntou Ingrid.
- Pode ser... mas me sinto melhor assim! – disse Cruella.
- Eu quero conversar com você... – disse Ingrid.
- Pode falar! – disse Cruella.
- O negócio que você está... você está ganhando algum dinheiro... – disse Ingrid pausando.
- Estou, por que o interesse? – perguntou Cruella.
- Eu quero entrar! – disse Ingrid.
Cruella parou tudo que estava fazendo e virou-se para Ingrid.
- Isso é sério? – perguntou Cruella.
- Sim, nunca falei tão sério na minha vida! – disse Ingrid.
- Deve estar bem desesperada pra poder me pedir isso! – disse Cruella voltando para os seus afazeres.
- Pode ser que sim. – disse Ingrid.
- Depois daquele telefonema... – disse Cruella.
- Sim... era meu pai. – disse Ingrid.
- E o que aconteceu? – perguntou Cruella.
- Minha mãe ela precisa de um transplante de coração. – disse Ingrid.
- Hum... Não sei se você teria tanta coragem. – disse Cruella.
- Eu não tenho escolha! – disse Ingrid.
- Precisa pensar bem... – disse Cruella.
- Eu preciso de dinheiro. – disse Ingrid.
- Precisa ser discreta! – disse Cruella.
- Eu serei! – disse Ingrid.
- E precisa ser corajosa... – disse Cruella.
- Eu serei! – respondeu Ingrid.
- Ótimo... – disse Cruella.
- Do que se trata esse negócio que você entrou? Drogas? – perguntou Ingrid.
Cruella gargalhou.
Flash back off
O celular de Regina notificou uma mensagem na rede social de Cruella.
- Cruella... – disse Regina.
- O que tem? – perguntou Emma.
- Marcou um encontro pra daqui a meia hora... – disse Regina.
- Com quem? – perguntou Emma.
- Não sei exatamente, são códigos... – disse Regina.
- Onde? – perguntou Emma.
- Não muito longe... vamos? – perguntou Regina.
- Sim... – disse Emma.
- Eu pago a conta. – disse Regina.
Foram até o carro e armaram-se. Seguiram até o ponto de encontro e esconderam-se.
- Trouxe a lista? – perguntou Cruella a Leroy.
- Está aqui. – respondeu Leroy.
- Preciso de duas pessoas. – disse Cruella.
- Quem fará a tarefa? – perguntou Leroy.
- A mulher, eu preciso que Úrsula a pegue, e a jovenzinha, preciso que seja Alice que a pegue... – disse Cruella.
- Onde faremos o trabalho? – perguntou Úrsula.
Emma pisou em um galho e Leroy ouviu, sacou a arma e foi ver. Emma escondeu-se, mas Leroy a encontrou e colocou a arma em sua cabeça.
- O que faz aqui? – perguntou Leroy.
- Estava fazendo xixi! – disse Emma.
- Mentira! – disse Leroy.
Regina foi por trás e deu um soco em Leroy, fazendo com que ele deixasse a arma cair. Cruella ouviu a movimentação e mandou Úrsula e Alice fugirem.
- Parado! – disse Regina apontando a sua arma.
- Parada você! – disse Cruella apontando a arma para Regina.
Emma atirou em direção a Cruella fazendo-a esconder-se. Leroy conseguiu rolar e pegar a arma e render Emma. Um barulho de tiro ecoou no local e um corpo caiu sem vida no chão.







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