O "ritual"

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- É o meu gato, ele vive fugindo e correu nessa direção, a  porta estava aberta... – disse Regina.
- E o encontrou? – perguntou Ingrid desconfiada.
- Infelizmente não. – respondeu Regina.
- Que pena, agora vou pedir para você retirar-se da minha casa. – disse Ingrid.
- Desculpe por isso, tchau. – disse Regina.
Regina pediu a ajuda de Zelena para executar parte do plano que ela bolou. Foram até a cela de Alice e a levaram algemada para o consultório de Zelena.
- Sente-se aqui! – pediu Zelena.
Regina algemou Alice com um dos braços  presos a cadeira falou com Zelena em particular.
- Preciso que você a faça voltar para onde Cruella está, haja normalmente e não nos denuncie. – disse  Regina.
- Depois você quer  que ela volte e repasse informações para você? – perguntou Zelena.
- Sim. – respondeu Regina.
- Não vão sentir falta dela na delegacia? – perguntou Zelena.
- Não se preocupe, por enquanto ela fica sob a minha responsabilidade. Não vão sentir falta dela agora. – disse Regina.
- Certo, vou começar... – disse  Zelena.
Zelena sentou-se frente a frente a Alice, usou o anel no dedo indicador e iniciou uma conversa devagar com a moça.
- Me conte sobre a sua vida, Alice. – pediu Zelena fazendo movimentos circulares no anel.
- Eu tenho 25 anos, morava no interior e... – disse Alice com olhar fixo no anel de Zelena.
- O que te fazia mais feliz? – perguntou Zelena.
- Sentar em roda com meus amigos e ouvir histórias... – disse Alice ainda com o olhar fixo no anel.
- E por que não faz mais isso? – perguntou Zelena.
- Meus pais morreram e eu fiquei sozinha, não acreditava mais em nada. – disse Alice.
- E hoje acredita em algo? – perguntou Zelena.
- Encontrei uma nova crença, uma que segue uma ideologia de nova chance... – disse Alice.
- Quem merece essa nova chance? – perguntou Zelena.
- As pessoas devem aceitar a crença da purificação, quem está no caminho certo ajuda as outras que não entendem isso. – disse Alice.
- Então quem não aceita a crença de vocês tem que ser purificado? – perguntou Zelena.
- Nós apenas oferecemos uma chance de poderem começar do zero. – disse Alice.
- Isso é tão... tão maravilhoso que não consigo descrever! – continuou Alice.
- Mas as pessoas morrem e acabou, não é mesmo?  - perguntou Zelena.
- Não, elas renascem em outro corpo, um novo bebê... uma nova chance! – disse Alice.
- Você está feliz assim? – perguntou Zelena.
- Sim... – disse Alice.
Zelena continuou os movimentos no anel.
- Você pode fazer isso... imagine-se na roda com seus amigos. – disse Zelena.
- Sim... – respondeu Alice.
- Consegue ver? – perguntou Zelena.
- Sim... – respondeu Alice.
- Me conte como é... – pediu Zelena.
- É noite, estou sentada no canto em frente a fogueira, estamos felizes e contando histórias de terror... – disse Alice.
- Concentre-se... agora preciso que você vá até Cruella, haja normalmente, e depois procure Regina, conte onde estão, o que estão fazendo e não diga nada sobre isso a Cruella. – disse Zelena ainda mexendo no anel.
- Sim... – respondeu Alice olhando para o anel.
Regina entrou na sala e a libertou ficando a sós com Zelena.
- Acha mesmo que isso dará certo? – perguntou Regina.
- Duvida da minha capacidade?  - perguntou Zelena.
- Claro que não... só quero saber se ela não vai acordar e estragar tudo! – disse Regina.
- Maninha, ela só vai acordar do transe quando cumprir a tarefa ou eu fazê-la acordar. – disse Zelena.
- Confio em você! – disse Regina.
Zelena deu um abraço na irmã.
- Eu estou me sentido nervosa, sinto minhas mãos trêmulas e ando tendo pesadelos. – disse Regina.
- Desde quando? – perguntou Zelena.
- Desde quando matei Leroy, atirei na cabeça dele e espirrou sangue em Emma e em mim. – disse Regina.
- A cena se repete nos meus sonhos e acordo nervosa, sei que não deveria estar assim, mas não sei o que está acontecendo. – continuou.
- Você está ansiosa e se cobrando muito com esse caso, tome esse remédio quando sentir-se mal. – disse Zelena.
- Que remédio é esse? – perguntou Regina.
- Clonazepam, vou te dar uma caixa e se precisar de mais eu  lhe darei a receita. – disse Zelena.
Alice recebeu a coordenada do ponto de encontro com Cruella, ao chegar lá deparou-se com um “ritual” que Cruella estava fazendo.


Take my sins and wash them away teach me how to pray I've been standing here in the dark take these walls away” 🎵


Pegue meus pecados e lave-os me ensinar a orar eu venho ficado aqui no escuro leve essas paredes embora” 🎵
O corpo de uma mulher estava estirado numa maca, os seguidores de Cruella em volta, repetiam as mesmas palavras num uníssono depois da fala da líder.
“Desse plano mundano liberto-te, desse fardo ingrato, liberto-te”


I've been swimming in the ocean till I'm almost drowned give me something I can believe in teach me how to pray”🎵


estive nadando no oceano até que eu quase me afoguei dê-me algo que eu possa acreditar me ensinar a orar” 🎵

A mulher estava com a boca tapada por um pano e amarrada com braços e pernas com laços de corda, estava seminua, tinha os olhos tapados e não parava de tentar gritar, sentia a morte eminente, sentia-se sendo puxada pelo inferno.

and we can do drugs and we can smoke weed and we can drink whiskey yeah we can get high and we can get stoned and we can sniff glue and we can do e and we can drop acid forever been lost with no way home” 🎵
“e nós podemos usar drogas e podemos fumar maconha e nós podemos beber uísque sim nós podemos ficar bem loco e podemos ficar chapado e podemos cheirar cola e nós podemos usar ecstasy e podemos tomar ácido. sempre perdidos sem o caminho de casa “ 🎵

“Que essa alma vá para a fase de preparação” – repetiam.
“Que vá para purificação “ – repetiam.

“yeah we can run and we can hide but we won't find the answers if you'll go down and you'll get help along the way but if you wanna save your soul then we could travel all together and make the devil pray” 🎵


sim podemos correr e podemos esconder mas não vamos encontrar as respostas se você for lá em baixo você vai obter ajuda ao longo do caminho mas se você quer salvar sua alma então poderíamos viajar todos juntos e fazer o diabo rezar” 🎵

“E renasça pura com uma criança” – diziam todos.
“ooh ooh ooh save my ooh ooh ooh save my ooh ooh ooh save my soul the devil was here to fool ya” 🎵

“oh ooh ooh salvar a minha ooh ooh ooh salvar a minha ooh ooh ooh salvar a minha alma o diabo esteve aqui para enganar ya” 🎵

Cruella fez o sinal da cruz em cima da mulher, lavou as mãos e pegou um bisturi, fez  um corte na altura do rim. A mulher contorcia de dor.
“mother mary, can you help me? cuz I'm gone astray all the angels that were around me have all flown away the ground beneath my feet' s getting warmer lucifer is near holding on, but I'm getting weaker watch me disappear” 🎵

“mãe maria, você pode me ajudar? porque eu extraviei todos os anjos que estavam ao meu redor voaram para longe o chão debaixo dos meus pés está ficando mais quente lúcifer está próximo segurando, mas eu estou ficando mais fraco me veja desaparecer “ 🎵

Cruella retirou o rim da mulher e imediatamente entregou a Ingrid que o colocou numa caixa com bastante gelo para conserva.
“ooh ooh ooh sing hallelujah ooh ooh ooh save my soul ooh ooh ooh the devil was here to fool ya until my story's told” 🎵


ooh ooh ooh cantar aleluia ooh ooh ooh salvar a minha alma ooh ooh ooh o diabo esteve aqui para enganar ya até a minha história seja contada” 🎵
Flash back on
Cruella estava cada vez mais ambiciosa, queria mais e mais dinheiro, precisava de mais gente para colaborar com os processos de seu negócio. Tinha clientes, mas não tinha mão de obra.
- Se você me ajudasse no processo, teríamos muito mais dinheiro! – disse Cruella.
- Eu disse que não me meto nisso! – respondeu Ingrid.
- Deveria... – disse Cruella.
- Mas você já tem muito, se chamar mais pessoas, terá  que dividir o dinheiro, ninguém vai querer fazer isso pra ganhar pouco. – disse Ingrid.
- Não quero pagar nada! – disse Cruella.
- Você é louca? – perguntou Ingrid.
- Não... preciso encontrar uma forma de convencê-los a fazer isso por mim e não quererem nada em troca. – disse Cruella.
- Como vai fazer isso? – perguntou Ingrid.
- Eu sei convencer as pessoas... pessoas mais fracas, mais vulneráveis, que tem desejo a se apegar a uma razão para viver... – disse Cruella.
- Você precisa se tratar... o que  vai inventar para alguém fazer isso por você? – perguntou Ingrid.
- Como as igrejas ganham dinheiro? – perguntou Cruella.
- As pessoas aderem aquela ideia e seguem os exemplos da bíblia. – disse Ingrid.
- Exatamente... acreditam fielmente naquela ideia! – disse Cruella.
Ingrid teve uma crise de risos.
- Você vai virar pastora? – perguntou Ingrid.
- Não exatamente... – disse Cruella.
Flash back off
O corpo da mulher foi deixado a beira da estrada na madrugada, estava com as mãos costuradas na orelha e a boca cheia de algodão para ficar aberta.
O FBI foi até o local na parte da manhã. Regina, Emma e Kristin estavam lá.
- Parece aquele quadro “O Grito”. – disse Kristin.
- Mas dessa vez não foi feito por Edvard Munch. – disse Emma debochando.
- Foi feito por Cruella Devil. – disse Regina aproximando-se.
Ao olhar para o corpo, a imagem de Leroy veio em sua mente,  sua visão ficou turva, levou as duas mãos nas coxas e ficou parada por alguns instantes.
- Regina? O que houve? – perguntou Emma segurando no braço dela.
- Nada, me senti tonta... – respondeu Regina.
- Como nada? Você está tremendo! – disse  Emma.
Regina olhou para as duas mãos e percebeu o tremor. Pegou o comprimido que Zelena deu e tomou.
- Estou um pouco ansiosa. – disse Regina.
- Que remédio é esse? – perguntou Emma.
-  Um que a Zelena me passou. – disse Regina.
- Deixa  eu ver ... – pediu Emma.
Regina mostrou a embalagem.
- Você não pode exagerar nisso aqui, causa dependência... – disse Emma.
- Eu sei... Não vou ficar usando. – disse Regina.
- Vamos sair daqui! – disse Emma.
- Kristin, cuide de tudo, por favor! - pediu Regina.
Kristin assentiu com a cabeça.
Emma a levou para o carro.
- Regina... por que você está assim? – perguntou Emma.
- Depois da morte de Leroy... eu estou tendo pesadelos... – disse Regina.
- Que tipo de pesadelos? – perguntou Emma.
- Sonho com ele morto, as vezes me cobra a vida dele... – disse Regina.
- Não pense mais nisso, pense em coisas boas! – disse Emma.
- Eu tinha esquecido, mas vi o corpo daquela mulher e a imagem dele reapareceu em minha mente. – disse Regina.
- Regina... Não gosto de vê-la assim, tem o meu apoio para tudo. – disse Emma.
- Eu sei... assim como você tem o meu. – disse Regina dando as mãos para Emma.
- Quero te dizer que jamais senti algo assim por outra pessoa... desde o primeiro momento que a vi, senti algo muito forte entre nós duas... – disse Emma.
- Emma, eu quero te dizer que eu...

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