Identidade revelada

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Flash back on
Um grupo de pessoas estavam sentadas a beira de uma fogueira, atentas a uma mulher que falava no centro. Uma nova ideologia se espalhava por aquele grupo, mudava pensamentos, mudava comportamentos e atitudes. Todos eram fiéis a  uma mulher que tinha grande poder de convencimento. A cada palavra que saía da boca dela era como um mandamento.
- Morte é renascimento! – disse a mulher.
- Morte é renascimento. – Leroy tomava nota
- Sempre que alguém morre, passa pelo purgatório e é purificado... para viver entre nós, precisam estar os mais limpos e puros, sem desvios sociais... – disse a mulher.
- Mas matar não seria uma forma de impureza para o assassino? – perguntou um novato.
- A religião matou muito mais do que muitas guerras... nós estamos apenas purificando a terra! – respondeu a mulher.
- Vocês só alcançarão a paz eterna quando conseguirem se libertar das ideias errôneas deste mundo... – disse a mulher.
Flash back off
- Então trata-se de um roubo de identidade... – disse Emma.
- Sim... Precisamos encurralá-la. – disse Regina.
- Como? – perguntou Emma.
- Ela não sabe que Zelena está detida, vamos até o consultório e a investigamos. – disse Regina.
Ao chegarem no consultório de Zelena não viram ninguém, entraram pra vasculhar o local e tentarem achar algo sobre Ashley. Na mesa dela encontraram um desenho suspeito, uma fênix com a letra D no centro. Vasculharam mais um pouco e tinha algumas cópias dos prontuários de Zelena.
- Bom dia! – disse Ashley ao entrar no consultório.
- Bom dia... – respondeu Emma.
- Estão procurando pela dra. Zelena? – perguntou Ashley.
- Sim, mas ela não está... – respondeu Regina.
- Eu posso ajudá-las? – perguntou Ashley.
- Estou fazendo uma varredura nos arquivos de Zelena e encontrei uma irregularidade no seu cadastro, pode me emprestar seus documentos? – perguntou Regina.
- Por que vocês fariam isso e não a empresa de monitoramento? – perguntou Ashley desconfiada.
- Zelena pediu a mim porque estava com um problema com a empresa. – disse Regina.
- E onde ela está? – perguntou Ashley.
- Deve estar chegando, me disse que viria um pouco mais tarde... agora me empreste seus documentos! – pediu Regina.
Ashley colocou a mão na bolsa e retirou uma arma e atirou na direção de Emma e Regina mas errou. A delegada revidou o tiro mas Ashley correu. Emma foi por um lado e Regina por outro. Ashley corria o tanto que podia, escondeu-se em um beco escuro, despistou Emma e Regina. Ficou escondida por uns 5 minutos mas uma mulher avisou para Regina onde Ashley estava. Regina escondeu-se atrás da lata de lixo que ficava na saída do beco e a rendeu. Emma foi logo chegando por trás e tomou a arma da mulher.
- De  joelhos, mãos para cima onde eu possa ver! – disse Regina.
- Não vai conseguir nada! – disse Ashley.
- Qual seu nome? – perguntou Regina.
- Ashley Cindy! – respondeu a mulher.
- Mentira! Por que correu quando pedimos seus documentos? – perguntou Regina.
- Não vou falar nada! – disse Ashley.
- Leve-a e na delegacia que descobriremos! – disse Regina.
Emma algemou Ashley e a colocou na viatura.
Ao chegarem na delegacia, encontraram os documentos adulterados.
- Quem é você?  - perguntou Regina.
- Já disse , Ashley. – disse a  mulher.
- Sua farsa acabou! Não adianta mentir... – disse Regina.
- Sou Alfa! – disse a mulher.
- Alfa? Não brinque comigo, quero saber o seu nome real! – disse Regina.
- Ômega! – disse a mulher.
- Chega de joguinhos! – disse Regina telefonando para Ruby.
- Preciso de você aqui na sala de interrogatórios para identificar uma pessoa. – disse Regina.
Ruby tentou coletar as digitais da mulher.
- As digitais dela estão raspadas! – disse  Ruby mostrando as mãos da mulher.
- Se vira! Quero que a identifique e me procure quando tiver uma resposta! – disse Regina saindo da sala.
A mulher estava algemada na mesa.
Ruby analisava a arcada dentária de Ashley e percebeu que foram arrancados e substituídos por próteses. Analisou os fios de cabelo e percebeu que a mulher usava uma peruca loira muito bem feita, pareciam cabelos reais. Por baixo da peruca a mulher tinha um cabelo estranhamente diferente. Possuía uma tatuagem com uma fênix na nuca com a letra D no centro.
- Você acredita em purificação? – perguntou Ashley a Ruby.
- O quê? – perguntou Ruby.
- Acredita que o mundo está do jeito que está porque está sendo administrado por pessoas erradas? – perguntou Ashley.
- Do que está falando? – perguntou Ruby.
- Já parou pra pensar que estamos vivendo um caos? Que várias doenças estão se espalhando, desvios de comportamentos que não existiam antigamente, estão quase como uma praga nos dias de hoje? – perguntou Ashley.
- Dá pra perceber sim, começando por você! – disse Ruby.
- E se eu te contar que podemos reverter a situação fazendo... – dizia Ashley tentando convencer Ruby de algo.
Permaneceram ali por exatos 47 minutos. Ashley não parou de falar um minuto.
Killian saiu sem a permissão de Regina.
O advogado de Zelena e Hades foi falar com Regina e conseguiu que eles respondessem em liberdade. Zelena evitou conversar com Regina. Ainda não tinha plena certeza sobre os responsáveis pelos assassinatos.
- Quero saber o que significa esse desenho, a fênix renasce das cinzas e esse D...? – disse Regina.
- Deve ser de algum grupo ou seita... – disse Kristin.
- Pesquise pra mim! – pediu Regina.
- Ok! – respondeu Kristin.
- Cadê o Killian? – perguntou Regina.
- Estava aqui agora pouco, deve ter saído!  - disse Kristin.
- Ele não me avisou que iria sair, quando chegar avise-o para falar comigo! – disse Regina.
- Avisarei! – respondeu Kristin.
Donald Trump  estava muito preocupado com a falta de notícias sobre o caso, Regina não o informou sobre nada.
- Sr. Presidente?  O agente está aqui para vê-lo! – disse o secretário.
- Deixe que entre! – disse Trump.
- Boa tarde, Sr. Presidente! – disse Killian.
- Boa tarde, rapaz. Preciso de informações, quero saber o que a Sra. Delegada anda fazendo que não resolve nada. – disse Trump.
- Bom... ela está com muitas informações mas está omitindo. – disse Killian.
- Omitindo?  Por que ela faria isso? – perguntou Trump.
- Por que a irmã dela está envolvida e... – disse Killian.
- Isso é inadmissível! A irmã dela está envolvida nos assassinatos e ela a encoberta? Preciso de alguém imparcial e competente no caso. – disse Trump.
- Talvez precise de alguém que está a par do caso, que seja experiente e esperto! – disse Killian jogando indireta.
-Você me parece ser mais competente do que ela! – disse Trump.
- Ela é competente mas quer proteger a irmã e eu quero proteger a honra do país! – disse Killian.
-  Quero que fique a frente do caso, pegue o comando! – disse Trump.
- Mas... – tentou dizer Killian.
- Mas nada, não se fala mais nisso, ligarei para ela avisando que está fora do caso! – disse Trump.
- Obrigada pela confiança, não o decepcionarei! – disse Killian apertando a mão de Trump.
Saiu com um sorriso vitorioso no rosto.
- Dra., eu consegui identificar a mulher. – disse Ruby.
- E de quem se trata? – perguntou Regina.
- Cruella Devil! – disse Ruby.
- Cruella Devil? Quem se chama Cruella Devil?  Isso é o nome real dela? – perguntou Regina.
- Sim, fiz teste com fios de cabelo e pelo que costa em nossos registros, ela é Cruella Devil. – disse Ruby.
- Vou falar com ela! – disse Regina.
- Cruella Devil... qual seu envolvimento nos assassinatos? – perguntou Regina.
- Ora, já descobriu meu nome! – disse Cruella.
- Não pensou que íamos demorar... – disse Regina.
- Claro que não... mas não cometi nenhum assassinato! – disse Cruella com olhar frio.
- Não? Qual a sua participação nisso? – perguntou Regina.
- Renascimento! – disse Cruella.
- Renascimento de quê? -perguntou Regina.
- Purificação... -  disse Cruella.
- Como? Seja mais clara! – disse Regina.
- Vou ensiná-la. Quando alguém morre, vai para o purgatório... e lá passa por um processo de purificação e então logo renasce em um bebê e logo se torna puro, novo, intocável... pronto para ser moldado! – disse Cruella.
- E por que julga necessário uma purificação? – perguntou Regina.
- Porque as pessoas se tornaram impuras, pecadoras, não seguem mais a tradicionalidade... – disse Cruella.
- O que seria tradicional pra você? – perguntou Regina.
- Os bons modos, os bons costumes, pessoas de sangue puro...
- disse Cruella.
- Então você confessa que mata para “purificar” pessoas? -perguntou Regina.
- Sim, a morte purifica... – disse Cruella.
- E por que retira um órgão de cada vítima? – perguntou Regina.
- Como lembrança de seus pecados... coloco em um cofre, com seu nome e quando suas almas voltarem para terra, lembram-se do que não devem fazer... – disse Cruella.
- E como essa pessoa irá lembrar-se disso se nem saberá que aquele órgão existe? Aliás nem existirá mais porque provavelmente entrará em estado de decomposição... – disse Regina.
- O ritual do órgão permite que a alma do indivíduo absolva aquelas lembranças e revelem-se através de sonhos, quando essa pessoa atingir idade suficiente para saber, ela saberá! – disse Cruela.
- E por que queria incriminar Zelena e Hades? – perguntou Regina.
- Ora, por que eles tinham os pacientes perfeitos, todos eles, distúrbios sociais... – disse Cruella.
- Então por que plantar provas para eles serem acusados dos assassinatos? – perguntou Regina.
- Mereciam punição... usavam os pacientes para atos libidinosos. – disse Cruella.
- Só por isso mesmo? – perguntou Regina.
- Ora, porque eu não queria ser pega e eles eram os acusados perfeitos, tudo levava até eles... todas as vítimas estiveram com eles antes de serem mortas... – disse Cruella.
- Então por que está confessando? – perguntou Regina.
- Você me pegou... não tenho hábito de mentir e sim omitir! – disse Cruella.
- Onde está a verdadeira Ashley? – perguntou Regina.
- Boa pergunta... isso você terá que descobrir... – disse Cruella.
-  Você a matou? – insistiu Regina.
- Descubra... – disse Cruella.
- Como é ré confessa, será transferida para uma prisão provisória até o julgamento! – disse  Regina.
- Hum... quando irei ? – perguntou Cruella.
- Em breve! – respondeu Regina.
- Tenho direito a um telefonema... – disse Cruella.
- Poderá ligar... – disse Regina.
- Delegada... essa história não termina agora... -  disse Cruella.
- Isso é o que nós vamos ver!! – disse Regina saindo.
Emma escoltou Cruella até o telefone. Lá ela falou coisas incompreensíveis, mas Emma as memorizou.
- Essa mulher é louca! Vai para ala psiquiatra logo logo! – disse Regina.
- O que ela disse? – perguntou Emma.
- Confessou os crimes mas falava coisas esquisitas, típicas de pessoas insanas... – disse Regina.
- Preciso do histórico dela, tudo sobre a vida dela... – continuou.
- Calma! Vamos resolver... – disse Emma.
- É muita informação para eu processar... minha irmã... essa louca, outras coisas para entender e investigar... saber sobre a veracidade dessa história... – disse Regina.
- Relaxa... – disse Emma aproximando-se de Regina.
- Estou tentando! – disse Regina.
- Eu posso fazê-la relaxar... – disse Emma pegando na mão de Regina.
- Como? – perguntou Regina formando um sorriso no rosto.
- Hum... vou mostrar! – disse Emma fazendo uma massagem nos braços de Regina e subindo pelos ombros.
- Assim você me faz sentir outra coisa, menos relaxar... – disse Regina.
Emma sorriu e a beijou.
- Regina, eu encontrei... – disse Kristin entrando na sala sem bater.
Emma e Regina se separaram do beijo no mesmo segundo.
- Eu não tô acreditando no que vi! – disse Kristin.
- Não é da sua conta! – disse Regina cruzando os braços.
- Claro que não... não mesmo! – disse kristin chateada.
Havia investido tantas vezes em Regina  e nunca teve uma resposta. Ao ver que Emma estava beijando-a, se sentiu mal.
- Desculpe... foi culpa minha, sei que não foi nada ético... – disse Emma.
- Não é da minha conta... – disse Kristin.
- O que você encontrou? – perguntou Regina.
- Esses símbolos aparecem em um grupo secreto... fala sobre purificação e renascimento... – disse Kristin.
- Vou dar uma olhada! – disse Regina.
- Vou voltar ao meu trabalho disse Emma.
Regina olhou e analisou tudo que Kristin havia encontrado mas não tinha informações concretas e nem suficientes, precisaria investigar, acabou seu turno e foi para casa relaxar. Estava cheia de problemas na cabeça mas queria esquecer, precisava livrar-se daquela carga e lembrou-se de Emma.
“ Emma, você está livre  essa noite?” – enviou pelo Whatsapp.
“Sim, quer fazer algo?” – perguntou Emma via Whatsapp.
“ Talvez...” – respondeu Regina.
“ O quê deseja?” – perguntou Emma.
“Conversar...” – respondeu Regina.
“Onde?” – perguntou Emma.
“Pode ser aqui em casa” – respondeu Regina.
“Estarei ai em 10 minutos” – respondeu Emma.
“Estou aguardando” – respondeu Regina.
Exatos 10 minutos, interfonaram sobre a chegada de Emma e Regina autorizou a sua entrada.
- Estou aqui! – disse Emma.
- Que bom que veio... – disse Regina.
- Você quer conversar mesmo? – perguntou Emma sorrindo.
- Sim... – respondeu Regina mentindo.
- Se você quisesse realmente apenas conversar, teria me ligado. – disse Emma.
- É verdade... mas eu queria dizer que gostaria de terminar o que começamos ontem... – disse Regina.
- Terminar de acabar ou terminar no sentido de concluir? – perguntou Emma.
Regina riu do raciocínio de Emma.
- Concluir... – disse Regina.
- Nossa... por essa eu não esperava! – disse  Emma.
- Não quer? – perguntou Regina.
- Claro que quero! – disse Emma colocando a mão no rosto de Regina.
- Que bom! – disse Regina.
- Então você curtiu? – perguntou Emma.
- Muito... – respondeu Regina.
- Bom saber! – disse Emma.
- Quero explorar muito mais coisas com você... – disse Regina.











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