É muito tempo...

1.5K 143 5
                                    

“Droga!” – xingou Emma em pensamento.
Enviou uma mensagem para August pedindo ajuda.
Emma estava usando a arma do pai, já que devolveu a que ela usava no FBI. Arriscou a entrar. Entrou apontando a arma em direção a Ingrid.
- Quem é você? – perguntou Ingrid.
- Quem é você? – perguntou Emma.
- Mais um passo e eu atiro! – disse Ingrid.
Emma olhou em volta e percebeu que Cruella e Graham estavam algemados.
- O que está acontecendo aqui, porque eles estão algemados? – perguntou Emma.
- Se você veio para libertar Cruella, perdeu seu tempo! – disse Ingrid.
- Libertar Cruella?  Vim porque estou em uma investigação! – disse Emma.
- Ela é do FBI! – disse Graham.
- Que investigação? – perguntou Ingrid.
- Você é da polícia? – perguntou Emma.
- Não exatamente, mas fui encarregada de pegar Cruella! – disse Ingrid.
- O quê? Você o quê? – perguntou Graham.
- Ingrid é uma traidora! – disse Cruella.
Emma lembrou-se que Regina citou o nome de Ingrid na investigação.
- Se você é da polícia e queria entregar Cruella, porque o não fez antes? – perguntou Emma.
Flash back on
Ingrid foi pega com uma grande quantia em dinheiro. O FBI de NY, queria saber qual era a sua procedência e Ingrid recusou-se a falar. Foi detida, coincidentemente por Alexander Mahonne, mais conhecido como Alex Mahonne. Era um amigo da família de Ingrid, ele tinha um laço com ela, como se fossem parentes de verdade, mas durante os interrogatórios, Ingrid recusava-se a contar, não queria estragar o negócio de Cruella, já que eram namoradas na época, o laço de amizade ainda era mais forte, acostumaram-se com a presença uma da outa, a não era amor. Alex Mahonne sabia que aquele dinheiro era procedente de algo ilegal, algum tipo de tráfico, mas não conseguia a confirmação. Ameaçou em deixar Ingrid presa por muitos anos, ela até ficou os 3 primeiros anos na cadeia, mas volta e meia arrumava alguma confusão e como estava sendo ameaçada de morte, resolveu conversar com Mahonne. Ele havia oferecido a liberdade de Ingrid em troca da confissão.
- Tenho um contato no governo que pode limpar o seu nome... – disse Mahonne.
- Tudo bem, vou contar... Eu trabalho com um grupo de pessoas que vendem órgãos. – disse Ingrid.
- Quem são? – perguntou Mahonne.
- Pessoas que são enganadas por uma mulher com a mente doentia a qual me envolvi. – disse Ingrid.
- Então, vocês matam pessoas para vender os seus órgãos? – perguntou Mahonne.
- Eu não mato! Apenas administro o dinheiro e faço contato com alguns compradores. – disse Ingrid.
- Devo acreditar em você?  - perguntou Mahonne.
- Sim! Em nome de nossa amizade. – disse Ingrid.
- O acordo é o seguinte, você me entrega Cruella e todos os comparsas e eu lhe ofereço liberdade! – disse Mahonne.
- Acordo aceito! – disse Ingrid dando um aperto de mãos em Mahonne.
- Vou colocar uma tornozeleira eletrônica em você... – disse Mahonne.
- Não! Ela desconfiaria! – disse Ingrid.
- Como saberei que não irá fugir? – perguntou Mahonne.
- Terei um endereço fixo  e manterei contato com você. Não garanto que a pegarei logo, demorará um pouco porque ela é muito esperta. – disse Ingrid.
- Não me enrole, não me faça passar vergonha! – disse Mahonne.
- Farei o possível. – disse Ingrid.
- Lembre-se que se não cumprir o trato, voltará para cadeia. – disse Mahonne.
Mahonne pediu transferência para Washington, para acompanhar de perto o caso. Ingrid ficou com um pé atrás sobre entregar Cruella, medo de vingança  e também porque no fundo ainda tinha um laço de confiança com ela.
Flash back off
- Esperei ela enfraquecer... ficar sem seus seguidores. – disse Ingrid.
- E aproveitou da vulnerabilidade dela para atacá-la... – disse Emma.
- Exatamente! E porque precisava fazer alguém ser inocentado. – disse Ingrid.
- Quem?  - perguntou Emma.
- A filha da mulher que amo! – disse Ingrid.
- Cora? – perguntou Emma.
- Sim... – respondeu Ingrid.
- Você me dá nojo, Ingrid! – disse Cruella.
August chegou com a viatura e adentrou o local.
- Leve-os! – disse Emma.
Ingrid abaixou a arma.
- Eu preciso entregá-la ao Alex... – disse Ingrid.
- Alex Mahonne? O que prendeu Regina? – perguntou Emma.
- Sim, ele me ofereceu um acordo em troca de Cruella. – disse Ingrid.
- Infelizmente nós que vamos levá-la! – disse August.
- Falarei com ele sobre o que fez. – disse Emma.
- Não! Ele precisa comprovar com os próprios olhos que fui eu! – disse Ingrid.
- Tá vendo essa caneta aqui? – perguntou Emma.
- Sim. – respondeu Ingrid.
- Ela tem uma câmera, posso provar que foi você que fez isso. – disse Emma.
- Ele vai querer o mérito... – disse Ingrid.
- Infelizmente não podemos aguardar mais! – disse August levando Cruella e Graham para viatura.
- Nos acompanhe! – disse Emma.
- Tudo bem! – disse Ingrid.
- Cruella é responsável pela morte do presidente? – perguntou Emma.
- Sim, ela armou para delegada... – respondeu Ingrid.
- Por que fez isso com ela? – perguntou Emma.
- Porque a delegada estava muito próxima a pegá-la. – disse Ingrid.
- Mas porque o presidente? – perguntou Emma.
- Por que daria pena de morte, ela estaria totalmente fora do caminho dela. – disse Ingrid.
- Vai depor a favor de Regina? – perguntou Emma.
- Farei isso, mas preciso conversar com Alex primeiro. – disse Ingrid.
- Darei um jeito! – disse Emma.
Cruella e Graham finalmente estavam presos, restando apenas Úrsula que nem chegou a visualizar a chamada de Cruella. Estava presa em um local sem sinal.
Emma ligou para Alex e pediu para que ele fosse falar com Ingrid.
- Aqui está ela! – disse Ingrid.
- Por que não me ligou? – perguntou Alex.
- Porque coincidentemente  o FBI chegou junto, quando eu estava detendo Cruella. – disse Ingrid.
- Isso está me parecendo papo furado. – disse Alex.
- Por que? Eu não mentiria pra você! – disse Ingrid.
- Estranho... te dei um prazo e você sempre me enrolava e agora que o FBI está com ela, você me diz que o mérito é seu? – perguntou Alex.
- Alex, eu não poderia pegá-la com muita gente do lado dela. – disse Ingrid.
- Deveria ter me ligado, informado o local, invadiríamos com uma equipe profissional e você nunca fez isso! – disse Alex.
- Era arriscado! – disse Ingrid.
- Mentira! – disse Alex.
- Acredite  em mim! Eu prendi Cruella, estava  quase te ligando, mas Emma chegou ao local a pegou! – disse Ingrid.
- Eu não sei se nosso acordo está de pé! – disse Alex.
- Você é um desgraçado! – disse Ingrid.
- Não fale assim comigo! – disse Mahonne.
- Você está trocando a nossa amizade por ambição! – disse Ingrid.
- Ambição?  Que absurdo está falando? – perguntou Mahonne.
- Você está nervoso assim porque o mérito da prisão de Cruella não foi seu! – disse Ingrid.
- Talvez! – disse Mahonne.
- Não vai cumprir a sua parte acordo? – perguntou Ingrid.
- Você não cumpriu  a sua! – disse Mahonne.
- Filho  da mãe! Eu não deveria ter prendido Cruella! – disse Ingrid.
- E estaria de qualquer forma presa! – disse Mahonne.
Emma correu atrás de agilizar o julgamento de Regina, estava com testemunhas fortes, tinha evidências de que o vídeo do bar foi forjado para que não vissem a troca das armas.
Mas infelizmente a burocracia era grande, não dava pra agilizar muita coisa, o julgamento de Regina seria só em 5 meses. Emma não sabia se suportaria ficar tanto tempo sem poder tocar Regina, sem poder abraçar, beijar e se amarem. Pensou em como daria essa notícia para ela, ia sofrer mais, ia ter que esperar tanto tempo sem dever.
Regina estava angustiada com o pouco  tempo que estava presa, parecia que iria enlouquecer.
- Você vai acabar  infartando desse jeito! – disse Gretchen ao perceber o desespero de Regina.
- Eu não aguento mais ficar enjaulada! – disse Regina.
- Logo  vão nos chamar para um banho de sol, fique  tranquila! – disse Gretchen.
- Não é o suficiente! – disse Regina.
- Mas vai ter que contentar-se... – disse Gretchen.
- Não tem pra onde correr! – disse Regina.
- Infelizmente não. – disse Gretchen.
- Mas não terei que topar a cara daquela louca novamente, não é?  - perguntou Regina.
- Não, o banho de sol é separado delas. – disse Gretchen.
- Ótimo! – disse Regina.
- Mas se você arrumasse alguma briga eu a defenderia! – disse Gretchen.
- Não se preocupe, sei me cuidar! – disse Regina.
- Você não conhece a fama daquela mulher. – disse Gretchen.
- Nem ela conhece a minha! – disse Regina.
- Autoconfiança é tudo! – disse Gretchen.
- Pelo menos isso me resta aqui dentro. – disse Regina.
- Poderíamos fazer algo para passar o tempo. – disse Gretchen.
- O quê?  - perguntou Regina.
- Contar histórias... o que mais tem pra fazer aqui?  - perguntou Gretchen.
- Se afogar no tédio! – disse Regina fazendo movimentos repetitivos com a perna.
Sua ansiedade toda se resumia na espera da visita de uma certa loira. Não aguentava mais ficar naquele lugar sem poder vê-la. Foi chamada para o banho de sol.
- As histórias vão ter que ficar pra depois. – disse Regina.
- Não tem problema, não sairei daqui! – disse Gretchen.
Regina achou  graça da colocação da companheira de cela. Apenas uma cerca separava as detentas provisórias das condenadas. Evitava brigas, mas não poderia evitar provocações. Regina mandou muitas mulheres pra aquele lugar, muitas sentiam raiva dela.
- Ei, coxinha! – chamou uma das detentas falando com Regina pelo outro lado da cerca.
Regina nem sequer olhou.
- Se acha superior só porque é policial... – disse a mulher.
Regina deu de ombros, sentou-se em um dos bancos e fechou os olhos tentando esquecer que estava naquele lugar. Imaginando mil coisas que faria ao sair dali e esperava que fosse logo.
- Matou o presidente? Eu vi as notícias se espalhando pelos corredores! – a mulher provocou novamente.
Regina permaneceu na dela.
- É SURDA! – gritou uma mulher jogando uma  pedra pequena que passou pelo buraco da cerca e acertou a boca de Regina.
O tamanho da pedra não impediu que ela machucasse, fez seu lábio ser cortado pelo seu dente com a pressão do atrito.
- IDIOTA! – gritou Regina sentindo o gosto de sangue na boca.
- É pra você acordar! – disse a mulher zombando.
Passou os dedos nos lábios e o sangue sujou-os.
Gretchen sentou-se do lado de Regina.
- Nossa! Te machucaram. – disse Gretchen fazendo careta.
- Foi só um corte. – disse Regina.
- Deixe-me ajudá-la... – disse Gretchen.
- Não precisa, não foi um grande corte. – disse Regina.
- Sua boca vai inchar. – disse Gretchen.
- Não se preocupe! – disse Regina.
- Posso pedir gelo para você colocar. – disse Gretchen.
- Estou bem! – disse Regina.
- Não está doendo? – perguntou Gretchen.
- Está, mas vai passar. – disse Regina.
- Deixa eu pedir o gelo, vai melhorar... – disse Gretchen.
- Tudo bem! – concordou Regina.
Gretchen pediu para Cindy conseguir o gelo, não demorou nem 10 minutos ela voltou com um pano também. Gretchen enrolou o gelo no pano e colocou na boca de Regina. Apoiou uma  das mãos em seu rosto e com a outra pressionava o gelo.
- Isso dói! – disse Regina.
- Mas é por uma boa causa... – disse Gretchen.
- Obrigada. – agradeceu  Regina.
- Você tem lábios tão belos, não poderia permitir que ficassem inchados. – disse Gretchen.
Regina nada respondeu, estava com o pensamento longe.
- Mills, tem visita. – chamou Cindy.
A palavra visita a fez despertar do transe. Levantou-se e apressou o passo, esperava muito que fosse Emma, e era ela. Dessa vez a visita foi aberta, poderia conversar com Emma em mesas onde todas as detentas recebiam visitas. Correram para um abraço apertado de saudade. Poderiam ficar ali a tarde toda sem se cansarem.
- Que bom que veio! – disse Regina.
- Que saudades! – disse Emma.
Desprenderam-se do abraço e sentaram a mesa. Emma segurou nas mãos de Regina para conversarem.
- Eu tenho notícias, boas  e más! – disse Emma.
- Quais? – perguntou Regina.
- Consegui testemunhas para você, que estavam no bar e viram o rapaz, ele se chama Peter e uma das testemunhas o viu mexendo em sua bolsa. – disse Emma.
- Isso é ótimo! – disse Regina.
- Tem mais, o vídeo de segurança nesse dia foi extraviado, posso alegar que fizeram isso para não conseguirmos provar a troca das armas.
- Se aceitarem esse argumento... – disse Regina.
- Não podemos  deixar escapar nenhum detalhe. – disse Emma.
- Tem razão. – disse Regina.
- O que houve em sua boca? – perguntou Emma.
- Nada... uma idiota jogou uma pedra. – disse Regina.
- Como nada? Ela não foi punida? – perguntou Emma.
- Não, foi tudo muito rápido! – disse Regina.
- Tome cuidado, sua boca vai inchar! – disse Emma.
- Gretchen colocou gelo para mim. – disse Regina sem pensar.
- Quem? – perguntou Emma.
- Minha companheira de cela... – respondeu Regina.
- Diga a ela que você está comprometida! – disse Emma.
- Está com ciúmes, senhorita Swan? – perguntou Regina.
- Claro que estou! Ela pode te tocar e eu não! – disse Emma.
- Não, ela não pode!  Não dá mesma forma que você! – disse Regina.
- Quero isso acabe logo. – disse Emma.
- Eu também. – disse Regina.
- Tenho uma ótima notícia... prendemos Cruella. – disse Emma.
- Sério?  Como? -perguntou Regina.
-  Te explicarei depois. O nosso tempo vai acabar... – disse Emma.
- Tudo bem! – disse Regina.
- Ingrid estava infiltrada na seita de Cruella, ela que a prendeu... – disse Emma.
- O quê?  Sério?  Como? – perguntou Regina.
- Depois explico. Preciso falar que... o seu julgamento vai demorar um pouco. – disse Emma.
- Quanto tempo? – perguntou Regina apreensiva.
- 5 meses. – disse Emma.
- 5 meses? 5 meses aqui? Presa... sozinha, sem você... – disse Regina.
- Não fique triste, virei sempre! – disse Emma.
- Eu sei... mas não sei se aguento! – disse Regina.
- Temos que ser fortes, meu amor! Estou lutando por você... – disse Emma.
- Eu te amo! – disse Regina.
- O tempo acabou! – disse Cindy.
- Eu também te amo! – disse Emma abraçando Regina.
Cindy levou Regina de volta à sua cela.
Regina sentou-se na cama sentindo raiva daquela situação toda, não poderia fazer nada. Para piorar as coisas, algo inesperado para ela ocorreu. Cruella passou algemada em frente a sua cela, sendo acompanhada por duas guardas e fez um sinal de tiro com as mãos em direção a Regina.


FixaçãoWhere stories live. Discover now