Temos um traidor

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- Cruella? Só falta você me dizer que ela é dona da Genese’s. – disse Regina.
- Não. Não é isso. – disse Ingrid.
- O quê  é então?  - perguntou Regina.
- Cruella não matou o Trump exclusivamente para te incriminar, ela foi contratada para isso. – disse Regina.
- Ela foi contratada para me incriminar?  - perguntou Regina.
- Não. Ela foi contratada para matar o presidente e usou isso para te tirar do caminho e tirar o foco dela. – disse Ingrid.
- E por que raios a Genese’s ia querer o presidente morto? – perguntou Regina.
- Pense. – disse Ingrid.
- Para colocar alguém ligado a eles no poder. – disse Regina.
- Isso. Isaac Heller contratou Cruella. – disse Ingrid.
- I.H. – disse Regina.
- O quê? – perguntou Ingrid.
- Meu pai me deixou um código com essas iniciais, ele estava referindo-se a Isaac Heller, mas ainda não sei o que ele quer dizer no código. – disse Regina.
- O que estava escrito? – perguntou Ingrid.
- “Ao lado do meu mandamento, esconde-se a fera. I.H” – disse Regina.
- Mandamento? – disse Ingrid pensando.
- Sim. – disse Regina.
- Cruella encontrou-se com ele ao lado da Catedral Basilica of the National Shrine of the Immaculate Conception. – disse Ingrid.
- Será que ele mora ao lado? – perguntou Regina.
- Talvez, ele é um general. – disse Ingrid.
Na mente de Regina se passaram duas frases:
“Eles tem olhos e ouvidos em todos os lugares”
“O general Isaac Heller me mandou...”
- Obrigada pelas informações, sei o que fazer. – disse Regina.
- Cuidado! – disse Ingrid.
- Obrigada, mas sei me cuidar. – disse Regina.
Isaac estava em uma reunião sobre os atuais negócios.
- Sargento Paul Kellerman? – perguntou Isaac.
- Eliminado. – disse Susan.
- Ele que contou ao agente federal Killian Jones sobre os implantes. – disse Isaac.
- Sim, por isso foi eliminado. – disse Susan.
- Ótimo. – disse Isaac.
- General, por que aceitou que fosse feito o implante da mão dele? – perguntou Susan.
- Vamos precisar dele na hora certa. – disse Isaac.
- Compreendo. – disse Susan.
- Henry Mills? – perguntou Isaac.
- Eliminado, fiz parecer que foi um suicídio. – disse Susan.
- Ele me causou muitos problemas, descobriu coisas demais sobre o que não deveria, é assunto sigiloso. – disse Isaac.
- Por isso não está mais entre nós. – disse Susan.
- Quero você de olho naquela delegada filha dele. – disse Isaac.
- A algum tempo estou de olho nela... – disse Susan.
- Susan, quero saber o passo a passo da investigação dela, sempre a despistaremos.  – disse Isaac.
- Não deveria estar me chamando de Susan. – disse Susan.
- Não me diga o que fazer, não se esqueça que deve a sua vida a mim! – disse Isaac.
- É claro que não. Você também é o pai da minha filha, deveria ao menos vê-la. – disse Susan.
- A verei quando achar conveniente. – disse Isaac.
Susan prestou continência e retirou-se.
Regina precisava de uma missão, a partir da informação de Ingrid ela precisava encontrar Isaac.
- A informação era importante mesmo? – perguntou Emma.
- Muito, acho que deciframos o que meu pai quis dizer. – disse Regina.
- O que é?  - perguntou Emma.
- Isaac Heller é I.H, mentor da Genese’s, ele pagou Cruella para matar Trump. – disse Regina.
- O quê? A Cruella tem envolvimento com a Genese’s? – perguntou Emma.
- Não diretamente, usarem ela para matar o presidente, o Governo está por trás disso. – disse Regina.
- Regina, se o governo está por trás, temos que ter muita cautela para investigar. Como vamos derrubar essa gente? – perguntou Emma.
- Eu não sei, precisamos de provas e tomar cuidado com os olhos e ouvidos da Genese’s. – disse Regina.
- O que pretende? – perguntou Emma.
- Teremos que descobrir se realmente é a casa de Isaac que meu pai quis referir no código, se for, teremos que agir de maneira ilegal. Você toparia? – perguntou Regina.
- Invadir a casa dele? Acho que vai ser emocionante. – disse Emma.
- Sabia que poderia contar com você. – disse Regina beijando Emma.
- Sempre! – respondeu.
Regina sentou-se ao lado de Emma na cama e ligou seu notebook, abriu as imagens de satélite de todas as casas vizinhas da Basílica.
- Essa aqui parece uma casa bem vigiada. – disse Regina.
- Tem seguranças na porta. – disse Emma.
- Tenho certeza de que tem um alarme na porta. – disse Regina.
- Como entraremos? – perguntou Emma.
- Preciso saber mais sobre o alarme. – disse Regina.
- É muito arriscado entrar. – disse Emma.
- Eu sei, vamos até o local observar a rotina. – disse Regina.
- Precisaremos de um carro novo. – disse Emma.
- Disfarces. – disse Regina.
- Quer ir agora? – perguntou Emma.
- Ótimo. – disse Regina.
Pararam o carro com uma certa distância da casa, desceram a pé até certo ponto sem serem vistas.
- Espera. Conheço alguém neste prédio. – disse Emma.
- Quem? – perguntou Regina.
- Neal. – disse Emma.
- Quem é Neal? – perguntou Regina.
- Um ex-namorico de adolescência. – disse Emma.
- Você quer entrar na cada do seu ex namorado, Emma Swan? – perguntou Regina.
- Está com ciúmes? – perguntou Emma.
- Eu não...  – disse Regina tentando disfarçar.
Emma sorriu.
- Tá bom, sei! Vamos falar com ele, não se preocupe. – disse Emma.
- Vai chegar lá e falar o quê?  ‘Oi amigo, podemos vigiar a casa do vizinho daqui de sua janela?’ – perguntou Regina.
- Calma, mulher! A gente inventa qualquer coisa! – disse Emma.
- Quero só ver. – disse Regina.
Emma interfonou para o apartamento de Neal., ele pediu para que subissem.
- Emma, que surpresa! Quanto tempo... – disse Neal abraçando-a e beijando seu rosto.
Regina pigarreou.
- Oi! – disse Neal abraçando Regina.
- Regina este é o Neal e Neal esta é Regina. – disse Emma.
- Prazer. – disse Neal.
- Prazer. – disse Regina.
- Emma, que saudades! – disse Neal abraçando Emma novamente.
- Neal, espera. – disse Emma tentando desfazer o abraço.
- Ei! Você é grudento, heim! – disse Regina.
- O quê? Vocês são namoradas? – perguntou Neal.
- Noivas. – disse Regina mostrando o anel.
- Parabéns. São lindas! – disse Neal.
- Obrigada. – disse Emma.
- Então, a que se deve essa visita? – perguntou Neal.
- É que estávamos passando e aquela casa nos chamou atenção. – disse Emma apontando pela janela.
- Por que? – perguntou Neal.
- Por que é tão vigiada? – perguntou Regina.
- É de alguém importante! – disse Neal.
- Conhece Isaac Heller? – perguntou Emma.
- Claro, ele é o meu pai! – disse Neal.
Emma e Regina entreolharam-se.
“Fudeu” – pensou Emma.
“Merda” – pensou Regina.
- Por que ficaram surpresas? – perguntou Neal.
- Nada, mas aqueles seguranças ficam lá o dia todo? – perguntou Emma.
- 24 horas. – disse Neal.
- O que  ele teme? – perguntou Regina.
- Não sei, ele é todo misterioso. – disse Neal.
- Tem certeza de que não sabe? – perguntou Emma.
- Não mesmo, ele não é de compartilhar os negócios dele com a família. – disse Neal.
- Sabe o quê que é? É  que nós duas estamos organizando a nossa casa, e como ficamos fora o dia todo, gostaríamos de saber um bom sistema de segurança. – disse Regina.
- Ai vocês vieram perguntar a mim? – perguntou Neal.
- É que estávamos passando e me lembrei de que morava aqui, e essa casa nos chamou atenção pela segurança e resolvemos te fazer uma visita e aproveitar a oportunidade para perguntar se você sabe. – disse Emma.
- Interessante. Mas acho que ele usa o sistema gentlemen. – disse Neal.
- Gentlemen? Legal! Vamos pesquisar. – disse Emma.
- Obrigada! – disse Regina.
- Já vamos! – disse Emma.
- Já vão? Não vão nem tomar um suco ao menos? – perguntou Neal.
- Não, estamos bem! – disse Regina.
- Foi bom te ver, Neal. – disse Emma acenando.
Neal aproximou-se de Emma para abraça-la mas Regina arqueou uma sobrancelha. Neal decidiu dar um aperto de mão nas duas.
- Não vou te abraçar porque eu vou apanhar. – disse Neal.
- Nem tente! – disse Regina.
- Ciumenta, heim! – disse Neal.
- Um pouco. – disse Regina.
- Muito! – disse Emma.
- Obrigada pela visita, tchau. – disse Neal.
Regina e Emma saíram e voltaram para o carro.
- Não posso acreditar que o Neal é filho desse tal de Isaac. – disse Emma.
- Mundo pequeno, não? – disse Regina.
- Pelo menos nos deu informação relevante. – disse Emma.
- Agora precisamos descobrir como destravar esse alarme. – disse Regina.
- Como? – perguntou Emma.
- Pesquisando. – disse Regina.
- E se tiverem muitos modelos? – perguntou Emma.
- Sabe que essa noite passaremos o tempo todo acordadas, não sabe? – perguntou Regina.
- Oh! Vou preparar um café e uns energéticos. – disse Emma.
- Ótimo. – disse Regina.
- Vamos torcer para tudo dar certo! – disse Emma.
- Se apegue a tudo que acredita que possa nos ajudar. – disse Regina.
- Farei algumas orações. – disse Emma.
- Vamos invadir a casa de um general ilegalmente, isso é tão excitante! – disse Regina.
- Excitante até demais. Vem cá! – disse Emma puxando Regina para um beijo.
Emma deu um beijo quente em Regina.
- Emma, não podemos! Temos que nos concentrar. – disse Regina.
- Só um pouquinho... – disse Emma dando outro beijo em Regina.
- Um pouquinho... – disse Regina.
Emma deslizou a mão pelo sexo de Regina fazendo-a molhar-se.
- Agora podemos ir. – disse Emma desfazendo o contato.
- Emma, eu vou te matar! – disse Regina agitada pelo fato de Emma tê-la esquentado e parado.
- Me mate de foder! – disse Emma.
- Não fale isso porque eu farei, não duvide! Mas você terá que esperar e a missão e terá que ser um sucesso. Vamos nos concentrar. – disse Regina.
- Claro, patroa! – disse Emma.
Emma e Regina pesquisaram todos os sistemas de trava eletrônica da gentlemen. Regina imprimiu as especificações e anotou a destravamento de segurança de cada modelo.
Dormiram apenas 2 horas antes de irem para delegacia, tomaram energéticos para manter-se acordadas.
-  Bom dia! – disse Regina.
- Bom dia! – responderam todos.
- Hoje teremos uma missão importante. – disse Regina.
- Qual? – perguntou Killian.
- Missão ultrassecreta, sigilosa, ninguém pode saber. – disse Regina.
- É arriscada? – perguntou Kristin.
- E qual missão não é arriscada? Todas são! Preciso que todos estejam 100% dispostos e atentos. – disse Regina.
- Estou sempre disposto e atento. – disse August.
- Confio em você! – disse Regina pegando algumas coisas que havia levado.
- O que é isso? – perguntou Gretchen.
- Adereços, assessórios para missão. – disse Regina.
- São uniformes? – perguntou Kristin.
- Isso. – disse Regina.
- Gentlemen? – perguntou Gretchen.
- Preciso que todos me entreguem seus smartphones, todos aparelhos eletrônicos que tiverem. – disse Regina.
- Para quê? – perguntou Gretchen.
- Para o sucesso da missão. – disse Regina.
- Ok. – disse August entregando seu celular.
- Revistarei todos. Não vai passar nenhum eletrônico ou comunicador que não seja o indicado por mim. – disse Regina.
Regina revistou um por um, acompanhou a troca de roupas de um por um e não permitiu que nada eletrônico passasse.
- Usem esses comunicadores, falaremos entre nós. – disse Regina.
Cada um pegou o seu e equipou-se.
- Explicarei o plano e a missão. – disse Regina.
- Não estou entendendo nada. – disse killian.
- Eu ainda não expliquei, Jones. – disse Regina.
Regina explicou a todos o que era pra ser feito. Pararam o carro na rua de trás da casa de Isaac.
Kristin estava vestida com um vestido vermelho decotado, passou em frente a casa e virou o pé, os seguranças de Isaac foram ajudá-la. August chegou próximo ao sistema de câmeras enquanto Kristin distraía os seguranças, desligou todas as câmeras e colocou um aparelho próximo ao portão que interrompeu o sistema de trava eletrônica da casa, fazendo  o alarme tocar sem parar. Conseguiu sair antes de ser visto. Os seguranças entraram para ver se havia algum invasor e não encontraram nada, o alarme não parava de tocar e tentaram ligar para gentlemen para arrumarem o sistema.
Regina os observou de longe e percebeu que estavam ligando na empresa.
- Killian, ligue agora pedindo o cancelamento do reparo. – disse Regina entregando um celular que só ela tinha acesso.
- Bom dia, liguei agora solicitando um reparo para casa Heller mas não vou precisar mais, já está tudo ok. – disse Killian ao telefone.
- Vamos. – pediu Regina a Emma e Gretchen.
Estavam uniformizadas com a logo da empresa e crachás falsos.
- Bom dia, viemos concertar o sistema de segurança.  – disse Regina.
- Mulheres? – perguntou o segurança.
- Mulher também trabalha, concerta alarme, constrói casa! – disse Regina.
- Desculpe, não quis ofendê-la. Podem entrar. – disse o segurança.
As acompanhou até a entrada da casa e ficou em pé de guarda.
- Pode nos deixar a sós, por favor. – pediu Regina.
O segurança olhava para Gretchen.
- Perdeu algo? – perguntou Gretchen.
- Não. Vou deixá-las a vontade. – disse o segurança.
- Obrigada, não dá pra trabalhar com esse barulho infernal e com você nos olhando com essa cara de buldogue velho. – disse Regina.
- Muito educada. – disse o segurança resmungando e retirando-se.
- Obrigada. – disse Regina.
Pediu para Gretchen desativar o alarme enquanto, ela e Emma procurava algo suspeito na casa.
Emma e Regina separaram-se. Regina encontrou um cofre e usou pó de giz para jogar no teclado do cofre. Imediatamente apareceram as digitais nas teclas e tentou acertar a combinação, eram quatro dígitos, na sétima vez ela acertou. Haviam vários documentos que ela usou o celular para scannear. Um em específico chamou a atenção, tinha uma foto com o nome de Susan B. Anthony.
Isaac estava chegando no momento que Gretchen desativou o alarme. Regina o avistou pela janela e correu para tirar Gretchen e Emma da casa o mais rápido possível.
- Tem intrusos em minha casa! – disse Isaac de longe. Ele veio correndo como se tivesse sido avisado.
Gretchen e Emma saíram, mas Regina ficou presa na casa.
- Vocês são uns irresponsáveis! – disse Isaac.
- O alarme deu problema e chamamos a empresa para arrumar. – disse o segurança.
Regina estava escondida ouvindo a conversa.
- São agentes do FBI. Olha a mensagem que recebi! – disse Isaac mostrando o celular.
- Quem o avisou? – perguntou o segurança.
- Alguém de minha confiança que estava aqui! – disse Isaac.
Regina aproveitou o momento de distração e conseguiu sair pela porta reserva dos fundos.
Isaac ativou o alarme e a trava de segurança assim que Regina saiu.
Os agentes esperavam por Regina em um ponto de encontro combinado por meio de um plano B.
Emma estava dirigindo e pararam na delegacia.
- Temos um traidor! – disse Regina.
- Traidor? – perguntou Killian.
- Sim, alguém mandou mensagem para Isaac! Pode ser qualquer um aqui! – disse Regina.
- Mas você não recolheu os celulares? – perguntou Gretchen.
- Isso que eu vou ver! – disse Regina.
Revistou um por um e encontrou o celular com Emma. A última mensagem era:
“Estão em sua casa, venha!”.
- Regina, eu não fiz isso... – disse Emma.
- Como explica  o celular no seu bolso? – perguntou Gretchen.
- VOCÊS TEM NOÇÃO DO RISCO QUE CORREMOS? – gritou Regina alterada
- Eu não... – tentou dizer Emma.
- EU NÃO VOU TOLERAR UM TRAIDOR ENTRE NÓS! – Gritou Regina.
- Emma, nunca esperava que fosse trair o FBI dessa maneira.. – disse Gretchen.
- CALEM-SE! – gritou Regina sacando a arma e apontando para Emma.




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