Saudades

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Regina por um momento ficou distante. Seus pensamentos estavam em outro lugar, sabia que a culpa não tinha sido dela mas não sabia o que Emma iria pensar.
- Regina? – chamou Emma.
- O quê? – perguntou Regina acordando do transe.
- Onde você estava? Estávamos falando com você... – disse Emma calmamente.
- Nada, é que eu... – disse Regina sendo interrompida.
- Regina, como foi passar umas férias na cadeia? – perguntou Killian.
- Férias?  Sério?  Que eu saiba, férias é você poder sair pra onde quiser, fazer o que quiser, quando quiser. Quer passar umas férias na cadeia? Me fala que eu providencio! – disse Regina.
- Toma! – disse August.
- Ao invés de terem cortado a sua mão deveriam ter cortado a sua língua. – disse Emma.
- Vocês estão nervosos demais, foi só uma brincadeira! – disse Killian.
- De péssimo gosto como sua cara! – disse Kristin.
- Minha cara é linda! – disse Killian.
- É azeda! – disse Cora.
Todos gargalharam.
- Vou parar  de sair com vocês, toda vez sofro bullying. – disse Killian.
- Sempre fazendo drama! – disse Regina.
- Como ele entrou na Polícia? – perguntou David.
- Killian, deixa eu analisar seus documentos, devem ser falsos... – disse Regina.
- Me deixem! – disse Killian emburrado.
- Agora que somos da mesma família, podemos marcar pra tomar um chá e conversar! – disse Mary a Cora.
- Tá me chamando de velha? – perguntou Cora.
- Velha? Não! – disse Mary.
- Eu tomo vinho, obrigada! – disse Cora.
- Então nisso combinamos! – disse Mary.
- Herdei uma fábrica de couro dos meus pais... – disse Henry a David.
- Fábrica de couro? – perguntou David.
- Digo, de bolsas de couro, botas de couro. – disse Henry.
- Couro’s Mills? – perguntou David.
- Exatamente. – disse Henry.
- Por isso as filhas são todas chegadas em um couro... – sussurrou Kristin a August mas Zelena escutou demais dizer nada.
“A mãe também” – pensou Zelena.
- Emma, eu preciso falar com você! – disse Regina.
- A sós? – perguntou Emma.
- Sim... – respondeu Regina.
Emma percebeu o semblante sério de Regina, estava sentindo que era algo sério. Mas o quê?
- Quer ir lá pra fora? – perguntou Emma.
Regina assentiu. As duas  levantaram-se.
- Onde vocês vão? – perguntou Mary.
- Nós vamos conversar um pouco em particular e logo voltamos. – disse Regina saindo com Emma.
- O que será? – perguntou Mary.
- Assunto delas, de casal. – disse David.
Regina fechou os olhos e respirou o ar fresco daquela noite, parecia tão calma, tão serena, diferente dela que estava com medo da reação de Emma, mas no fundo  sabia que Emma entenderia. Mas também lembrou-se da reação dela ao ver Kristin quase beijando-a, Emma ficou com muita raiva, saiu e ficou o dia fora, já haviam ficado muito tempo longe uma da outra e não queria que Emma fizesse isso de novo, mas também não achava justo estar com ela e não ser sincera.
- O que houve, Regina. – perguntou Emma.
- É que aconteceu algo na cadeia. – disse Regina.
Emma lembrou-se de Regina falando de sua companheira de cela, quando estava com o ferimento na boca.
- Gretchen... você está apaixonada por ela? – precipitou-se Emma sentindo raiva e medo ao mesmo tempo.
- Não, Emma, eu amo você! – disse Regina.
- Então o que aconteceu? – perguntou Emma.
- No dia do segundo julgamento ela me beijou. – disse Regina.
- O QUÊ? ELA É LOUCA? – gritou Emma.
- Emma, ela disse q se apaixonou por mim e eu disse que te amava e não teria como correspondê-la... – disse Regina.
- Amava? No passado? – perguntou Emma.
- O tempo verbal não importa, eu disse isso a ela. – disse Regina.
- Claro que importa, se amava deixou de amar... – disse Emma.
- Emma, para de birra! Eu disse ‘amava’ porque estava me referindo ao que foi dito  naquele dia, eu continuo te amando! -  disse Regina
- Você disse isso só quando ela te beijou? – perguntou Emma.
- Emma, presta atenção! Você não está me ouvindo. – disse Regina.
Emma olhou nos olhos de Regina.
- Eu disse que amo você e não poderia correspondê-la. – disse Regina.
- Você passou cinco meses trancada com ela, ela te beijou e se apaixonou por você. Você quer que eu me sinta como? – perguntou Emma.
- Onde ficou a sua segurança? – perguntou Regina.
- Eu não sei... – disse Emma.
- Você está se ouvindo? – perguntou Regina.
- Estou!  - respondeu Emma.
- Não parece. Você está duvidando de mim, eu estou aqui te contando sobre o beijo que ela me deu e não que eu dei nela. Você queria o quê? Que eu não contasse? Era muito mais cômodo ter escondido e  evitar essa briga, mas eu preferi ser honesta com você! – disse Regina.
- Então você acha melhor ter escondido? – perguntou Emma.
- Emma, foca no que é importante! Eu disse que seria melhor e não que eu faria isso! – disse Regina.
- E amanhã vou visitá-la... – disse Regina.
- O quê?  Você me fala que ela é apaixonada por você, que ela te beijou e ainda vai visitá-la?  Isso é demais pra eu engolir! – disse Emma.
- Para com essas crises de ciúmes bobos! Eu a verei porque ninguém a visita e eu não vou ser tão mal agradecida a ponto de nem pisar meus pés mais lá! – disse Regina.
- O que você tem a agradecer a ela?  O que ela te deu? – perguntou Emma.
- Agradecer por ter me dado forças lá! – disse Regina.
- E eu não te dei forças? Passei esse tempo todo, dia e noite, trabalhando duro pra te inocentar e você diz que  ela te deu forças? – perguntou Emma
Regina respirou fundo novamente.
- Emma, por favor, ela me deu forças lá dentro, quando eu estava enlouquecendo de tanto tédio de estar enjaulada! – disse Regina.
- Já entendi... – disse Emma.
- Entendeu mesmo? – perguntou Regina.
- É melhor entrarmos, estão nos esperando. – disse Emma indo na frente.
- Emma. – chamou Regina.
Emma não respondeu.
Chegaram de volta a mesa com cara de poucos amigos. Emma sentou-se virando-se de lado oposto a Regina.
- Vocês brigaram? – perguntou Mary.
- Não... – disse Emma.
Regina ficou calada.
- Brigaram sim! – disse Zelena.
- Vocês não enganam ninguém! – disse Ruby.
- Eu vou pra casa. – disse Regina levantando-se.
- Eu vou atrás dela! – disse Zelena.
- Não! Deixe-a sozinha um pouco. – disse Cora.
Emma levantou-se e foi para o seu quarto.
- Acho que a comemoração melou. – disse Killian.
- Nós já vamos, está tarde! – disse August percebendo o clima pesado.
- Nós também vamos, foi um prazer conhecê-los! – disse Cora.
- O prazer foi nosso! – disse David.
- Até a próxima! – disse Henry.
- O jantar estava maravilhoso! – disse Kristin.
- Obrigada! – respondeu David.
- Obrigada pelo quê? Eu que fiz!  - disse Mary.
- Eu ajudei! – disse David.
- Ajudou a comer! – disse Mary.
- Vocês são uma graça! – disse Cora.
- Vocês que são! – disse Mary.
Todos foram embora. Mary e David foram falar com Emma.
- Emma... – chamou Mary na porta do quarto.
Emma não quis responder.
- Por que você e a Regina brigaram? Ela está livre e vocês deveriam aproveitar para ficarem o resto da noite juntas. – disse David.
- Entrem! – disse Emma.
Mary e David entraram no quarto e pereceram que Emma estava limpando as lágrimas.
- Conta pra gente . – pediu David.
Emma resolveu se abrir, contou tudo que aconteceu.
- Emma, vocês brigaram por um motivo bobo, Regina não quis te trair... – disse Mary.
- Eu fiquei abalada de ter ficado esse  tempo todo longe dela e outra pessoa estava beijando ela. – disse Emma.
- Você está pior do que criança birrenta! – disse Mary.
- Emma, pelo que você contou, foi um único beijo roubado. Você esteve tanto tempo longe dela e ainda quer adiar isso por besteira? – perguntou David.
Emma refletiu e caiu em si.
- Vocês tem razão.... – disse Emma.
- Então vá atrás dela! – disse David.
- Vou... – disse Emma apressando o passo.
Regina estava chateada por ter brigado com Emma. Nunca haviam brigado assim antes, não pensou que naquele momento teria uma briga tão séria. Queria estar perto dela. Estava sensível por tudo que passou, uma lágrima solitária  escorreu de seu olho esquerdo.
Seu interfone tocou. Abriu a porta e era ela.
- Desculpe por ter sido tão infantil... – disse Emma.
- Vem cá! – disse Regina puxando Emma para um beijo e fechando a porta.
Era um beijo de saudade, de desejo reprimido, de amor, de paixão.
- Eu preciso me desculpar... – disse Emma sendo interrompida.
- Já se desculpou, agora deixa eu te beijar e não fale mais! Fale somente ao meu ouvido quando estiver gemendo de prazer! – disse Regina.
- Você me pagará hoje por todos esses meses que ficou longe de mim... – disse Emma praticamente arrancando a blusa de Regina.
- Crédito ou débito? – perguntou Regina.
- A vista! Com língua, dedos, boca e por favor não invente de dormir hoje! – disse Emma.
- Duvido que aguenta! - disse Regina.
- Ah é? – perguntou Emma pressionando Regina contra a parede.
Passou a língua em seu pescoço. Regina sentiu seu corpo todo queimar de desejo. Emma segurou as duas mãos de Regina contra a  parede a deixando sem ação, sem controle da situação. Pressionou sua coxa contra o sexo de Regina, aumentando ainda mais a excitação dela.
- Você não sabe o quanto eu sonhava com você nos dias que estava presa. – disse Regina.
- O que sonhou? – perguntou Emma sem parar de chupar o pescoço de Regina
- Sonhava com você entre as minhas pernas me chupando como se não houvesse amanhã! – disse Regina.
- Vou realizar isso agora! – disse Emma abaixando-se.
- Por favor, sem dó, sem piedade, quero apenas que me devore! – disse Regina.
- Está faminta! – disse Emma subindo o vestido de Regina e arrancando a sua calcinha com certa força, deixando-a mais excitada ainda.
Emma fez questão de provocar Regina por várias vezes. Passou a língua em seu clitóris inchado, fazendo Regina soltar um gemido.
- Ande logo, Emma! – disse Regina.
Emma fez outra graça, deu um lambida no sexo de Regina, fazendo-a sentir um líquido escorrer no meio das pernas, era seu desejo aumentando. Seu clitóris estava latejante. 
- Emma, você pagará caro por essa tortura! – disse Regina.
Emma beijou o sexo de Regina como se fosse um carimbo.
- Oh! Emma, por favor... – disse Regina.
Emma ainda queria insistir em torturar Regina, segurou vagarosamente o clitóris de Regina, e puxou os lábios com uma mordida leve.
Regina puxou a cabeça de Emma contra si, como uma súplica para que ela parasse com esses jogos. Dessa vez, Emma chupou Regina, uniu bastante saliva para molhar mais ainda a região. Regina gemia loucamente, Emma fazia movimentos circulares com a língua, Regina não soltava os cachos louros, exercia certa força sobre eles, Emma sugava Regina como se fosse o fruto mais suculento do mundo.
- Emma, não aguento mais... vou gozar! – disse Regina praticamente explodindo sem ao menos terminar a frase direito.
Emma lambeu todo gozo de Regina.
- Que saudades desse gosto na minha boca! – disse Emma.
- Estava com saudades? Vou fazer você sentir muito mais desse gostinho na boca! – disse Regina puxando Emma para si.
Emma passou a língua na boca de Regina e a fez provar do próprio sabor. Regina colocou as duas mãos nos seios de Emma, apertando-os.
- Que saudades dessas delícias! – disse Regina sem parar de beijá-la.
Livraram-se do resto de suas roupas. Regina empurrou Emma na poltrona da sala, lambeu seus mamilos, fazendo-os ficar bem rijos. Regina lambuzou o dedo indicador e médio com saliva, deslizou pelo corpo de Emma e colocou as pontas dedos em sua entrada.
- Agora quero que fale o que está sentindo no meu ouvido! – disse Regina penetrando-a vagarosamente.
Emma soltou um gemido.
- Como eu estava com saudades dessas mãos! -  disse Emma.
- Deixa eu matar a sua saudade! – disse Regina iniciando movimentos de vai e vem.
- Ai que gostoso... – disse Emma sentindo seu sexo contrair-se nos dedos de Regina.
Emma gozou nos dedos de Regina. Regina colocou a língua no sexo dela, bebeu todo mel e depois iniciou chupadas e mordiscadas no clitóris de Emma.
- Nem me deu tempo de recuperar o fôlego... – disse Emma.
- Você disse que aguentava a noite toda, tem que cumprir a sua palavra. – disse Regina.
- Eu aguento. – disse Emma.
Regina não parou para falar mais nada, Emma intensificou os gemidos e a respiração estava bem mais ofegante. Regina continuou com os movimentos, o clitóris de Emma ardia, mas ela queria mais.
- Não para, não para, por favor! – implorou Emma enquanto colocava o cabelo de Regina atrás de sua orelha.
Regina aumentou a velocidade dos movimentos fazendo Emma quase rasgar a poltrona, por segurar com tanta força. Gozou muito. Regina lambeu cada gota.
Emma deitou-se no corpete da sala.
- Quero te chupar aqui, senta na minha boca! – disse Emma.
Regina quase teve outro orgasmo ao ouvir aquilo, adorava aquela posição, achava muito sexy e quente. Encaixou-se na boca de Emma e recebeu várias lambidas até gozar novamente.
Foram para o quarto, Emma empurrou Regina na cama e pediu que ela virasse. Ficou de quatro enquanto Emma a penetrava e Regina pedia cada vez mais forte, adorava sentir o impacto da força dos braços músculos de Emma. Teve mais um orgasmo.
- Hoje vou te deixar toda lambuzada! – disse Emma.
- Eu te amo! – disse Regina.
- Eu também te amo! – disse Emma.
Pararam quase amanhecendo o dia e adormeceram abraçadas, desfalecidas de tanto prazer que deram uma a outra.
No dia seguinte, Regina foi visitar Gretchen como prometido. Queria contar sobre o julgamento e agradecer mais uma vez por tê-la feito sentir-se bem durante aquele tempo.
Uma funcionária nova estava chegando a Roanoke, apresentando-se como enfermeira.



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