Susan Anthony

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- Regina, o que está fazendo? – perguntou Emma assustada.
- Agora ela quer dar uma ‘Joãozinho sem braço’? – disse Gretchen.
- Regina, por que está apontando a arma? – perguntou Kristin.
- Pense bem, Regina! – disse August.
- CALEM-SE! – gritou Regina.
Emma não sabia o que pensar. Estava muito assustada com a atitude  de Regina, todos estavam.
- Está a quanto tempo infiltrada? – perguntou Regina sem parar de mirar em Emma.
- O quê? – perguntou Emma.
- Sua vinda para o FBI não foi atoa, justo pra minha equipe... – disse Regina.
Gretchen sorria.
- Eu não sou infiltrada, você sabe que não, o que está fazendo? Não acredito que não confia em mim... – disse Emma com os olhos marejados.
Regina precisava manter-se firme mesmo sentindo seu coração apertado por estar fazendo aquilo com Emma.
- Como assim? – perguntou Killian.
- Não estou entendendo nada. – disse August.
- O que acha que deve ser feito com traidores, agente Gretchen Morgan? – perguntou Regina.
- Ora, entregá-los! – disse Gretchen.
- Quero saber como é na guerra, no Afeganistão, como foi lá? – perguntou Regina.
- O quê? – perguntou Gretchen.
- Isaac Heller te mandou, não é Susan? – perguntou Regina mudando a mira para Gretchen.
Flash back on
Regina solicitou que a entregassem todos aparelhos eletrônicos, um a um aproximou-se de sua mesa para cumprir o que foi ordenado. Os revistou.
Enquanto Regina explicava  a missão, Gretchen abaixou-se para desdobrar a calça e aproveitou a distração de todos e para pegar o celular de Emma e o guardou.
- Andem, não tenho o dia todo. – disse Regina.
Na casa de Isaac, Regina solicitou a Gretchen que destravasse o alarme enquanto ela e Emma procuravam por provas. Regina avistou Isaac e as tirou da casa. Ao caminharem para o carro, Gretchen fingiu um tropeço e esbarrou em Emma, colocando o celular no bolso do uniforme da Gentlemen para acusá-la.
Flash back off
Emma respirou aliviada quando Regina mudou a mira da arma.
- Susan? – perguntou Emma surpresa.
- Do que está falando? – perguntou Gretchen mudando a expressão.
- Ex militar, esteve na guerra em 2013 e perdeu uma perna, creio que esteja com um implante da Genese’s. – disse Regina.
- É, a sua perna não é real, pelo que pude sentir... – disse Kristin.
- Seja quem for que falou isso pra você está mentindo! – disse Gretchen.
- Sentir? Você e Gretchen... ? – perguntou August.
- Sim... – disse Kristin.
- Ninguém me falou, eu encontrei provas de que você não é Gretchen e sim Susan Anthony, é agente da Genese’s. – disse Regina.
- O quê? – perguntou Emma.
- Você quer sentir a minha perna ? – perguntou Gretchen chutando a arma da mão de Regina.
A arma de Regina voou longe mas ela partiu pra cima de Gretchen antes que ela corresse, lhe deu uma chave de pescoço e Gretchen colocou a perna sobre uma das mesas e empurrou Regina contra a parede conseguindo soltar-se, Emma tentou desferir um soco no rosto de Gretchen, mas ela conseguiu desviar e a empurrou contra uma das mesas deixando coisas quebradas. August puxou Gretchen pelo braço mas ela lhe deu um soco no estômago. Kristin lhe deu um soco no olho e ela revidou, Regina deu lhe um golpe, fazendo Gretchen desequilibrar-se.  Killian correu em direção a Gretchen.
- Soldado k-1007, ativar.  – disse Gretchen como se fosse um comando de voz.
Killian ficou com postura ereta e em posição de sentido.
- Que merda é essa? – perguntou Emma.
- Que porra é essa? – perguntou Regina.
- Soldado k-1007, mate-a! - disse Gretchen.
Killian imediatamente segurou no pescoço de Regina com a mão mecânica e começou a sufocá-la.
- Solte ela! – disse Emma tentando separar Killian de Regina mas era em vão.
Gretchen aproveitou a oportunidade e fugiu.
Regina estava quase sem oxigênio, não conseguia respirar, não conseguia fazer Killian largá-la.
August bateu na cabeça de Killian e não resolveu nada.
- Que merda! – disse August.
Kristin desferia socos no rosto de Killian e era como se ele não sentisse nada, estava em transe total, Regina estava a beira da morte.
- Como desativa essa coisa? – perguntou August.
- Soldado k-1007, descansar! – tentou dizer Kristin.
Killian permaneceu tentando matar Regina.
- Atira na mão dele! – disse kristin.
- Não!! Pode acertar em Regina. – disse August.
Emma em uma medida desesperada atirou na nuca de Killian acertando no chip implantando, fazendo-o morrer instantaneamente.
Regina procurou por fôlego até a sua respiração voltar ao normal.
- Droga! – disse August.
- Está morto! – disse Kristin.
- Eu não tive outra alternativa... – disse Emma.
Estava desesperada por ter matado alguém, um colega de trabalho.
- Regina, você está bem? – perguntou Emma.
A voz de Regina estava fraca, o aperto que Killian lhe deu com a mão mecânica atingiu suas cordas vogais.
- Acho que sim. – disse Regina com a voz fraca.
- Ela fugiu! – disse August.
- O que faremos? – perguntou Kristin.
- Agora temos um corpo de um agente federal e uma agente falsa que escapou. – disse Emma.
- Então é isso que esse chip faz, a pessoa é transformada em um soldado pronto para matar. – disse Regina com dificuldade na voz.
- Por que fariam isso? – perguntou August.
- Isaac é militar e o governo está envolvido nisso tudo, só posso crer que eles querem ter total controle da população, transformando pessoas em armas, usando moradores de rua como cobaias descartáveis. Os testes iniciais são com eles, se der errado eles morrem e ninguém sente falta. – disse Regina.
- Não queria ter matado ninguém... – disse Emma sentindo-se mal.
- Não foi culpa sua, temos que retirá-lo daqui. – disse Regina.
- É claro que foi, eu atirei. – disse Emma.
- Emma, acalme -se! – disse Regina.
O corpo de Killian foi recolhido, Ruby retirou o chip de seu corpo para que ele possa ser melhor estudado.
Cora assumiu a presidência da empresa de Henry. Passava o dia todo tentando atentar-se mais sobre o negócio, poucas vezes interessou-se pelo negócio do marido, mas agora era questão de honra levar aquilo em frente. Chamou Ingrid para trabalhar com ela. Não sabia se fazia bem em chamá-la sendo que perdeu Henry a tão pouco tempo, mas precisava de ajuda, ou talvez queria usar isso como desculpa para tê-la por perto. Suas filhas eram ocupadas demais para assumirem a empresa.
- Qual será a minha função aqui? – perguntou Ingrid.
- Será meu braço direito, minha secretária. – disse Cora.
- E confia em mim para ser o seu braço direito? – perguntou Ingrid.
- Bom, você tem provado que mudou... – disse Cora.
- Fico feliz por me dar essa oportunidade de estar ao seu lado, pelo menos aqui na empresa. – disse Ingrid.
- Você merece mais uma chance. – disse Cora.
- Obrigada! – disse Ingrid.
- Qual será a minha primeira função?  - perguntou Ingrid.
Cora estava mais perdida do que Ingrid,
- Eu ainda não sei... – disse Cora sem graça.
- Relaxa, com o tempo você pega o jeito. Não acha melhor contratar alguém para orientá-la? – perguntou Ingrid.
- Tem razão. – disse Cora.
- Procure por um administrador, um de confiança e você fica com a parte menos difícil. – disse Ingrid.
- Ótima ideia, farei isso. Tenho que prezar pelo patrimônio que meu marido deixou, pelas minhas filhas... – disse Cora.
- Quero vê-la feliz. – disse Ingrid.
Cora sorriu para Ingrid.
- Bem que poderíamos tentar sermos felizes... – disse Cora.
- Eu desisti disso, acho que não nasci para encontrar paz, felicidade e amor... – disse Ingrid cabisbaixa.
- Está enganada, todos nós merecemos ser feliz algum dia. – disse Cora.
- Mas esse momento nunca chegou para mim. – disse Ingrid.
- Talvez devêssemos tentar juntas. – disse Cora.
- O que quer dizer com isso? – perguntou Ingrid com uma sobrancelha arqueada.
- O que acha de ficarmos juntas? Um relacionamento... – disse Cora.
- Está me pedindo em namoro, Cora? – perguntou Ingrid.
- É exatamente isso. – disse Cora aproximando-se de Ingrid.
- Não acredito nos meus ouvidos. – disse Ingrid.
- Me dê a sua mão. – disse Cora.
Ingrid segurou as mãos de Cora acariciando-as.
- Qual a sua resposta? – perguntou Cora.
- Você só dizendo isso porque agora está sem o Henry. – disse Ingrid entristecida.
- Você sabe que eu sempre a amei, mas eu tinha uma vida com Henry, não poderia largá-lo assim... – disse Cora.
- Eu sou a sua segunda opção então? – perguntou Ingrid.
- É claro que não, eu agora não vejo mais sentido em fugir desse sentimento. – disse Cora.
- Eu não sei, Cora... – disse Ingrid.
- Não acredito que você vai negar isso a nós logo agora... – disse Cora.
- Não é isso, é que essa situação me deixa desconfortável... – disse Ingrid.
- Eu lhe dou um tempo para pensar, não precisa temer e nem ter receio. Eu te amo! – disse Cora.
- É melhor mesmo! – disse Ingrid.
- Posso ao menos beijá-la? – perguntou Cora.
- Eu não... – tentou dizer Ingrid mas Cora não a deixou pensar em mais nada, a agarrou e beijou.
- Não era você que queria tentar, até me chamou para jantar... – disse Cora.
- Mas a situação era outra, eu tentei reconquistá-la várias vezes e você me deixou de lado e agora que Henry morreu, você me procura. Como quer que eu me sinta? – perguntou Ingrid.
- Ingrid, me perdoe, eu quero que me entenda também... – disse Cora.
- Deixe-me pensar... – pediu Ingrid.
- Quando estiver pronta, me avise. – disse Cora.
- Claro. – disse Ingrid.
Emma ainda estava alterada por ter matado Killian, Regina estava com a consciência pesada pelo que havia feito, mas era um mal necessário.
Regina abraçou Emma com força, um abraço que tocaria até a alma, queria confortá-la, queria pedir perdão.
- Emma, me perdoe... – disse Regina sem soltá-la.
- Pelo quê? – perguntou Emma.
- Por tê-la assustado, por ter apontado aquela arma pra você... – disse Regina.
- Você realmente me assustou, achei que estava duvidando de mim, você foi bastante convincente. – disse Emma.
- Me desculpe por te feito você passar por isso... eu sabia que Gretchen, ou melhor, Susan era culpada, mas eu precisava entrar no jogo dela... – disse Regina.
- Eu entendi o seu plano, me aliviei quando percebi... – disse Emma.
- Eu sei como se sente por ter matado Killian, são coisas que acontecem com a gente em nossa profissão, eu estou aqui para te dar todo apoio que precisar.  – disse Regina desfazendo o abraço.
- Não, não me solte agora... – pediu Emma.
- Claro que não, meu amor! – disse Regina.
- O que faremos com Gretchen, Susan? – perguntou Emma.
- Tenho certeza de que foi ela que matou o meu pai, ela precisa pagar... – disse Regina.
- Vamos atrás dela. – disse Emma.
- Ela deve ser influente, o comando de voz do chip de Killian funcionou com ela. – disse Regina.
- Vamos descobrir... – disse Emma.
- Se sente melhor? – perguntou Regina.
- Sei que demorarei algum tempo para superar isso... Killian era um idiota mas era nosso amigo. – disse Emma.
- Claro, fico muito triste em perdê-lo. Avisei a ele sobre o risco de ir a genese’s fazer esse implante, mas ele queria ter uma vida melhor. Eles não iam dar um tiro no escuro, algo pretendiam com aquilo. Aquela história de desconto para colocar o chip tinha algo muito sujo por trás. – disse Regina.
- Mas não poderíamos imaginar que seria para controlar alguém, isso não pode acontecer, querem escravizar a vida humana. – disse Emma.
- A gente tem que dar um jeito de derrubar isso, creio que só vimos a ponta do iceberg e teremos que ter forças para enfrentá-los. – disse Regina.
- Forças e um exército, eles devem ter muitas pessoas com esse chip implantado. – disse Emma.
- Vamos chamar de operação marca da besta. – disse Regina.
- Marca da besta? Pesado! – disse Emma.
- É praticamente isso... – disse Regina.
Gretchen chegou a Genese’s e apontou uma arma para doutora L.P.
- Susan? O que está fazendo? – perguntou a doutora.
- Não se atreva a chamar ninguém... – disse Gretchen.
- O que você quer? – perguntou a doutora.
- Tira essa droga de chip de mim, agora! – disse Gretchen.
- Você sabe que pode morrer, não sabe? – perguntou a doutora.
- Sei muito bem que você desenvolveu essa porcaria e sabe muito bem como desativá-la. – disse Gretchen.
- Não posso fazer isso. – disse a doutora.
- Quer que eu atire? Acha que estou blefando? Você sabe do que sou capaz... – disse Gretchen.
- Deite-se aqui! – disse a doutora.
- Não me anestesie, não se atreva! – disse Gretchen.
- Você não vai aguentar. – disse a doutora.
- Já aguentei muita coisa nessa vida, se você tentar avisar alguém , eu mandarei matar a sua mãe! – disse Gretchen.
- Tudo bem, relaxe! – disse a doutora.
Iniciou o procedimento, Gretchen sentia a dor do corte. Em  menos de 5 minutos, a doutora destravou o chip e o retirou.
- Tome esse antibiótico e esses analgésicos. – disse a doutora.
- Nenhuma palavra, ok! – disse Gretchen.
Gretchen foi até a sala de Isaac.
- Susan, não te chamei! – disse Isaac.
- Tenho uma curiosidade, general. – disse Gretchen.
- Qual? – perguntou Isaac.
- Depois da morte de Henry, você assumiu totalmente as ações e controle da genese’s? – perguntou Gretchen.
- Comprei o resto das ações e agora são minhas. – disse Isaac.
- É 100% sua? – perguntou Gretchen.
- Sim, por que o interesse? – perguntou Isaac.
Gretchen aproximou-se de Isaac e sentou-se no colo dele.
- Quer uma reconciliação? – perguntou Isaac.
- Talvez. – disse Gretchen beijando Isaac.
Ele colocou as duas mãos sobre os seios de Gretchen e ela aproveitou-se para tomar a arma dele.
- O que está fazendo?  - perguntou Isaac.
- Quero que passe o controle do acesso de toda a empresa para as minhas digitais... – disse Gretchen.
- Soltado S-105, ativar! – disse Isaac.
- Não vai funcionar. – disse Gretchen mirando a arma.
- O quê? – perguntou Isaac.
Gretchen virou e mostrou o corte.
- Você tirou o chip... – disse Isaac.
- Sim, general! O seu brinquedinho do FBI, Killian Jones, eu ativei o comando de voz para reconhecer a minha voz... – disse Gretchen.
- Você não vai me matar. – disse Isaac.
- Eu não teria tanta certeza. – disse Gretchen.
- Como conseguiu isso? – perguntou Isaac.
- Se acha  esperto? Eu sou mais... – disse Gretchen.
- Pretende me matar? – perguntou Isaac.
- É exatamente o que vou fazer, não tente nada! – disse Gretchen.
Isaac levou Gretchen para reconhecimento da palma da mão no sistema da genese’s.
- Agora você passa a ter acesso a tudo. – disse o general.
Gretchen testou e funcionou. Isaac tentou reagir mas Gretchen atirou no diafragma dele.
- Morrerá em poucas horas. – disse Gretchen.
Limpou o sangue e o fez trocar de roupa. Passou com ele para fora da empresa, segurando-o.
- General, o que está havendo? – perguntou um dos seguranças de Isaac.
- Ele está passando mal, o levarei para o hospital, não se preocupe. – disse Gretchen.
Isaac não falou nada, Gretchen o colocou no carro.
- Neal? Seu pai está muito mal, precisa levá-lo a um hospital. – disse Gretchen ao telefone.
- O que aconteceu? Onde ele está? – perguntou Neal.
- Estamos na estrada, quilômetro 140.  Sofremos uma emboscada, ele está baleado e eu com o pé fraturado, não posso dirigir.– disse Gretchen.
- Eu já estou indo. – disse Neal.
- Venha rápido! – disse Gretchen.




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