Pintura íntima

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Regina suspirou antes de responder, sabia que Emma havia pedido para ela não fazer uso frequente daquele medicamento, não queria brigar, mas também não queria mentir. Achava injusto fazer isso com ela. Emma Swan, a pessoa que a fez sentir as melhores coisas de sua vida, não merecia uma quebra de confiança.
- Eu estou tomando sim! – disse Regina.
- Não acredito! – disse Emma.
- Desculpa mas esses dias eu estava tensa e acabei recorrendo a esses meios! – disse Regina.
- Você está tomando isso com uísque, Regina? – perguntou Emma.
- As vezes sim... – disse Regina.
- Isso é perigoso, por favor pare... – pediu Emma.
- Emma, eu sei mas eu precisei! – disse Regina.
- Você ainda tem? – perguntou Emma.
- O quê? – perguntou Regina.
- Do remédio. – disse Emma.
- Tenho um apenas... – disse Regina.
- Quando essa caixa acabar, me promete não tomar mais? – perguntou Emma.
- Prometo! Mas vamos mudar de assunto... – disse Regina.
- Vamos... – disse Emma
- Tem uma coisa sobre mim que eu nunca te contei. – disse Regina.
- O quê? – perguntou Emma.
- Assim como a minha irmã Zelena, eu pinto. – disse Regina.
- Sério?  Posso ver? – perguntou Emma.
- Vou te levar até o ateliê, mas não repare porque faz tempo que não vou lá.- disse Regina.
- Claro que não! – disse Emma.
Regina pegou um agasalho para Emma e a levou até o seu cantinho de pintura. Fazia tempo que não ia neste lugar, não estava inspirada depois de tantos problemas. Abriu a porta que estava trancada, acendeu a luz e logo o cheiro abafado veio.
- Por que não pintou mais? – perguntou Emma.
- Estava sem inspiração... – disse Regina.
- Estava? No pretérito?  - perguntou Emma.
- Isso... acabei de olhar para minha nova inspiração... – disse Regina olhando nos olhos de Emma.
- Qual? – perguntou Emma.
- Você é claro! – disse Regina.
Regina mostrou seus quadros, um mais belo que o outro. Cada um com um toque diferente, com um olhar diferente.
- Quem é essa? – perguntou Emma sobre um quadro que lhe chamou atenção.
- É uma amiga de infância... – disse Regina.
- Parecia ter uma certa paixão pela boca dela... – disse Emma.
- Por que pensa assim? – perguntou  Regina Curiosa com a resposta de Emma.
- Você focou muito nessa região, a detalhou mais e deu mais cor... – respondeu Emma.
- É verdade, é uma bela região. – disse Regina.
- E este? – perguntou Emma.
- Desenhei fatos que via durante esse tempo todo em minha profissão. Tentei misturar todos os sentimentos... – disse Regina.
- Realmente é uma confusão de sentimentos, muitas cores escuras, o preto  está presente na maior parte do desenho... – disse Emma.
- Posso te pintar? – perguntou Regina.
- Agora? – perguntou Emma.
- Neste exato momento. – respondeu Regina.
- Uau! Pode. – disse Emma.
- Hoje está frio, pegarei um vinho para ajudar a esquentar... – disse Regina.
Deixou  Emma em seu ateliê e pegou um bom vinho e voltou segurando duas taças  e gelo.
- Eu sempre fui um desastre para abrir um vinho. – disse Emma.
- Eu te ensino. – disse Regina colocando-se entre os braços de Emma, mas por trás.
Emma sentiu o calor  do corpo de Regina, estava envolvida em seus braços. Regina entregou a garrafa a Emma, entregou-lhe o saca rolhas, colocou a mão sobre a dela e a ensinou a pressionar  e enroscar.
- Pressione e gire. – disse Regina sem tirar as mãos das de Emma.
- Assim? – perguntou Emma.
- Isso... – disse Regina.
- E agora? – perguntou Emma.
- Encaixe-o na boca da garrafa. – disse Regina dando a direção a Emma.
- E agora? – perguntou Emma.
- Mantenha a base firme na garrafa e puxe o saca-rolhas para cima. – disse Regina.
Emma tentou fazer isso rápido e com força.
- Mais devagar, com mais pressão. – disse Regina.
- Consegui! – disse Emma comemorando.
- Sou uma ótima professora! – disse Regina servindo a taça de Emma e em seguida a sua.
- Impossível não aprender com uma professora tão bela... – disse Emma.
Regina começou a desabotoar a roupa.
- O que está fazendo? – perguntou Emma.
- Eu gosto de pintar nua. – disse Regina.
- E você quer me pintar assim e ainda quer que eu fique quieta? – perguntou Emma.
- Terá que ficar quietinha! – disse Regina.
Regina despiu-se totalmente, vestindo apenas um avental  vermelho.
- Não sentirá frio? – perguntou Emma.
- Ligarei o aquecedor. – respondeu Regina.
- Como quer me pintar? – perguntou Emma.
- Tá vendo essa poltrona? – perguntou Regina.
- Sim. – respondeu Emma.
- O aquecedor está bom? Consegue ficar com os seios de fora? – perguntou  Regina.
- Com o vinho, o aquecedor e você assim, creio que a temperatura subiu bastante! – disse Emma.
- Ótimo!! – disse Regina preparando a tela, tintas e pincéis.
Ao virar-se, Emma já estava com os seios amostra, somente com o jeans que marcava cada músculo de sua perna e uma sandália com salto 10 , Regina parou uns instantes para analisar qual seria o melhor ângulo para pintá-la.
Tomou um gole de vinho, deixou a taça do lado e aproximou-se de Emma.
- Sente-se aqui. – pediu Regina.
- Assim? – perguntou  Emma.
- Coloque a perna esquerda no braço da poltrona e relaxe os braços. – disse Regina.
- Assim? – perguntou  Emma ficando na posição que Regina desejava.
- Não, é melhor segurar a taça de vinho e relaxar o outro braço. – pediu Regina.
- Melhorou? – perguntou Emma.
- Perfeito! – disse Regina.
Regina virou-se para tela, estava com o belo bumbum amostra.
- Essa visão aqui é maravilhosa! – disse  Emma.
- Duvido que seja melhor que a minha. – disse Regina.
Regina começou a esboçar o desenho, desenhava cada detalhe que valorizava Emma, seus braços fortes e bem definidos, seu rosto de boneca, seus cabelos perfeitos, seus seios fartos, suas coxas bem definidas, sua boca com um batom bem vermelho e olhar penetrante.
- Acho que estou me apaixonando de novo! – disse Regina.
- Quem diria que um dia eu teria uma mulher tão bela quanto talentosa. – disse Emma.
Regina tomou o último gole de sua taça  de vinho, deixou Emma descansar da posição que  estava e a serviu novamente.
- Esse vinho é delicioso! – disse Emma.
- Vou ligar uma música para nós! – disse Regina.
Procurou entre os seus  CD’s algum que combinasse com aquele momento. Colocou uma música lenta e sensual, em um tom que não atrapalhasse o volume  de suas vozes.
- Regina, isso tudo está me deixando bastante... – disse Emma pausando.
- Excitada? – perguntou Regina.
- Sim... – respondeu Emma.
- A mim também. Pense em coisas sensuais, sua expressão está ótima! – disse Regina.
- Esse momento é sensual, impossível não pensar em outra coisa! – disse Emma.
Regina caprichava em cada detalhe, inclusive no colar que Emma tinha, valorizava os seus seios.
- Está cansada? – perguntou Regina.
- Um pouco. – respondeu Emma.
- Vou deixá-la descansar, outro dia continuamos. – disse Regina.
- Tem certeza? – perguntou Emma.
- Inclusive está tarde! – disse Regina.
- Nossa... já passa das onze! – disse Emma olhando em seu relógio.
- Durma aqui comigo... – pediu Regina.
- Estou dormindo tanto aqui que logo logo terei que trazer a mudança. – disse Emma brincando.
- Não seria má ideia! – disse Regina.
- Eu fico! – disse Emma levantando-se da poltrona.
- Acho que não devemos desperdiçar esse clima. – disse Regina passando a mão pela cintura de Emma.
- Estava pensando na mesma coisa. – disse Emma.
Regina beijou Emma, passando as pontas dos dedos lentamente em sua nuca. O movimento que seus corpos estavam fazendo involuntariamente, fez a taça de vinho de Emma derramar nela mesma.
- Que desperdício! – disse Emma.
- Acho que não! – disse Regina passando a língua do abdômen de Emma até o seu pescoço.
- Uou! Isso foi muito bom. – disse Emma.
- Podemos fazer de novo. – disse Regina.
- Faz... – pediu Emma retirando o seu jeans.
Regina retirou o avental que estava, pegou a garrafa de vinho e derramou nos seios de Emma, lambeu cada parte, causando ainda mais excitação em Emma.
- Emma Swan com vinho, o que poderia ser melhor? – perguntou Regina.
- Não sei definir... – disse Emma.
- Estou  com vontade de fazer amor  com você até suar! – disse Regina.
Emma sentiu suas pernas se contraírem contra seu sexo quase que involuntariamente.
- Deixa eu derramar vinho em você... – disse Emma.
Regina entregou-lhe a garrafa. Emma a abraçou e a conduziu até o balcão que Regina guardava suas coisas. Sentou-se e deixou o seu corpo inclinado, apoiando as duas mãos sobre o balcão. Emma pressionou o seu corpo contra o de Regina. Virou um pouco de vinho no pescoço de dela, lambeu e chupou, deixando a respiração de Regina mais ofegante do que já estava. Pressionou seu joelho no sexo dela, fazendo a sua umidade aumentar. Usou dois dedos para apertar os mamilos de Regina e em seguida derramou vinho em seus seios, os sugou com todo desejo que tinha, lambuzou-os, arrancando-lhe gemidos. Emma deu um gole na boca da garrafa e beijou Regina.
- Você está me deixando uma viciada em sexo! – disse Regina.
- Que você me deseje assim todos os dias. – disse Emma.
- Impossível não desejar...- disse Regina puxando Emma para si.
Emma separou as pernas de Regina e a fez inclinar o corpo ainda mais, derramou vinho no sexo dela e em seguida bebeu todo o líquido, o vinho misturava-se com o sabor do desejo de Regina, aquilo embriagava Emma, chupava Regina com tanta vontade que o som dos movimentos de sua língua ecoava no ambiente.
- Céus... – disse Regina a beira do orgasmo.
Emma não parou, queria alcançar o êxtase total da namorada. Regina contraiu o corpo inteiro e deixou o gozo escorrer, Emma bebeu tudo mais uma vez. O orgasmo de Regina foi tão intenso que sentia os músculos de seu sexo e de sua perna latejarem.
- Eu te amo! – confessou Regina mais uma vez.
- Eu também te... – antes de Emma terminar a frase, Regina a interrompeu com um beijo.
Estava louca para ter aquela mulher em seus braços, dominá-la, fazê-la sua, queria lhe dar prazer...
- Você me pega desse jeito, assim eu gozo antes de você me tocar! – disse Emma.
- Quero que goze muito mesmo, mas espera eu te tocar! – disse Regina.
Regina deixou Emma na mesma posição que ela estava anteriormente, penetrou dois dedos lentamente e a beijou.
Continuou com os movimentos lentos mas com certa pressão, sabia o ponto certo, sabia o melhor lugar para encaixar-se em Emma, sentia as paredes da vagina  dela contrair-se e relaxar-se em seus dedos.
- Assim tá gostoso ou aumento a velocidade? – perguntou Regina no ouvido de Emma.
- Está delicioso! – disse Emma em meio a gemidos e suspiros.
Regina manteve o ritmo.
- Você é muito gostosa, sabia? – perguntava no ouvido de Emma.
Emma estava perto da insanidade, não conseguia mais raciocinar com clareza.
- Me fode mais... – pediu Emma.
- Eu disse que te faria suar... – disse Regina aumentando a velocidade dos movimentos.
Emma aumentou os gemidos, gemia cada vez mais alto,  sentia-se livre com Regina, não se segurava em seus desejos.
Regina colocou a língua no clitóris de Emma e a lambeu, isso foi o ápice de seu prazer, gozou na boca de Regina, relaxando-se em seguida. Sua respiração continuou ofegante.
- Cada vez melhor... – disse Emma jogando os cabelos para trás.
Regina a beijou novamente. Pegou o resto do vinho e dividiu nas duas taças
- Vamos brindar... – disse Regina.
- Brindar a quê? – perguntou Emma.
- A nós! – disse Regina.
- Ao nosso futuro! – disse Emma.
- Ao nosso amor! – disse Regina finalmente brindando as taças.
- Poderíamos viajar juntas quando tudo isso  acabar... – disse Emma.
- Poderíamos fazer o que você quiser...- disse Regina.
- Poderíamos fazer compras juntas... – disse Emma.
- Poderíamos jantar com nossas famílias unidas... – disse Regina.
- Passear a luz do luar! – disse Emma.
- Nos amar a beira-mar! – disse Regina.
- Enfim, quero fazer infinitas coisas com você, estar ao seu lado! – disse Emma.
- E estaremos! – disse Regina.
- Que nada nos separe! – disse Emma.
- Que nosso amor cresça cada dia mais! – disse Regina.
- Se fossemos fazer um brinde a cada coisa que falamos, já estaríamos em coma alcoólico. – disse Emma.
Regina gargalhou.
- O tempo passa tão rápido quando estou ao seu lado... – disse Regina.
- Amanhã temos a manifestação contra Donald Trump para irmos. – disse Emma.
- Não perderei por nada. – disse Regina.
- Precisamos de um banho! – disse Emma.
- Estamos grudadas de vinho. – disse Regina.
- Foi maravilhoso! – disse Emma.
- O quê? – perguntou Regina.
- Tudo, o quadro, o vinho, nossos planos, a gente fazendo amor... – disse Emma.
- Estou tão feliz que parece que vou sair voando! – disse Regina.
- É como se a gravidade não existisse? Eu sinto o mesmo. – disse Emma.
Emma e Regina sentiam-se completas juntas, experiência na qual, não queriam que acabasse, a cada segundo juntas, era um motivo a mais para se amarem.
Preparam-se no dia seguinte com cartazes, pintaram o rosto e saíram para as ruas. Grande parte do povo não estava feliz com os ideais do presidente eleito. Não conseguiam entender como aquele homem poderia ter ganho a eleição. Encontraram os amigos, famosos, cantores, atrizes e atores, que estavam ali para expressar a sua insatisfação.
Estavam em frente a casa Branca, estavam contra o presidente. Gritavam verdades, mostravam seus protestos em seus cartazes.
Trump olhava pela janela e apenas conseguia rir da revolta do povo, a vitória já tinha sido dele. Em um de seus olhares para o povo, percebeu Regina; ali estava seu interesse sexual. Era assim que a via e não como uma mulher poderosa como ela merecia, como Emma a enxergava, como muitos a enxergava.
- Tragam Regina até aqui, apenas ela. – pediu Trump aos seus seguranças.
Obedeceram as ordens, foram até Regina e disseram que o presidente a queria em sua presença. Ela relutou, não tinha vontade nenhuma  de ver aquela cara laranja e minguada. Mas lembrou-se das ameaças e acabou indo, não por medo e sim para enfrentá-lo.
- Doutora Mills, que bom que veio! – disse Trump.
- Vim, mas foi para dizer que nunca, jamais cederia as suas sujeiras! – disse Regina.
- Não tem medo de ter a sua carreira afundada? – perguntou Trump.
- Não! Teria medo se eu realmente tivesse feito aquelas coisas. – disse Regina.
- Corajosa... mas eu tenho aqui algumas cópias! – disse Trump.
- Não me importo! Provarei a minha índole. – disse Regina.
- Mulher de honra... exceto  por um detalhe... – disse Trump.
- Que detalhe? – perguntou Regina.
- Você namora uma mulher  e isso é sujo! – disse Trump.
- Sujo é o que você pretende. Sujo é ameaçar uma mulher! – diisse Regina.
-  Amar alguém não é sujo! – completou Regina.
- Se você não fizer por bem, fará por mal! – disse Trump segurando Regina pelo braço.
- Me solte! – disse Regina.
- Não vou soltá-la! – disse Trump tentando forçar um beijo.
Regina mordeu a boca do presidente que  gritou de dor.
- Selvagem você! – disse Trump levando a mão na boca.
Regina tentou abrir a porta mas foi impedida pelo presidente.
- Me deixe ir! – disse Regina.
- Você será minha! – disse Trump.
- NUNCA! – gritou Regina.
- Se você sair dessa porta, mandarei alguém pegar a sua namoradinha lá fora! – disse Trump.
- SE VOCÊ ENCOSTAR UM DEDO NELA, EU TE MATO! – Gritou Regina dando um chute no saco de Trump e correndo para ir embora.
- Vão atrás dela! – Trump ordenou aos seus seguranças.

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