Você mentiu para mim!

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Emma estava apreensiva, não queria acreditar que Regina tinha feito algo com o presidente, tentou ligar para ela mas não atendia o celular. Decidiu ir até a casa de Zelena, tentar ver se ela tinha uma cópia da chave do apartamento de Regina.
- Emma, você disse que ela estava com o Trump e desapareceu... e agora ele aparece morto em todos os noticiários. – disse Zelena.
- Estou preocupada com isso... – disse Emma.
- Espero que Regina não tenha feito nenhum loucura. – disse Zelena.
- Eu também, mas  ela não seria capaz... – disse Emma.
- A não ser que  tenha sido um acidente. – disse Zelena.
- Pelas notícias, não foi um acidente! – disse Emma.
- Verdade... ele estava no carro. – disse Zelena.
- Preciso encontrá-la. – disse Emma
- Me ligue dando notícias. – disse Zelena.
Emma foi até o apartamento de Regina, encontrou algumas coisas reviradas e uma garrafa de uísque jogada no chão. Entrou no quarto e viu Regina deitada apenas com a toalha enrolada no corpo.
- Regina... – chamou Emma.
A arma estava do lado dela. Emma sentou-se na cama e acariciou o rosto de Regina, desligou o ar condicionado. Regina estava gelada, enrolada na toalha molhada, Emma a tirou sem que Regina acordasse, a cobriu e deitou-se ao seu lado.
Ligou para Zelena e avisou sobre Regina e em seguida avisou a Cora.
Regina dormiu por mais uma hora e acordou percebendo a presença de Emma.
- O que está fazendo aqui? – perguntou Regina tentando levantar-se mas a cabeça pesou.
- Regina, estava louca atrás de você, te procurei por todos os lug... – disse Emma.
- Como entrou? – perguntou Regina.
- Zelena me meu a cópia das chaves. – respondeu Emma.
- Não parecia estar atrás de mim quando estava beijando Lily.- disse Regina com amargura.
- Como você... você viu? – perguntou Emma gaguejando.
- Claro que vi, não acredito que você fez isso comigo! – disse Regina sem conseguir levantar.
- Regina, eu não beijei Lily, ela... – tentou dizer Emma.
- Eu vi! Não negue. – disse Regina.
- Ela que me beijou, eu não tive escolha. – disse Emma.
- Eu te vi beijando Lily e fui embora... – disse Regina.
- Eu não te trairia, Regina! – disse Emma.
- Eu estava nervosa e ainda me deparei com você beijando aquela... pessoa! – disse Regina.
- Eu amo você! Falei para Lily isso e espero que ela tenha entendido! – disse Emma.
- Emma, eu bebi muito e tô com uma dor de cabeça infernal. – disse Regina.
-Precisa vestir-se, vai ficar doente! – disse Emma.
- Tem razão. – disse Regina.
- Eu faço um café forte pra você. Só quero saber se você ainda está pensando que eu seria capaz de te trair? – perguntou Emma.
- Emma... eu confio em você! – disse Regina segurando a mão de Emma ao cair em si.
- Já volto! – disse Emma beijando a testa de Regina.
Regina começou a se lembrar do que havia ocorrido no estacionamento, do rapaz que a drogou e do problema que ela havia arrumado. Sua cabeça latejava, e seu coração estava apertado.
- Está aqui! – disse Emma entregando uma xícara de café a Regina.
- Obrigada! – disse Regina tomando o primeiro gole.
- O que aconteceu com você? Não atendia minhas ligações... – disse Emma sentando-se em frente a Regina.
Emma estava apreensiva sobre Trump, não queria fazer nenhuma pergunta que magoasse Regina, ou que ela pensasse que estaria sendo julgada.
- Estava chateada... Trump tentou me agarrar, tentou me beijar e eu corri. Te ameaçou por isso mandei aquelas mensagens, mas quando saí da Casa branca te vi com Lily... – disse Regina.
-Ele te beijou? Aquele nojento, asqueroso. – perguntou Emma fazendo cara de nojo.
- Sim, mas eu mordi a boca dele! – disse Regina.
- Deveria ter me chamado... – disse Emma.
- Não estava pensando direito, não quis atender as suas ligações porque estava com ciúmes. Fui a um bar e tomei um porre de uísque. – disse Regina.
- Regina, isso tudo está te deixando muito alterada, deveria tirar umas férias... – disse Emma.
- Quem dera se pudesse... – disse Regina.
- Sentou um rapaz ao meu lado e me ofereceu um relaxante... – continuou Regina.
- E você tomou? – perguntou Emma.
- Eu não sei o que deu em mim, esse dia estava todo ao avesso... acabei tomando! – disse Regina.
- Era relaxante mesmo? – perguntou Emma.
- Não, infelizmente era uma droga! – disse Regina.
- Não acredito... – disse Emma com voz triste.
- Eu sentei no banco da praça e fiquei na chuva, nada parecia real, me sentia flutuando e foi quando recebi uma ligação... – disse Regina.
- Quem era? – perguntou Emma.
- Uma mulher... uma denúncia anônima. – disse Regina.
- Que denúncia? – perguntou Emma.
- Falando que a Cruella estava estacionada em um carro no Lions Gate. – disse Regina.
- LIONS GATE? – gritou Emma.
- Sim... – disse Regina.
- Regina, você... – disse Emma sendo interrompida.
- Eu cheguei lá e não era ela, era o presidente... – disse Regina.
- Você o matou? – perguntou Emma com medo da resposta.
- Não... não, eu não o matei! Quando eu cheguei, ele já estava morto e eu corri desesperada... – disse Regina.
- Regina... isso é  grave! – disse Emma.
- Eu sei, mas eu não o matei e sinto que vão me acusar! – disse Regina deixando uma lágrima escorrer.
- Nós vamos provar a sua inocência! – disse Emma.
- Mas tem muitas  provas contra mim, eu o ameacei no telefone, ele tem aqueles documentos falsos e vão dizer  que eu estive com ele na casa branca. – disse Regina angustiada.
- Regina, vão saber que a arma não é sua e as câmeras de segurança vão provar quem matou Trump. – disse Emma.
- Assim espero!  - disse Regina.
- Eu te amo, estarei com você em todos os momentos! – disse Emma.
- Eu também te amo.- disse Regina abraçando Emma.
As investigações sobre a morte do presidente estavam a todo vapor.  O agente do FBI Alex M. estava a frente dessa investigação, vasculharam as imagens de segurança da Casa Branca e viram Regina entrando e em seguida correndo dos seguranças de Trump, a viram escondendo-se em um armário e depois  saindo pelos fundos. Encontraram as cópias das acusações que Trump tinha contra Regina e estava aguardando liberarem as imagens de segurança do Lions Gate.
Os noticiários estavam eufóricos, repórteres loucos por notícias e cercavam a casa Branca.
- Agente Alex M., já tem um culpado? – perguntou a repórter Belle French.
- Temos que aguardar as respostas das investigações. – respondeu Alex.
- Tem algum suspeito? – perguntou Belle French.
- É muito cedo para falar sobre isso. – disse Alex.
- Alguma pista? – perguntou Belle.
- Não vamos falar sobre isso agora, obrigado! – disse Alex fugindo das câmeras.
Regina estava sentindo seu estômago revirar, tudo que tomou estava querendo sair.
- Agora meu estômago está pesado. – disse Regina correndo para o banheiro.
Vomitou muito e sentou no chão do banheiro. Emma ficou do lado dela.
- Nunca mais bebo assim... – disse Regina suada.
- Tome esse remédio para enjoo. – disse Emma.
- Obrigada. – disse Regina.
Não conseguiu pregar o olho a noite inteira, Emma dormiu ao seu lado, mas volta  e meia acordava e perguntava se Regina precisava de algo.
Emma acordou no horário de costume e não quis acordar Regina, preferiu deixá-la dormir um pouco mais. Arrumou-se e foi  trabalhar. Enviou uma mensagem para Regina.
O exame de balística constou que a arma da qual saiu o tiro foi de um agente federal. A equipe de Alex procurou por toda região a arma do crime e a encontrou jogada próximo a delegacia de Regina. Pela numeração de série foi identificado que a arma pertencia a ela mesmo.
Regina acordou, já estava perto do meio-dia, não viu Emma ao seu lado, tomou seu banho e comeu algo. Ao pegar na arma, percebeu que  não era a dela, e que em algum momento foi trocada, provavelmente no bar que ela estava.
- Droga! – disse Regina sobre a arma.
Em sua cabeça passava apenas que foi uma armação das grandes para incriminá-la. Quanto tempo levaria para irem atrás dela? Acusá-la de um crime que não cometeu. Não ia fugir, agiria normalmente, até porque, quem não deve, não teme.
Percebeu que em seu celular tinha uma mensagem de Emma.
“Tive que ir e deixá-la dormindo, você precisava descansar, por isso não a acordei. Te amo! 😚”
“Estou indo! Te amo! ❤” – respondeu.
Zelena recebeu a visita da namorada em seu consultório.
- Amor! – disse  Ruby.
- Oi gatinha! – disse Zelena beijando Ruby.
- Tem paciente por agora? – perguntou Ruby.
- Daqui a meia hora. – respondeu Zelena.
- Trouxe umas coisas pra te mostrar... – disse Ruby.
- O quê? – perguntou Zelena.
- Uns presentinhos! – disse Ruby.
Ruby havia levado várias coisas do sexy shop para Zelena, algemas, lubrificantes, plug anal, chicote, fantasias, calcinhas comestíveis.
- Uau! Estou no Paraíso? – perguntou Zelena.
- Parece que sim! – disse Ruby.
- E vamos usar isso agora? – perguntou Zelena.
- Aqui não! – disse Ruby.
- Por que não?  - perguntou Zelena.
- Porque? Daí um paciente seu chega e eu não vou querer interromper para deixar você atendê-lo! – disse Ruby.
- É só não atendermos! – disse Zelena.
- Não, Zelena! Cadê sua ética profissional? – perguntou Ruby.
- Deixei em casa! – disse Zelena.
- Quando a gente sair daqui, prometo fazer tudo que você quiser! – disse Ruby.
- Não se faz isso com uma pessoa como eu, vou pensar só nisso o resto da tarde e depois o preço que me pagará será caro! – disse Zelena.
- Estou disposta a pagar! – disse Ruby beijando Zelena.
Zelena sentiu seu corpo esquentar e puxou Ruby contra o seu corpo, beijou seu pescoço e deslizou as mãos da cintura até o bumbum de Ruby.
- Zelena... – disse Ruby.
Zelena não interrompeu, começou a intensificar as carícias e aprofundar o beijo.
- Assim eu não consigo sair daqui! – disse Ruby.
- Não quero que saia! – disse Zelena sem parar com os beijos.
- Amor, vão nos pegar aqui! – disse Ruby.
- Vamos aproveitar enquanto ninguém chega... – disse Zelena.
Tirou a blusa de Ruby e desabotoou o seu sutiã. Desceu os beijos para os seios dela.
O paciente de Zelena deu duas batidas e entrou sem autorização. Zelena e Ruby desprenderam-se no mesmo instante.
- Nossa... – disse o paciente boquiaberto.
- Deveria ter aguardado a minha autorização para entrar. – disse Zelena.
- Desculpe, eu sou meio distraído! – disse o paciente sem tirar os olhos de Ruby.
Ruby tentou cobrir-se com as mãos.
- Mas... eu atrapalhei vocês? – perguntou o homem.
- Eu só estava ensinando como fazer o exame de toque mamário! – disse Zelena tentando escapar das perguntas do homem.
- Eu pensei que fosse um consultório psiquiátrico. – disse o homem.
- Olha, quer saber? Não é da sua conta! – disse Zelena.
- Desculpe! Você é grossa... – disse o homem.
- E você é inconveniente!  - disse Zelena.
- Espere lá fora, por favor! – disse Zelena.
- Tudo bem! – disse o paciente saindo.
- Eu sabia que iam pegar a gente! – disse Ruby vestindo-se.
- Foi bom, só me deu mais vontade de continuar... – disse Zelena beijando Ruby novamente.
- Larga de ser safada! – disse Ruby sem conseguir desprender-se dos braços de Zelena.
- Mais tarde! – disse Zelena.
- Mais tarde você não me escapa! – disse Ruby.
Ao sair do consultório de Zelena, deparou-se com o homem escutando a conversa delas atrás da porta.
- O senhor não tem vergonha na cara mesmo, heim! – disse Ruby.
- Olha quem fala! – disse o homem.
Ruby revirou os olhos  e saiu.
Emma recebeu um e-mail do FBI em sua caixa de entrada, era o vídeo de segurança do hotel Lions Gate.
- Gente, recebemos as Imagens de segurança do Lions Gate. – disse Emma.
- Cadê?  - perguntou Killian.
- Já fez download? – perguntou August.
- Quem foi? – perguntou Kristin.
- Está quase 100% baixado, venham! – disse Emma.
Todos ficaram em volta da mesa para ver o vídeo.
- A imagem está um pouco distante! – disse August.
Imagens do vídeo
Regina aproximou-se do carro sedan Preto que estava estacionado próximo a coluna central. Sacou a arma e aproximou-se devagar. Ao chegar na janela do motorista mirou a arma e disparou, correu assustada do local.
Fim do vídeo
- Não é possível! – disse August.
- Não posso acreditar! – disse Kristin levando a mão na boca.
- Isso é real? – perguntou Killian.
Emma estava tão chocada que não sabia o que sentir, ficou sem chão, seu coração estava tão acelerado que achou que sairia pela boca. Ao ver Regina naquelas imagens e atirando, sentiu um choque dentro de sua cabeça, não conseguia reagir e muito menos processar aquela informação.
Regina entrou na delegacia e sentiu o clima pesado, sentiu os olhares a fuzilarem no mesmo instante.
- Boa tarde! – arriscou dizer.
- VOCÊ MENTIU PRA MIM! – gritou Emma.


FixaçãoWhere stories live. Discover now