O julgamento - parte 2

1.6K 148 23
                                    

- Se Regina Mills recebeu uma denúncia anônima, por que o número não foi rastreado? – perguntou Alana.
- Nós tentamos, porém o número era anônimo e foi desativado logo após a ligação. Não acham estranho uma ligação anônima e logo depois a responsável deixar o número inativo? Não seria nem um pouco suspeito? – perguntou Emma.
- Talvez a pessoa não quisesse identificar-se apenas. – disse Alana.
- A ré acusou o presidente Donald Trump de assédio. Por vingança ela assassinou o presidente... por pressão de não ter o seu nome envolvido em escândalos. – afirmou Alana.
- A ré é inocente! Não mataria por motivo tão baixo. Ela poderia muito bem provar a sua inocência quanto as acusações falsas do presidente. – disse Emma.
- Nossa filha está ótima. – sussurrou Mary a David.
- Está me dando orgulho. – sussurrou David.
- Vamos ouvir a acusada, Regina Mills. – disse o juiz.
Regina respirou fundo, sentou-se e fez o juramento.
- Conte como foi que você chegou ao estacionamento do Lions Gate no dia dezesseis de março de dois mil e dezessete. – pediu Alana.
- Nesta data fui a manifestação contra o presidente Donald Trump, ele me chamou para conversar e... – disse Regina sendo interrompida por Alana.
- Ele já havia te assediado anteriormente? – perguntou Alana.
- Sim, ele... – tentou dizer Regina.
- Se ele já havia assediado a senhora anteriormente, por que foi vê-lo? – perguntou Alana.
- Eu queria confrontá-lo, dizer que não iria ceder ao que ele propôs e... – Regina foi interrompida novamente.
- Foi ameaçá-lo? – perguntou Alana.
- Protesto!  A representante do ministério público excede ás perguntas e não deixa a acusada falar. – disse Emma.
- Protesto negado! As perguntas da representante do ministério público são relevantes. Continue. – disse o juiz.
- Eu não fui ameaçá-lo, fui apenas confrontá-lo. Ele me beijou e eu o mordi e corri do local, ao chegar do lado de fora, tive um mal entendido e acabei indo para casa, tomei uma garrafa de uísque e saí com minha bolsa que estava a minha arma... -  disse Regina.
- Por que saiu armada? – perguntou Alana.
- Porque eu sou uma delegada e sempre saio armada? – Regina fez uma pergunta retórica.
- Prossiga... – disse Alana.
- Fui para Sky bar, bebi alguns drinks e um rapaz sentou-se ao meu lado, conversou comigo, quando eu já estava alterada, ofereceu-me um relaxante... – disse Regina.
- Eu deixei a minha bolsa de lado, logo depois fui a rua e sentei em um banco. Recebi a ligação anônima sobre Cruella Devil estar no Lions Gate, ao chegar lá eu apontei a arma com intuito de abordá-la. Percebi que era o presidente e já estava morto, corri para casa e coloquei a cabeça debaixo do chuveiro para tentar organizar os meus pensamentos, chorei bastante e deitei-me. Apenas no outro dia que percebi que não era a minha arma que estava comigo. – disse Regina.
- Alguma pergunta, Dr. Alana? – perguntou o juiz.
Alana assentiu com a cabeça.
- Por que fugiu? Se não foi você, por que não pediu reforços? – perguntou Alana.
- Eu não estava bem, não pensei em nada! – disse Regina.
- Mais alguma pergunta, doutora? – perguntou o juiz.
- Não, estou aguardando as testemunhas. – disse Alana.
- A advogada de defesa tem alguma pergunta? – perguntou o juiz.
- Não, aguardarei o depoimento das testemunhas. – disse Emma.
A primeira testemunha é Mika Dornels, sentou-se para depor.
- Mika Dornels, jura solenemente falar somente a verdade, nada além da verdade? – perguntou Alana.
- Juro, pela minha honra! – disse Mika.
- Você estava no Sky bar no dia dezesseis de março, conte-nos o que viu. – pediu Alana.
- Eu estava lá com alguns amigos e vi aquela mulher conversando com o garçom, depois sentou um rapaz louro, novinho ao lado dela, conversaram e ele mexeu rápido na bolsa dela. – disse Mika.
- Por que não avisou?  - perguntou Alana.
- Por que acabei me distraindo com outra coisa e eles pareciam amigáveis. – disse Mika.
- A advogada de defesa tem alguma pergunta? – perguntou o juiz.
Emma assentiu.
- Em algum momento você notou algum consentimento por parte de  minha cliente na troca das armas? – perguntou Emma.
- Não, a bolsa estava fora da visão dela no momento que o rapaz estava mexendo. – disse Mika.
- Somente isso, obrigada. – disse Emma.
Mika retirou-se e a próxima testemunha foi anunciada. Roger, estava com a mulher no bar e ofereceu-se para Kristin como testemunha.
- Roger Willians, jura solenemente dizer somente a verdade e nada além da verdade? – perguntou Alana.
- Juro por minha honra! – disse Roger.
- Estava no Sky bar, viu essa  mulher? – perguntou Alana apontando para Regina.
- Sim. – respondeu Roger.
- O que viu exatamente? – perguntou Alana.
- A vi conversando com o garçom e com um jovem louro, ofereceu-lhe um comprimido. – disse Roger.
- Mais alguma pergunta? – perguntou o juiz a Emma e Alana.
As duas negaram.
- Testemunha, August. – disse Alana.
August repetiu o juramento.
- O que sabe sobre o envolvimento entre Regina Mills e o presidente Donald Trump. – perguntou Alana.
- Ele estava sempre atrás dela, dizia que era sobre o caso Devil, mas ele foi falar com ela em seu dia de folga, quando estávamos tendo um momento de descontração na casa de piscina dos pais dela. – disse August.
- Não tenho mais perguntas. – disse Alana.
Emma assumiu o posto.
- Percebeu algum olhar, alguma fala diferente do presidente para Regina? – perguntou Emma.
- Sim... ele a olhava com certo desejo, mas não consegui ouvir o conteúdo da conversa. – disse August.
- Como Donald Trump saberia onde Regina estava sem que a tivesse perseguindo? – perguntou Emma.
- Isso é uma caso a se refletir! – disse August.
A pergunta de Emma deixou todos pensativos.
- Sem mais perguntas. – disse Emma.
Kristin, Killian, Zelena e Ruby confirmaram a história igualmente.
Gold foi chamado para depor, fez seu juramento.
- Regina Mills é de longe a melhor agente que tive. O cargo de delegada foi por mérito dela. Cada um é responsável pelo seu mérito! Ela nunca, jamais fez algo fora da lei, algo que colocasse em dúvida a sua honra como profissional e como mulher. Duvido que seja culpada. – disse Gold.
- Não tenho perguntas. – disse Alana.
Emma pediu a palavra.
- Em algum momento, Regina fez alguma fraude? Você acredita que ela seria capaz? – perguntou Emma.
- Em momento algum. Acredito que isso realmente seja uma armação muito bem bolada! – disse Gold.
- A próxima testemunha é Ingrid.
- Ingrid? Que Ingrid? – perguntou Cora sussurrando.
Ingrid entrou no tribunal e Cora quase infartou.
- Ingrid? O que ela tem a ver com esse caso? – perguntou Cora a Henry.
- Não sei,  estou tão perplexo quanto você. – disse Henry.
- A testemunha tem uma versão dos fatos que prova a inocência da acusada. – disse Emma.
- A testemunha não pode provar nada com palavras. – disse Alana.
- Ordem. Prossiga com os interrogatórios. – disse o juiz.
- Jura solenemente dizer a verdade e nada além da verdade? – perguntou Alana.
- Juro por minha honra! – disse Ingrid.
- Você alega a inocência de Regina Mills, como? – perguntou Alana.
- Porque não foi ela que matou o presidente. – disse Ingrid.
- Então quem foi? – perguntou Alana.
- Cruella Devil com um plano muito bem arquitetado. – disse Ingrid.
- E como você sabe disso? – perguntou Alana.
- Porque eu estava presente quando ela planejou tudo. – disse Ingrid.
- Então você é uma cúmplice! – disse Alana.
- Sou! – disse Ingrid.
Cora não estava acreditando no que acabara de ouvir, estava sentindo sua pressão subir.
- E porque está condenando-se? – perguntou Alana.
- Motivos pessoais! Eu não sabia de quem se tratava, descobri que Regina é filha de uma pessoa que amo. Cruella a queria longe, escolheu um rapaz para fazer a edição do vídeo, ela pediu a uma cúmplice para ligar para Regina fazendo uma denúncia anônima, para atraí-la ao local... – disse Ingrid.
Flash back on
Cruella estava com Úrsula a espera de Trump, sabia da rotina do presidente de visitar parentes sozinho no Lions Gate, o observou bastante antes de planejar a armação contra Regina. Viu o carro de Trump chegando.
- Ligue para ela agora e livre-se do celular. – disse Cruella.
- Ok! – disse Úrsula.
Úrsula discou para o número de Regina por meio de um telefone anônimo.
- Alô? – atendeu Regina.
- Doutora Mills, tenho uma denúncia a fazer. – disse Úrsula.
- Qual?  - perguntou Regina.
- Eu acabei de ver aquela mulher do retrato falado, Cruella Devil. – disse Úrsula.
- Onde? – perguntou Regina.
- Ela está no estacionamento do prédio Lions Gate, em um sedam preto, próximo a coluna central. – disse Úrsula.
- E se ela já foi embora? – perguntou Regina.
- Parece estar esperando alguém. – disse Úrsula.
- Já estou indo. – disse Regina.
Úrsula havia dado um sinal a Cruella avisando que Regina estaria indo. Cruella aproximou-se do carro de Trump, que estava com a cabeça baixa para procurar algo que caiu embaixo, disparou contra a nuca do presidente enquanto não havia ninguém no local. Mandou Úrsula ir embora e foi até onde Peter estava para editar o vídeo assim que Regina aparecesse.
- Corta a minha chegada. – disse Cruella.
- Pronto. – disse Peter fazendo a primeira edição.
- Ótimo.- disse Cruella.
- Ela chegou. – disse Peter.
- Aguarde. – disse Cruella.
- Esse susto que ela levou será perfeito para a montagem do disparo. – disse Peter.
- Ótimo. – disse Cruella.
Peter editou as imagens, fez parecer que Regina realmente disparou. Cruella pagou bem por esse serviço.
Flash back off
- Eu ia entregar Cruella, a prendi, mas o FBI chegou antes que o fizesse. – disse Ingrid.
Emma pediu para falar.
- A troco de quê você arriscaria a sua liberdade? – perguntou Emma.
- Eu fui presa anos atrás, fiz um acordo com Alexander Mahonne, ele pediu que eu retornasse ao esconderijo de Cruella fingindo que nada aconteceu, que eu esperasse uma oportunidade de para entregá-la a ele, mas ele não cumpriu o acordo. Me prendeu porque o mérito não foi dele. – disse Ingrid.
- Ele foi solicitado como testemunha? – perguntou Alana.
- Não. – disse Emma.
- Peço ao senhor,  meritíssimo, que convoque Alexander Mahonne para depor. – disse Alana.
- Encerro essa sessão, marcando uma nova para que possamos ter Alexander Mahonne como testemunha. – disse o juiz.
A audiência foi remarcada. Regina voltou para Roanoke com uma esperança a menos. Não achava que seria inocentada.
Gretchen ficou feliz em ver Regina novamente e triste por ela não ter sido solta ainda.
- Estou de volta... – disse Regina entristecida.
- O que houve? – perguntou Gretchen.
- Remarcaram o julgamento. – disse Regina.
- Por que? – perguntou Gretchen.
- Precisavam de mais uma testemunha que não foi convocada. – respondeu Regina.
- Espero que dê tudo certo. – disse Gretchen.
- Acredito na capacidade da Emma em me defender e em reunir provas, mas as coisas não são assim... existem mais provas negativas do que positivas e estou com medo de não dar certo. – disse Regina.
- Não fique assim... talvez você tenha voltado para que eu pudesse lhe dizer algo. – disse Gretchen.
- O quê?  - perguntou Regina.
- Esse tempo que passamos juntas... bom, eu... – disse Gretchen sendo interrompida.
- Hora do pátio. – disse Cindy.
Gretchen perdeu a coragem de falar e foram para o banho de sol.
- O que ia me dizer? – perguntou Regina.
- Nada, é besteira! – disse Gretchen.
- Pode falar... – disse Regina.
- Nada, é melhor deixar para lá.  – disse Regina.
Por um descuido das guardas, Cruella aproximou-se de Regina.
- Se você pensa que  eu irei ser condenada, está muito enganada... ainda tenho uma última cartada e não morrerei presa! – disse Cruella.
- Não tem pra onde fugir, você não tem mais escapatória! – disse Regina.
- Veremos! – disse Cruella.
- Devil está falando com a Mills, tire ela de lá! – disse Cindy a guarda responsável por Cruella.
Mahonne foi solicitado para depor, não teve escapatória.
O dia esperado chegou. Regina estava apreensiva novamente.
- Fique calma, sinto que você sairá livre hoje. – disse Gretchen.
- Assim espero! – disse Regina.
- O que eu queria dizer é que... eu me apaixonei por você! -  disse Gretchen.
- Como? – perguntou Regina.
- Deixe eu terminar... eu sei que ama a sua namorada e que jamais terei qualquer chance de ter algo com você, mas só me sentira melhor se falasse. – disse Gretchen.
- Nossa... você foi meu apoio esse  tempo aqui, acho que teria perdido a sanidade se não fosse por você, mas não poderei corresponder a esse sentimento... – disse Regina.
- Eu já esperava por isso. – disse Gretchen.
- Desculpe... – disse Regina
- Mills, está na hora de ir. – disse Cindy.
- Espera! – disse Gretchen puxando o braço de Regina.
- Boa sorte! – disse Gretchen beijando Regina sem aviso prévio.
- Desculpe! – disse Gretchen.
- Não esperava... – disse Regina.
- Obrigada... – disse Regina referente ao desejo de boa sorte.
- Obrigada você por ter tornando meus dias melhores também! – disse Gretchen.
Regina a abraçou..
- Mills, eu não tenho o dia todo! – disse Cindy.
Regina seguiu para tribunal. Mahonne foi chamado para depor, fez os juramentos.
- Alexander Mahonne, qual seu envolvimento no caso Devil? – perguntou Alana.
- Eu estava investigando a algum tempo... – disse Alex.
- Onde conheceu Ingrid? – perguntou Alana.
- Ingrid? Em NY... – limitou-se a responder.
- Responda a pergunta completa, como estava investigando o caso? – perguntou Alana.
- Prendi Ingrid com uma grande quantia em dinheiro e ofereci um acordo em troca da confissão. – disse Mahonne.
- E conseguiu? – perguntou Alana.
- Sim. – disse Mahonne.
Alana fez um sinal de que já havia acabado com as perguntas.
- Advogada de defesa? – perguntou o juiz.
- As respostas do agente estão muito vagas, pode me dar mais detalhes sobre o seu acordo com Ingrid? – perguntou Emma.
- Eu ofereci a liberdade dela em troca de Cruella. – disse Mahonne.
A representante do ministério público pediu a palavra.
- O depoimento dele é irrelevante para o caso de Regina Mills, não tira a sua culpa, portanto, pode retirar-se! – disse Alana.
- Protesto! A representante do ministério público está invalidando o fato de que Alexander Mahonne está confirmando que Ingrid estava envolvida com Cruella, e que de fato houve uma armação contra a minha cliente! – disse Emma.
- Protesto aceito. – disse o juiz.
Todos estavam ansiosos para aquilo ter fim.
- Não temos mais nenhuma testemunha na lista. Por favor, doutara Alana, dê a sua conclusão para o caso. – disse o juiz.
- Regina Mills pode ter um histórico de um álibi praticamente perfeito, porém, uma mulher quando está sendo pressionada pode cometer loucuras. A própria acusada alega que estava sob efeitos de álcool e droga no dia em questão, ela pode ter alucinado sobre ser inocente, esquecido de que atirou no presidente. Temos provas que levam a acusada, a arma dela é a arma do crime e temos ainda uma prova mais do que irrefutável, essa prova é impossível de ser invalidada, o vídeo de segurança do edifício Lions Gate, onde mostra claramente Regina Mills atirando no presidente. Não temos nenhuma prova sobre essa Cruella Devil ter armado para a acusada, temos apenas palavras. Peço ao júri que avalie com cuidado e não deixe uma criminosa desse nível em pune. – disse Alana.
Os familiares e amigos de Regina estavam odiando Alana por aquele discurso, todos a conhecem bem, Regina não seria capaz.
- Com a palavra a advogada de defesa. – disse o juiz.
- Ninguém é perfeito, todos nós cometemos deslizes, mas essa mulher que está sendo acusada de um crime bárbaro é inocente! Ela sempre foi uma excelente líder, uma excelente filha, uma excelente mulher e uma excelente amiga. Sabemos que a acusada tem grande reconhecimento por parte dos colegas de trabalho, da família e do antigo chefe. Aquele vídeo foi editado, contas no exterior não existem. Testemunhas provam a afirmação de que sua arma foi trocada no dia do crime, a ligação anônima que sumiu do mapa. Temos provas demais contra uma pessoa só, suspeito não é? Deixo na consciência do júri, avaliar todos os pontos e não deixar uma mulher inocente pagar por um crime no qual não cometeu! – disse Emma.
- O júri reunirá e logo virá com o veredito. – disse o juiz.
Aquele momento era decisivo, era muito assustador para Regina, para Emma e para quem acreditava em Regina. O tempo de reunião do júri acabou e retornaram para dar o veredito final.
- Regina Mills tem uma reputação íntegra  perante os amigos e familiares. Tem uma carreira promissória, tem fama, vem de família rica. Sabemos que isso não impede de alguém cometer um assassinato em um momento de desespero. Portanto, por  provas insuficientes da inocência da ré, a declaramos culpada. – leu o juiz.
Emma  sentiu o seu peito esmagar-se. Regina nem sentia mais nada, estava fora de si, totalmente transtornada.  Cora, Henry e Zelena estavam aos prantos.
- A sentença da acusa é Pena de morte por injeção letal. – disse o juiz.
Chegou alguém e falou algo no ouvido de Emma.
- Espere! Temos uma testemunha de última hora com uma Prova irrefutável! – disse Emma.





FixaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora