Gostaria de dizer que...

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- Que você o quê? – perguntou Emma depois da pausa de Regina.
- Que eu...- tentou dizer Regina.
Emma mordeu o lábio inferior.
- Eu também me sinto assim... sei que fiquei um pouco retraída no começo, mas eu logo deixei as coisas acontecerem... – disse Regina perdendo a coragem de falar o que queria.
- Eu sei... mas você queria me dizer isso mesmo? – perguntou Emma.
- Praticamente isso. – disse Regina tentando esconder o que realmente queria dizer.
- Não se preocupe, cada coisa em seu tempo. – disse Emma.
Regina deu um beijo no rosto de Emma, como se pedisse perdão pela sua falta de coragem de dizer que a amava. Achava que estava cedo demais para dizer isso, tinha medo de que Emma achasse que isso era precipitado demais.
- Tem razão... – disse Regina.
- Tá vendo, você está mais calma.- disse Emma dirigindo.
- Me sinto leve... pode ligar o som? – pediu Regina.
- Claro... – disse Emma ligando o rádio do carrk.
“  Darling, darling, doesn't have a problem Lying to herself
Cause her liquour's top shelf It's alarming honestly how charming she can be Fooling everyone, telling them she's having fun
She says you don't want to be like me
Don't wanna see all the things I've seen I'm dying
, I'm dying She says, you don't want to get this way
Famous and dumb at an early age Lying,
I'm lying” 🎵

Querida, querida não há problema
Mentindo para si mesma
Porque sua bebida é de primeira linha Honestamente, é perigoso o quanto ela pode ser charmosa
Enganando a todos, falando a eles que está se divertindo
Ela diz, você não quer ser igual a mim
Não quer ver todas as coisas que eu vi
Estou morrendo, estou morrendo
Ela diz, você não quer ficar assim
Famosa e estúpida tão nova
Mentindo, estou mentindo” 🎵

- Uau... assim eu vou acabar dormindo aqui... que música calma. – disse Regina.
- Carmen, Lana Del Rey... – disse Emma.
- Vou adicionar a minha playlist da insônia. – disse Regina rindo.
- Quando eu preciso relaxar ouço apenas Lana Del Rey. – disse Emma retribuindo a risada.

“Mon amour, je sais que tu m'aimes aussi
Tu as besoin de moi
Tu as besoin de moi dans ta vie
Tu ne peux plus vivre sans moi
Et je mourrais sans toi Je tuerais pour toi” 🎵

“Meu amor, eu sei que você me ama também
Você precisa de mim
Você precisa de mim em sua vida
Você não pode viver sem mim
E eu morreria sem você
Eu mataria por você” 🎵
- Tem certeza que vai conseguir voltar para delegacia? – perguntou Emma.
- Tenho... – respondeu Regina.
O remédio que Regina tomou fez efeito e ela acabou pegando no sono.
Flash back on
Cruella foi até uma biblioteca e pegou alguns livros sobre religiões de deuses antigos indígenas, livros sobre reencarnação e levou para Ingrid ajudá-la elaborar uma ideologia que se parecia com religião, como uma nova religião.
- Trouxe alguns livros, você me ajuda? – disse Cruella.
- Você quer que eu te ajude a criar uma religião insana? você acha que alguém vai acreditar nisso? - perguntou Ingrid.
- Nunca saberemos se não tentarmos. - disse Cruella.
- Vamos lá... o que você tem aí? – perguntou Ingrid.
- Eu tenho os livros “A crença pagã dos povos primitivos” “A arte do Renascer” - disse Cruella.
- Você já leu? – perguntou Ingrid.
- Li algumas partes. – disse Cruella.
- O que podemos aproveitar disso? - perguntou Ingrid.
- Aqui fala sobre os índios primitivos que faziam rituais de sacrifícios humanos para os deuses e usavam os órgãos como oferendas, os corpos eram enfeitados e depois enterrados. – disse Cruella.
- O que você tem mais? –  perguntou Ingrid.
- No livro do Renascimento fala que o purgatório é uma forma de purificação da alma onde ela é preparada para uma vida nova, apenas após a purificação, a alma estará pronta para ser encaminhada para o novo corpo.  – disse Cruella.
- Como você provará que essa teoria é verdade? – perguntou Ingrid.
- Todo negócio requer investimento, nós vamos estudar criar as teorias, criar crenças,  fazer com que as pessoas acreditem que isso é o que deve ser feito e eu vou escrever um livro. – disse Cruella.
- Um livro você realmente está muito louca! – disse Ingrid.
- Pare de falar e vamos trabalhar. – disse Cruella.
Cruella escreveu um livro chamado O doce sabor do Renascer, ela e Ingrid fizeram juntas mas assinaram autoria como I.C De vil.
O livro não foi sucesso de vendas, mas ele está lá na sessão esoterismo de qualquer livraria, poucas pessoas se interessam  pelo  assunto, pois a maioria teme esse tipo de tema.
Cruella observava as pessoas de longe. Tinha preferência pelas mais vulneráveis, sentava do lado delas e contava a sua falsa crença. Uns acreditavam e outros a chamavam de louca. Recrutou algumas pessoas e as presenteou com o livro, quando um ou outro começavam a desconfiar que aquilo não era real, Cruella eliminava, nunca ficou com a mesma equipe  por muito tempo. Sempre mudava de local, nunca ficava na mesma cidade por mais de dois anos. A cada lugar que passava, era perseguida por um delegado diferente e sempre conseguia escapar.
Cruella escreveu várias edições do livro, mas publicou apenas a primeira, o restante ela usava apenas com o seu grupo já formado.
Flash back off
Ingrid não voltou a procurar por Cora, isso estava deixando-a desesperada. Estava confusa por amar Henry e Ingrid, por não querer ficar sem nenhum dos dois. Ao mesmo tempo que pediu para Ingrid ficar distante, ela a queria perto. Não aguentando mais a angústia e a inquietação de seu coração, decidiu ir falar com ela.
- Onde você vai? – perguntou Henry.
- Não vou mentir pra você, preciso falar com Ingrid! – disse Cora saindo sem esperar pela resposta do marido.
Ele também não se deu o trabalho de ir atrás, não ia impedir Cora, mas também a ignoraria quando chegasse. Estava disposto a propor o divórcio.
Cora bateu na porta de Ingrid com força, mas não foi atendida, tocou companhia e não foi atendida, não desistiu, foi insistente, tocou por várias vezes até que ela apareceu trajada por uma toalha enrolada em seu corpo.
- Cora? Eu estava no banho. – disse Ingrid ainda com sabão pelo corpo.
- Por que não me procurou mais? – perguntou Cora.
- Estive ocupada... sentiu minha falta? – perguntou Ingrid dando um sorriso malicioso.
Cora não respondeu, agarrou Ingrid com um beijo a empurrou no banheiro e ligou o chuveiro, não se deu ao trabalho de tirar as roupas, estava duplamente molhada, com a água do chuveiro e pelo seu desejo. Ingrid rasgou a blusa de Cora, pareciam dois animais selvagens sedentos pelo desejo do coito, empurrou Cora contra parede, deu uma mordida forte no pescoço dela arrancando-lhe um rugido, Ingrid desceu a calça de Cora, penetrou dois dedos com força em Cora.
- Lembra do dia em que chegou de surpresa em meu quarto e me fodeu? – perguntou Ingrid.
- Jamais esqueci! – disse Cora em meio a gemidas nem um pouco tímidas.
- Hoje será a minha vingança... – disse Ingrid estocando mais e mais Cora.
- Então me fode! – pediu Cora.
Ingrid aumentou a velocidade das estocadas, deu uma mordida nos mamilos de Cora e aquilo foi o estopim, teve um orgasmo tão forte que suas pernas falharam. Respirou por dois minutos e ajoelhou-se em frente a Ingrid, penetrou a língua dentro dela, retirando e colocando, entrando e saindo, Ingrid arranhava as costas de Cora com força e isso não a fazia fraquejar, deu várias lambidas nos lábios de Ingrid, alternando para o clitóris, Cora não perdia o movimento, estava no caminho certo, Ingrid gemia alto e pedia para Cora não parar, quando estavas prestes a gozar, encravou as unhas no pescoço de Cora arrancando-lhe sangue. Cora sentiu arder, mas bebeu do mel de Ingrid até a última gota.
Voltou para casa com a roupa rasgada,  cheia de marcas e molhada. Henry estava vendo o jornal e reparou na selvageria da mulher.
- O que você estava fazendo? – perguntou Henry.
- Sexo, não parece óbvio? – perguntou Cora sem se importar com mais nada.
- Poxa, nunca foi assim comigo. – disse Henry.
-  Você sempre pareceu que gostava de sexo mais lento e romântico. – disse Cora.
- Pode ser porque nunca tentamos... mas vê-la entrar assim até fiquei excitado. – disse Henry.
- Deixa eu ver... – disse Cora tocando no volume da calça de Henry.
- Viu? – perguntou Henry.
- Senti! – disse Cora descendo o zíper da calça de Henry.
- Oh! – disse Henry.
Cora sentou-se no colo de Henry e cavalgou como nunca.
Emma observou Regina dormir, não quis acordá-la, admirava a beleza da mulher que estava dividindo os melhores momentos de sua vida, tantos sentimentos invadiam seu coração e materializavam-se em sua mente, conseguia ver-se ao lado de Regina ao  longo dos anos, não imaginava mais a sua vida sem ela. Retirou um cabelo que estava incomodado o olho de Regina e o colocou atrás de sua orelha, acariciou o rosto da namorada e isso a fez despertar.
- Emma... por quanto tempo eu dormi? – perguntou Regina.
- Por exatos 55 minutos. – disse Emma olhando no relógio.
- Nossa... deveria ter me acordado quando chegamos. – disse Regina.
- Preferi não fazer isso, você estava em um sono tão profundo. – disse Emma.
- E você me esperou pacientemente nesse carro durante esse tempo todo? – perguntou Regina.
Emma sorriu.
- Esperaria por quanto tempo fosse necessário, estava tendo a mais bela visão de todas... – disse  Emma.
- Espero que não se canse de mim... – disse Regina.
- Acho que isso não é possível! – disse Emma.
- Assim espero, porque não me imagino sem você. – disse Regina.
- Estava aqui pensando a mesma coisa. – disse Emma.
Regina beijou Emma carinhosamente.
- Precisamos voltar ao trabalho. – disse Regina.
- Tem razão. – respondeu Emma.
Zelena estava saindo com Ruby a algum tempo.
- Ruby, você sabe que eu gosto de você... – disse Zelena.
- Assim como eu de você! – disse Ruby.
- Sabe que eu gosto de pessoas? Pode parecer estranho, mas eu gosto de todos os tipos de pessoas, não olho gênero, cor, etnia, nada... – disse Zelena.
- Você é pansexual, eu entendo... – disse Ruby.
- E sabe também que eu sou ninfomaníaca e não vivo sem um bom orgasmo... – disse Zelena.
- Onde quer chegar? – perguntou Ruby.
- Quero saber  se depois de tudo isso, você me aceitaria como sua namorada? – perguntou Zelena.
Ruby sentiu o ar sumindo de seus pulmões.
- O quê? Você está me pedindo pra ser sua namorada? – perguntou Ruby.
- Exatamente isso... você me aceitaria assim? – perguntou Zelena.
- Desde que seja somente minha... – disse Ruby.
- Claro... eu tinha um acordo com Hades, mas sei que você não gostaria desse tipo de relacionamento e entendo. – disse Zelena.
- Quanto a parte de que você é ninfomaníaca, eu tenho certeza que poderei atender as suas expectativas... – disse Ruby.
- Eu sei... – disse Zelena.
- Então a resposta é sim, quero ser sua namorada! – disse Ruby.
Zelena ficou tão feliz que Ruby na frente de todos, estavam em uma praça pública.
Regina ouviu os áudios das escutas que deixou na casa de Ingrid, estava desacreditada com que ouviu.
- Achou algo importante? – perguntou Emma entrando no escritório de Regina.
- Emma, eu estou chocada com o que eu acabei de ouvir... – disse Regina.
- O que foi? – perguntou Emma.
- Escuta. – disse Regina alertando o  play.
“Por que não me procurou mais?”
- Espera... é a voz da sua mãe ? – perguntou Regina.
- Sim... mas não é tudo! – disse Regina desligando o áudio.
- O que tem mais? – perguntou Emma.
- Elas transaram, ela está traindo o meu pai na cara dura. – disse Regina.
- Sua mãe?  Não consigo acreditar... ela nos julgava tanto. – disse Emma.
- É  uma longa história... – disse Regina.
- E bem complicada também... – disse Emma.
Regina deu play na escuta e ouviu uma conversa de Ingrid ao telefone.
“ Não posso fazer isso agora” – dizia Ingrid.
“Não estou te enrolando”
“Mahonne, eu estou sozinha e não posso fazer isso tão rápido assim. “
“Desculpe”
“Não posso voltar para...”
“Pare de me interromper”
“Vou conseguir em breve”
Ingrid desligou o telefone.
- Só deu pra ouviu  q voz dela. – disse Emma.
- Ela falou o nome Mahonne, esse nome não é estranho... – disse Regina pensativa.
- Será que é algum cúmplice? – perguntou Emma.
- Pode ser... mas ela estava falando como se fosse subordinada a ele. – disse Regina.
- Mas a líder é Cruella. – disse Emma.
- Talvez não seja... – disse Regina.
- Que estranho! – disse Emma.
- Parece que  temos várias peças faltando neste quebra-cabeças e precisamos encontrá-las. – disse Regina.
- Vamos encontrar peça por peça juntas... – disse Emma.
- Regina, a restauração do HD que me pediu, não conseguimos muita coisa, mas acho que é algo importante. – disse Kristin entrando no escritório de Regina.
- E o que foi? – perguntou Regina.
- Tem um livro... – disse Kristin.
- Que livro? – perguntou Regina.
- O doce sabor do renascer. – disse Kristin.
- Nunca ouvi falar... – disse Regina.
- Foi escrito provavelmente por Cruella.
- Me dê! – pediu Regina estendendo a mão.
- Aqui! – disse Kristin.
Regina pediu para ficar sozinha, abriu o arquivo do livro e tinha todas as ideias de Cruella, a  história da purificação e renascimento, com ilustrações de corpos e a retirada dos órgãos, a imagem da morte de Leroy voltou a perturbá-la, teve os mesmos sintomas de cedo, pegou outro comprimido e tomou com um gole de uísque.
Repetiu a dose do remédio antes do tempo determinado, e ingeriu álcool junto, aquilo a princípio não teve grandes consequências, mas a deixou um pouco lenta. Emma percebeu que seu estado estava um pouco alterado, levou-a para casa e cuidou dela.
- Regina, você tomou o remédio de novo? – perguntou Emma.
- Sim... – respondeu Regina depois de ter dormido e acordado de novo.
- Qual foi a dose que Zelena passou pra você? – perguntou Emma.
- Um comprimido quando me sentisse mal... – respondeu Regina.
- Mas não é pra tomar todos os  dias e você tomou dois no mesmo dia. – disse Emma.
- Foi uma idiotice... – disse  Regina.
- Não tome mais isso, não é bom pra você! – disse Emma.
- Emma... já passou, estou bem! – disse Regina.
- Não se apegue as esses remédios... quando essas imagens voltarem a sua cabeça, me chame, eu te ajudarei a esquecer... – disse Emma.
- Obrigada... vou me lembrar disto. – disse Regina.
- Vem... – Emma chamou Regina para um abraço.
- Emma, eu queria realmente dizer outra coisa hoje cedo... – disse Regina sem desfazer o abraço.
- Pode me falar qualquer coisa, confie em mim! – disse Emma.
- Estava com medo de você me achar uma idiota... – disse Regina.
- Nunca acharia isso, pode me dizer. – disse Emma.
- Não sei se é cedo demais para isso... – disse Regina.
- Mas eu nunca me senti assim com ninguém e nunca disse isso pra outra pessoa... – continuou Regina desfazendo o abraço e olhando nos  olhos de Emma.
- Pode se abrir comigo... – disse Emma.
- Eu tive medo de dizer mas... acho que a vida é curta demais para deixar para  depois... – disse Regina.
- Eu te amo! – disse Regina.


FixaçãoWhere stories live. Discover now