A igreja

2.8K 238 6
                                    

- SEU IMPRESTÁVEL! – gritou Cruella ao tirar saco que cobria o rosto de Cora.
- O que houve? – perguntou Leroy.
- De longe percebe-se que esta mulher não é Zelena! – disse Cruella.
- Como não?  Ashley a deixou no local combinado. – disse Leroy.
- Vocês dois são inúteis! – disse Cruella.
- Deve ter ocorrido algum engano... – disse Leroy.
- Essa mulher é muito mais baixa do que Zelena, você não percebeu isso? – perguntou Cruella.
- Em relação ao meu tamanho, qualquer pessoa parece ser alta! – disse Leroy.
- IDIOTA! Quem é essa mulher? – perguntou Cruella dando um tapa na orelha de Leroy.
- Ai! Deve ser a mãe dela... – disse Leroy levando a mão até a orelha.
- Tem certeza? – perguntou Cruella.
- Não... – respondeu Leroy.
- Eu não perdoo falhas... você pagará por isso! – disse Cruella sacando um canivete.
- Não fiz por mal, por favor... – suplicou Leroy.
- Você pecou... falhou... – disse Cruella deslizando o dedo pela lâmina.
- Não foi minha intenção! – disse Leroy acuado.
- De boas intenções o inferno está cheio! – disse Cruella sendo irônica.
- Não é minha hora, eu sempre te ajudei bastante... – disse Leroy.
- Não se preocupe... só quero que pague o preço! – disse Cruella.
Pegou o dedo mindinho de Leroy, colocou em cima da mesa e fingiu que iria arrancá-lo. Leroy fechou os olhos e cerrou os dentes, ao perceber que seu dedo estava inteiro, respirou aliviado.
- Esteja pronto para próxima tarefa, se falhar, não será poupado novamente! – disse Cruella.
- Sim! – respondeu Leroy retirando-se.
Cora acordou atordoada.
- Onde estou? – perguntou.
-  Sinto um perfume familiar...- disse Cora.
- A pergunta é: quem é você? – perguntou Cruella.
- Não respondo enquanto não me falar onde estou. – disse Cora com tom firme.
Cruella deu um tapa no rosto de Cora, arrancando-lhe  sangue dos lábios.
- Já sei que é a vadia que estava com a minha filha...- disse Cora cuspindo o sangue no chão.
Cruella gargalhou.
- Eu vadia?  Sua filha transava com qualquer pessoa que aparecia na frente dela, parecia uma cadela no cio junto com o marido e eu que sou a vadia? – perguntou Cruella.
- Como? – perguntou Cora sem acreditar no assunto.
- Não sabe dos podres da filha... já era de se esperar! – disse Cruella.
- Não toque no nome de Zelena! – disse Cora.
- E Regina? – perguntou Cruella como quem não quer nada.
- Não quero você falando de nenhuma das minhas filhas! – disse Cora.
- Acho que você pode ser útil! – disse Cruella.
Zelena ligou para Regina e contou o que aconteceu no hospital.
- Killian e Emma, quero que rastreiem as pessoas que vocês estão responsáveis.
- Estou de olho e o padre está na igreja. – disse Killian.
- Estou acessando! – disse Emma voltada para o computador.
- O que houve? Parece nervosa... – disse Kristin.
- Levaram minha mãe, provavelmente queriam Zelena. – respondeu Regina
- O nosso baixinho está em uma localização curiosa... – disse Emma.
- Onde? – perguntou Regina.
- Na igreja central! – disse  Emma.
- Na igreja padre que eu falei. – disse Killian.
- Deve ser algo subterrâneo... – disse Emma.
- Tinha algum detalhe  suspeito nessa igreja? -perguntou Regina.
- Não me lembro! – disse Killian.
- Que droga de policial você é?  Estava em meio a uma investigação e não reparou no local? – perguntou Regina.
- Desculpe  se não sou Einstein! – disse Killian.
- Einstein era cientista e não um agente do FBI, e não precisa ser um gênio para reparar em um local que está sendo investigado! – disse Regina alterada.
- Como vamos fazer? – perguntou August.
- Vamos falar que recebemos uma denúncia anônima sobre movimentação estranha na igreja, e vamos revistar o local! – disse Regina.
- E se for só uma igreja? – perguntou Killian.
- Poupe meu tempo, Jones! – disse Regina revirando os olhos.
Cada um vestiu o seu colete e armou-se. Foram até a igreja e renderam o padre.
- O que o FBI quer aqui? – perguntou o padre.
- Buscar a Deus! – disse Killian.
Regina revirou os olhos.
- Recebemos uma denúncia... – disse Regina.
- Aqui é uma igreja, respeitem! – pediu o padre.
-  Se não tem nada a esconder, fique tranquilo! – disse  Regina.
- Desculpe, mas teremos que fazer uma varredura no local! – disse Regina.
Emma, August e Kristin espalharam-se para vasculhar.
- Fique de olho no padre! – ordenou Regina a Killian.
O padre estava com semblante nervoso, olhava para os lados e suava as mãos.
- Então você é policial... – disse o padre.
- É o que parece! – disse Killian dando um sorriso.
- Como perdeu essa mão? – perguntou o padre tentando distrair Killian.
Killian desviou o olhar e retirou a mão falsa.
- Consequências do ofício. – disse Killian.
O padre aproveitou a distração de Killian e apertou um botão de um pequeno aparelho eletrônico, imediatamente apareceu um sinal alerta para Cruella. Não tinha um som alto, era quase impossível ouvir na parte superior.
- Precisamos sair daqui, façam o limpa no máximo de coisas que puderem! – ordenou Cruella.
Imediatamente as quatro pessoas que  estavam no subterrâneo, guardaram o máximo de coisas que puderam e tentaram escapar pela saída secreta.
Emma sentiu um fundo falso nos fundos da igreja e retirou o tapete, havia uma entrada para um porão. Desceu as escadas e escondeu-se ao perceber que alguém estava vindo, era uma mulher. Emma usou a arma para desacordá-la. Era Ashley que estava retornando ao local.
Cruella estava retirando Cora de lá,  a amordaçou e vendou os seus olhos.  Cora tentava gritar, mas Cruella estava levando-a para saída alternativa.
Emma seguiu o barulho dos passos das duas mulheres, pegou um atalho e isso fez com que Cruella desse de cara com ela.
- PARADA! – gritou Emma.
Cruella empurrou Cora que caiu em frente a  Emma. Sacou uma arma.
- Largue a arma! – disse Emma.
- Ou o quê? Você não vai atirar em mim... – disse Cruella apontando a arma para Cora.
- Experimente! – disse Emma.
Cruella gargalhou.
- Você não tem coragem! – disse Cruella.
- Abaixe a arma e as coisas serão melhores para você! – disse Emma.
Kristin, August e Regina ainda estavam vasculhando a parte de cima da igreja.
- Encontrou algo? – perguntou Regina a Kristin.
- Nada! – respondeu.
- Onde está Emma? – perguntou Regina.
- Não a vi desde  entramos.- respondeu Kristin.
- E o August? – perguntou Regina
- Estou aqui! – respondeu aproximando-se.
- Viu Emma?  - perguntou Regina.
- Não... – respondeu August.
- Vocês estão namorando? – perguntou Kristin.
- O quê? Estamos em meio a uma missão... não é hora pra isso! – respondeu Regina.
Cruella permanecia fazendo ameaças na parte subterrânea.
  - Você nunca atirou em ninguém... – disse Cruella.
- É uma boa hora para começar! – disse  Emma.
- Está tremendo! – disse Cruella.
- É melhor se entregar, Cruella! – disse Emma.
- E por que eu faria isso? – perguntou Cruella.
- Tem outros quatro policiais aqui, não vai querer enfrentá-los! – disse Emma.
- Não? – perguntou Cruella destravando a arma.
- Não faça isso! – pediu Emma.
- Vou sair daqui de qualquer forma! – disse Cruella.
- Você está cercada! – disse Emma.
- Só estou vendo só você aqui! – disse Cruella.
- Você não tem saída, entregue-se! – disse Emma.
Cora levantou-se. Cruella fez menção a um tiro.
- Não! – disse Cora fechando os olhos.
- Tá vendo, não tem coragem de atirar em mim! – disse Cruella a Emma, sem desviar a mira de Cora
- Coloque a arma no chão! – disse Emma.
- Não! – disse Cruella atirando em direção a Cora.
A primeira reação de Emma foi de empurrar Cora e o tiro acertou em deu ombro.
.
Regina ouviu o tiro.
- Ouviram isso? – perguntou.
- Sim, veio nesta direção. – disse August apontando em direção aos fundos da igreja.
- Vamos! – disse  Regina.
O padre deu um soco em Killian para poder escapar, o rapaz desiquilibrou-se.
- Volte aqui! – disse Killian com a mão na boca, levantando-se.
O padre  correu em direção a saída. Killian tentou alcançá-lo e lhe devolveu o soco. O padre caiu sobre um dos bancos da igreja. Retirou uma faca do sapato e encravou na perna de Killian.
- DESGRAÇADO! – gritou Killian
O padre correu e largou a batina na rua.
Ashley acordou da pancada que havia recebido de Emma e tentou levantar-se.
August, Kristin  e Regina entraram para parte subterrânea, encontraram Ashley tentando escapar.
- PARADA! – gritou August.
Ashley tentou correr mas Kristin a alcançou e a algemou. Regina seguiu em direção ao som do tiro.
Killian estava mancando devido ao ferimento que recebeu, tentou ir atrás do padre, mas não conseguiu grande coisa.
- Estou ferido, câmbio! – disse  Killian ao rádio falando com Regina.
- Cadê o padre? Câmbio. - perguntou Regina.
- Escapou! Câmbio.– disse  Killian.
- Eu ter confiado essa tarefa a você foi a mesma coisa de ter confiado a ninguém! Câmbio. – disse  Regina.
- Estou ferido, você ouviu? Câmbio. – disse Killian.
- Muito? Câmbio. – perguntou Regina.
- Faca na perna, câmbio. – respondeu Killian.
- Não é grave, você está falando, aguarde! Câmbio, desligo.- disse Regina.
Emma estava baleada.
- Você é louca! Pulou na minha frente. – disse Cora.
- Ela te acertaria em cheio, eu quis evitar! – disse Emma.
Regina ouviu a voz de Emma e correu em sua direção.
- Emma? O que houve? – perguntou Regina abaixando-se em direção a Emma.
- Cruella ia atirar em sua mãe e eu entrei na frente. – disse  Emma.
- Você está bem? – perguntou Regina abraçando Emma sem machucá-la.
- Vou ficar! – disse – Emma.
- Onde ela está? – perguntou Regina.
- Fugiu! – respondeu Emma.
- E os outros? – perguntou Regina.
- Nem sinal... – respondeu Emma.
- Está sangrando muito... – disse Regina.
Rasgou um pedaço da própria blusa e amarrou no ombro de Emma, para estancar o sangue.
Cora estava calada diante a situação. Devia a vida para uma pessoa que desprezava.
- Mãe? Você está bem? – perguntou Regina.
- Estou... – limitou-se a responder.
- Emma, venha! – pediu Regina ajudando-a a levantar.
Emma segurou-se em Regina abraçando-a pela cintura.
- Vamos sair daqui! – disse Regina.
Kristin levou Ashley para viatura. Regina chamou uma ambulância para Emma e Killian.
August permaneceu no local para vasculhar, encontrou várias coisas reviradas e uma lista com o título Seven Devils. Encontrou vestígios de homicídios e outras coisas.
Kristin aguardou August e seguiu para delegacia detendo Ashley.
- Eu não vou! – disse Cora referindo-se ao hospital.
- Sua boca está inchada e cortada, precisa ver isso! – disse Regina.
- Me cuido em casa! – disse  Cora
- Não seja teimosa, vamos! – pediu Regina.
Seguiu em  outra viatura com Cora. Emma e Killian foram atendidos na ambulância. Ao chegarem no hospital, Emma teve que passar por  uma cirurgia para retirada da bala que ficou alojada em seu ombro. Tudo ocorreu bem.
- Eu posso vê-la? – perguntou Regina.
- Claro que sim! – respondeu o médico.
Emma recebeu Regina com um belo sorriso no rosto, Regina retribuiu.
- Que sorriso lindo! – disse Emma.
- Como está a minha bela namorada? – perguntou Regina sentando-se na cama e dando a mão para Emma.
- Assim eu fico convencida! – disse Emma.
- É a verdade! – disse Regina.
- Estou melhor agora com você aqui! – disse Emma.
Regina chegou próximo ao rosto de Emma e deu um beijo demorado e carinhoso em sua testa.
- Até passou a dor agora! – disse  Emma
- Então vou beijar mais... – disse Regina.
Cora entrou para ver Emma.




FixaçãoWhere stories live. Discover now