Despedida

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- Essas algemas são mesmo necessárias? – perguntou Emma.
- Ela está presa! – disse Alex.
- Mas eu estou indo de livre espontânea vontade e em momento algum reagi, então por favor, retire essas algemas! – disse Regina.
- Temos provas mais do que suficientes de que você é culpada! – disse Alex.
- Você é subordinado a mim, tem um cargo menor do que o meu e não virou nenhum juiz para me condenar de tal maneira! – disse  Regina.
- Seria subordinado a senhora se não fosse uma criminosa. – disse Alex.
- Vou te processar quando provar a minha inocência! – disse Regina.
- Solte ela! – disse Emma.
- Não posso! – disse Alex.
Snow e David tentavam acompanhar tudo, mas sem sucesso. Alex levou Regina para a viatura. Emma não pôde ir junto, apenas teve que assistir Regina sendo injustiçada sem poder fazer nada. Pediu para os pais voltarem pra casa e ela seguiria para onde Regina estava sendo levada.
Ao chegar na delegacia em que Alex trabalhava, Regina teve que prestar depoimento de sua versão dos fatos. Alegou-se inocente, mas não quis falar nada sem a presença de um advogado
Regina pediu para ligar em casa, falou com Cora.
- Mãe, eu não queria te dar essa notícia por telefone... – disse Regina.
- Está me assustando! – disse Cora.
- Não tem outro jeito... – disse Regina.
- Fala logo, Regina! O que está acontecendo? – perguntou Cora.
- Eu estou presa... – disse Regina.
- Presa? – perguntou Cora.
- Não está vendo os noticiários? – perguntou Regina.
- Ultimamente não, o que houve? – perguntou Cora.
- Eu fui acusada de matar o presidente... – disse Regina.
- O QUÊ? QUEM TE ACUSOU? QUER ME MATAR? Não brinque comigo, Regina. - disse Cora.
- Acalme-se! Eu não fiz nada, armaram para mim e eu preciso de um advogado urgente! – disse Regina.
- Onde você está? – perguntou Cora.
- Detida próximo a casa Branca. – disse Regina.
- Vou arrumar um advogado e estou indo! – disse Cora desligando o telefone.
Emma logo veio e Regina estava aguardando, retiraram as suas algemas.
- Você de novo... – disse Alex.
- Preciso vê-la... – disse Emma.
- Não pode vê-la agora! – disse Alex.
- Eu também sou agente federal, não tem problema algum  vê-la. – disse Alex.
- Vá, mas não demore! – disse Alex.
Emma deu as costas para Alex e foi adentrando no local.
- Ei, loirinha, espere! – disse Alex correndo para abrir a porta para Emma.
- Obrigada! – disse Emma.
Regina deu um pulo da cadeira ao ver Emma, enquanto corriam em direção ao abraço que elas necessitavam.
Regina desabou  no ombro de Emma, não a soltou por um bom tempo, nada disseram com as bocas mas sim com seus corpos.
- Você precisa livrar-se dessa situação... – disse Emma desprendendo-se do abraço e colocando as mãos sobre o rosto de Regina.
- Toda vez que penso que estou aqui e não poderei sair por um bom tempo, meu estômago revira... – disse Regina.
Emma limpou a lágrima que escorria dos olhos de Regina.
- Farei de tudo para provar a sua inocência... – disse Emma.
- Isso só pode ser coisa da Cruella, ela deve ter armado para mim porque estávamos perto dela! – disse Regina.
- Eu vou atrás dela e arrancar a verdade! – disse Emma.
- Emma, me deixe olhar em seus olhos mais um pouco, não vá agora! – disse Regina.
Emma olhou nos olhos de Regina e apenas via tristeza, não via esperança em seu olhar. Regina estava dando o caso como perdido cedo demais, apesar de dizer outra coisa com a boca.
- Regina, logo estaremos juntas! – disse Emma tentando reconfortá-la.
- Assim espero! – disse Regina acariciando o rosto de Emma.
- Maldita Cruella! – disse Emma.
- Seus pais e seu advogado chegou! – disse Alex.
- Não é possível! – disse Emma ao ver o advogado de Regina.
- Robin? – disse Regina sem acreditar.
- Minha filha! – disse Cora abraçando Regina.
Henry fez o mesmo.
- Por que o Robin, mamãe? Tantos advogados...- perguntou Regina.
- Desculpe, eu consegui pensar apenas nele! – disse Cora.
Emma não podia acreditar que Robin defenderia Regina, ela não ia aceitar aquilo de forma alguma.
- Eu conheço um advog... – tentou dizer Emma sendo interrompida.
- Eu já estou aqui! Vou defender Regina, quer você queira ou não! – disse Robin.
- Se eu quiser! – disse Regina.
- Você está sem escolha! Precisa de um advogado para agora. – disse Henry.
Robin soltou um sorriso falso.
- Preciso falar a sós com ela. – disse Robin.
Emma beijou Regina na frente de Robin para deixar claro que ela estava comprometida, aproximou-se do ouvido dele e disse:
- Você não vai defendê-la! – disse Emma  e saiu junto com Cora e Henry.
- Querida, não fique nervosa, Robin é um ótimo advogado. – disse Cora.
- Ele é  ex da Regina e é um idiota preconceituoso! – disse Emma.
- Ele sempre me pareceu tão atencioso... – disse Cora.
- Eu ficava com um pé atrás, se ele fosse tão bom assim, Regina ainda estaria com ele. – disse Henry.
- Eu estou nervosa, ela vai ficar aqui e ainda vai ser defendida por ele! – disse Emma.
- Não posso acreditar que minha filha está sendo acusada de matar o presidente...- disse Cora.
Robin estava dando as orientações a Regina, mesmo ela sentindo-se incomodada.
- Eu sou seu advogado, me conte a verdade! – disse Robin.
- É meu advogado mas não por minha escolha! – disse Regina.
- Você matou o Trump? – perguntou Robin.
- Não! Eu já disse que sou inocente.- disse Regina.
- Eu vi as imagens, vi as sua arma, vi as acusações que ele tinha contra você, pode me dizer que o matou para ele não espalhar aquelas coisas... – disse Robin.
- Ele plantou aquelas acusações porque queria algo a mais comigo e eu não aceitei! – disse Regina.
- Por isso o quis matar? – perguntou Robin.
- Espera, você é advogado de defesa ou de acusação? Eu não matei ele! – disse Regina.
- Com aquelas imagens de segurança, não há como negar! – disse Robin.
- Já parou pra pensar que tem provas demais contra mim? Que aquele vídeo pode ter sido alterado? Que a minha arma pode ter sido roubada?  - perguntou Regina.
- Acho que você não precisa de advogado, já tem a sua defesa toda planejada! – disse Robin.
- Como eu pude namorar com um escroto como você? Em momento algum acredita em minha palavra? Começo a pensar que o tempo todo que ficamos juntos, éramos completos desconhecidos. Não sabia que você era tão nojento assim! – disse Regina.
- Por que tanto ódio no coração? Nossa relação foi boa! – disse Robin.
- Boa quando? Só no começo! – disse Regina.
- Vamos ao assunto! Já que você alega inocência, conte isso mesmo para o FBI! – disse Robin.
- Não me ajudou em nada! – disse Regina.
- Me diga uma coisa... valeu a pena me trocar por aquela mulher?  - perguntou Robin.
- O quê?  Em primeiro lugar, estamos aqui falando sobre a minha acusação; em segundo lugar, aquela mulher a que se refere é Emma Swan, a pessoa mais digna e bela que  conheci; em terceiro lugar, eu não te troquei, já tínhamos terminado e graças a Deus eu a conheci! E sim, valeu muito a pena, ela é melhor em todos os sentidos! – disse Regina.
- Mas ela é uma mulher... – disse Robin.
- E o que tem isso? – perguntou Regina.
- Não tem todos os adereços que você precisa, se é que me entende... – disse Robin.
- E quem disse que o mundo giro em torno do seu brinquedinho? Emma Swan me ama, eu amo e sim, ela me satisfaz! Eu duvido que eu encontre alguém que me fizesse tão mulher quanto Emma Swan! – disse Regina.
- Eu não sabia que você era tão machista e preconceituoso assim! – completou Regina.
- Não é preconceito mas... é difícil de engolir! – disse Robin.
Alex precisava pegar a versão dos fatos de Regina. Pediu para Robin retirar-se.
- Conte-me o que aconteceu. – pediu Alex.
- Donald Trump me assediou, quando veio a recusa, ele disse que me denunciara por fraudes as quais não cometi, fez toda uma documentação falsa e deixou no meu escritório. – disse Regina.
- Está acusando o presidente de assédio? – perguntou Alex.
- Sim! – disse Regina.
-  Como pode provar isso? – perguntou Alex.
- Ele me ligou em meu escritório, lá tem o que ele me falou. Procure essa ligação, não faz nem uma semana... ele me perseguia fora do trabalho, eu estava  de folga e ele apareceu atrás de mim. – disse Regina.
- Tem testemunhas? – perguntou Alex.
- Emma, August, Zelena, Ruby, Killiian e Kristin estavam presentes quando ele apareceu! – disse Regina.
- São seus agentes? – perguntou Alex.
- Zelena é minha irmã psiquiatra e Ruby é a perita. – disse Regina fazendo afirmativa com a cabeça.
- E como explica a arma? – perguntou Alex.
- Alguém trocou! – disse Regina.
- Como que alguém troca a arma de um agente federal? – perguntou Alex.
- Esse dia eu não estava bem, fui a um bar e deixei a bolsa do lado. Um jovem loiro, que aparentava ter uns 20 anos, sentou-se ao meu lado e ficou conversando e só pode ter sido ele que trocou a arma! Eu cheguei em casa com uma arma que não era minha.  – disse Regina.
- Qual o nome do bar? – perguntou Alex tomando nota.
- Sky bar. – disse Regina.
- E como explica a sua presença no estacionamento Lions Gate? – perguntou Alex.
- Recebi uma denúncia anônima, falaram que Cruella estava no carro próximo a coluna central. Ao chegar lá me deparei com o presidente morto! – disse Regina.
- E por que não pediu reforço? Não pediu ajuda? Simplesmente fugiu? – perguntou Alex.
- Eu estava bêbada e ainda fui “batizada”, eu não estava pensando com clareza, fiquei nervosa e fui para casa! – disse Regina.
- Isso complica a situação, já que temos o som do tiro na imagem e o movimento do gatilho. – disse Alex.
- Foi editado! – disse Regina.
- Infelizmente você terá que esperar o julgamento presa! – disse Alex.
Regina respirou fundo. Não podia acreditar que aquilo era real, só podia ser um pesadelo que ela queria acordar o mais rápido possível.
- Pra onde eu vou? – perguntou Regina.
- Penitenciária feminina de Roanoke! – disse Alex.
- Roanoke? Você está louco? Lá fica os criminosos mais perigosos dos Estados Unidos! – disse Regina.
- Infelizmente pela gravidade do crime, terá que ficar lá! – disse Alex.
- Eu teria que ser julgada primeiro! – disse Regina.
- Infelizmente as provas são mais do que suficientes, você aguardará a sentença lá! – disse Alex.
- Como um porco para o abate! – disse Regina.
Alex não respondeu, algemou Regina e a levou pelo braço.
- Mas o que está acontecendo?  - perguntou Emma.
- Pra onde a está levando? – perguntou Cora.
- Regina... – disse Henry.
- Ela vai ficar detida em Roanoke! – disse Alex.
Regina não sabia o que era pior, está sendo presa ou presenciar a dor daqueles que ela mais ama.
Zelena chegou na hora que Regina estava sendo levada.
- Minha irmã! – disse Zelena aos prantos.
- Não sofram por mim, ficarei bem! – disse Regina.
- Como não? Não podemos aceitar isso! – disse Zelena.
Todos ali presentes sabiam que Regina não era culpada. Exceto Robin que tinha suas dúvidas.
- Você vai mandá-la pro inferno? Ronaoke é o pior lugar para alguém estar preso! – disse Emma sentindo o seu coração doer.
- Eu não posso fazer nada! – disse Alex.
- Nós vamos provar a inocência dela! – disse Emma.
- Robin, a ajude! – pediu Cora.
- Infelizmente eu não posso ajudar nesse momento, precisamos achar as provas de que ela não atirou, isso vai ser praticamente impossível! – disse Robin.
- Não sabia que você era tão pessimista... – disse Cora.
- Eu estou sendo realista! – disse Robin sem esboçar qualquer emoção.
- Eu disse que tinha minhas dúvidas sobre ele. – disse Henry sussurrando para Cora.
- Despeçam-se dela! – disse Alex.
- Tire as algemas! – disse Regina.
- Eu não posso! – disse Alex.
- Eu não vou fugir, não posso abraçar ninguém assim! – disse Regina.
- Tira logo isso! – pediu Emma.
- Andem logo! – disse Alex soltando Regina.
Cora abraçou Regina primeiro.
- Tenho certeza que tudo dará certo! – disse Cora.
Regina apenas fez afirmativa com a cabeça  e não podia deixar de chorar. As lágrimas vinham involuntariamente. Henry a abraçou depois.
- Tenho fé que você sairá logo! – disse Henry acariciando os cabelos de Regina.
- Obrigada, pai! – disse Regina.
Logo veio Zelena, abraçou a irmã  e não sabia o que dizer, a amava muito e não conseguia acreditar que ela estava naquela situação.
- Eu te amo, sis! – disse Regina.
- Eu também! – respondeu Zelena com a voz rouca.
Por último, Regina abraçou Emma. A segurou com força como se não quisesse soltar e não queria, não podia. Emma a abraçou com a mesma intensidade, sabia que nem tão cedo a poderia ter em seus braços novamente.
- Precisamos ir! – disse Alex.
- Emma, me lembrarei desse belo par de olhos verdes, me perco todos os dias neles... eu te amo! – disse Regina.
- Meu amor... vou te tirar dessa! – disse Emma.
- Vamos conseguir! – disse Regina.
- Vamos! – pediu Alex.
Algemou Regina novamente e a levou para  o furgão de transferência. Regina sentia-se como um rato encurralado. Não podia acreditar que estava vivendo aquilo.
Cora foi atrás de Ingrid, queria desabafar com ela também, apesar que já tinha tentando com Henry, mas seu coração pedia a presença de Ingrid. Bateu em sua porta e logo foi atendida. A abraçou sem aviso prévio.
- Por que está assim? – perguntou Ingrid.
- Uma tragédia... – disse Cora.
- Não me assuste, o que houve? – perguntou Ingrid.
Emma foi atrás do apoio dos pais, estava pensando em fazer uma loucura, precisava falar sobre isso com eles.
- Eu preciso fazer uma coisa... – disse Emma.
- O quê? – perguntou David.
- Será um mal necessário. – disse Emma.
- O que vai fazer? – perguntou Mary.
- Vou sair do FBI. – disse Emma.




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