Quebra de confiança

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- Você está louca? – perguntou David.
- A Regina precisa de você agora, por que vai sair? – perguntou Mary.
- Exatamente! Esse é o motivo de eu sair do FBI. – disse Emma.
- Não estou entendendo... – disse David.
- Você quer fugir? Quer fazer algo fora da lei? – perguntou Mary.
- Não! – disse Emma.
- Então o que pretende, Emma? – perguntou David.
- Vocês esqueceram da minha profissão? – perguntou Emma.
- A faculdade? – perguntou Mary.
- Sim... esqueceram que eu me formei em direito e não posso exercer sendo uma agente  federal? – perguntou Emma.
- Mas Emma, você não gosta da profissão... – disse David.
- Nada é em vão na vida... eu gosto do que eu faço como agente federal, mas eu vou cuidar de Regina! – disse Emma.
- Seria capaz de abandonar o FBI pra defendê-la? – perguntou Mary.
- Sim... mas quando ela tiver livre, eu volto! – disse Emma.
- Sabe que não será fácil. – disse David.
- O que  é  fácil?  Nada é fácil! Estou disposta a fazer a minha investigação particular e defendê-la! – disse Emma.
- Mas a família dela não arrumou um advogado? – perguntou Mary.
- Sim... mas é  um idiota que não lutará por ela da mesma forma que eu lutarei! – disse Emma.
- Como pode saber disso? – perguntou Mary.
- Ele não acredita nela! – disse Emma.
- Ele falou? – perguntou David.
- Deu a entender... – disse Emma.
- Mas por que não o deixa defendê-la? – perguntou Mary.
- Eu já disse que ele não a defenderia da mesma forma  que eu. – disse Emma.
- Você parece ter raiva dele, o conhece? – perguntou David.
- Ex namorado de Regina, machista e preconceituoso! – disse Emma.
- Você está desistindo da sua carreira no FBI por ciúmes? – perguntou Mary.
- Não é ciúmes! Eu preciso estar a frente do caso. – disse Emma.
- Você tem certeza disso? – perguntou David.
- Tenho. – respondeu Emma.
Mary e David entreolharam-se e respiraram fundo.
- Se essa é sua decisão, te apoiaremos. – disse Mary.
- Obrigada. Sabia  que poderia contar com o apoio de vocês... – disse Emma.
- Tome cuidado!  - disse Mary.
- Tomarei.
Cora não conseguia falar, estava  soluçando de tanto chorar.
- Não vai me contar o que aconteceu? – perguntou Ingrid.
- Deixa eu me recuperar... – disse Cora.
- Sente-se aqui! – pediu Ingrid a Cora.
Cora tentou respirar fundo para tentar conversar.
- Quer um copo d'água? – perguntou Ingrid.
Cora apenas balançou a cabeça para afirmar que gostaria de água.
- Aqui está! – disse Ingrid.
- Obrigada! – disse Cora.
- Está melhor? – perguntou Ingrid.
Cora respirou fundo.
- Estou... – respondeu.
- Por que você está assim? Está me preocupando. – disse Ingrid.
- A minha filha... – disse Cora tentando fazer o nó que estava em sua garganta,  descer.
- O que aconteceu? – perguntou Ingrid.
- A minha filha foi presa... – disse Cora.
- Por que? – perguntou Ingrid.
- Ela é delegada do FBI, Regina Mills, foi presa acusada de matar o presidente.  – disse Cora.
- O presidente? – perguntou Ingrid.
- Sim...  – respondeu Cora
- Então ela é sua filha... – disse Ingrid surpresa.
- Você a conhece? – perguntou Cora.
- O quê? Não, apenas vi nos jornais. – disse Ingrid.
- Eu não consigo aceitar isso, ela precisa ser inocentada! – disse Cora.
- E você acredita na inocência dela? – perguntou Ingrid.
- Minha filha não seria capaz... – disse Cora.
- Vou ajudá-la a inocentar a sua filha! – disse Ingrid.
- Como?  - perguntou Cora.
- Como não importa! O que importa é que eu vou ajudar! – disse Ingrid.
- Eu não sei o que poderia fazer a respeito, mas obrigada! – disse Cora.
- Você verá! – disse Ingrid.
- Você é alguma detetive?   - perguntou Cora.
Ingrid sorriu.
- Não sou... mas posso ajudar, eu garanto! – disse Ingrid.
- Obrigada! – disse Cora beijando Ingrid.
- Eu já disse que te amo, por esse motivo farei isso por você! – disse Ingrid.
- Estou tentando entender... mas obrigada! – disse Ingrid.
- Acho que te surpreenderei! – disse Ingrid.
- Não seria a primeira vez... – disse Cora.
Regina estava na penitenciária, recebeu o uniforme e ficaria em uma cela especial, era provisória, até o seu julgamento sair.
- Relógio de ouro; pulseira; aliança... - disse Cindy.
Regina sentiu uma fisgada no peito ao ter que tirar a aliança que ganhou de Emma.
- Terno preto, camisa social branca, saia preta... – disse Cindy embalando as coisas de Regina.
- Sim... – respondeu Regina.
- Aqui está o uniforme e o relógio. – disse Cindy.
- Obrigada! – respondeu Regina.
- Educada... vamos ver até quando. – disse Cindy.
- Espero que sempre! – disse Regina arqueado uma sobrancelha.
- Língua afiada, heim! – disse Cindy.
- Quando necessário. – disse Regina.
- Rum!  Me acompanhe. – disse Cindy com desdém.
Regina foi levada ate a sua cela. Cada passo que dava, era um segundo a menos de liberdade, se é que ainda existia. Em sua mente passava os rostos de seus familiares, amigos e Emma, que tinha um espaço mais do que especial em seu coração. Se perguntava até quando estaria vivendo aquele pesadelo, quando poderia acordar. Nunca se imaginou sendo presa, ainda mais por algo que não cometeu.
Cindy abriu a cela e Regina entrou sem relutar, sabia que não tinha escolha, era aquilo ali mesmo que o destino a reservou. O que havia feito de tão mal para merecer aquela penitência? Será que aquilo seria algo que a faria ser mais forte? Menos inconsequente? Era muito cedo para obter essas respostas.
- Aqui será sua casa provisória! – disse Cindy.
- Não é nem de longe como minha casa. – respondeu Regina.
- Claro, você tem cara de riquinha. Não terá tanto conforto aqui! – disse Cindy.
- Já percebi! – disse Regina.
- Fique a vontade com sua nova companheira de cela! – disse Cindy a outra mulher que estava lá.
- Companheir... – disse Regina virando-se para olhar quem estava lá.
- Olá... – disse Gretchen acenando.
- Pensei que ficaria sozinha. – disse Regina.
- Comportem-se! – disse Cindy retirando-se.
- Sou Gretchen Morgan! – disse a mulher.
Gretchen era uma mulher muito atraente, cabelos pretos, olhos azuis, corpo acentuado, alta...
- Regina... – disse Regina.
- Mills, eu sei! – disse Gretchen.
- Me conhece?  - perguntou Regina.
- A vi várias vezes na TV. – respondeu Gretchen.
- Por que está aqui? – perguntou Regina.
- Ex militar, acusada torturar e matar 3 policiais! – disse Gretchen.
- E você fez isso mesmo?  - perguntou  Regina sentando-se ao lado de Gretchen.
- É o que eles pensam. – disse Gretchen dando uma resposta vaga.
- Sei... – disse Regina.
- E você? Por que está aqui?  - perguntou Gretchen.
- Acusada de matar Donald Trump, não viu isso na TV? – perguntou Regina.
- Acho que estou sem TV aqui... – disse Gretchen.
- Verdade... – disse Regina.
- E você?  Fez isso? – perguntou Gretchen.
- É o que eles pensam... – disse Regina devolvendo a resposta vaga de Gretchen.
- Interessante! – disse Gretchen.
- O quê? – perguntou Regina.
- Você! – disse Gretchen.
- Isso eu sou! – disse Regina.
Gretchen gargalhou.
- Está aqui a quanto tempo? – perguntou Regina.
- Alguns dias... – disse Gretchen.
- Mills, tem visita! – disse Cindy.
- Quem? – perguntou Regina.
- Sua advogada! – disse Cindy.
- Espera... advogada? – perguntou Regina.
- Sim. – respondeu Cindy.
- Que advogada? – perguntou Regina.
- Pergunte a ela! – disse Cindy.
- Eu...
- Emma? – Regina estava surpresa.
- Eu sou sua advogada agora. – disse Emma.
- Como assim? – perguntou  Regina.
Emma aguardou Cindy retirar-se.
- Saí do FBI. – disse Emma.
- Você está louca? – perguntou Regina
- Estou aqui pra te defender! – disse Emma.
- Eu não esperava isso! Realmente você me surpreendeu. Como você pôde trocar a sua carreira pra me defender? – perguntou Regina.
- Porque acredito em você, na sua inocência e... no nosso amor. – as últimas palavras Emma sussurrou para que não entendessem nas câmeras.
- Emma... nunca pensei que você recusaria sua carreira no FBI, você disse que queria seguir os passos do seu pai. – disse Regina.
- Não se preocupe, quando isso acabar eu voltarei! – disse Emma.
- Isso me dá mais forças pra seguir em frente... – disse Regina.
- Eu não ia deixar aquele idiota te defender, não parecia nem um pouco interessado em esforça-se para provar a sua inocência. – disse Emma.
- Ele não acredita em mim. – disse Regina.
- Eu sei. – respondeu Emma
- Mas o que vai fazer? – perguntou Regina.
- Vou investigar por conta própria. – disse Emma.
- Sozinha? Sabe com quem está lidando... – disse Regina.
- Sei, mas estou disposta a correr o risco. – disse Emma.
- Tome cuidado! – disse Regina.
- Ficarei bem! – disse Emma.
- Eu queria poder abraçá-la. – disse Regina sussurrando.
- Eu também, mas não podemos por enquanto! – disse Emma sussurrando.
Parecia um martírio para Regina  e para Emma, estarem frente a frente sem poder se tocarem. Isso poderia atrapalhar, tinham que fingir que eram desconhecidas no ambiente onde tudo era vigiado.
- Eu te amo. – sussurrou Regina.
- Eu também te amo. – sussurrou Emma.
- Preciso ir agora, logo voltarei com notícias. – disse Emma em voz alta.
Que preço alto, ser privada da liberdade, da presença das pessoas que ama, e não poder tocar Emma. Regina pensava aquilo tudo só poderia ser uma teste de resistência e de sanidade.
- Vamos. – disse Cindy levando Regina de volta a cela.
Emma foi até o bar que Regina citou.
- Preciso falar com o dono. – disse Emma.
- Ele está ocupado. Precisa de algo? – perguntou o garçom.
- Preciso falar com ele. – disse Emma.
- Serve o gerente? – perguntou o garçom.
- Serve. – disse Emma.
- Vai ter que esperar um pouco porque o gerente e o dono são a mesma pessoa. – disse o garçom.
- Você nasceu idiota assim ou fez curso? – perguntou Emma.
- Sem ofensas, moça. Foi só pra descontrair! – disse o garçom.
- Não me faça perder o meu tempo! – disse Emma
- Uma mulher tão bonita assim, deveria andar mais contente. – disse o garçom.
- Vou aproveitar e reclamar de você ao gerente. – disse Emma.
- Tá estressada? Foi apenas uma brincadeira! – disse o garçom.
- Deveria ser menos inconveniente! – disse Emma.
- O quê está acontecendo aqui? – perguntou o gerente.
- Essa moça quer falar com você, chefe. – disse o garçom.
- Pode vir aqui! – disse o gerente.
- Obrigada! – disse Emma.
- Em que posso ajudá-la? – perguntou o gerente.
- Preciso das imagens de segurança do dia 16 de Março. – disse Emma mostrando rapidamente o distintivo do pai, já que ela entregou o que tinha.
- Algum problema? – perguntou o gerente.
- Preciso da imagem de um de seus clientes que esteve aqui por volta das 18 h. – disse Emma.
- Algum criminoso? – perguntou o gerente.
- Talvez... – disse Emma.
O gerente puxou as imagens do dia 16 como Emma pediu.
- Estranho... – disso o gerente.
- O que é estranho? – perguntou Emma.
- As imagens desse dia estão pretas. – disse o gerente.
- Como assim? – perguntou Emma.
- Não tem nada deste dia! – disse o gerente.
- Não é possível! – disse Emma.
- Infelizmente não posso ajudá-la nisso. – disse o gerente.
- Sua câmera estava desligada? – perguntou Emma.
- Não, parece que deu defeito. – disse o gerente.
- Tem alguma lista de clientes? Que pagaram em cartão de crédito... – perguntou Emma.
- Isso vai ser difícil de achar. – disse o gerente.
- Preciso disso, não atrapalhe a minha investigação. – disse Emma.
- Vou tentar. – disse o gerente.
Imprimiu uma lista dos clientes do horário que Emma citou até o horário do fechamento do bar e entregou a ela.
- Obrigada! – disse Emma.
Pensou em ir até a delegacia e pedir para August pesquisar o endereço daquelas pessoas, estava atrás de alguma testemunha que possa ter visto o jovem que trocou a arma de Regina.
Ingrid foi atrás de Cruella.
- Você voltou... – disse Cruella.
- Sempre estou aqui! – disse Ingrid.
- Não sei porque ainda vem, não gosta de se envolver na melhor parte do negócio. – disse Cruella.
- Matar pessoas? Não! – disse Ingrid.
- Está aqui só pelo dinheiro... – disse Cruella.
- Você não me dá dinheiro de graça, sou seu contato com novos clientes e administro o seu dinheiro! – disse Ingrid.
- Nosso dinheiro! – disse Cruella.
- Você ainda acredita que existe nós? – perguntou Ingrid.
- Podemos recuperar isso! – disse Cruella.
- Passamos alguns anos afastadas, acho que o nosso relacionamento esfriou! – disse Ingrid.
- Mas podemos recuperá-lo. – disse Cruella.
- Estamos sozinhas? – perguntou Ingrid.
- Só nós duas, momento perfeito para reatarmos! – disse Cruella.
- Talvez... – disse Ingrid.
- Vamos tentar... – disse Cruella aproximando -se de Ingrid.
- Antes, preciso saber de uma coisa... – disse Ingrid.
- O quê? – perguntou Cruella.
- Você guardou aquela carta que te dei? – perguntou Ingrid.
- Isso é importante? – perguntou Cruella.
- Sim... – respondeu Ingrid.
- Está ali! – disse Cruella apontando pra uma gaveta que estava atrás dela.
- Pegue pra mim! – disse Ingrid.
- Você é muito desconfiada. – disse Cruella virando-se.
Pegou a carta e ao voltar o olhar pra Ingrid foi surpreendida.
- É sério isso? – perguntou Cruella.
- É o seu fim Cruella! – disse Ingrid apontando uma arma para Cruella.


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