Dra. Mills

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- Não posso acreditar! – disse Trump.
- Ligue para o diretor... – pediu.
- Sua ligação, sr.- disse o secretário.
- Sr. Presidente, em que posso ajudá-lo. – perguntou Gold.
- Eu pedi uma carta de recomendação do melhor delegado e você me manda Regina Mills? – perguntou Trump.
- Atualmente ela é a melhor! – disse Gold.
- Quero que me recomende outra pessoa. – disse Trump.
- Infelizmente não recomendarei outra pessoa, se algo der errado você virá cobrar de mim, então terá que colocar Regina no caso. – disse Gold.
- O que essa mulher tem de especial? – perguntou Trump.
- Ela foi treinada comigo, sempre se destacou em tudo que fez e o histórico dela é o melhor. – disse Gold.
- Não confio. – disse Trump.
- O senhor entrou agora na presidência, onde estava que não viu todos os casos que ela teve total sucesso? – perguntou Gold.
- Quer saber? Deixa pra lá! Obrigado pela ajuda. – disse Trump desligando o telefone.
- Quero falar com a Mills. – disse Trump.
- Entrarei em contato com ela. – disse o secretário.
Na casa dos pais de Regina passava um filme na TV a cabo, passou a cena de duas mulheres se beijando.
- O que é isso? – perguntou Cora.
- Um casal! – disse Regina.
- Que coisa horrível! – disse Cora.
- Não acredito que em pleno século XXI, você ainda pense assim! – disse Henry.
- Não importa a época, isso é horrível. Ainda bem que as minhas duas filhas gostam de homens. – disse Cora.
- Qual é o problema, mãe?  - perguntou Regina.
- O problema é a imoralidade! – disse Cora.
- O que tem de mal? São apenas duas pessoas que se gostam! – disse Regina.
- Por que está tão incomodada, Regina? Desde quando virou defensora das lésbicas ? – perguntou Cora.
- Desde quando percebi que não tem nada de mal nisso... – disse Regina.
- Você antes ficava criticando esse tipo de atitude! – disse Cora.
- Que assunto chato! – disse Henry.
- Antes... quando não entendia! – disse Regina.
- Ah, então agora você é entendida? – perguntou  Cora.
- Posso dizer que sim! – disse Regina.
- Não estou te entendendo, Regina. O que andou fazendo? – perguntou Cora.
- Nada, apenas me informando. – disse Regina.
- E desde quando esse assunto te interessa? – perguntou Cora.
- Ai, parem vocês duas! – disse Henry.
- Que parar que nada. Quero saber o que ela tem a dizer! – disse Cora.
- Não vou dizer nada! – disse Regina.
- Fale logo, Regina, Esse papo tá muito estranho! – disse Cora.
- Quer saber? Vou pra minha casa! – disse Regina.
- Vai logo, vai curtir a sua solidão! – disse Cora.
- Não fale assim com a minha filha! – disse Henry.
- Sua? Fez sozinho? – perguntou Cora.
- Não quero brigar. – disse Henry.
Regina pegou as coisas e quando abriu a porta pra ir embora recebeu um tapa na cara.
- MAS O QUÊ SIGNIFICA ISSO? – gritou Regina.
- Estou revidando o tapa que me deu naquele interrogatório. – disse Zelena.
-  Eu não te fiz nada! – disse Regina.
- Não?  Me acusou de algo que não fiz, me deu um tapa na cara, sendo eu a sua irmã! – disse Zelena.
- Acusei porque tudo levava a você, não é porque você é minha irmã que eu ia passar a mão na sua cabeça! – disse Regina.
- Passar a mão não, mas meteu o tapa na minha cara, nem consideração teve! – disse Zelena.
- Pelo menos não espalhei a sua historinha pervertida, está sendo processada no silêncio. – disse Regina.
- Não fez mais do que a sua obrigação, depois de ter me humilhado! – disse Zelena.
- Que obrigação o quê! Se toca! – disse Regina.
- Você quer que eu agradeça, é isso? – perguntou  Zelena.
- Seria o mínimo que deveria fazer! – disse Regina.
- Não vou agradecer! – disse Zelena.
- Vai sim, eu sei que você me ama. – disse Regina.
- Hum... – disse Zelena.
- Eu também te amo. – disse Regina.
- Pare com esses joguinhos! – disse Zelena.
- Então você não me ama? Passou a vida inteira me enganando? – perguntou Regina.
- Claro que te amo! – disse Zelena abraçando Regina.
- Eu sabia! – disse Regina apertando a irmã.
- Não deveria nem te perdoar só pelo tapa que me deu! – disse Zelena.
- Mas você não aguenta ficar longe mim! – disse Regina.
- Você é insuportável, Gina! – disse Zelena.
- Você veio ver nossos pais? Se eu fosse você nem entraria aí, mamãe está histérica. – disse Regina.
- O que houve? – perguntou Zelena.
- Estava discutindo assuntos bobos comigo e ficou irritada. – disse Regina.
- E você já vai? – perguntou Zelena.
- Já! -disse Regina.
- Tchau! – disse Zelena beijando a bochecha da irmã.
- Tchau! – respondeu Regina.
O celular de Regina tocou.
- Alô? – disse Regina.
- Dra., o presidente quer falar com você! – disse o secretário.
- Eu já disse que só falo com ele pessoalmente. – disse Regina.
- Ele quer marcar hoje no café express as 17h. – disse o secretário.
- Estarei lá! – disse Regina.
No shopping mais famoso da cidade estava ocorrendo um alvoroço, clientes estavam fazendo compras quando um corpo despencou da cúpula, estava com os dois olhos arrancados e com um pano branco enrolado no corpo. Estava com os seios mutilados com a letra D marcada no corpo. A equipe do FBI já estava isolando o local. A Vítima era Vanessa, um transexual, por isso teve os seios mutilados.
Cruella não foi trabalhar no dia que Vanessa foi atendida por Zelena, mas conseguiu ter acesso a ficha dela invadindo o sistema do consultório de Zelena. Como não teve a oportunidade de seguir Vanessa no mesmo dia, deixou para uma outra oportunidade.
Trump aguardava por Regina no local combinado, ela não era de se atrasar, sempre foi muito pontual com seus compromissos, mas naquele dia ela fez questão de deixar o presidente esperando por exatos dez minutos depois do combinado.
- Se atrasou, Dra. – disse Trump.
- Tive um problema com trânsito. – mentiu Regina.
- O trânsito estava tranquilo, Senhorita Mills. – disse Trump.
- Doutora! O que tem para mim? – perguntou Regina.
- Sobre o caso Devil, quero que volte. -  disse Trump.
- “Quero que volte.” Simples assim? – perguntou Regina.
- Doutora, estamos com problemas, essa mulher está a solta e já ocorreram dois assassinatos em dois dias... – disse Trump.
- Pensei que tinha encontrado alguém para fazer isso... - disse Regina.
- Eu me enganei... e agora precisamos de alguém para prendê-la. – disse Regina.
- Isso eu já havia feito, mas o senhor preferiu me tirar do caso e colocar alguém “mais competente”... e outra, ela não está agindo sozinha, com ela em nossas mãos poderíamos pegar os outros. – disse Regina.
- Reconheço meu erro, Dra. Mills, mas eu preciso de você de volta, rasgarei o documento de afastamento. – disse Trump.
- Estamos praticamente na estaca zero, não vai ser fácil e nem rápido pegá-la junto com os seguidores dela. – disse Regina.
- O quê quer dizer com seguidores? -perguntou Trump.
- Ela tem algo tipo uma seita religiosa, pelo que ela falou no interrogatório, tem todo uma ideologia, preciso traçar os perfis das vítimas... – disse Regina.
- Faça o que for necessário, mas quero que esse caso se resolva custe o que custar... – disse Trump.
- Só pra constar, eu quero um aumento de salário. – disse Regina.
- 20%! – disse Trump.
- 50%! – disse Regina.
- Fechado!  - disse Trump apertando a mão de Regina.
Emma voltou para casa, lembrou que tinha perguntado para Regina se iam se encontrar hoje, a pergunta “O que nós somos? “ voltou a rondar a sua cabeça, mas achou melhor aproveitar o momento e viver o que tinha pra viver, sem cobranças, sem questionamentos, sem se importar com as consequências, pelo menos por enquanto.
- Onde você vai assim, Emma? – perguntou  Snow.
- Sair... – respondeu Emma.
- Desde quando você começou a trabalhar nessa delegacia, você sai praticamente todos os dias... – disse Snow.
- Tem algum problema? – perguntou Emma.
- Não... é que você anda se arrumando muito... – disse Snow.
- Devo andar desleixada? – perguntou Emma.
- Claro que não! Está muito bonita. Está saindo com alguém?   Algum pretendente? – perguntou Snow.
- Estou saindo com alguém interessante, mas não é um UM pretendente! -disse Emma.
- Como assim? Alguém interessante mas não é um pretendente? – perguntou Snow.
- Porque é uma mulher! – disse Emma saindo de casa sem dar tempo pra Snow processar a informação.
- David? Você ouviu o mesmo que eu? – perguntou Snow.
- Ouvi! – respondeu David.
- Só isso? Não vai dizer nada? – perguntou Snow.
- Não! – respondeu David.
- Quando ela voltar, quero por esse assunto em dia. – disse Snow.
Regina estava parada fora do carro na porta da casa de Emma.
- Regina? Como?  - perguntou Emma.
- Como sei onde você mora? – perguntou Regina.
- É. – respondeu Emma.
- Esqueceu que sou sua chefe? Além de chefe, sou do FBI? – perguntou Regina.
- Ah! É claro. – disse Emma.
- Você está linda! – disse Regina.
- Você também! – disse Emma dando um selinho em Regina.
- Onde vamos? – perguntou Regina.
- Conheço um happy hour de chopp maravilhoso, você gosta? – perguntou Emma.
- Amo! – respondeu Regina.
- Vou levá-la. – disse Emma.
Ao chegarem lá, escolheram uma mesa próximo a porta, o ambiente era cheio de luzes coloridas, haviam muitos casais gays e música eletrônica.
- Gostei desse lugar, me senti a vontade... – disse Regina.
- Eu sempre venho aqui. – disse Emma.
- O que desejam? – perguntou o garçom.
- Chopp? – perguntou Emma.
- Sim. – respondeu Regina.
O garçom logo veio com duas canecas enormes e bem geladas.
- Que chopp maravilhoso! – disse Regina.
- Claro, é Heineken! – disse Emma.
- Voltei para o caso! – disse Regina.
- Sério?  Como foi? – perguntou Emma.
Regina contou com detalhes a sua conversa com Trump, beberam mais um pouco e estavam levemente alteradas.
- Amanhã estou de volta... – disse Regina.
- Já estava na hora. – disse Emma.
- Vamos dançar? – perguntou Regina.
- Vamos! – respondeu Emma.
Regina a puxou pela mão levando-a para pista de dança. Tocava a música wild child de Cristopher Williiams, era uma batida mais lenta, bem sensual. Emma fazia questão de explorar cada parte do corpo de Regina, dançavam provocando uma a outra. Regina fingiu um beijo a Emma, quando chegou próximo a sua boca afastou-se devagar, Emma sorriu, Regina segurou no pescoço de Emma, colocou as duas mãos por baixo dos cachos dourados e encostou a boca no ouvido de Emma.
- Que cheiro bom! – disse Regina.
- O seu cheiro me embriaga. – disse Emma no ouvido de Regina.
- Acho que tá ficando quente aqui! – disse Regina.
- Está quente desde que te vi! – disse Emma.
Se beijavam enquanto dançavam até se cansarem e voltarem pra mesa.
- Regina, vamos tirar uma foto? – perguntou Emma.
- Uma selfie bêbadas,  vamos! – disse Regina encostando o rosto no rosto de Emma.
Prepararam o celular e tiraram a foto, Emma postou no instagram e no facebook marcando Regina com a seguinte legenda:
“Lovely lady”
- Emma? – disse Rose abraçando e dando um selinho nela.
Regina pigarreou.
- Regina? Que coincidência encontrar vocês duas juntas novamente! – disse Rose.
- Oi... – respondeu Regina com uma expressão séria.
Emma percebeu que Rose incomodou Regina e preparou logo um sorriso no rosto.
- Posso me sentar com vocês? – perguntou Rose.
Emma olhou para Regina que ainda não havia desfeito a expressão de poucos amigos que estava.
- Claro! – disse Emma.
- Como está o trabalho, Emma? – perguntou  Rose.
- Muito bom, melhor impossível!  - disse Emma olhando para Regina.
Regina desfez o semblante sério e sorriu para Emma.
- Emma, faz tempo que não marcamos algo, deveríamos sair, estou com saudades! – disse Rose pegando na mão de Emma.
- É... é verdade! – respondeu  Emma tomando um gole de chopp.
- Vocês já estão se vendo agora, não?  Se quiserem eu saio... – disse Regina.
- Não, não faça isso! – disse Emma.
- Rose, desculpe é que eu havia chamado Regina para vir hoje aqui comigo e... – disse Emma.
- Já, entendi, estou aqui com alguns amigos. Desculpe estragar a noite de vocês... – disse Rose levantando e saindo.
- Acho que ela se chateou. – disse Regina com um sorriso no rosto.
- Não, ela é assim mesmo. – disse Emma.
- Você quer ir embora? – perguntou Regina.
- Vamos... – disse Emma.
Pagaram a conta e foram embora a pé, Regina tinha deixado o carro próximo a casa de Emma, pois estavam perto. Emma empurrou Regina para um beco escuro e se beijaram, deram vários amassos. Foram interrompidas pelo celular de Regina tocando, era Cora, mas ela não atendeu.
Regina deixou Emma em casa.
No dia seguinte, Regina voltou ao se posto, estava disposta a fazer de tudo para prender Cruella e seus cúmplices o mais rápido possível.
- Bom dia! – disse Killian chegando com uma prótese na mão.









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