Olá! Peço desculpa pela ausência.
Espero surpreender-vos com este capítulo. Alguém quer tentar adivinhar quem será esta dama, antes de ler?
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Dia após dia, continuava à espera de notícias. Mantive-me sempre fiel à esperança. Três semanas depois da partida dos soldados, algo aconteceu!
Encontrava-me nas cavalariças para ver pela primeira vez, ao fim de oitenta anos, o meu cavalo, o Vendaval. É um enorme cavalo de cor branca, forte e valente. Eu adorava-o! O meu pai ofereceu-me no meu décimo quinto aniversário e desde aí tornamo-nos inseparáveis.
Recordei-me da última vez que o vi: o dia do meu rapto e aprisionamento. Obriguei-me a abandonar tais recordações, porque eram terríveis. A voz chamativa da minha madrinha ajudou-me a esquece-las de imediato:
- Filipe, Filipe... Temos novidades! – batia as asas freneticamente para chegar rapidamente perto de mim.
- E quais são? – perguntei, ansioso.
- Uma bruxa que vive em Aragão veio ao teu encontro. Se veio ao teu encontro é porque deve puder ajudar-te. – Ela não conseguia conter a sua felicidade, então sorria e batia palmas como uma criança. - O teu pai está à tua espera no salão dos tronos para a receberem em conjunto.
- Temos uma bruxa! – murmurei, pensativo. – Vamos, então. Quem me dera poder andar mais depressa.
- Oh, eu posso dar-te uma ajudinha – agitou a varinha e os brilhos apoderam-se de mim.
Saí a voar das cavalariças, atrás da minha madrinha, sem sequer ver o Vendaval. Não reclamei, porque ansiava conversar com a bruxa que veio ao meu encontro. Teria esta bruxa a minha esperança de recuperar a juventude? Queria acreditar que aquelas criaturas também podiam fazer o bem.
A voar, pela primeira vez na minha vida, entrei no meu castelo por uma janela que pertencia ao salão dos tronos. O meu pai ao ver tal entrada, não sabia se havia de rir ou zangar-se, então levantou-se do tono, e apressadamente veio ao meu encontro e perguntou:
- Estás bem, Filipe?
- Estou óptimo – respondi eu, compondo o meu gibão e a corrente dourada de estado*. – Obrigada, madrinha, pela boleia. Mas sabes que dispenso estas coisas...
- Violeta, o meu filho já não é jo... - arrependeu-se do que ia a dizer. – O que interessa é que estás bem! – pousou uma mão no meu ombro. – Tens que ter cuidado, Filipe. Se algo te acontecer, eu não irei aguentar...
- Eu estou bem, pai. A madrinha nunca me colocaria em perigo.
- Vossa Graça, não faria tal feitiço se soubesse que o Filipe correria algum risco.
- Eu sei. Só que ele está tão frágil e fico preocupado.
- Velho! – emendei eu, caminhando para o trono da minha mãe. – A palavra certa é velho, pai.
- Talvez não seja por muito tempo – atalhou ele, com um sorriso caloroso no rosto e sentou-se com o seu ar majestoso no trono que lhe pertencia por direito desde a morte do meu avô. – Estás preparado, Filipe? – pousou a sua mão na minha.
- Sim!
- Violeta, podes mandar entrar a bruxa – ordenou o meu pai e piscou-me olho para me dar esperança e confiança.
A minha madrinha assentiu com a cabeça, transformou-se em adulta, abriu as portas, e deu ordens lá para fora e regressou para junto de nós. Ficou precisamente ao fundo das escadas, ao lado do seu rei. Entreolhámo-nos e sorrimos um para outro.
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O AMOR NÃO DORME
ChickLitUma nova versão do conto de fadas da Bela Adormecida! E se a maldição acontecesse? Ele perdeu a liberdade para não salvar a sua amada e envelheceu. Ela dormiu um sono profundo ao longo de 80 anos e preservou a juventude. E agora? Haverá alguma poss...