Capítulo XIII

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Ergo a cabeça e aguardo com um ar régio. Apesar de estar velho não deixava de ser um príncipe, um príncipe que um dia deveria ser rei.

Não demorou muito tempo para que entrasse a bruxa escoltada por uma dúzia de soldados. Receber esta criatura não era a mesma coisa que receber um humano, por isso tínhamos que reforçar a segurança. Mirei-a de alto a baixo. Era completamente diferente da Malévola. Não tinha uma beleza de encantar, mas era bonita. A sua indumentária seguia os nossos padrões de moda. Trazia um vestido verde comprido, os cabelos castanhos entrançados e presos e apresentava-se com um sorriso gentil. Então, eram assim as bruxas! Discretas para passarem despercebidas, para parecerem pessoas normais e para se misturarem com o povo. Reparei que não trazia a sua varinha na mão, pois ambas as mãos repousavam sobre o ventre, entrelaçadas. Parecia uma jovem inocente.

Quando chegou o suficiente perto de nós, fez uma vénia. E foi nesse preciso instante que percebi a sua primeira atitude de bruxa. Aquela vénia era tão pequena que não era adequada para um rei, nem para um príncipe. Ser bruxa significava não estar ligada a reinos, nem ter obediência a soberanos.

- Vossas Graças, o meu nome é Margarida. Nasci num campo cheio de margaridas e honraram-me com este nome.

Dei-lhe um sorriso falso. Não confiava nestas criaturas, por mais inocentes que elas parecessem. Fixei o meu olhar no seu vestido que tinha a cor da esperança. Seria um bom presságio? Seria ela a possuidora da minha felicidade?

- O que é que sabes sobre a magia da juventude? – fui directo ao assunto.

- Sei de algo que vos poderá ser muito útil, Príncipe.

- Então, significa que não sabes exactamente o que é preciso ser feito? – atalhou a minha madrinha, com um olhar estudioso.

- Eu sei o segredo da juventude, não tenho é o conteúdo para fazer tal magia – esclareceu Margarida, sem nunca perder o sorriso afável.

O meu coração começou a bater cada vez mais rápido, inexplicavelmente. Ele ansiava tanto como eu pelo meu corpo jovem. Ele precisava entregar o seu amor à Aurora. A alegria era tanta! Inspirei e expirei fundo, para tentar controlar os meus batimentos cardíacos.

- Seja o que for esse conteúdo, eu irei consegui-lo! – disse o meu pai, radiante de felicidade. – Diz-me do que se trata e em troca recompensar-te-ei com dois baús cheios de moedas de ouro.

- Com todo o respeito, Vossa Graça, mas não estou interessada nesse tipo de pagamento. Sei exactamente o que quero em troca de tão preciosa informação.

- Diz-me o que desejas, Margarida? Queres mais dinheiro? – perguntou o meu pai, com convicção de que não haveria nada que ele não pudesse dar-lhe. - Seja o que for eu pagarei.

Margarida moveu o seu olhar para mim, manteve-se de cabeça erguida e olhou-me directamente nos olhos como não me devesse qualquer tipo de reverência, como se estivéssemos de igual para igual, como se fosse uma princesa, uma rainha e respondeu:

- Quero o primeiro filho varão do Príncipe.

- O quê? – queria gritar, mas saiu-me quase como um murmuro.

O meu choque foi tão grande que perdi a força na voz.

Continua...

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* As correntes de estado estendiam-se do pescoço ao peito e eram usada pelos homens como indicadores da ordem que pertenciam ou o cargo que ocupavam. Neste caso, a corrente do Filipe demonstrava que pertencia à realeza, que era um príncipe. Deixo uma imagem para exemplificar, porque quero que entendam o vestuário desta história que não deixa de ser de época.

 Deixo uma imagem para exemplificar, porque quero que entendam o vestuário desta história que não deixa de ser de época

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E o que me tem a dizer sobre a bruxa Margarida? E a sua terrível proposta? Será que Filipe vai aceitar? Contem-me tudo.

beijinhooooooooooooooooos

O AMOR NÃO DORMEKde žijí příběhy. Začni objevovat