Capítulo 30

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Alfonso Herrera

Ela estava largada sobre aquela bancada. Violada sutilmente pelas minhas mãos. Anahí gemia de uma forma que fazia meu pau latejar incontrolável, pulsando dentro da calça. Mas naquele momento a minha única preocupação foi me deliciar com o sabor da sua excitação. Retirando os dedos de dentro do seu sexo, abri um curto espaço para beijar seus lábios sexuais. Minha língua fez movimentos rápidos e eficazes sobre o clitóris volumoso e sensível dela e como resposta a mulher inebriada me envolveu por entre suas pernas, convidativa para que eu continuasse o que fazia. Aquela sensação nos provocava muito ardor. Correspondi acelerando toda vez que eu corpo se retorcia.

- Não pare. Por favor. Me faça gozar.

Que pedido mais inútil. Eu jamais a deixaria daquela maneira, esperando por prazer. Anahí merecia aquilo como uma recompensa por me provocar tanto tesão. Mas principalmente por ser culpada das minhas recentes atitudes. Como era normal querer aquela mulher de tal maneira?

Arrisquei observá-la algumas vezes, e era gratificante demais. Ela estava perdida. Entregue a mim como um cordeiro.

Era bom saber que o efeito estava sendo dividido por nós dois, e que tanto ela quanto eu, estávamos assustados.

Num gemido alto e grave, Anahí deixou suas pernas relaxarem e serem abertas por mim. Indo mais fundo no que fazia. Ela foi ao ápice gloriosamente. Descartando curtos gritos e súplicas "não faça isso comigo". Não faça você, querida. Pare de me enlouquecer! Foi o que pensei em gritar em resposta. Ela gozou e se acomodou, respirando fundo, com o peito alto a cada nova troca de ar.

Fui para o seu lado e lhe fiz carinho, antes de ir em busca de algo para limpá-la. Voltei com uma toalha de rosto nas mãos, e a use para desfazer meu estrago.

- O que vai fazer? - questionou assustada.

- Fique calma. Vou apenas limpar você.

Mesmo ela estando hesitante, eu ultrapassei sua recusa e comecei a passar o tecido de algodão, vagarosamente em todo o local, que a minutos atrás abrigava minha boca. Enquanto fazia isso, pude perceber o quanto ficou excitada. Anahí estava complemente molhada e suada.

Com a outra parte da toalha, friccionando, retirei o excesso de suor do rosto dela. Tudo o que fiz, foi observado por um semblante inabalável. Ela apenas me olhava, descrente.

- Porque não fez amor comigo?

- Entre mim e você, o estrago em mim seria maior - respondi, ajudando-a a se levantar da mesa.

- Mas eu precisava senti-lo - disse desapontada.

- Desculpe - retruquei extremamente arrasado - Eu queria muito. Você não imagina o quanto. Mas precisamos voltar íntegros antes que alguém decida procurar por nós.

- Vai ficar me devendo essa Herrera - rebateu.

- A primeira dívida que estarei disposto a pagar, quantos vezes você quiser, com o maior prazer.

Ela riu quando eu disse aquilo. Vê-la sorrir ao meu lado era como ganhar um presente. Seus dentes brancos e alinhados delineavam bem aquele rosto fino. Como posso ter tanta sorte? A mulher a minha frente era belíssima e me levava à loucura. Anahí poderia me olhar e ver de cara o que provocava em mim, inconscientemente. No fundo imaginei que devia saber do seu poder. Ela era uma mulher muito dura, e seu olhar me revelava tão pouco, mesmo assim era nítida a sua capacidade de decifrar as pessoas ao seu redor.

No saguão, era cada vez mais certificada a sua capacidade de lidar com o desconforto. Eu tinha certeza que ela estava inteiramente desconfortável ali, cercada de assuntos desagradáveis sobre família e negócios, mesmo assim, não removeu o sorriso do rosto cumprimentando todos, distribuindo elogios e debatendo como se tivesse feito uma curta leitura sobre os assuntos antes de debatê-los. A única coisa que fiz foi acompanha-la durante boa parte da noite. Ela me conduzia, ao invés do contrário. Em Alguns momentos trocávamos olhares cheiros de promessas, seguidos de risos discretos. Bebemos, conversamos, dançamos. Fizemos tudo o que jamais pensei realizar naquela ocasião. Como esperado o Natal estava melhor do que meus planos idealizavam.

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