-Não houve nada, agora se me dá licença... – digo tentando me desviar dele, mas por algum motivo, que eu gostaria muito de saber, ele entra na minha frente outra vez e outra enquanto começamos uma dança ridícula e descoordenada. – ah! O que foi? – pergunto por fim, parando e depois de colocar meu cabelo atrás da orelha cruzo os braços sobre o peito olhando-o irritada, ele semicerra os olhos para mim novamente me deixando um pouco desconfortável com sua repentina atenção.

-O que estava procurando em minha gaveta? – pergunta cético, engulo em seco e olho para sua mesa pensando se devia perguntar quem era a mulher ou só negasse que havia mexido em alguma coisa... – diz logo!

-Eu não... eu não mexi em nada, não seja tão paranoico! – digo me voltando pra ele, só que as últimas palavras saíram sem querer.

-Não acredito em você!

-Bem, isso é um problema seu!

-Está muito abusada hoje Winey!

-Não gosto que desconfiem de mim!

-Então não mexa onde não deve! – diz se aproximando ameaçadoramente de mim me obrigando a dar alguns passos para trás pra que não nos chocássemos e para me livrar da sensação que é sentir seu corpo perto do meu irradiando aquele calor e eletricidade me envolvendo como um grande e pesado cobertor.

-Já disse que não mexi em nada! – digo colocando minha mão aberta em seu peito para impedi-lo de se aproximar mais e olhando em seus olhos começando a ficar tão irritada quanto ele parece estar, se tem uma coisa que não admito é que me acusem de algo que não fiz e apesar de quase ter aberto a maldita gaveta eu não mexi em nada! A desconfiança e acusações sem provas foi o começo do inferno na minha vida e não quero isso de novo!

Ele ainda me encara desconfiado depois de olhar para minha mão em seu peito onde ela ainda está, e posso sentir seu peito firme e quente debaixo de minha palma, sentindo também seu calor subir por minha mão e se espalhar por meu corpo num raio de eletricidade, me deixando ainda mais irritada... não gosto dessas minhas reações, são desnecessárias e perigosas!

-Então por que parecia tão estranha quando entrei, hein? – pergunta envolvendo seus dedos em meu pulso e o segurando firmemente, eu tento puxá-lo, mas ele me segura, mesmo indignada com sua reação, não posso deixar de notar como seu coração batia rápido e forte sob minha palma...

-Não estava estranha coisa nenhuma, agora solte meu pulso, está me machucando! – digo puxando meu pulso com força e finalmente me solta.

-Não toque em mim novamente!

-Pode deixar, não vou! Agora me deixe ir! – digo tentando mais uma vez passar por ele e mais uma vez ele me impede me fazendo bufar e olhá-lo como se pudesse matá-lo. Eu preciso ir embora, minha cabeça está uma bagunça e não consigo entender o porquê de me sentir assim tão decepcionada e... sei lá... incomodada com a maldita fotografia, agora só queria poder sair daqui e respirar um pouco de ar puro e dormir até que eu possa me sentir eu mesma!

-Não vou deixá-la ir até me dizer o que estava procurando em minha gaveta, uma propriedade particular!

-Eu não estava procurando nada...

-Ah estava sim, não sou cego e nem surdo... – é, não vou conseguir acabar com isso até que eu diga o que ele quer ouvir! Então vamos à verdade!

-Ok... eu só vi uma fotografia e fiquei intrigada já que você não... bem não é de guardar fotos de mulheres, pelo menos não aqui... eu só fiquei confusa e...

-Você o que? – perguntou ele mudando repentinamente de semblante e postura se transformando totalmente, no seu rosto um olhar tão assassino e furioso que senti meu sangue gelar e fugir de meu rosto, eu nunca o vi tão irritado assim antes, não a ponto de seus olhos parecerem brilhar com a fúria.

SALVA PELO CHEFE (COMPLETO)Where stories live. Discover now