SALVA PELO CHEFE (COMPLETO)

CALLEB?

 'Ange'

-Ai meu Deus senhor, me desculpe! – diz uma moça com seus vinte e poucos anos, na porta com uma bandeja com dois sucos de laranja e dois comprimidos, Davi pega um travesseiro rapidamente para cobrir suas partes quando a moça o olha com grandes e arregalados olhos castanho ficando tão vermelha que acho que poderia explodir e quase deixando a bandeja cair. – eu... não esperava que estivessem... acordados, eu volto depois...

-Não! Espere! – chamo quando ela já se virava para sair, eu corro até ela evitando pisar no lençol e cair de cara no chão e pego o suco e o analgésico tomando-os já que tudo voltava a doer, o suco de laranja estava realmente uma delicia. – obrigada!

-Linda, diga a Eleonor para arranjar roupas femininas e consiga uma bolsa pra que Winey leve as suas embora junto com as botas! – diz Davi com todo aquele seu tom exigente e mandão, ainda na cama... e ele me chamou de Winey...

-Sim senhor! – diz Linda sem se atrever a erguer os olhos e antes que eu pudesse agradecer mais uma vez ela se vira e se vai rapidamente.

-Não precisa me arranjar roupas, posso usar meu próprio vestido, não acha? – digo virando-me para encará-lo.

-Não esse vestido! – diz se levantando e dando a volta na cama indo em direção a sua mesa de cabeceira e pegando meu vestido jogado no chão, eu acompanho seu belo traseiro nu até lá e me repreendo mentalmente por babar feito uma idiota, ele nem está fazendo questão de procurar se vestir, está ali se exibindo como um pervertido!

-O que há de errado com meu vestido? – pergunto me irritando, mas então depois de jogar meu vestido sobre a cama e procurar algo em uma gaveta na sua cômoda ao lado da cama, vejo a enorme tatuagem em tinta preta na metade esquerda das suas costas, exatamente onde senti as protuberâncias parecidas com minhas cicatrizes, num primeiro momento aquilo só parece um emaranhado de desenhos estranhos e letras misturadas no meio do que parece ser chamas negras cobrindo sua pele do alto de seu ombro até o quadril... mas olhando com mais atenção posso ler algo parecido com Calleb.

-Calleb? – pergunto mais a mim mesma do que a ele e me surpreende que tenha ouvido porque eu apenas sussurrei, mas vi quando seu corpo ficou tenso e ele parou de mexer em sua gaveta. – Davi...? – não tinha certeza do que e como perguntaria, mas ele se adiantou de qualquer maneira.

-Não pergunte! – diz frio e parecendo irritado e volta a mexer em sua gaveta – porra, onde está a merda do meu celular? – diz parecendo realmente irritado, eu olho para a mesinha ao meu lado encostada na parede próxima a porta com somente uma rosa branca num vaso lindo de cristal que deve custar uma fortuna e bem ao lado está o celular última geração de Davi, eu o pego e calmamente e até um pouco receosa me aproximo dele.

-Ãh... Davi? – chamo, mas ele não me olha.

-Que é?

-Seu celular! – digo estendendo-o a sua frente, ele ri um pouco nervoso, mas ainda é uma risada.

-O que eu faria sem você? – pergunta pegando o celular da minha mão ainda sem olhar para mim e isso está me deixando nervosa.

-Por que não olha pra mim? – pergunto fazendo uma tentativa de cruzar os braços, mas fica meio difícil de enrolar o lençol junto fazendo Davi rir mais um pouco quando me olha de rabo de olho.

-Porque você está nua só com essa coisa te cobrindo e acredite, mesmo depois de termos concordado sobre esquecermos sobre hoje, se olhar pra você mais de um minuto vou jogá-la naquela cama de novo! – diz ligando seu celular, mas antes que eu possa dizer alguma coisa alguém bate na porta – a bolsa! – diz simplesmente, corro até a porta e Linda está me esperando com uma troca de roupa em uma das mãos e uma bolsa preta na outra... Puta merda quanta eficiência! Como pode ser tão rápido?