Final -Parte 3

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Donga,

- Parabéns, irmão, tamô junto! - Samuca bate sua mão na minha, e a outra no meu ombro, transmitindo contentamento.

Tô amarradão em saber que vou ter uma sobrinha ou sobrinho. E ele, então? Não tira o sorriso bobo da cara .

- É nois, irmão! Fé! - pressiono sua mão. - Em breve boto um molequinho no mundo ae, pra brincar com tua filha. - garanto, mesmo sabendo que não será tão em breve assim. Elô está resistente com a ideia.

Seu sorriso é pura satisfação.

- Tem nada melhor não, papo reto! - garante ele.

Paloma também me cumprimenta. Ela é muito ponta firme, uma mina muito humilde e guerreira. Agora então, sendo mãe da minha sobrinha ou sobrinho, tem uma moral do caramba comigo.

Também sou grato por ela tirar meu irmão do vício. Imagino o quanto minha mãe não adora essa garota.

Por falar nela, me liga novamente. Preciso me afastar do barulho pra gente conversar. Ela está em êxtase. Tanto por mim, como pelo Samuel, que vai lhe dar um neto ou neta.

Minha gata está ocupada, dando atenção pra geral, conversando com geral. Eu também.

Recebo muitas ligações, inclusive da liderança da Fac, que mesmo puxando seus dias tem consideração de dar aquele salve de responsa.
Afinal, geral ainda está indignado por eu estar me casando. É uma puta novidade.

Vários donos e gerentes que não puderam comparecer também fazem questão de ou passar um rádio, ou dar um alô pelo celular. Graças a Deus, o que nós tem de inimigo, temos também de amigos que fecham com nós dez a dez. Sou considerado e respeitado pra caralho.

Mandei vir o grupo de pagode que tocou no bar da Vera quando conheci minha bebê. Eles mandam muito.

Assim que temos uma brecha, entre falar com um e outro, arrasto minha princesa de cantinho.

- Tô taradão nessa lua de mel... - Mordo de leve a pontinha da orelha. Ela sorri timidamente, disfarçando para ninguém perceber. Tá cheio de gente ao nosso redor, mas eu ligo?

- Bora lá no quarto tirar esse vestido? - é uma pergunta, embora a resposta seja dispensável.

Tô cheio de tesão nela desde que a vi mais cedo. De branco ela que me quebra legal.

Tenho uma tara maluca quando ela usa branco, me lembra a primeira vez em que a vi pelada. Meio inocente, meio safada... muito mídia.

A levo pela mão e, mesmo receosa, ela não recusa.

Subimos para o nosso quarto.

- Tu tá muito linda com esse vestido, mas tá ligada como é né? Ao mesmo tempo que tô adorando te ver nele, quero te ver fora dele. - Assim, rapidamente tranco a porta e a deixo nua.

- Donga, estão todos lá em baixo esperando por nós... - maluca, me querendo, ela tenta mesmo assim se agarrar ao resquício de prudência.

- Corta essa, economiza tua saliva! Tu sabe o quanto eu tô me fodendo pra isso!

Num segundo ela está imprensada na parede, se segurando com as pernas na minha cintura. Quando ela apareceu pra mim gostosa desse jeito, de branco, não parei de pensar que ela merecia uns tapas.

- Essa boceta é minha de papel passado e tudo, já era pra tu! - bato meio forte meio fraco em seu rosto corado de tesão, enquanto estoco avidamente contra ela. Revezo tapas, mordidas no lábio e beijos fissurados.

O pau tora lá em baixo - música, vozes altas e pá - , mas tora muito mais aqui em cima.

Quando ela geme um pouco alto, cubro sua boca e meto com ainda mais tara.

Love no Morro da Liberdade 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora