Um plano para nós (PAUSADO)

By MihBrandao

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Após ter sua família irrevogavelmente desestabilizada por um infeliz acontecimento que resultou na separação... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11 - Parte I
Capítulo 11 - Parte II
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Palavras de uma autora esgotada
Capítulo 37 part. I
Capítulo 37 part. II
Capítulo 37 part. III
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64 - Parte I
Capítulo 64 - Parte II
Capítulo 65
Capítulo 66 - Parte I
Capítulo 66 - Parte II
Capítulo 67
Capítulo 68 - Parte I
Capítulo 68 - Parte II
Capítulo 69
Capítulo 70
Capitulo 71

Capítulo 17

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By MihBrandao

Recadinho básico da Mih: Se vocês estão com raiva de mim pela uma hora de atraso, se preparem para triplicar essa raiva até o final do capítulo.

Tudo bem, eu ainda amarei vocês

#-#

Angeline narrando:

Tyler sorriu quando me viu me aproximando da entrada da casa com George ao meu lado.

- Divirta-se, menina. - O mordomo disse ao gesticular com a mão, fazendo o portão ranger aberto.

Eu havia pedido ao meu namorado que viesse me ver porque precisávamos conversar pessoalmente, olhando um nos olhos do outro, mas não imaginava o quanto seria fácil convencer Thomas a permitir isso - especialmente depois do nosso desastroso encontro do dia anterior. No entanto, quando meu patrão consentiu sem questionar nada, o choque que eu senti foi maior que a insegurança. Ele nem sequer fez questão de saber quem era, e pelo resto do dia eu imaginei que talvez não tivesse sido uma ideia tão ruim ter molhado seus pés e demonstrado minha frustração ao tê-lo tão interessado em minha vida pessoal.

Eu sabia qual seria a consequência dessa sua aproximação excessiva, e mesmo sabendo que talvez eu estivesse errada quanto a isso, não estava com a mínima vontade de arriscar.

- Obrigada, George. - Me despedi do mordomo com um sorriso e ele me retribuiu com outro antes de fazer seu caminho para a casa.

- Oi, amor. - Tyler disse com um sorriso animado se aproximando de mim depois que entrou, enquanto o portão se fechava vagarosamente.

Ele tinha um pacote de presente exageradamente grande em uma das mãos e uma cesta de piquenique em outra, mas escondia ambas as coisas atrás das costas sustentando a ilusão de que eu não conseguiria ver.

- Oi. - Falei antes de ele se aproximar e depositar um beijo rápido em meus lábios. - O que tem aí?

Ele pensou por um momento e sorriu, me estendendo o presente primeiro.

- É pra você.

Franzi a testa e peguei o pacote, hesitante.

Tyler raramente me dava presentes - e quando digo raramente, me refiro a somente e exclusivamente os dias do meu aniversário, às vezes -, porém no primeiro dia que veio me visitar, ele trouxe uma barra de chocolate. Agora isso.

O que há de errado com os homens do planeta?

- O que é isso? - Eu quis saber, embora já tivesse uma ideia do que se tratava.

- Abra. - Ele pediu.

Desfiz o laço e abri o pacote, tirando um coração vermelho de pelúcia de pelo menos oitenta centímetros de dentro.

Eu te amo, era o que as letras brancas gravadas em sua superfície diziam.

- Pode colocar na sua cama. - Tyler sugeriu com um sorriso tímido. - Assim você vai pensar em mim sempre que for dormir, como eu penso em você.

Os cantos das minha boca se ergueram, mas nem de longe aquilo poderia ser considerado um sorriso. Ele não sabia que eu dormia no sofá.

- E a cesta?

Ele a tirou de trás das costas e notei um curativo cobrindo os dedos de sua mão direita.

- O que acha de um piquenique?

Dessa vez eu sorri. Eu gosto de piquenique.

- Parece um bom programa.

Ele assentiu e olhou para o coração de pelúcia em minha mão.

- Você não gostou muito, não é?

- É claro que gostei. - Abracei meu presente e senti sua maciez. Sua textura era tão suave que eu seria capaz de ficar abraçada a ele o dia inteiro. - Obrigada.

Me aproximei de Tyler e com o braço livre, envolvi seu pescoço em um abraço de agradecimento. Ele me abraçou de volta e beijou meu cabelo antes de se afastar.

- Você está bem?

- Claro. - Assenti. - E você?

- Agora eu estou. - Ele me olhava com ternura, mas franziu a testa. - Você parece desanimada.

- Só estou cansada. - Encolhi os ombros.

Tyler suspirou e desviou os olhos, recuando um pequeno passo para colocar certa distância entre a gente.

- Você sabe o que eu acho sobre isso, não é? Você não estaria cansada se...

- Tyler. - O interrompi, olhando-o com advertência.

Ele ergueu a mão.

- Certo, esquece. Eu só me preocupo com você. - Parecia sincero o modo como afirmou isso, o que me deixou sem saber o que responder.

Tyler me deu um beijo na testa antes de me olhar novamente.

- Está com fome?

Fiz que não com a cabeça.

- Eu não sabia que faríamos um piquenique. Tomei café com a minha mãe.

- Tudo bem, sem problemas. A gente pode dar uma volta ao redor da casa, então. Espaço é o que não falta.

Encolhi os ombros.

- Pode ser.

- Algum lugar onde eu possa deixar isso? - Ele perguntou erguendo a cesta.

- Hm... na casa da minha mãe.

Eu o levei até o casebre, e enquanto colocava a cesta sobre a mesa e o coração no sofá, ele olhava em volta e estudava o ambiente.

- É aqui que você está morando?

- É aqui que eu como e durmo. Passo o dia inteiro na casa do patrão.

Tyler assentiu, mas não disse nada.

Minha mãe já havia saído para trabalhar, então acompanhei Tyler para fora e fechei a porta. Ele segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos enquanto caminhávamos pela grama verde do enorme quintal.

- Como estão seus pais? - Perguntei.

Se existia qualquer sorriso no rosto do meu namorado, se esvaiu completamente quando ele balançou a cabeça para os lados sem me olhar.

- Não quero falar sobre eles. - Respondeu com decepção na voz.

Okay. Vamos mudar de assunto, então.

- O que houve com sua mão?

Se Diana tivesse dito a verdade - o que acredito realmente que ela fez -, eu já sabia a resposta, mas precisava ouví-lo dizer.

-Ah, isso... - Ele olhou sua mão direita e a sacudiu num gesto indiferente. - Não é nada demais, não se preocupe. Como foi sua semana?

Não levei muito tempo para contar a ele o que eu fiz, emitindo as partes que ele obviamente não precisava saber. Ele sorria e assentia, fazendo piadinhas bobas que me faziam rir vez ou outra.

- E como foi a sua? - Perguntei por fim.

Tyler encolheu os ombros e começou a contar sobre as coisas interessantes que ele havia feito. Ele demonstrava tanto entusiasmo falando comigo quanto jamais demonstrou antes.

Eu fiquei em silêncio, ouvindo-o falar enquanto caminhávamos sobre a grama. Ele parecia a vontade e totalmente feliz, como se minha companhia fosse a melhor que ele poderia ter naquele dia. E talvez, até em outros.

- Tyler. - Interrompi algo que ele estava falando sobre seus colegas de trabalho, atraindo imediatamente sua atenção.

- O que foi? - Perguntou sorrindo, mas seu sorriso vacilou quando viu minha expressão.

- Diana me contou que te viu na sorveteria quinta-feira.

Então qualquer sombra de humor que ele possuía desapareceu em um nanosegundo.

Tyler continuou me olhando por um momento sem responder, então me encarreguei de fazer isso.

- Ela disse que você bateu em um dos seus amigos por minha causa.

Ele desviou os olhos, visivelmente incomodado.

- É verdade?

Tyler encolheu os ombros, como uma criança prestes a receber bronca do pai ao fazer alguma travessura. Estávamos na parte de trás do jardim quando eu parei, fazendo-o parar também.

- Tyler. - Chamei, pedindo uma resposta.

Ele soltou um suspiro.

- Olha, eu sei que não gosta de violência, mas você não ouviu o que ele disse. Ele é um otário e ofendeu você.

- E você me defendeu.

- É claro que te defendi. - Tyler fez um gesto frustrado. - Você é minha namorada.

Franzi a testa, desviando os olhos.

- Não fique brava... - Ele pediu.

- Não estou brava, só... não entendo. Geralmente era você quem fazia as piadinhas, lembra?

Ele tinha o olhar de desgosto no rosto quando eu o olhei.

- O que mudou, Tyler?

Ele pensou por um momento e inspirou o ar, desviando os olhos.

- Eu... acordei.

Eu não sabia o que isso queria dizer, mas ele não prosseguiu. Então deixei minha curiosidade falar mais alto.

- Me deixe ver sua mão.

Ele me olhou, e embora tenha hesitado por um momento, colocou sua mão direita sobre a minha.

- Não está mais inchada, mas minha mãe não me deixou tirar essa coisa. - Disse enquanto eu desenrolava a gase.

Sua mão estava do jeito de que me lembrava, exceto por alguns pequenos cortes quase cicatrizados.

- Parece que você socou uma parede.

Ele sorriu, embora não existisse humor ali.

- Eu soquei, depois de fazer um estrago na cara do Ric.

- Richard? - O olhei estupefata. - Voce bateu no seu melhor amigo?

- Ele não é mais meu melhor amigo.

- Tyler...

- Angeline, o que queria que eu fizesse? Ele ofendeu minha namorada na minha frente, não esperava mesmo que eu levasse isso numa boa.

- Mas...

- Sem mas. - Ele segurou meu rosto entre suas mãos, me olhando intensamente. - Eu amo você, e não importa que seja meu melhor amigo, meu pai, ou o presidente dos Estados Unidos. Se alguém te ofender, eu vou te defender. Sempre... entendeu?

Eu ainda estava em choque quando balancei a cabeça devagar.

Tyler se inclinou e colou seus lábios aos meus, me beijando delicadamente. Sua mão esquerda se pressionou em minhas costas, me segurando contra ele, enquanto a direita estava emaranhada entre meu cabelo. Seus lábios exploravam os meus sem pressa, de forma tão suave, que eu quase poderia me sentir nas nuvens.

Eu e Tyler sempre tivemos uma sincronia perfeita, mas foi apenas naquele momento que eu me senti realmente bem em seus braços. Em todos os aspectos.

- Eu senti tanto sua falta... - Ele disse de olhos fechados, ao romper o beijo.

Minha respiração ainda estava irregular. As borboletas que eu sentia no estômago eram inéditas. Eu não podia afirmar que também senti falta dele, porque eu não havia sentido... mas naquele momento, eu tinha a sensação de que não queria estar em qualquer outro lugar se não ali.

Angeline, acorda! Ele ainda é o Tyler!

Me afastei do seu toque, me lembrando do real motivo de tê-lo convidado a ir me ver. Eu não iria deixá-lo me iludir para me magoar depois. Ninguém muda assim tão de repente, da água pro vinho. Se existia um motivo pra tudo isso, eu acho que tinha o direito de saber qual era.

- Nós precisamos conversar. - Eu disse com firmeza.

Ele piscou algumas vezes, sua expressão apreensiva.

- Venha. - Eu o chamei, levando-o até um lugar distante da casa onde pudéssemos nos sentar sem ser incomodados. Considerei levá-lo até a área de descanso dos empregados, mas alguém poderia aparecer lá para alguns minutos de paz a qualquer momento, então descartei essa ideia.

Nos sentamos sobre a grama, alguns metros distante do jardim e vários distante da mansão.

- Me diga o que está acontecendo. - Pedi seriamente.

Esperei que ele fosse perguntar do que eu estava falando, mas ao desviar os olhos com uma expressão claramente magoada, eu sabia que ele estava ciente do que eu estava me referindo.

Tyler respirou fundo antes de começar a falar em voz baixa, sem olhar para mim.

- Você se lembra quando eu ia te buscar na escola? - Perguntou. - Algumas vezes eu chegava deprimido por causa dos meus pais. O ambiente na minha casa era... infernal. Continua sendo na verdade, mas...
sempre que eu te via, você me fazia rir. Você me trazia paz, mesmo que eu não merecesse. Eu era obrigado a escutar meu pai xingando minha mãe todos os dias, mas eu sabia que encontraria alívio quando te encontrasse. Você sempre foi... minha salvação.

Tyler parou de falar, mas eu continuei em silêncio até que ele continuasse.

- Eu sei que era um imbecil. Eu sempre soube disso, mas de algum jeito, eu sabia que você sempre estaria lá pra mim. Não importa o quão babaca eu fosse, você sempre... sempre estaria lá. - Ele balançou a cabeça para os lados e fez uma careta de desgosto. - Mas você foi embora. E então tudo pareceu mais... pesado. As brigas dos meus pais pareciam mais constantes e eu sabia que não poderia mais buscar alívio com você. O dia se tornou cinza. Eu ainda tinha amigos, sabe, mas... eu sabia que algo estava faltando. Minha vida estava incompleta. E mesmo que eu te ligue todos os dias, isso... não é o suficiente.

Desviei os olhos sem saber como responder a isso e Tyler me olhou.

- Você sempre foi demais pra mim, Angeline, e eu sempre soube que não te merecia. Mas quando você foi embora e eu experimentei como era ficar todo esse tempo sem te ver, eu... - Ele engoliu. - Eu percebi que não era isso o que eu queria pra mim. Eu não queria me afundar num poço de amargura porque não sabia valorizar a mulher incrível que eu tinha. Então eu decidi mudar, decidi ser melhor... porque eu não queria correr o risco de viver o resto da minha vida no purgatório, como estou vivendo agora.

- Tyler...

- Não, eu não acabei. - Sua voz soou estranha quando ele disse isso. Era como se estivesse prestes a chorar. - Eu preciso te contar algumas coisas. Eu sei que talvez... talvez você nunca mais queira me ver depois disso, mas eu preciso falar. Eu não aguento mais ficar com isso guardado. Eu quero fazer diferente, Angeline, quero fazer certo dessa vez. - Ele me olhou. - Então eu preciso começar te contando a verdade.

Eu o encarei, sentindo as batidas do meu coração se tornarem pesadas.

- Eu menti pra você. - Tyler disse me olhando como se sentisse dor. - Eu menti pra você tantas vezes, que algumas delas eu nem me lembro. Eu te enganei e traí. Eu te procurava quando precisava de você, e te ignorava quando estava bem. - Ele fechou os olhos e balançou a cabeça com repulsa. - Algumas noites eu dizia que não podia te ver porque estava trabalhando... mas era mentira. Eu ia a festas e fingia que era solteiro para conseguir mulheres que eu pudesse levar pra cama. E depois... - Ele abriu os olhos e olhou para o céu azul sem nuvens que se estendia acima de nós. - Depois eu te ligava e tinha a coragem de te chamar de amor.

Lágrimas rolavam de seus olhos e se acumulavam nos meus.

- Eu queria que meus amigos me achassem legal. - Ele disse com a voz embargada, incapaz de me olhar. - Então eu fazia piadas cruéis sobre você mesmo sabendo que te machucaria. Eu colocava minha reputação antes de você e sempre te deixava em segunda opção. Eu não te merecia. - Ele me olhou, e fungou, novas lágrimas escorrendo em seu rosto. - Eu nunca te mereci, Angeline. Eu menti, te enganei, te traí, te humilhei... e isso é algo com a qual vou ter que conviver todos os dias da minha vida. - Ele balançou a cabeça e acariciou meu cabelo. - Mas eu sempre te amei. De um jeito totalmente errado e sujo... eu te amei. Eu te amo. E agora eu sei como seria minha vida sem você.

Sequei as lágrimas que haviam molhado meu rosto enquanto eu me afastava do seu toque.

- Você sabe que eu posso te mandar embora agora, não é? Sabe que eu teria tido o direito de nunca mais olhar na sua cara.

- Eu sei disso. - Ele murmurou baixinho, desviando os olhos. - Mas eu quero fazer as coisas certas dessa vez. E se essa for a consequência pra todas as burradas que eu já fiz... - Ele encolheu os ombros. - Eu aceito.

Permaneci o olhando por alguns segundos em silêncio.

- Mas eu preciso que você saiba. - Ele emendou ainda sem me olhar. - Eu nunca me arrependi de nada na minha vida... tanto quanto me arrependo disso. - Então me olhou. - Por favor, me perdoa.

Respirei fundo antes de dizer qualquer coisa, desviando os olhos.

- Eu sempre soube.

- De quê?

- De tudo isso. Tudo o que acabou de me contar.

Tyler permaneceu quieto por um momento, estático, até que rompeu o silêncio.

- Por que você nunca disse nada?

Apertei os lábios e soltei um suspiro.

- Porque de certa forma, eu também te iludi. - Uma pausa. - Eu nunca te amei. Não de verdade.

Tyler ficou em silêncio e eu olhei para minhas mãos.

- O motivo de estar com você, era que eu estava carente. Não era por amor, era por conveniência. As vezes você me fazia sentir especial, e mesmo que me traísse, eu não me importava. A atenção que você me dava as vezes era suficiente.

Ele respirou fundo.

- Isso não me surpreende.

- Isso o que? - Eu o olhei.

- Estou surpreso por você já saber de tudo o que eu te contei, mas não estou surpreso que você não me ame. Disso eu sempre soube.

Ergui as sobrancelhas.

- Como?

Ele sorriu tristemente.

- Eu dizia que te amava umas três vezes por dia... você nunca disse que me amava também. - E encolhendo os ombros, completou: - Mas eu não te culpo. Você estava certa. Eu era idiota demais pra ser amado por alguém como você.

Permanecemos em silêncio por vários minutos, deixando todas essas confissões pairarem sobre nós. Por fim, foi Tyler quem decidiu falar primeiro:

- Você quer que eu vá embora?

Eu o olhei e pensei por um momento antes de lhe responder com outra pergunta.

- Você quer tentar de novo?

Seus olhos brilharam com esperança.

- É tudo o que eu quero.

- Nós dois erramos, Tyler. Mas acho que merecemos uma segunda chance. Talvez... - Encolhi os ombros. - Talvez dê certo dessa vez.

Ele se mexeu para ficar de frente pra mim, segurando meu rosto entre as mãos.

- Eu prometo que vou fazer dar certo.

Desviei os olhos antes que ele tivesse a chance de me beijar.

- Mas se vamos fazer isso, temos que deixar algumas regras claras.

- Tá... tudo bem. - Ele assentiu.

- De hoje em diante, nós sempre seremos sinceros um com o outro. Não importa qual seja a consequência disso.

- Certo. - Ele balançou a cabeça. - Eu vou ser, eu prometo.

- E... você vai deixar claro, onde quer que você vá, que você tem namorada.

Ele sorriu.

- Isso eu já estou fazendo há dias.

Balancei a cabeça, desviando os olhos, suavizando minha voz.

- E você vai me paparicar sempre que puder. Vai me dar atenção, presentes e me colocar em primeira opção na sua vida.

Sei sorriso se abriu quando ele inclinou para me beijar.

- Eu farei isso. Todos os dias da sua vida, até você ficar bem velhinha.

Eu sorri, não porque achei conveniente sorrir agora... mas porque, pela primeira vez, ele citou o futuro comigo.

Tyler tocou minha testa com a sua e fechou as olhos, acariciando minha bochecha com o polegar.

- Eu te amo, Angeline Claire... e um dia eu vou te ouvir dizer que me ama também. - Então, suavemente, ele tocou meus lábios com os seus.

#-#

Oiii lindezas!!

Acho que agora devem existir algumas dezenas - ou centenas - de pessoas fazendo planos mirabolantes para me matar, mas quem me conhece sabe que eu amo fazer coisas tipo essa. Lembram de OPDF? Se eu não enrolasse um pouquinho, não seria eu kkkk

A expectativa é o que torna a história mais interessante, não acham?

Então é isso. Desculpem a uma hora de atraso, amo vocês

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