Um plano para nós (PAUSADO)

By MihBrandao

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Após ter sua família irrevogavelmente desestabilizada por um infeliz acontecimento que resultou na separação... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11 - Parte I
Capítulo 11 - Parte II
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Palavras de uma autora esgotada
Capítulo 37 part. I
Capítulo 37 part. II
Capítulo 37 part. III
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64 - Parte I
Capítulo 64 - Parte II
Capítulo 65
Capítulo 66 - Parte I
Capítulo 66 - Parte II
Capítulo 67
Capítulo 68 - Parte I
Capítulo 68 - Parte II
Capítulo 69
Capítulo 70
Capitulo 71

Capítulo 15

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By MihBrandao

Angeline narrando:

Apesar de eu ter entendido que toda a gentileza de Thomas era sua forma de dizer obrigado, imaginei de verdade que ele estivesse finalmente amolecendo seu coração de pedra quando mostrou interesse no meu futuro acadêmico. Até notei o choque em seu rosto quando ele perguntou se eu achava que era capaz de curar crianças, e não pude deixar de criar teorias a partir disso para explicar seu jeito arrogante e fechado.

No entanto, antes de sair da cozinha ele afastou de mim qualquer esperança de vê-lo mudar de personalidade ao dizer da forma fria que sempre costumava usar:

- Parabéns pelos biscoitos, pode voltar ao trabalho.

Foi quando me passou pela cabeça que tudo realmente não passava de uma forma de agradecimento, não era como se ele finalmente estivesse mudando de algum jeito.

No dia seguinte, ao limpar o chão de seu escritório no final da tarde, deixei que minha mente vagasse por uma explicação lógica para tudo o que Thomas apresentava de negativo. Será que ele já teve uma filha que adquiriu uma doença incurável? Talvez isso poderia explicar seu ateísmo também. Mas ele é novo demais para ter tido uma filha, talvez fosse sua irmã... mas a mídia não saberia se ele tivesse algum parente que tenha morrido desse jeito? Porém se eu usasse tudo o que já sabia sobre ele - ou achava que sabia -, não existia nada mais coerente do que supor que...

De repente todos os meus pensamentos se dissolveram numa névoa quando, num pulo causado pelo susto, ouvi Thomas bater com força na mesa onde trabalhava a alguns metros de distância.

- Maldição! - Ele exclamou. - Será que não existe outra pessoa que possa vir limpar esse escritório?!

Pisquei, paralizada. O que eu fiz? Falei algo em voz alta sem notar?

Levei um momento até conseguir encontrar minha voz.

- O senhor quer... que eu chame minha mãe?

Ele me encarou por um momento, e eu posso estar enganada, mas em um nanosegundo pude perceber sua expressão dura se suavizar como se ele se arrependesse pelo que disse.

Thomas balançou a cabeça depois de alguns segundos me olhando e desviou os olhos, voltando a trabalhar.

- Não. - Disse com um suspiro. - Continue.

Jesus... o que foi isso?

Vacilante, voltei minha atenção para o local onde estava passando pano, meus pensamentos tomando outro rumo. Ficamos em silêncio por poucos minutos antes do meu patrão resolver rompê-lo novamente:

- Como estão indo os estudos?

Olhei para ele e foi um desafio perceber que ele falava comigo, já que era para a tela do computador que estava olhando.

- Hm... tudo bem, senhor.

- Encontrou algo de útil na biblioteca?

Como ele sabia que eu já havia visitado a biblioteca?

Fui até lá na noite passada, assim que terminei meu expediente. Levei longos dez minutos para encontrar o canto oeste, e quando finalmente o achei, me senti chocada ao notar o tamanho do cômodo em que entrei. Quantos livros existiam ali, cinco mil? Não... provavelmente era mais.

- Por enquanto, só o computador. - Respondi a ele. - Eu ainda não encontrei os livros.

Ele assentiu, ainda sem olhar para mim.

- Devem estar em ordem alfabética pelo nome dos autores. Procure Guyton e Hall, são os melhores.

Pensei em perguntar pelo que ele estava me agradecendo dessa vez, mas a ideia não passou disso: ideia.

- Certo. Obrigada. - Respondi me voltando para minha tarefa.

Eu estava limpando o rodapé no canto da porta quando Thomas novamente chamou minha atenção:

- Seu namorado não pode te ajudar?

Eu o olhei e percebi ele me olhar por um segundo antes de voltar a digitar em seu notebook.

- Digo... a estudar.

- Tyler? - Balancei a cabeça para os lados ao notar que este era meu único namorado. - Ele não estuda, senhor.

- Por que não?

- Hm... - Pensei por um momento antes de responder. - Acho que ele não precisa mais. Sabe, ele tem um bom emprego. Só quer evoluir na empresa onde trabalha, disse que não precisa de faculdade pra isso.

Percebi pelo canto do olho Thomas balançar a cabeça para os lados, como reprovando a atitude de Tyler. Não entendi sua reação.

- Vocês estão juntos a muito tempo?

Oh... agora estamos falando sobre meu namoro.

- Três anos. - Respondi simplesmente, me perguntando se era uma boa ideia continuar nesse assunto.

- Três anos é um longo tempo.

- As vezes eu acho que é longo demais. - Murmurei baixinho, e percebi que isso não devia ter sido dito em voz alta.

Atraí toda a atenção de Thomas. Pela primeira vez, pelo meu olhar periférico eu o vi erguer os olhos do computador e me olhar por mais de três segundos.

- Você não gosta dele?

Eu o olhei de volta disposta a perguntar o motivo de toda essa entrevista, mas quando percebi que isso não passava de curiosidade, resolvi ser sincera.

- É claro que eu gosto. - Bem, existe alguém no mundo de que eu não goste?

Desviei os olhos, por isso não vi a expressão que assumiu o rosto do meu patrão.

- Por que não mora com ele, então?

Eu o olhei novamente. Não é hoje que eu termino de limpar isso, se ele ficar tirando minha concentração o tempo inteiro.

- Com o Tyler?

Thomas encolheu os ombros num gesto indiferente.

- Estão namorando, não estão? Por que você mora comigo, não com ele?

- Eu não moro com o senhor. Moro com a minha mãe.

Quase pude ver a sombra de um sorriso em seu rosto. Quase.

- Por que não com ele, Angeline?

Eu pisquei, sem entender. Ele pretendia me expulsar? Deus, qual o motivo de tantas perguntas?

- Isso... vai contra os meus princípios.

Thomas me olhou outra vez.

- Que princípios?

Desviei os olhos enquanto pensava em como responder a isso. Levei longos segundos até me dar conta de que, de uma forma ou de outra, não seria fácil.

- Morar junto significa compartilhar tudo, não é? - Perguntei com a atenção voltada para o rodapé que estava limpando.

- Provavelmente.

- Inclusive a... - Limpei a garganta. - Cama?

Pelo canto do olho, notei Thomas inclinar a cabeça.

- Questão de lógica.

Okay. Certo.

Como explicar a um homem como esse o meu ponto de vista?

- Isso se chama fornicação, senhor. É abominável aos olhos de Deus. Esse é um dos meus princípios.

Pensei que sua próxima pergunta seria algo do tipo: "Quais são seus outros princípios?", mas o que realmente ouvi, quase me fez engasgar com minha própria saliva.

- Então você nunca dormiu com seu namorado. - Existia uma sombra de surpresa e algo mais na forma como ele chegou a essa conclusão. Diversão? Não... satisfação.

Eu o olhei de cara fechada.

- Isso é pessoal, senhor.

Ele não conseguiu permanecer me olhando por muito tempo antes de desviar os olhos. Percebi que era pra tentar esconder seu sorriso.

- O senhor sempre faz isso? - Perguntei me sentindo irritada.

- Defina isso. - Eu ainda podia notar um sorriso camuflado em sua voz.

- Esse tipo de... perguntas aos seus funcionários.

Foi assim que consegui acabar com qualquer sombra de sorriso que existia em seu rosto.

Thomas me olhou e me encarou por alguns segundos até estreitar os olhos.

- Apenas em casos... especiais.

Franzi a testa sem entender.

- Eu sou um caso especial?

E a sombra do seu sorriso voltou. Será que ele estava debochando de mim?

- Ah, você é, Angeline.

- Por que eu sou um caso especial? - Enfatizei ao notar que não tinha sido clara na minha pergunta anterior.

Thomas pensou por um momento enquanto passava o indicador suavemente por sua barba por fazer. Em seguida, se levantou de sua mesa e, lentamente, começou a andar em minha direção.

- A começar pela sua língua atrevida. Você me desafia. É como se não dependesse de mim, como se não... precisasse de mim.

Me levantei do chão onde estava agachada quando ele deu a volta na mesa enquanto falava. Se ele tentasse algo, eu não hesitaria em meter meu joelho entre suas pernas.

- Você ainda demonstra se importar mesmo quando não devia...

Senti o ar ficar pesado conforme ele se aproximava. Fechei minhas mãos num punho quando elas começaram a suar.

- Mas de um jeito inocente, você traz... paz. Você é diferente. Uma diferente petulante, insolente e atrevida...

Minha respiração travou quando ele chegou tão perto, que a única coisa que nos separava eram alguns poucos centímetros.

Dei um passo para trás e senti minhas costas encontrarem a prateleira de livros. Eu estava encurralada.

- ... Uma diferente que eu não consigo afetar, por mais que eu tente... - E então ele parou na minha frente, uma fina camada de ar separando nossos rostos.

Misericórdia, por que meu joelho não se move?

E com uma voz rouca e baixa, ele emendou:

- Mas que me afeta como ninguém... mesmo sem nem perceber.

Eu podia sentir meu coração pulsar em meus ouvidos. Ele estava tão perto quanto a distância de meia palma, e por mais que eu soubesse que devia sair correndo ou pelo menos usar o plano que eu tinha em mente quando me levantei do chão, não consegui fazer qualquer outra coisa além de olhar para ele e sentir sua respiração roçar levemente meu rosto, enquanto ele me olhava de volta com os olhos mais escuros do que eu me lembrava.

- Por isso você é um caso especial.

Thomas ergueu a mão direita devagar, e quando imaginei que ele tocaria meu rosto, sua mão passou direto e pegou um dos livros da prateleira, ao lado da minha cabeça.

Ele se afastou de mim e me estendeu o exemplar.

- Guyton e Hall. - Explicou, ainda com a voz rouca.

Levei um tempo que pareceu a eternidade até encontrar meus reflexos para enfim aceitar o livro. Deus, permita que ele não tenha notado o quanto minhas mãos estão trêmulas.

Thomas se afastou de mim, virando as costas para voltar para sua mesa.

O que acabou de acontecer aqui?

Eu o vi engoli em seco antes de voltar a digitar algo no notebook, como se nada tivesse acontecido.

Mas espera... não aconteceu nada mesmo. E eu queria que acontecesse? Meu Deus, o que está havendo comigo?

Li o título do livro que ele me entregou. Fisiologia médica.

Inspirei o oxigênio o mais profundamente que consegui e obriguei minha voz a sair controlada:

- Obrigada.

Ele fez um gesto indiferente com a cabeça, sem me olhar e sem dizer nada.

Engoli em seco pegando o pano que estava usando alguns segundos atrás, e ao notar que eu não conseguiria mais ficar no mesmo ambiente que ele, me virei e saí do escritório.

***

Eu havia acabado de tomar banho depois que cheguei em casa quando meu celular começou a tocar.

- Tyler? - Minha mãe perguntou terminando de fazer a janta na mini-cozinha.

Realmente era Tyler quem costumava me ligar a essa hora, e ultimamente suas ligações estavam cada vez mais frequentes.

- Não... - Respondi à ela conferindo a tela. - Diana.

- Diga que mandei um abraço.

Eu sorri e abri a porta, indo pra varanda. Eu sabia que essa conversa iria render, mas sinceramente, não estava ansiosa para ver a reação da minha mãe ao ouví-la.

- Oi, Di. - Falei ao atender.

- Como foi o dia, garota? - Ela perguntou do outro lado.

Suspirei, tentando encontrar uma única palavra que pudesse descrever meu dia.

- Inexplicável. - Fiz uma pausa. - E o seu?

- Interessante. Fui naquela sorveteria que a gente costumava ir juntas, lembra? Ela pareceu tão entediante sem você.

Sorri.

- Você foi sozinha?

- É claro. Você sabe que se minha companhia não for você, eu dispenso.

Eu sorri antes de Diana emendar:

- Mas me conte... o que quis dizer com "dia inexplicável"?

- Se é inexplicável, eu não sei explicar.

- Ah, é claro. - Ela riu. - O que você fez hoje?

- Cozinhei... limpei a casa... - Falei indiferente, olhando a grama enquanto perambulava sobre ela ouvindo o barulho calmante dos grilos.

- Interagiu com o patrão... - Diana resmungou como se completando minha frase.

Não pude negar, mas também não sabia como confirmar.

- Ah, meu Deus... você interagiu mesmo com o patrão!

- Não foi bem assim. - Respondi sabendo que ela já estava levando seus pensamentos além dos limites.

- Explique, querida.

- Nós só... conversamos. Por alguns minutos.

- E...?

Respirei fundo e apertei os lábios, erguendo os olhos para o céu estrelado.

- Foi... estranho.

- Certo. Classifique "estranho" numa escala de um a dez.

- Hm... acho que oito.

- Oito?

- Tudo bem, talvez nove. Ou nove e meio. - Suspirei exasperada. - Que diferença isso faz?

- Ele te beijou?

- Não! - Quase gritei, em seguida olhei instintivamente para a porta do casebre. Se minha mãe ouviu, ela já devia estar acostumada o suficiente com meus shows ao conversar com Diana para não se preocupar. - Claro que não.

- Mas você queria que ele tivesse.

Franzi a testa. Eu pensei que conseguiria pensar melhor estando longe dele, com várias paredes nos separando... mas tudo apenas ficou mais confuso a cada minuto que se passou do dia.

- Eu não sei o que eu queria. Quer dizer, eu não entendi nada! Ele é tão confuso... num dia me trata como se eu fosse o ser mais desprezível do planeta, e no outro...

- Talvez ele só queira alguém para curtir uma aventura.

Me lembrei instantaneamente dos conselhos que George me deu quando cheguei. Ele é capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer, não importa com que cartas precise jogar.

Será que isso era algum tipo de jogo pra ele? Misericórdia, será que ele me vê com um dado num tabuleiro?

- Angie? - Diana chamou.

- O quê?

- Você não está... gostando dele, está?

- Eu gosto de todo mundo, Di.

- Você sabe o que eu quis dizer.

Revirei os olhos.

- Não, eu não estou apaixonada por ele.

- Nem prestes a ficar?

- Meu Deus, do que você está falando? Ele é meu patrão, lembra? O homem que me humilha desde que me viu pela primeira vez.

- É, eu sei, mas... Angie, o Tyler ainda vai ter que dançar muito pra ter meu afeto, mas se for pra traí-lo, promete pra mim que você vai terminar?

- O quê? - Falei sem acreditar no que estava ouvindo.

- Eu sei que Thomas tem toda essa fama de pegador de todas as mulheres da cidade e... Deus, ele é lindo pra cacet*! Mas se você trair o Tyler, só vai chegar ao mesmo nível que ele. E você é mais do que isso.

Balancei a cabeça para os lados.

- Olha, Di, eu entendo sua preocupação. Sério, entendo mesmo. Mas relaxa, okay? Eu e o Thomas? - Eu ri. - Sem chances.

- Certo.

Ela parou de falar, e então eu soube que estava guardando algo pra si mesma.

- Quer me dizer mais alguma coisa? - Perguntei.

Ela suspirou.

- Eu ainda detesto seu namorado por tudo o que ele te fez.

- Eu sei disso.

- Mas eu preciso te contar algo. Mesmo que isso aumente os créditos dele... bem, você precisa saber.

Franzi a testa.

- Saber o que?

- Sabe, quando eu fui na sorveteria hoje... ele estava lá. Com os amigos.

Balancei a cabeça mesmo sabendo que ela não estava ali para me ver.

- E...?

- Eles estavam falando de você.

Respirei fundo, me preparando para o que estava por vir.

- É mesmo?

- Eu acho que Tyler não me viu, eu me sentei atrás dele. Mas eu ouvi o que eles diziam.

Revirei os olhos quando Diana parou de falar no meio do assunto.

- O que eles disseram, Diana?

- Você quer ouvir de forma delicada ou exatamente do jeito que eles falaram?

- Fale de uma vez, eu não me importo com eles.

- Certo. O bando não estava completo, só tinham o Tyler e mais dois. Um deles disse que você só foi morar com sua mãe porque... - Diana respirou fundo. - Porque queria dar pro patrão dela.

- O quê? - Murmurei chocada.

- Eles são completos imbecis. Eu ia me levantar pra dar um soco na cara dele, sério, eu faria isso... mas o Tyler foi mais rápido.

- Como?

- Bem, ele fez o que eu queria fazer. Ele deu um murro na cara do amigo dele por sua causa.

Meu queixo caiu conforme Diana continuava:

- Ele disse que você jamais faria isso, que não é escrota como o babaca do amigo. Chamou a atenção de todo mundo. Por fim, Tyler disse que se o cretino falasse mais alguma coisa sobre você, arrancaria os dentes dele.

- Tyler fez isso?

- É, eu sei. Se alguém me contasse eu também não acreditaria, mas eu vi com meus próprios olhos. Depois ele se levantou e saiu com raiva, sem olhar pra ninguém.

Minha testa estava franzida com a descrença. Certo, eu sabia que ele estava diferente pelo modo como falava comigo ao telefone, mas não imaginava o quanto.

- O que mudou...? - Perguntei a mim mesma, tentando entender.

- Eu realmente não sei. - Diana respondeu. - Mas ele parece mesmo diferente. Eu continuo o odiando, mas... sei lá... ele deve ter percebido o que sente de verdade quando essa distância toda separou vocês.

Não respondi. Eu ainda estava tentando entender quando o telefone começou a apitar, indicando uma chamada em espera. Olhei a tela e voltei a colocar o aparelho no ouvido.

- Ele está me ligando. - Falei com Diana.

- Vai atender?

- Eu não sei. Eu... nunca me senti tão confusa.

Diana suspirou.

- Eu queria poder te dar um bom conselho, mas eu também estou confusa. Tenho medo que você entregue totalmente seu coração a ele e depois ele te machuque... mas agora estou me perguntando, e se ele realmente mudou? E se quiser mesmo consertar as burradas que fez e se tornar um homem de verdade por você? Eu gostaria de poder te dizer o que fazer, Angie... mas dessa vez, a escolha é exclusivamente sua.

Respirei fundo e fechei os olhos. Eu sabia que minha amiga tinha razão. Aliás, a resposta pra essa questão já estava na minha frente, por que hesitar?

Balancei a cabeça. Eu sabia o que era certo, eu sabia que caminho seguir. Não podia deixar que os acontecimentos do dia confundissem minha mente.

Tyler é meu namorado e está mudando. Ele merece a chance de provar que se tornou alguém melhor.

Eu vou dar essa chance a ele.

#-#

Bom dia amorecos!

Se lembram quando eu disse que as melhores partes estavam chegando? Então, está na hora de apertar os cintos.

Me digam o que estão achando. Quero saber se vcs concordam com a Angie de que Tyler merece uma chance. Ele merece?

Teorias, teorias...

Até amanhã, amorecos da Mih! 😙❤❤❤

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