Um plano para nós (PAUSADO)

By MihBrandao

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Após ter sua família irrevogavelmente desestabilizada por um infeliz acontecimento que resultou na separação... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11 - Parte I
Capítulo 11 - Parte II
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Palavras de uma autora esgotada
Capítulo 37 part. I
Capítulo 37 part. II
Capítulo 37 part. III
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64 - Parte I
Capítulo 64 - Parte II
Capítulo 65
Capítulo 66 - Parte I
Capítulo 66 - Parte II
Capítulo 67
Capítulo 68 - Parte I
Capítulo 68 - Parte II
Capítulo 69
Capítulo 70
Capitulo 71

Capítulo 5

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By MihBrandao

Feliz dia das crianças, amores ❤

Vcs pediram tanto, que não pude deixar de entregar esse presente kkkk Boa leitura, minhas razões 😍😘

#-#

Angeline narrando:

Olhei desesperada para todos os lados, procurando uma saída de emergência. Bem, devia existir uma saída de emergência em um closet tão grande... mas não existia.

Meu celular havia ficado do lado de fora, minha mãe acha que estou na Diana e Thomas está chegando. Como consegui me embrenhar em uma encrenca tão perfeitamente elaborada?

Respirei fundo algumas vezes olhando quais eram minhas opções. Havia uma janela basculante acima de uma das prateleiras, mas era alta demais, além de ser muito pequena. Passar por ali estava fora de cogitação.

Procurei pateticamente e é claro que inutilmente um pé de cabra para tentar abrir a porta, mas a única coisa que avistei com a consistência levemente parecida com isso devia ser o troféu cuidadosamente posto sobre uma das prateleiras, mas dado a sua posição, eu seria capaz de apostar que Sr. Strorck possuía alguma afeição por ele. Algo me dizia que aquilo não era um objeto onde eu iria querer mexer.

Girei 360 graus ao redor de mim mesma, mas a menos que eu começasse a bisbilhotar com afinco cada um dos armários embutidos, estava claro que eu jamais encontraria algo que pudesse me ajudar a sair. Vagamente me perguntei o quê poderia encontrar de qualquer forma, logo descartei essa ideia. Que Thomas chegasse e me encontrasse em seu closet, mas eu não iria mexer em suas coisas em busca de alguma salvação. Não mesmo.

Me sentei encolhida perto da porta e esperei. Minha mãe estava passando as toalhas, então por questão de lógica, ela teria que entrar aqui para guardá-las. Tudo o que precisava acontecer era ela terminar antes do Sr. Strorck chegar. Vai dar certo.

Permaneci sentada perto da porta por vários minutos até me ocorrer: mesmo que minha mãe terminasse de passar as toalhas, como ela conseguiria entrar se eu bloqueei o código?

Deus, eu bloqueei o código!

Não havia outra escolha. Thomas me encontraria ali se eu não agisse rápido.

À vista disso, num momento de vívida adrenalina, me levantei e fui até repartição sobre a qual ficava a janela basculante, numa altura bem maior do que eu gostaria que ela estivesse.

Pressionei meu pé na prateleira de sapatos atribuindo força gradativamente para garantir que ela acomodasse meu peso sem se quebrar, e quando vi que estava segura, subi com os dois pés. Eu estava no segundo andar de uma casa grande demais - me dei conta vagamente -, mas por hora, minha preocupação era chegar até a janela. Depois me importava com a ideia de cair do outro lado.

Fiz das prateleiras de sapatos os degraus de uma escada improvisada para alcançar a janela, segurando firmemente com as mãos para me equilibrar, e quando cheguei numa altura aceitável, empurrei-a. O fato de ela estar trancada me fez soltar um grunhido de desgosto, mas não me deixou surpresa. Até porque não seria lógico que Thomas colocasse um código na porta mas deixasse a janela aberta.

Num momento de pura tolice, segurei uma caixa que estava posta rente à parede escondida até aquele momento e usei a outra mão para abrir o vão, mas antes que eu conseguisse, meu peso trouxe a caixa ao chão mais rápido do que um raio, me fazendo cair junto.

Por pouco não bati a cabeça na prateleira onde estava o troféu, mas ao meu redor, o conteúdo da caixa se espalhou completamente  - fotos, CDs antigos, livros empoeirados, carrinhos infantis, e até uma bíblia. Esse item em questão me chamou atenção especial, já que, segundo minha mãe, Thomas era ateu.

Que ateu tem uma bíblia escondida empoeirada dentro de uma caixa no closet?

Empurrando esse pensamento para o fundo da mente, comecei a recolher as coisas freneticamente, rápido, para guardar onde estavam. Parei por um momento quando capturei a última foto no chão e olhei os olhos azuis de uma menininha numa imagem antiga, sua franja cobrindo a testa. O sorriso que ela lançava à câmera era tão lindo e sincero, que antes que eu percebesse estava sorrindo também.

Eu devia tê-la guardado naquele momento, mas não pude evitar procurar um nome no verso da foto que me fizesse saber quem era a criança. No entanto, ao invés de um nome, encontrei as palavras:

"Para Thomas.
Ela sempre estará com você."

Franzi a testa brevemente, e foi então que ouvi a voz atrás de mim:

- Espero que já tenha encontrado o que procura.

Me virei por impulso, como qualquer outra pessoa faria em meu lugar. Minha mente ainda estava tão nublada com a legenda da foto que parecia uma despedida, que eu só me dei conta do que estava acontecendo quando vi os olhos escuros do homem que geralmente aparecia nas revistas de fofoca que Diana costumava comprar adquirirem um brilho zangado.

Mas então não pude impedir que meus olhos percorressem o resto do corpo, minha visão capturando em um milésimo de segundo tudo o que eu definitivamente preferia não ver: o peito exposto molhado, o abdômen definido, a toalha enrolada na cintura e os pés descalços.

Santo Cristo!

Me virei de novo, sentindo meu rosto queimar violentamente tanto pela imagem quanto por ele me pegar mexendo em suas coisas. Deixei a foto cair dentro da caixa e, no momento de mais constrangimento que eu já tive em toda a minha vida, não percebi a prateleira acima de mim quando me levantei.

- Ai! - Resmunguei quando choquei minha cabeça contra ela.

Eu ainda estava de costas para o Sr. Strorck quando ouvi o barulho de algo se quebrando no segundo seguinte. Tudo aconteceu tão rápido quanto o intervalo de um piscar de olhos, exceto minha próxima reação.

Assim que o barulho ecoou pelo cômodo que de repente havia se tornado pequeno demais, tudo assumiu um ritmo lento, calmo. Me virei devagar, meu coração literalmente congelando quando me deparei com o troféu quebrado. O troféu que eu estava certa de que possuía valor para Thomas. O que eu tão convenientemente decidi manter distância.

Em um único movimento imprudente, ele estava espatifado no chão.

Calma... calma... respira...

Levantei os olhos tão devagar quanto consegui, inevitavelmente percorrendo todo o caminho do corpo semi-nu de Thomas até encontrar seus olhos. E no momento, meu instinto era correr o mais rápido possível, para o lugar mais longe dali. Acontece que, se eu quisesse ir para qualquer lugar fora do closet, eu teria que passar por ele.

Thomas sustentou meu olhar por um... dois... três... cinco... dez segundos em silêncio. Tão sério que eu podia ver claramente todos os pensamentos macabros passando no brilho de seus olhos numa velocidade impressionante. Eu queria fazer muita coisa, até me esconder atrás de um dos armários embutidos, mas tudo o que eu conseguia fazer era ficar ali, congelada, totalmente vulnerável olhando de volta para ele.

E então, depois de um tempo que pareceu a eternidade, ele finalmente resolveu reagir da maneira mais improvável possível:

- Sua amiga está preocupada. - Disse com uma falsa tranquilidade na voz, me estendendo meu celular.

Eu nunca tive tanto medo de me aproximar de alguém na vida, mas eu precisava fazer isso. Bem, era o meu celular.

Peguei o telefone com cuidado exagerado para que meus dedos não tocassem em sua mão e atendi, grata por ter que fazer qualquer outra coisa que não fosse continuar olhando para ele, embora soubesse que ele ainda estava me encarando.

- Oi... - Eu disse, surpresa pelo quanto minha voz soou firme.

- Eu te liguei oitocentas vezes! - A voz de Diana soou estridente do outro lado. - Onde você se meteu?

- Você não acreditaria se eu dissesse.

- Por que não tenta?

Suspirei. Minha amiga tem uma grande tendência de armar um show para tudo, e considerando que Thomas Strorck é "o homem mais lindo, rico e maravilhoso" que ela já conheceu na vida - como se ela já tivesse conhecido milhares de homens -, eu estaria subestimado-a se dissesse que ela iria pirar quando descobrisse minha atual situação.

- É uma longa história...

- Ah, sim. Uma longa história que envolve Thomas Strorck. Invente uma melhor, Angie. Por que ainda não está aqui?

Respirei fundo. Lá vamos nós...

- Eu fiquei presa no closet dele.

- Do Thomas Strorck.

- Sim.

Diana ficou em silêncio por alguns segundos até que eu o quebrasse:

- Diana...?

- Eu estou aqui tentando encontrar uma explicação lógica pra sua história, mas acho que não consigo ser tão criativa assim.

Deixei escapar um sorriso antes de esclarecer:

- Minha mãe está trabalhando aqui, como empregada dele.

- Sua mãe...?

- Sim.

- Espere aí, você sabe que faz apenas três dias que a gente não se encontra, certo?

- É, eu sei.

- E nesses três dias você voltou a falar com sua mãe com quem não conversava a seis meses, foi visitá-la no trabalho, ficou presa no closet de Thomas Strorck e agora ele está na sua frente.

- Bem, não foi exatamente o que aconteceu, mas... é, digamos que é basicamente isso.

Diana ficou em silêncio por mais alguns segundos antes de dizer:

- Então você não está brincando. Ele está aí de verdade.

- É, Diana. Ele está.

- Ele está te olhando?

Franzi a testa para sua pergunta e fiquei surpresa ao perceber que eu também tinha interesse em saber qual era a resposta para ela. Então, lentamente, virei meu rosto para o homem que continuava parado à porta, em seguida fiquei de costas novamente.

- Sim. - Resmunguei sentindo o ar deixar meu corpo.

Ele não devia mesmo estar olhando pra mim desse jeito...

- E vocês estão sozinhos... - Isso não foi uma pergunta, mas por instinto acabei soltando outro "sim" que fez Diana vibrar em êxtase. - Garota, você tem tanta coisa pra me contar!

"Bem, se você já está animada apenas por saber que estou sozinha com Thomas, espere até saber o que ele está vestindo..."

- Você não imagina o quanto.

- Certo. - Ela disse e suspirou. - Temos muito o que conversar, então. Eu ainda estou te esperando, peça sua mãe para dormir aqui pra descontar seu atraso.

- Hm... claro. Eu vou falar com ela.

- Não demore.

- Diana... - Comecei a dizer subitamente desesperada para prolongar o assunto, mas ela já havia desligado.

E então, sem nenhuma outra escolha, olhei para o homem que ainda estava exatamente no mesmo lugar em que estava quando me entregou o telefone.

- Ela desligou. - Falei, e só notei o quanto isso foi desnecessário depois de me calar.

Thomas ainda permaneceu me olhando por um momento antes de estreitar suavemente os olhos.

- Pensei que você fosse uma criança.

Oh... ele não está pirando por causa do troféu.

Tudo bem. Posso lidar com o assunto sobre minha idade.

- Eu tenho dezoito anos.

Algo em sua expressão mudou quando ouviu minha resposta, mas logo tratou de trazer seu olhar duro novamente.

- O que você está fazendo aqui, Angeline?

Uau... meu nome soa diferente na voz dele.

- Eu... bem, quando minha mãe foi embora ela me deixou com meu pai, mas quando eu... cheguei da escola sexta-feira... - Senti minhas palavras se perdendo quando Thomas cruzou os braços, se escorando no batente da porta, destacando os músculos em seu peito.

Foco, Angie!

- Eu quero saber o que você está fazendo dentro do meu closet. - Ele falou com uma calma forçada, pausadamente, como se explicando as contas da matemática pra uma criança.

Pisquei algumas vezes tentando controlar meus pensamentos que já se aventuravam a uma zona proibida.

- As camisas. - Respondi torcendo pra que eu estivesse soando coerente. - Eu vim guardar suas... camisas.

Ele assentiu devagar.

- E ficou presa aqui dentro.

- Sim, senhor... eu esqueci o código.

- Então decidiu que a melhor ideia era passar o tempo mexendo em minhas coisas. - Ele olhou a caixa no chão. - Encontrou algo interessante?

Segui seu olhar aproveitando a deixa para tentar me explicar:

- Não é isso. Eu estava apenas tentando alcançar a janela, mas a caixa caiu. Eu... eu apenas guardei as coisas de novo.

- Qual o motivo de tentar alcançar a janela? - Thomas perguntou me olhando como se eu fosse idiota. - Estava considerando a ideia de sair por ali?

Eu apenas o encarei sem responder, então ele balançou a cabeça incrédulo.

- Isso é questão de matemática básica, Senhorita Claire. Das duas uma: ou você se quebraria toda quando atingisse o chão ou ficaria entalada na bascula. Não pensou nisso?

- Bem, eu até pensei, mas pode me julgar por querer sair daqui antes do senhor chegar? - Falei sem filtrar as palavras, mas a verdade era que seu traje influenciava minha mente mais do que eu gostaria de admitir.

Ele ignorou minhas palavras totalmente antes de voltar sua atenção para os cacos perto dos meus pés.

- Sabe, existia uma razão para que esse troféu estivesse guardado em segurança no meu closet. - Ele me olhou. - Para evitar pessoas desastradas como você.

Engoli em seco sem saber se um pedido de desculpas era o suficiente para me redimir.

- Eu sinto muito.

- É, eu espero que sinta. - E ali estava novamente a raiva em seus olhos.

Deus, esse homem nunca cometeu um erro desastroso na vida?!

- Então vamos fazer o seguinte, senhorita Claire... e não pense que estou fazendo isso por mim, porque não estou. É para o seu próprio bem. - Ele descruzou os braços e veio até a mim, passo por passo, caminhando lentamente. - Saia do meu quarto. E volte para limpar essa bagunça apenas quando eu não estiver mais tão zangado a ponto de colocar sua mãe no olho da rua. - Ele parou e afinetou: - Agora.

Seu tom de voz me causou um calafrio na espinha, e sem perder tempo, passei por ele e caminhei quase correndo até a porta, sem conseguir ignorar o alívio de finalmente estar livre.

E então me lembrei de algo que eu definitivamente devia ter escondido e esquecido no fundo da mente. George me disse que Thomas tem o dom de intimidar... ele intimida todo mundo...

Ah, mas não a mim.

- Quer saber? - Eu disse me voltando para ele. - Eu fico feliz que o senhor nunca tenha cometido o erro de quebrar algo na sua vida, como um prato, um copo, - Gesticulei para os cacos no chão - ou um troféu. Mas posso te contar uma coisa que talvez mesmo com toda a sua inteligência e intelectualidade o senhor ainda não saiba, Sr. Strorck? Acidentes... acontecem. E eu sinto muito que eu tenha quebrado algo tão importante, sinto mesmo, mas agir como um imbecil não vai trazer seu troféu de volta. Aceite isso.

Thomas não respondeu, mas o jeito que ele me olhou me fez repassar na mente tudo o que eu disse, e, tarde demais, me ocorreu que talvez fosse melhor que eu tivesse ido embora em silêncio quando tive a chance.

Mas agora já era. Palavras ditas não podem mais ser recuparadas... então eu resolvi seguir em frente.

- Tenha uma boa tarde. - E passei pela porta, sem me esquecer de pegar a bolsinha sobre a mesa antes de sair.

#-#

O que Thomas deve estar achando da sua nova inquilina? Kkkkk

Angeline não tem medo do perigo.

Amores, acho que vai dar certo. Vou tentar postar dois capítulos por semana, mas por enquanto não vou estipular os dias. Quem sabe quarta e domingo? Está bom pra vcs?

Ok, esse caso a parte, eu quero agradecer a todos os que estão comigo como estiveram em OPDF. Vocês são sensacionais, e as vezes eu me pego rindo sozinha em público ao ler os comentários. Obrigada por fazerem meus dias mais felizes e me inspirarem muito mais do que qualquer um de vcs é capaz de imaginar. Vocês. São. Maravilhosos.

Enfim. Vejo vcs semana que vem, amores. Até mais ❤

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