O AMOR NÃO DORME

By SandraCarreiros

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Uma nova versão do conto de fadas da Bela Adormecida! E se a maldição acontecesse? Ele perdeu a liberdade par... More

O AMOR NÃO DORME
Capítulo I
Capítulo II
2ª parte Capítulo II
Fim do Capítulo II
Capítulo III
2ª Parte do Capítulo III
3ª Parte do Capítulo III
Capítulo IV
2ª Parte do Capítulo IV
Conhecem o novo conto?
Capítulo V
2ª Parte do Capítulo V
3ª parte do Capítulo V
Capítulo VI
Surpresa para os meus leitores
2ª parte do Capítulo VI
3ª parte - Capítulo VI
4ª parte - Capítulo VI
5ª parte - Capítulo VI
6ª parte - Capítulo VI
Capítulo sem título 29
7ª parte - Capítulo VI
Capítulo VII
2ª parte - Capítulo VII
3ª parte do Capítulo VII
4ª parte - Capítulo VII
5ª parte do Capítulo VII
Convite Real
Capítulo VIII
Trailer do próximo episódio
2ª parte do capítulo VIII
3ª parte - Capítulo VIII
4ª parte - Capítulo VIII
Capítulo...
Capítulo IX
2ª parte do Capítulo IX
3ª parte - Capítulo IX
Capítulo X
2ª parte - Capítulo X
3ª parte - Capítulo X
4ª parte - Capítulo X
Capítulo XI
2ª parte do Capítulo XI
3ª parte do Capítulo XI
4ª parte Capítulo XI
5ª parte do Capítulo XI
6ª parte - Capítulo XI
7ª parte - Capítulo XI
8ª parte - Capítulo XI
Capítulo XII
2ª parte - Capítulo XII
3ª parte do Capítulo XII
4ª parte do Capítulo XII
Capítulo XIII
2ª parte - Capítulo XIII
Capítulo XIV
2 parte - Capítulo XIV
3ª parte do Capítulo XIV
Capítulo XV
Bónus - Capítulo XV
2ª parte - Capítulo XV
3ª parte - Capítulo XV
Capítulo XVI
2ª parte - Capítulo XVI
3ª parte Capítulo XVI
4º parte do Capítulo XVI
5ª parte Capítulo XVI
6ª parte Capítulo XVI
Capítulo XVII
2ª parte - Capítulo XVII
3ª parte do Capítulo XVII
4ª parte do Capítulo XVII
5ª parte do Capítulo VII
6ª parte - Capítulo XVII
7º parte do Capítulo XVII
8º parte do Capítulo XVII
9º parte - Capítulo XVIII
Capítulo XIX
2ª parte - Capítulo XIX
Capítulo XX
2ª parte - Capítulo XXI
3ª parte do Capítulo XXI
Capítulo XXII
2ª parte do Capítulo XXIII
Novo Capítulo - Finalmente!!!! =)
2º - Novo capitulo
3º Capítulo Novo
Capítulo 4º - Novo - A maldição

3ª Parte do Capítulo IV

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By SandraCarreiros

Dedicado: A todas as Fadas Madrinhas (elas merecem 😉 )

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Dulce ficou para trás, disfarçadamente. Quando se apercebeu de que não havia perigo, murmurou:

- Tenho que o tirar daqui, Príncipe!

- Eu sei. Mas precisamos conversar.

- Sim, meu Príncipe. Mas agora não temos tempo para isso!

Ela lançou-me um olhar meio esquisito.

- Que foi? – perguntei.

- Como a Malévola o tratou tão mal! Está com um aspecto...

Ela nem quis acabar a frase, mas eu sei o que ela ia dizer. Estou com um aspecto horrível.

- Não vivi em nenhum castelo - atalhei.

- Oh, mas eu vou já tratar desse assunto!

Vi ela agitar a varinha e saltaram brilhos. Oh, o que viria aí? Eu deixei de ser fã de varinhas e bastões, porque poderia sair de lá tanto o bom como o mau. Mas eu sabia que a Dulce não me faria nada de mal.

Os pós brilhantes voaram e apoderam-se de mim por completo. Não conseguia ver nada.

- Ah! Assim sim! O Príncipe agora está como merece.

Comecei a ver então a minha nova indumentária que era digna de um príncipe ou de um rei. Levei a mão à cara e percebi que tinha a barba aparada. Tive curiosidade de me ir conhecer. Envelheci e não sabia como eram as feições do meu rosto. Aproximei-me do espelho do toucador e vi um reflexo de um velho sofisticado. Oh, meu Deus... Definitivamente, eu não me reconhecia. Eu era aquele velho de barba e cabelos grisalhos, a pele do rosto marcada pelas rugas e os olhos... Oh, os olhos eram os mesmos! Os meus grandes olhos castanhos que conquistaram muitas moças e a Aurora. O que importava é que a Aurora gostava deles! Já não me importava muito a minha aparência, portanto rompi o contacto com o espelho.

Dulce piscou-me o olhou e exclamou:

- Que bela bengala!

- Oh! – soltei. – Foi um amigo que me emprestou!

- Agora vamos, meu Príncipe! O feitiço de invisibilidade deve estar a terminar.

Eu acenei em concordância.

- Vou enfeitiçar um coche para leva-lo para a nossa casa.

- Não!

A fada olhou para mim com um olhar confuso.

- Eu quero ficar. Eu quero ver a festa, a suposta festa do meu noivado.

- Para quê, meu Príncipe? Isso só vai partir o seu coração!

- Eu quero ver os meus pais com vida. E quero saber o que a minha ausência provocará. Só espero que o rei Dinis não se zangue muito com os meus pais.

- Príncipe Filipe, eu posso contar-lhe tudo. Vai para a nossa casa e descansa – sugeriu ela, carinhosamente.

- Não. Eu já descansei demasiado tempo, na masmorra.

- Pense bem, Príncipe – pediu ela, com um ar preocupado. – Poderão ser emoções muito fortes para si. O seu coração está muito... - calou-se.

- Velho – completei.

- Frágil – emendou ela. – Tem que cuidar de si, Príncipe.

- Não te preocupes, Dulce. Eu estou preparado! Acredita em mim, Dulce.

Ela concordou, mas vi na expressão do seu rosto que não estava convencida.

- Mas vou ajudá-lo a chegar ao salão de banquetes – agitou a varinha para mim e novamente soltaram brilhos.

Senti o meu corpo levitar. Os meus pés deviam estar a cinco centímetros do chão.

- Hoje, o Príncipe irá voando até ao salão – ela piscou-me o olho, sorridente.

- As minhas pernas agradecem, Dulce!

Ufa! Livrei-me da canseira de descer o castelo todo, porque estava no aposento mais alto.

- Preparado, meu Príncipe?

- Sim!

Dulce enfeitiçou-se e voltou a ser minúscula como ela tanto gostava. Abriu a porta com a ajuda da magia e sai do quarto voando atrás dela.

O castelo tinha ganhado vida! Não havia nem uma teia de aranha, nem uma migalha de pó. Tudo estava arrumado e limpo. Nos corredores e escadarias que passava, apenas via criados atarefados nos seus afazeres e soldados com os olhos bem abertos em sentido de vigilância. Ouvia um múrmuro de inúmeras vozes e risos. Vinham do salão de banquetes! Senti o meu coração palpitar mais. Suspirei e pensei:

"Calma, Filipe!".

Dulce voou até ao meu ouvido e murmurou:

- Estamos quase a chegar ao salão, Príncipe.

- Eu sei.

- Chiu! – ela levou o dedo indicador à minúscula boca e olhou em todas as direcções para se certificar de que não havia ninguém. – Não pode falar Príncipe, está invisível.

Eu acenei a cabeça em concordância e pedi desculpa com o olhar. Tinha-me esquecido de que os fantasmas não falam.

Chegamos à área central e se antes ouvia um múrmuro, agora era nitidamente uma barulheira de vozes. Sentia-me estranho e confuso com aquela situação, porque estive muitos anos em silêncio.

Comecei a voar mais depressa e mal tive tempo para respirar fundo. Quando dei por mim já tinha descido as escadarias e estava no salão de banquetes. A grande mesa estava composta com boa comida e nobres conversando alegremente. Rapidamente, desviei o olhar para os tronos. Oh, estavam vazios! Nem os meus pais lá estavam. Procurava-os com o olhar, mas de repente vi tudo azul. O que teria acontecido? Ah, estava escondido detrás de uma enorme cortina!

- Tem de ficar aqui até perder o feitiço de invisibilidade, Príncipe – explicou em tom baixo a minúscula Dulce, colada à minha cara. – Tem a certeza de que quer ficar na festa?

- Sim – murmurei.

- Eu tenho que ir ter com a Aurora, a Fabiola e a Lucy. Tenha cuidado!

- Ninguém me vai reconhecer, Dulce. Não preciso de ter cuidado – sussurrei.

- Não era a isso que me estava a referir – a sua pequena mão pousou no peito, onde batia um pouco descontrolado o meu pobre coração. – Quando puder virei procura-lo, meu Príncipe.

Eu concordei com a cabeça e continuei a conversar em tom muito baixo:

- Dulce, quero pedir-te uma coisa. Não sei qual vai ser a reacção do rei Dinis com a minha ausência, hoje. Se puderes ajudar em algo para que a situação não seja tão má para os meus pais, eu ficaria eternamente grato.

- Nem precisa pedir, Príncipe! O rei Dinis é um pouco temperamental quando se zanga – levou de imediato as minúsculas mãos à boca, porque deixara escapar o seu pensamento. – Mas, o rei Dinis é muito boa pessoa – quis tranquilizar-me.

- Eu sei que sim, Dulce! – esforcei-me para lhe dar um sorriso.

Estava realmente preocupado com os meus pais. Como é que o pai de Aurora iria reagir à minha ausência no dia em que ia entregar-me oficialmente a mão da sua filha? O pai de uma noiva, ainda por cima um rei, com toda a certeza que iria considerar aquilo uma afronta, uma falta de educação que não tem desculpa e sentiria a maior vergonha da sua vida. Ainda por cima havia público a assistir, pois tinham convidado a nobreza toda de Olisipo. E a minha prometida, que afinal era a minha alma gémea sem saber, sentir-se-á ofendida, rejeitada? Ou será que Aurora ficará feliz por se livrar deste casamento, porque pensa em mim e não sabe que sou eu o seu prometido? Oh, meu amor como eu queria ter menos 80 anos e estar ao lado do teu pai esperando-te! Imagino as nossas caras de surpresa ao conhecer-nos e de felicidade, porque todos os problemas que se levantavam contra o nosso amor seriam vencidos. Como seríamos felizes...

- Não te preocupes, Dulce. Vai ter com a Aurora e protege-a.

Eu iria sempre me preocupar, zelar e querer a felicidade do meu amor.

- Também não precisava pedir isso, Príncipe – disse ela, risonha.

Ela consegui-me arrancar um pequeno riso que abafei logo com a mão.

- Já passou a invisibilidade – informou ela.

- Já?

Não senti nada. Sentia-me igual há uns minutos atrás. A verdade é que não percebo nada de feitiços.

- Eu vou ver se o caminho está livre para ir para o salão.

- Dulce, os meus pais não estão no salão. Será que já perceberam que eu não irei aparecer?

- Não, meu Príncipe – respondeu ela, com alguma tristeza. – Eles foram conhecer a Aurora.

- Ah! – soltei, surpreendido.

Tenho a certeza que os meus pais a vão adorar. A Aurora é um doce. Ela é meiga e um pouco tímida, mas isso é que a torna tão bela por dentro.

Vi a fada voar para o exterior e, passados poucos minutos, a cortina desviou-se sozinha e Dulce acenava para eu sair. Dei cinco passos rápidos com ajuda da bengala do meu amigo príncipe esqueleto e encontrava-me no salão rodeado por muitas pessoas. Senti o mesmo desconforto de quando ouvi o barulho das vozes. Ninguém notou a minha presença. Quem é que iria notar a presença de um velho!?

No ar, pairava Dulce, fazendo-me adeus com a minúscula mão. Desenhei um sorriso no rosto não de despedida, mas de agradecimento. Vi aquele ser minúsculo voando por todo o salão para ir ao encontro das escadarias.

Não quis investigar o que havia ao meu redor, os meus olhos voltaram a cair novamente sobre os tronos e as cadeiras dos convidados. Eles ainda estavam ausentes.


Continua...

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O que acharam? Gostaram?😉

E o que se irá passar com os pais da Aurora e os pais do Filipe?

beijinhos 💋💋💋

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