two is better than one || 1ª...

By 2DepressedForU

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Savannah Horan vive com o seu irmão mais velho, Niall, e a sua mãe, Kate. Infelizmente, ela não tem uma boa r... More

1º capítulo
2º capítulo
3º capítulo
4º capítulo
5º capítulo
6º capítulo
7º capítulo
8º capítulo
9º capítulo
10º capítulo
11º capítulo
12º capítulo
13º capítulo
14º capítulo
15º capítulo
16º capítulo
17º capítulo
18º capítulo
19º capítulo (1ª parte)
19º capítulo (2ª parte)
20º capítulo
21º capítulo
22º capítulo
23º capítulo
24º capítulo
25º capítulo
26º capítulo
27º capítulo
28º capítulo
29º capítulo
30º capítulo
31º capítulo (1ª parte)
31º capítulo (2ª parte)
32º capítulo
33º capítulo
34º capítulo
35º capítulo
36º capítulo
37º capítulo
38º capítulo
39º capítulo
40º capitulo
41º capítulo
42º capítulo
43º capítulo
44º capítulo
45º capítulo
46º capítulo
47º capítulo
48º capítulo
49º capítulo
50º capítulo
51º capítulo
52º capítulo
53º capítulo
54º capítulo
55º capítulo
56º capítulo
57º capítulo
58º capítulo
NOTA
59º capítulo
60º capítulo
61º capítulo
62º capítulo
63º capítulo
64º capítulo
65º capítulo
66º capítulo
67º capítulo
68º capítulo
69º capítulo
70º capítulo
71º capítulo
72º capítulo
73º capítulo
74º capítulo
75º capítulo
76º capítulo
77º capítulo
78º capítulo
80º capítulo
81º capítulo
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84º capítulo (1ª parte)
84º capítulo (2ª parte)
85º capítulo
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88º capítulo
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Informações e agradecimentos
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79º capítulo

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By 2DepressedForU

- “Niall?” –eu chamo, quando ouço a porta da entrada a fechar-se.

- “Sim.” –ele responde e, numa questão de segundos, o seu corpo está no meu campo de visão.- “O que se passou? Tu não me podes simplesmente ligar num intervalo aflita sem explicares nada, apenas para me dizer para vir para casa.”

- “Eu não sabia como te contar isto por chamada.”

Ele olha-me confuso e eu respiro fundo, tentando controlar a minha respiração. Eu ainda não acredito que isto está a acontecer.

- “O que aconteceu?”

- “Eu… Eu fui ao escritório da mãe e…” –eu paro de falar e ele olha para mim, enquanto eu decido apenas passar-lhe a carta.

Ele agarra nela e retira-a do envelope. Eu tremo nervosa com a sua reação e os seus músculos ficam tensos à medida que ele lê a carta.

- “Que merda é esta?” –ele grita e tenho a impressão que ele nem sequer chegou ao fim.

- “Eu não sei… Eu vi e pensei em chamar-te porque eu não sei o que fazer.” –admito.

- “Foda-se. Podia acontecer tudo, menos isto.” –ele grita de novo e eu salto com o estrondo que ele faz ao dar um pontapé no sofá.

- “Niall…”

- “Não, caralho, não!”

Eu encolho-me, com medo e começo a chorar. Eu estou nervosa, irritada, chateada e magoada. Eu ainda não acredito que isto está tudo a acontecer. Eu não acredito que o meu pai mandou uma carta à minha mãe a pedir o divórcio, sete anos depois de nos ter abandonado e de não querer saber de nós.

- “Tu não vais falar com a mãe sobre isto, entendido?”

Assinto rapidamente e ele sai de casa, enquanto eu apanho a carta do chão, e a ponho de novo dentro do envelope. Ajeito o sofá e limpo as lágrimas que escorrem pelo meu rosto.

Subo as escadas e vou em direção ao escritório da minha mãe, arrumando a carta exatamente onde a encontrei. Vou até ao meu quarto e pego no meu telemóvel. Penso em ligar a Louis ou Liam mas desisto da ideia, eu não estou preparada para falar disto com ninguém.

Eu tento concentrar-me nas minhas coisas de Alemão mas isso parece impossível neste momento.

Acabo por desistir do meu estudo e entro na casa-de-banho, despindo-me e entro na banheira. Ligo a água e deixo o meu corpo relaxar, com a minha cabeça cheia de pensamentos.

O meu pai não tinha o direito de nos fazer isto. Ele abandonou-nos e nunca ajudou a minha mãe em nada da nossa infância, e isso já foi inaceitável. Mas isto superou tudo. Ele, sete anos depois, lembrou-se de nós e a única coisa que fez foi pedir o divórcio. Como é que ele foi capaz de fazer isto com ela?

Eu nem quero imaginar o que ela anda a sofrer nestes últimos dias, e não quero imaginar sequer a maneira como ela se sentiu depois de ter falado com ela da maneira que falei.

Será que mais alguém sabe? A Anne, ou a minha avó?

Inúmeras dúvidas e perguntas de diversos tipos atacam a minha mente mas eu não posso deixar que elas me façam isto, eu preciso de pôr a minha mãe em primeiro lugar, e eu saber as respostas que quero não é o indicado a fazer.

Passo o shampoo de maçã pelos meus cabelos e suspiro, enquanto memórias me invadem por completo.

- “Tu não podes misturar o azul com amarelo e querer que saia laranja, Savannah!” –o meu pai repreende-me.

- “Porque não?”

- “Porque isso é errado. Azul e amarelo dá verde.”

- “Porque é que não dá a cor que eu quero?”

- “Porque as coisas não são sempre à nossa maneira, querida.”

- “Eu gostava que as coisas fossem à minha maneira.” –eu digo, tirando finalmente a minha atenção dos quadros que estamos a pintar.

- “Isso perderia a piada da vida, não achas?”

- “Não. Eu teria todas as Barbies do mundo.”

- “Isso seria um aspeto positivo. Mas se fosse tudo à tua maneira, como saberias, por exemplo, o que as pessoas realmente sentem por ti? Elas dir-te-iam apenas aquilo que tu irias querer ouvir, e tu nunca irias saber o que elas verdadeiramente pensam.”

- “Isso seria apenas um aspeto negativo.”

- “E o futuro? Tu não gostas de pensar que o amanhã é imprevisível? Que tu não sabes o que vai acontecer? Não te gostas de surpreender?”

- “Gosto.”

- “Isso não aconteceria se as coisas fossem todas à tua maneira. Tu não sabes o que vai acontecer amanhã e isso dá piada à vida.”

- “E se acontecer uma coisa má amanhã?”

- “Há esse risco, mas e se acontecer a melhor coisa da tua vida?” –ele sorri-me e eu sorrio de volta.

- “Tu és inteligente.”

- “Obrigado, princesa. Tu tiveste de sair a alguém.”

Eu dou um grande sorriso e ele beija-me a cabeça. Somos interrompidos com os gritos de Niall, que entra rapidamente na sala.

- “A mãe vem aí!” –ele grita e eu e o meu pai pousamos os pinceis com que estávamos a pintar.

Niall pega no bolo de chocolate e o meu pai acende as velas com cuidado. Olho para a porta e o rosto da minha mãe ilumina-se ao ver a sala cheia de quadros pintados por nós, fotografias e papeis com pequenos textos e desenhos.

- “Parabéns a você.” –nós começamos a cantar em coro e ela olha-nos, com o maior sorriso do mundo.

 

Quando saio do banho, seco-me rapidamente e visto a minha roupa interior. Reparo que Louis me mandou uma mensagem mas decido não ver, eu amanhã falo com ele. Visto o meu pijama e guardo a toalha em que enrolei o meu corpo. Desço as escadas e caminho até à cozinha, vendo Niall sentado à mesa.

- “Voltaste à muito tempo?” –eu sussurro, sentando-me numa cadeira ao pé dele.

- “Cinco minutos.”

- “Onde estiveste?”

- “Fui dar uma volta.” –ele responde, com um suspiro.- “Desculpa ter-me passado há bocado.”

- “Não há problema Niall, foi perfeitamente compreensível.”

- “Como é que ele nos pode fazer isto?” –ele sussurra e eu sinto-me a ir abaixo, com a expressão triste na cara do meu irmão.

Eu sei que isto afeta muito mais o Niall do que a mim. Ele esteve sete anos a acreditar que o nosso pai voltaria para nós, que o abraçaria e que recuperassem o tempo perdido. E agora, de um momento para o outro, ele tem de se mentalizar que isso não vai acontecer. Que isso nunca vai acontecer.

- “Niall.” –eu conforto-o, pousando a minha mão na dele.

- “Eu acreditei tanto nele.”

Eu sinto uma lágrima a cair pelo meu olho direito quando o meu irmão tem a cabeça baixa, abanando-a freneticamente, como se estivesse a pedir para que isto não estivesse a acontecer. E eu também. É como se tivéssemos voltado a 2006, onde ter-nos-íamos de mentalizar que estamos sozinhos, só os três.

Sinto os dedos de Niall a limpar-me a humidade dos olhos e eu olho para ele, que se chega ao pé de mim, e me passa a mão pelos cabelos. Tudo o que eu consigo pensar é nestas mesmas ações que ele teve, na noite em que o meu pai foi embora, e isso ainda me faz ir mais abaixo.

- “Vai tudo ficar bem, eu prometo.” –ele sussurra na minha cabeça e eu abraço-me ao corpo dele, mesmo sabendo que ele não vai retribuir o gesto.- “Ele não nos merece. A nenhum de nós.”

Eu ouço a porta de casa a abrir e largo o corpo de Niall, limpando as lágrimas, e recomponho-me. A minha mãe entra na cozinha.

- “Olá, meninos.” –ela diz, com um ar cansado no rosto.- “Vou fazer uma sopa, ok?”

Nenhum de nós responde, mas ela parece não se importar com isso.

- “Savannah, podes ligar ao Louis a avisar que vais com eles a Doncaster, eu exagerei, não há motivos nenhuns para não ires.”

Eu quero libertar um sorriso, mas não sou capaz. Murmuro um obrigada e olho para Niall, que está com ar pensativo. Ele disse para eu não comentar isto com a minha mãe, mas eu vou explodir dentro de minutos.

- “Vocês estiveram a discutir? Estão tão calados.” –ela comenta.

- “Mãe.” –Niall chama.

- “Diz, querido.”

- “Nós sabemos da carta.”

Um suspiro de alívio sai da minha boca, por não ter sido eu a contar à minha mãe que sabemos, ou por ter de esconder isto dela.

- “Que carta?” –ela pergunta, segundos depois.

- “Do pai. Nós sabemos que ele está na porra dos Estados Unidos e que te pediu o divórcio.”

A minha mãe congela e eu percebo isso, mesmo que ela esteja de costas para nós. Eu engulo em seco e decido não falar, deixando-os conversarem para eu ficar a assistir.

- “Vocês mexeram nas minhas coisas?” –a minha mãe pergunta, e levanta a cabeça.

- “Isso não interessa.” –Niall levanta-se e vai até ela.- “Mãe.”

Niall vira-a para ele e o meu coração cai quando vejo a minha mãe a desfazer-se nos braços do meu irmão. Niall abraça-a e eu ouço os soluços altos da minha mãe no seu ombro, enquanto eu me esforço para não olhar para o momento. Eu não quero chorar em frente à minha mãe, ela está a sofrer mais que eu e nós temos de ser fortes e ajudá-la.

- “Eu peço tanta desculpa.” –ela sussurra.

- “Não peças desculpa. Não peças. Ele é que é o cabrão aqui.” –Niall diz.

A minha mãe tenta refilar com ele pelo palavreado que utilizou mas suponho que nem tenha forças para isso. Ela afasta-se dele e limpa as lágrimas com a sua mão.

- “O que é que vais fazer?” –a minha voz ouve-se e eles olham para mim.- “Vais assinar os papéis?”

- “Sim, eu vou.”

- “Porquê? Tu nem sequer lhe devias responder, para que ele andasse atrás de ti a vida toda e mal ele aparecesse aqui, eu dar-lhe-ia a tareia da vida dele.”

- “Niall.” –ela repreende, desta vez.- “Quando aqueles papéis estiverem assinados, nós não temos mais nada a ver com o vosso pai.”

- “Nós já não temos nada a ver com ele.”

- “Oficialmente, temos.”

- “Tu recebeste mais alguma coisa dele, nos últimos anos?” –eu atrevo-me a perguntar.

- “Ele mandou-me um postal no natal de há dois anos.”

- “O que dizia?”

- “Mandava beijinhos, apenas.”

- “Ele mandou um postal a mandar beijinhos?” –Niall rosna.- “Se ele fosse útil para alguma coisa é que eu me admirava, para que raio é que eu preciso dos beijinhos dele?”

- “Niall.” –eu aviso desta vez.- “Mãe, não nos voltes a esconder uma coisa destas.”

- “Sim, a Savannah tem razão. Tu não estás sozinha e nós já não somos nenhumas crianças.”

- “Eu apenas não sabia como dizer que…”

- “Que o pai seguiu com a vida dele?” –Niall interrompe.

- “Sim.”

- “Porque é que ainda não assinaste os papéis?”

- “Eu estou a… Ganhar coragem, acho eu.”

Niall assente levemente e vai até ela, dando-lhe um beijo na testa.

- “Assina-os.” –ele encoraja.- “Tu precisas de o deixar ir, tal como ele nos deixou a nós.”

Ela assente levemente e dá um beijo na cara de Niall e faz sinal para eu me juntar a eles.

- “Estou orgulhosa de vocês os dois.”

***

- “Está tudo bem? Não vieste no autocarro.” –Louis comenta, no primeiro intervalo.

- “A minha trouxe-me.”

- “Savannah?” –é a vez de Danielle perguntar.

Eu respiro fundo e olho para os meus cinco amigos. Madison sabe que algo de mal aconteceu, visto que eu quase não falei na aula de História. Danielle, Liam, Alex e Louis observam-me com curiosidade.

- “O meu pai enviou uma carta à minha mãe, a semana passada.”

O silêncio começa a tomar conta do nosso ambiente e eu percebo que nenhum deles estava à espera desta, pois estão todos a entreolharem-se com os olhos arregalados.

- “O que dizia?” –Liam, finalmente, fala.

- “Ele pediu-lhe o divórcio.”

- “O quê?” –Danielle quase grita.

- “Como é que tu estás?” –Alex não me deixa responder.

- “Eu… Normal. Eu não achei justo o que ele fez mas não estou preocupada comigo, estou preocupada com ela. A minha mãe foi-se abaixo com isto.”

- “E o teu irmão?”

- “O Niall está fulo com ele.” –eu suspiro.

- “É normal, o teu pai não foi correto com vocês.”

- “Imagino a tua mãe, coitada.”

Louis está calado, ainda a olhar para mim, mas eu decido ignorar.

- “Vamos mudar de assunto.”

Eles assentem e Danielle começa a contar-nos sobre o sarau importantíssimo que vai ter no final do mês.

- “Savannah?” –olho para o lado e vejo Louis.- “Tu precisas de algo? Ou a tua mãe? Nós podemos ir embora daqui, se tu quiseres.”

- “Não, eu estou bem.”

- “Eu sei que não estás. E não é para menos, o teu pai nunca vos disse nada durante anos e agora voltou e pediu o divórcio à tua mãe.”

- “Eu apenas quero esquecer isso, a minha mãe vai-lhe dar o que ele quer e ele depois não nos chateia mais.”

- “Podemos fazer algo esta tarde, para te distrair. Ou agora, se não quiseres ficar aqui. Mesmo que tu queiras ir fechar-te na casa-de-banho a chorar, avisa-me, que eu vou contigo.”

- “Eu amo-te.” –digo-lhe, encostando-me a ele, que me dá um beijo na cabeça e voltamos a prestar atenção a Danielle.

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