Cassandra era só uma jovem garota que vira a mira de um dos garotos mais egoísta de todo o colégio, Justin Bieber. Um jovem que só pensa em si mesmo. Para ele tudo ao seu redor era uma diversão, qualquer novidade o levava a imaginar que poderia se a...
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''Ensurdecida pelo seu silêncio
cega pelas lágrimas
Se você está procurando por perdão
você não vai encontrar isso aqui
Porque você mentiu seu caminho para o coração partido
e agora está tudo muito claro
que você nunca vai ser...'' ― Julia Sheer (You Will Never)
Point Of View Cassandra Agron.
Estados Unidos, Seattle 12 de novembro de 2018.
Olho a minha imagem no espelho e a roupa não denuncia a minha barriga. Como estamos no outono, nós do colégio somos liberadas para usar calças e isso vai facilitar muito para mim porque eu vou ir todos os dias de casaco até o dia do julgamento. Eu só desejo que a Caitlin descubra que estou grávida lá porque quero ver com os meus próprios olhos a sua reação de não ter conseguido o que desejava. Durante esses dias em casa, procurei na internet várias maneiras de se esconder uma gravidez quando a barriga ainda é pequena e vi que roupas largas são as melhores opções. Acabei ganhando uns dois quilinhos na gravidez e isso vai me ajudar, porque posso sustentar por um tempo dizendo que estou meio cheinha por contas dos quilos que adquirir. Sei que há pessoas que usam cintas para apertar a barriga, mas eu não seria capaz de fazer isso por saber que vai prejudicar o crescimento de meu filho, e porque vi que o uso das mesmas podem trazer tantos outros problemas não só para ele como para mim.
Como hoje completo dezessete semanas e três dias, a minha barriga ainda é muito pequena o que vai me ajudar muito. Apenas quando estou com roupas coladas ou sem, podemos ver uma leve alteração.
Também sei que só irei conseguir esconder a gravidez no máximo até a vigésima primeira semana. Contudo, até lá o julgamento já terá acontecido porque o mesmo será no dia trinta deste mês.
Falta pouco para eu ver o Jeremy e a Caitlin pagarem por tudo o que me causaram.
Acaricio a minha barriga por cima de meu casaco de cor clara e sorrio porque eu tenho apegando-me cada vez mais ao meu bebê. Continuo acariciando e sinto uma coisa estranha no meu ventre. Semanas atrás, eu havia sentindo algumas tremidinhas e a médica disse que isso era normal, mas que ainda não era o meu bebê mexendo e que quando isso acontecesse seria mágico e ao mesmo tempo iria me causar uma leve dor por não estar acostumada com a sensação. Olho para baixo sentindo um chutinho que enche o meu coração de alegria e eu sorrio largo por saber que há mesmo uma vida pulsando dentro de mim. Levanto a roupa e toco mais uma vez experimentando mais dois chutinhos seguidos na palma de minha mão, fazendo-me chorar.
