59. Divorce.

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Point Of View de Patrícia Mallette

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Point Of View de Patrícia Mallette.

Estados Unidos, Seattle 10 de novembro de 2018.

Bato os meus pés freneticamente contra o chão, não conseguindo pensar em nada além da conversa que eu e o Justin tivemos em seu apartamento semana passada. Eu jamais vou mentir, fiquei muito decepcionada com o meu filho ao saber que ele apostou a virgindade da menina a qual ele hoje gosta. Contudo, acho que ele realmente se arrependeu de tudo o que fez, porque ter me falado foi um passo que mostra o seu arrependimento em relação a isso. Eu gerei o Justin, o coloquei no mundo, o vi crescer e nesses dezoito anos de sua vida posso ver o quanto ele mudou depois que a Cassandra entrou em sua vida e o ensinou que somos bem mais do que as nossas classes sociais, que isso é apenas rótulos que a sociedade nos dá.

Recordo-me perfeitamente do dia em que eu o encontrei sentado no carpete de seu quarto, jogado e sem saber o que fazer visto que o seu pai o obrigou a pedir um aborto a garota que estava gerando o seu filho. Ter visto a maneira como o meu filho encontrava-se naquele dia, tão vulnerável, me fez o abraçar com todas as minhas forças, garantindo-o que ele iria ficar bem e que assumiria o seu papel de pai como deveria ser. Naquele instante, quando o tive no aconchego de meus braços, prometi a mim mesmo que iria protegê-los e ajudá-los com tudo que fosse preciso para o meu neto vir ao mundo, não importando a opinião do Jeremy, porque eu jamais iria deixar os erros do passado voltar a se repetir.

Eu era apenas uma garota de dezoito anos e ele um jovem de dezenove quando me deixei levar por suas palavras. Nós começamos a namorar muito jovens com apenas quinze anos, nos conhecemos no colégio em que estudávamos e ao ver aquele garoto que era o capitão do time de basquete, aquele que fazia todas as meninas suspirarem, eu a garota mais tímida da sala, acabei atraindo a sua atenção e começamos a namorar. Primeiro escondido, depois assumimos para todo mundo. Na época, ele me fazia se sentir a pessoa mais especial do mundo e isso me fez amá-lo cada vez mais, dia após dias, os anos iam passando e esse sentimento só aumentava. Tivemos a nossa primeira experiência sexual na época que eu tinha dezesseis anos, ele dezessete e nisso passamos a ter uma vida sexual ativa. Claro que menti isso escondido de minha mãe por alguns anos, por ter medo de falar, receio e vergonha. Hoje vejo que isso foi a pior coisa que fiz em minha vida, porque por conta desse medo, eu me deixei ser manipulada. Com dezoito anos, cursando o último ano do ensino médio, engravidei de meu primeiro filho e ao ter feito um teste no banheiro do colégio, comprando por uma amiga minha que desconfiava que eu estava grávida, tremi ao ter o resultado que marcava como positivo. Naquela manhã, eu só sabia chorar e me culpar por termos sido tão irresponsáveis ao ter transado sem camisinha. Nós transamos sem proteção no dia de um jantar que teve em sua casa, escapamos e fomos para um dos quartos da mansão onde ele vivia com os seus pais, nós queríamos tanto aquilo que não nos importamos com as consequências que nos traria.

Ao descobrir a gravidez, a manti em segredo por uma semana até realizar um exame de sangue que é um dos mais confiáveis. Tendo-o em mãos, comprovado que eu estava de fato grávida, voltei a chorar porque tinha medo de como iria chegar a casa e falar para os meus pais que estava grávida de meu namorado sendo tão jovem. Os meus progenitores sempre fizeram planos para mim e eu desejava muito ir para a faculdade como fui. Na noite do dia em que descobri, eu contei ao Jeremy que íamos ter um filho e ele gritou comigo dizendo que não precisávamos de um filho sendo tão novos.

Cassandra | ConcluídaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt