56. Revelation.

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''Você não consegue ver como eu choro por ajuda

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''Você não consegue ver como eu choro por ajuda

Porque você devia me amar apenas por eu ser eu mesmo

Eu vou me afogar em um oceano

De dor e emoção

Se você não me salvar imediatamente. '' ― Anna Blue (Silent Scream)

Point Of View Justin Bieber.

Estados Unidos, Seattle 04 de novembro de 2018.

Olho para o Body em minhas mãos que ganhei da Cassandra no dia em que confessamos que estávamos apaixonados um pelo outro. Trago até o meu nariz e inspiro o cheiro de novo que vem do mesmo, sabendo que nunca vou ver o meu filho vestido aqui porque eu não vou mais tê-lo. Eu não sei desde quando me tornei uma pessoa assim tão sensível, mas acontece que desde que resolvi assumir o meu papel de pai, eu passei a amar o bebê que ainda estava em formação e tudo o que vinha fazendo era pensando nele. Por ele, eu saí de casa e busquei por um emprego por sonhar dá-lo tudo o que eu não tive, inclusive amparo emocional. Saber que daqui alguns meses ele não vai mais chegar, deixa-me triste de uma maneira que eu não sei explicar. Parece que estou vivendo um pesadelo porque mês atrás, ouvi aquele coração que pulsava dentro da Cassandra e o vi perfeitamente naquele monitor.

Nego com a minha cabeça.

Eu nunca vou perdoar a Beadles por ter feito isso... Jamais vou perdoá-la por ter interrompido a vida de meu filho. Ele era o único inocente de tudo isso para acabar assim, nem tendo a oportunidade de vir ao mundo como deveria acontecer. Também nunca vou me perdoar por isso ter acontecido, porque também é culpa minha, se não tivesse apostado a virgindade da Cassandra, isso nunca estaria acontecendo... Sei que não teríamos nos envolvido, mas se eu pudesse voltar atrás, teria feito diferente para nunca magoá-la. Tenho consciência que ela jamais irá me perdoar por este fatigo caso que nos aconteceu visto que ela queria tanto a criança. No instante em que soube da gravidez, sabia que estava enfrentando-a na juventude, com apenas dezoito anos, e que isso iria trazer alguns atrasos nos sonhos que ela desejava viver, mas mesmo assim, foi madura o suficiente para seguir com a gravidez.

Uma das partes que eu mais gostava quando estava em sua companhia, era quando ficávamos fazendo suposições do que o nosso filho seria. Se teríamos um menino com a cara dela e meus olhos, ou uma menina com a minha cara e seus olhos. Perguntávamos sempre como seria essa nova vida que estava prestes a chegar.

Contudo, tudo foi interrompido.

Sinto os meus olhos arderem e as primeiras lágrimas já caem. Desde sexta-feira na madrugada que eu tenho chorado quando saí do quarto daquele hospital. Chegando em casa, não consegui pregar os meus olhos pesando em tudo o que aconteceu e tentando imaginar como será a minha vida de hoje em diante. Tentei falar com ela também, mesmo sabendo que não teria resultado, mas tentei enviar algumas mensagens em seu celular, mas em nenhuma eu tive uma resposta e acabou no meu número sendo bloqueado. Diante disso, apenas suspirei fundo jogando o meu celular para longe sem saber o que fazer com toda essa situação.

Cassandra | ConcluídaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora