32. Refuge.

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''Baby você é o melhor

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''Baby você é o melhor. Porque você me entende. Eu continuo a construir muros. Mas você os derruba. Eu estou lutando. Eu não quero gostar. Mas você sabe que eu gosto. Mas você sabe que eu gosto, gosto disso, gosto.'' ― Cher Lloyd (With ur Love)


Point Of View Cassandra Agron.

Estados Unidos, Seattle 09 de setembro de 2018.

Ouço algumas vozes distantes de mim e ainda de olhos fechados, eu consigo lembrar-me de tudo o que aconteceu. Eu ainda não acredito que o pai do Justin teve a coragem de ir até a minha casa para pedir que eu aborte o meu filho. Filho esse que não foi planejado, e também não foi um ''golpe'' como ele diz ser, mas essa criança apesar de não ter sido planejada, vai ser muito esperada por mim.

Aperto mais os meus olhos sentindo cada palavra daquela que eu ouvir me ferir a fundo.

A partir do momento em que eu decidi arcar com as consequências de minha irresponsabilidade, eu sabia que não seria fácil, que eu seria julgada por todos os lados, sempre soube que as pessoas elas iriam me apontar o dedo. Mas o que nunca se passou na minha cabeça é que alguém, que o próprio avô do meu filho iria chegar ao ponto de me oferecer dinheiro para matar a vida que está em meu ventre, vida essa inocente.

Mas ele pode ficar despreocupado, porque eu não quero nada vindo deles. O meu filho nem vai precisar saber da existência dele e muito menos de que tem um avô que foi capaz de oferecer dinheiro e uma faculdade paga, em troca de sua vida.

Assim como a minha mãe me criou, eu posso muito bem cuidar dessa criança sozinha.

Não aguento e sinto as lágrimas descerem de meus olhos, aperto os meus lábios, sentindo-me a pessoa mais humilhada deste mundo.

Abro os meus olhos deparando-me com o quarto branco de hospital aqui a minha frente. E eu só espero que não tenha acontecido nada com o meu filho, porque apesar de tão pouco tempo, eu comecei a me acostumar, e a cada instante, eu sinto a necessidade de protegê-lo, mesmo ele ainda estando dentro de meu ventre.

― Ela acordou. ― ouço uma voz feminina soar e olho para o lado vendo uma mulher olhar em minha direção. Ela está junto com o Justin, e pelo o que eu percebi na minha casa durante a discussão que teve lá, ela é a mãe dele.

A mulher baixa de cabelos escuros e olhos verdes caminha em minha direção e eu vejo o Justin vir logo atrás dela. E é nesse mesmo instante que a porta é aberta dando visão do médico que passa pela a mesma.

― Boa tarde! ― ele diz caminhando em nossa direção. Ouço o Justin e sua mãe responderem o ''boa tarde'', enquanto eu apenas assinto com a minha cabeça. Tudo isso está sendo tão difícil pra mim que o que mais quero nesse momento é a minha cama e o colo de minha mãe.

― Quais os resultados? ― Justin pergunta rápido.

― Como o meu filho está? ― pergunto realmente preocupada, eu nunca vou ser a mesma se eu acabar perdendo ele.

Cassandra | ConcluídaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora