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A manhã em casa estava bem agitada. Mais uma vez limpeza pra receber a galera, o estoque de bebidas estava acabando, então rolou compras, arrumação e como seria churrasco tivemos que dar uma limpeza na churrasqueira que usamos.

O sol tava forte pra caralho, até mais do que no dia que ficamos só nós por aqui, o que deixou a galera mais animada ainda com as meninas perambulando pela casa de biquíni e sorriso no rosto.

— Hoje vai dar bom, caralhoooo! — Laís gritou levantando uma cerveja no ar.

Todos rimos e continuamos nossos afazeres. Não faltava quase nada, só Henrique que tava terminando a fazer farofa, eu e Ian estávamos colocando as cervejas no isopor no lado de fora e Mike tinha ido buscar o som na casa da Luísa.

— Será que vem aquela mina que tu ficou trocando ideia lá na festa? — Ian perguntou ajeitando o gelo em cima da cervejas.

— Sei lá, tomara que venha. — disse. Avistei Luma apontando com a cabeça discretamente pra lateral da casa e assenti. — Já volto, pera aí.

— Ô moleque, tem muita cerveja aqui ainda. — ele gritou, mas eu já estava no meio do caminho.

Cruzei a casa, olhei pra trás pra ver se vinha alguém e senti meu corpo ser puxado e encostado na parede da casa. Sorri de lado malicioso.

— Não disse que era melhor a gente se conter hoje? — provoquei arqueando uma sobrancelha.

— Hoje não, durante a festa só, e ela ainda não começou. — ela deu de ombros e mordiscou os lábios.

Ela então grudou nossos lábios e apertou suas mãos nas minhas costas. Coloquei minhas mãos por trás de suas coxas e a peguei no colo a girando contra a parede.

Ela subiu até meus cabelos entrelaçando seus dedos por meio dele e eu continuei a segurando enquanto a beijava com toda vontade que eu tinha daquela mulher. Os primeiros beijos foram lentos, calmos, mas chegou um momento que a afobação do escondido tornou totalmente o contrário.

— Caralho, cadê o Bernardo, porra? — escutei a voz de Ian puto.

Nos afastamos do beijo rindo, coloquei ela no chão com pressa e me ajeitei.

— Boa festa! — ela disse selando meus lábios e encostando na parede recuperando o fôlego.

Eu ri pra ela, limpei minha boca e sai voltando aos meus afazeres. Fui rindo pra caralho vendo Ian colocando as cervejas com rispidez no isopor.

— Tá difícil aí? — gastei.

— Vai tomar no cu Bernardo, já viu quantas cervejas tem nessa merda?

— Relaxa, voltei. — disse voltando a ajudá-lo.

— Tava aonde? — ele franziu as sobrancelhas.

— Que? — perguntei atrapalhado.

— Tava aonde, porra?

— Fui ver se estavam precisando de ajuda na cozinha.

— Você nem entrou. — ele disse desconfiado. Fiquei sem saber o que responder e me achando um belo de um idiota.

Onde estava o isopor era bem ao lado da porta detrás da casa onde colocávamos as espreguiçadeiras, as almofadas e a mesinha, se eu tivesse entrado ele saberia.

— Tá dodói você, né? Agora bora que eu quero tomar banho.

Ri entrando na onda e suspirei aliviado. Conheço meu irmão e mesmo que nos déssemos bem, ele era um belo de um filho da putinha.

Terminamos de colocar as cervejas, aproveitamos que o resto ainda tava trabalhando e cada um foi para um banheiro.

Tomei banho, coloquei minha roupa, que foi uma blusa verde e uma bermuda preta, coloquei um óculos escuro e aproveitei pra tirar uma foto pro insta que tava abandonadão.

LUMA

Coloquei um look que eu amava, queria impressionar. Coloquei uma calça moletinho bem fresquinha em um tom areia e um top de onça que eu era simplesmente apaixonada. E claro, chinelo no pé, estava bem arrumada, mas sem exagerar.

Aproveitei pra tirar mais fotos minhas pra postar, acabei cedendo a tentação de dar uma olhadinha no insta e dei de cara com uma foto do Bernardo.

Aproveitei pra tirar mais fotos minhas pra postar, acabei cedendo a tentação de dar uma olhadinha no insta e dei de cara com uma foto do Bernardo

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@berbohrierm no meio do mato

Curtido por @liamarkes e 367 outros

@liamarkes que gato
@liamarkes volta quando?
@jujubews oi saudade
@ianmunizb oTARIO
@karinebohrier1 meu bebê lindo, guarda esse celular e vai encher a cara
@lumanog 👀

Ô moleque gato. Ficava me perguntando o porquê de eu não ter percebido antes, mas tava tudo ok, já que eu tava desfrutando bem, e olha, tava curtindo demais.

Nunca me apeguei a alguém na vida, ao contrário de minha irmã que todo dia vinha com uma apaixonite diferente, mas nunca contou os nomes. Eu não sabia o que era sentir vontade mais de uma vez, o que era ficar com alguém direto, afinal, sempre dei o pé nos caras dois encontros depois.

Isso significa que eu sou mais rodada que prato de microondas? Sim, e eu adoro. Apesar deste fato, tenho um segredinho que ninguém sabe e acredito que as pessoas que me conhecem bem se chocariam ao saber, mas era segredo e só com muito milagre Bernardo seria o único a descobrir.

Enfim, eu real tava gostando dessa nossa "constância" em ficar. Não era irritante como com outros caras que só querem beijar, beijar e beijar, ou tentar algo a mais, com ele eu dava risada, conversava, implicava. É bom.

Esse lance de ser proibido ajudava muito, ainda mais sabendo que era um afronta ao meu irmão, visto que eles não se simpatizava muito com os irmãos Bohrier, mas que se dane. Eu não me simpatizo muito com ele mesmo.

— Caraca Luma, você tá muito linda! Que iluminador é esse? — minha irmã disse entrando no meu quarto e me abraçando por trás.

Eu estava ainda parada de frente pro espelho tentando encontrar o melhor ângulo para as fotos.

— Daquela mari saad, sabe? Um arraso, mas você nem curte maquiagem, idiota. Só delineador. — disse me virando pra ela.

— Sim, mas em você ficou maravilhoso, sério. — ela disse sorrindo pra mim.

Eu e ela até que tínhamos uma boa relação, claro que melhor ainda quando ela não ficava do lado do meu querido e irritante irmão.

— Obrigada more, vamos descer? — disse colocando o telefone de lado.

— Pera, queria te perguntar uma coisa antes! — ela disse sussurrando.

Eu franzi a sobrancelha.

— Você tá sabendo de alguma coisa? — ela perguntou misteriosamente.

— Não, que coisa? Não tô sabendo de nada, você sabe de algo? — perguntei nervosa. Não era possível que meu proibido tinha se acabado ali.

— Que? Não, só queria saber se você sabe de alguma novidade, sei lá. — ela desfez o rosto preocupado e disfarçou.

— Pera, você tem algo pra me contar? — semicerrei os olhos desconfiada.

— Não, juro. — ela arranhou a garganta. — Vamos descer?

Eu assenti ainda desconfiada, mas cedi. Não queria também dar muita oportunidade pro meu esquema ser descoberto.

Como consequência Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt