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AMANDA

A festa tinha dado muito certo, todo mundo tava muito louco, agindo como se fôssemos todos amigos, quando na verdade não conhecíamos quase ninguém.

Confesso que estava um pouco além de mim sim, bem bêbada, meio cambaleante, com a visão embaçada, mas muito muito muito feliz.

Eu e Analu dançamos muito, cantamos também porque gostávamos de esbravejar nossas músicas preferidas, e claro, demos algumas fugidas para rolar nosso famoso beijo. Cara, eu tava apaixonada!

Mentira, isso são palavras de uma bêbada. Eu não estava apaixonada, podia sim a cada minuto que olhava pra Ana desejar estar colada com minha boca na dela, mas eu estava era querendo me divertir e bom... me descobrir. 

Eu já tinha beijado várias bocas por aí, não vou mentir, beijei dois homens e gostei, mas beijei três meninas, e gostei na mesma intensidade, até um pouquinho mais.

— Ana, eu tô por conta do caralho! — disse me apoiando no ombro dela já que tinha trocado uma perna por outra.

— Você não me viu há algumas horas atrás? Sorte que meu irmão me pegou pra tomar uma água lá dentro, porque eu caí sem sacanagem cinco vezes seguidas no chão. — ela disse me ajudando a equilibrar de volta.

— Banana mole, banana podre, banana mole, banana podre. — comecei a cantarolar no ouvido dela que riu vendo como idiota era. — Vamos fazer uma coisa maluca?

— Que coisa maluca, Amanda? — ela perguntou preocupada com meu nível de bêbada.

— Pular no lago! — disse animada e saltitante. Ela balançou a cabeça desesperadamente pra dizer que não.

— Você é doida? Claro que não, esquece isso. — ela disse ajeitando meus cabelos.

— Não vou esquecer. — disse brava e relutante.

— Claro que vai. — insistiu.

— Não vou. — fiz bico e cruzei os braços.

— Não faz essa cara, Amanda, eu não aguento. — ela engoliu a seco e olhou em volta.

— Você é muito má comigo. — falei cabisbaixa, mas a intenção era que ela caísse na pilha mesmo.

Seus cabelos voavam com o vento e com o balançar de sua cabeça que se certificava se tinha alguém por perto. Ana Lua já era linda, com aquela cara de preocupada então... pelo amor de Deus, me ajude.

— Sério, você me odeia. — provoquei mais ainda com meu beicinho que eu sabia que ela não resistia.

— Por que você faz isso, hein? — ela me puxou com força pela cintura e grudou nossos corpos. — Você sabe que eu não aguento ver você olhar assim pra mim.

— Por isso mesmo... — sorri maliciosa mordiscando o lábio. — Se divirta, moça. Você está muito pacata. — dancei em seus braços.

— Pacata? — ela gargalhou.

— Chata! — a empurrei saindo de seu abraço e comecei a dançar.

Estava tocando "atenção" de Luísa Sonza e eu podia jurar que era Laís ou os meninos, Theo e Henrique, colocando as músicas.

Como consequência Where stories live. Discover now