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Não adiantava, ficar perto de Ian dançando era pedir pra subir o fogo, ainda mais com o álcool estalando na mente. Ele não disfarçava o sorriso de lado pra mim enquanto encostado na parede e eu também não deixava de provocar com o balanço da minha bunda.

— Vai desce, desce, desce, desce. — Laís cantou alto.

Estávamos uma do lado da outra. Era Luma, eu, Laís e Giovana, além de Theo e Henrique que estavam dançando muito na nossa frente.

Joelho dobrado, bunda empinada e balançando firme enquanto sustentava minha perna no chão. Eu amava o movimento da sanfoninha.

Luísa apareceu do nada muito louca também e começou a dançar com a gente, acho que estávamos tão felizes e animados na noite de hoje que não estávamos nem aí pro dia de amanhã.

Do nada senti duas mãos na minha cintura, meu corpo sentiu o calor subindo da ponta dos pés até o último fio de cabelo. Sorri maliciosa e me virei pro dono daquele tesão que me consumia.

— Você não disse que escondido é mais gostoso? — falei perto da sua boca e olhando pra mesma.

— Acho que com a gente não tem essa, de qualquer jeito é gostoso. — ele sorriu de lado e apertou minha cintura com força.

— Tá se apaixonando, Ian? — brinquei provocando.

— Eu? — ele riu debochado. — Só com muito esforço, Sophia, muito esforço.

— M-mhm. — murmurei e colei nossos lábios. Eu nem estava ligando pra em volta, pra cara do pessoal ou da surpresa.

Ele continuava com suas mãos em minha cintura coladas como se tivessem um imã e eu passei meus braços por trás de seu pescoço. 

Eu nunca tinha beijado alguém como ele, que me fazia esquecer do em volta e só me concentrar em continuar fazendo o trabalho bom, além disso, me concentrar em só beijar, porque a vontade era de outras coisas.

Ele sorriu entre o beijo e chupou meu lábio inferior, eu retribui o sorriso, dei um selinho e afastei nosso beijo.

— Caralho. — Theo disse incrédulo olhando.

— Deu água na boca, vou mentir não. — Laís falou observando e balançando a cabeça negativamente.

Todos estavam olhando pra nós dois sem entender nada, absolutamente nada, e eu não me importava, contanto que não tivesse nenhum olhar de reprovação pra mim tava bom, e só o que eu estava vendo eram olhares de surpresa.

— Ian e Sophia. — Bernardo riu de nervoso olhando pro nada. — Quem diria...

— Até que ficaram bonitinhos. — Luma deu de ombros.

— Eu ameiiii. — Giovana assobiou.

— Vocês estão viajando legal. — Ian balançou a cabeça rindo.

— Estão mesmo. — disse segurando o riso e voltei a dançar como se nada tivesse acontecido.

Pra quê esconder algo que tava me fazendo bem? Quando digo bem, é que o sexo era bom e me aliviava, porque não pretendia ter nada mais sério com Ian, pelo amor de Deus, chega de casal nessa casa.

Ele não era pra mim e nem eu era pra ele. Pra mim o único conto de fadas que o lutador fica com a bailarina e vivem um lindo romance além de filmes,  era o do meu pai com minha antiga boadrasta, fora isso, não existia mais.

Mas era inegável o fato de que estava me fazendo muito bem a companhia dele. Não só no fato de transarmos, mas também de rir, conversar, implicar e principalmente nossos momentos com a erva. Se fosse só isso, eu diria que éramos feitos um para o outro.

THEO

Meio de festa. Ninguém conseguia mais esconder o fato de que o álcool já tinha predominado no corpo, até os moleques estavam pra frente, dançando e rindo além do normal.

Eu, Henrique e Luma como em todas as festas não parávamos de dançar um só segundo, apenas quando o macho de Luma vinha querer beijar a boca dela, aí éramos interrompidos, fora isso, era ritmo frenético.

Esconder a vontade de beijar o Henrique era o difícil. Não éramos assumidos pra nossa família e nem pra amigos tirando Luma, sempre fomos na encolha e nos descobrimos desde novinhos. A coragem nunca foi suficiente.

Não tínhamos nenhum romance ou sentimento um pelo outro, isso era claro, mas gostávamos da diversão e o prazer que nos proporcionávamos. Eu já gostava de um cara que eu ficava do bairro e o Henrique era o desapegadão.

Paramos quando começou a tocar Iza, que apesar de amar, estávamos cansados e precisávamos parar um pouco só pra beber e voltar pra ativa. Enchi meu copo, fui alugado por Laís bêbada falando de Gustavo e voltei pro meu canto.

— Acho que vou no banheiro. — Henrique avisou pra Luma.

— Fazer o que? — ela perguntou.

— Ué? — Bernardo questionou rindo. — O que uma pessoa faz no banheiro?

— Doidera, né? — ri.

Nós rimos e ela nos encarou disfarçadamente com os olhos semicerrados. É porque ela sabia bem o que pessoas, vulgo eu e Henique, fazíamos no banheiro.

— Vou também, tô apertado. — entreguei meu copo na mão dela, dei uma piscadela e segui o Henrique até o andar de baixo.

Foi só entrar no banheiro e ele checar se tinha mais alguém, que fui puxado com força sentindo meu corpo se bater contra a parede. Gostávamos desse lance selvagem.

Ele passou a mão pelo meu rosto até chegar no meu cabelo e com os dedos entrelaçados nele, selou meus lábios.

— Tá ficando difícil esconder. — ri de nervoso sentindo calafrios com o pau dele crescendo junto ao meu. — As meninas já se assumiram, não é nossa vez?

— Pra quê? Nosso lance nunca vai poder ser feito na frente dos outros. — ele disse trincando o maxilar e me puxando pra dentro de uma cabine. — Ou você quer que vejam isso?

Ele me virou contra ele me impulsionando a empinar a bunda e me apoiar na tampa da privada. Eu mordi os lábios ofegante e ele abaixou minhas calças com força.

No início doía, mas agora era só prazer. Henrique era tão bom me comendo que quando acabava, eu pedia mais mesmo sem forças sequer pra andar. Como faz quando você gosta de um homem, mas ama a pica do outro?

Como consequência Where stories live. Discover now