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LAÍS

Acho que beber em uma segunda-feira é a definição de perder o controle da sua vida. O que nossos pais estavam pensando eu não sei, mas que estávamos metendo o louco estávamos.

Já era de madrugada, alguns já estavam dormindo, outros como nós, e com nós quero dizer eu, Gustavo, Mike e Giovana estávamos bebendo do lado de fora de casa.

— A festa a fantasia também foi foda, Giovana pegou geral e Mike ficou muito bêbado. — disse rindo.

Estávamos caindo na gargalhada lembrando dos bons tempos de porto. O bom era que na distração de conversas de amigo eu estava evitando completamente pensar na conversa que tinha rolado horas antes.

— Fiquei muito puto, mane. Tínhamos acabado de transar pra caralho no chalé e ela fez isso, só me fodo, não é brincadeira não. — ele fez drama.

— Esse por espalhar nossa intimidade. — ela bateu no braço dele que riu pedindo socorro pra gente. — E esse por dizer que você só se fode.

— Essa última foi foda mesmo. — balancei a cabeça negativamente.

— Tô de brincadeira, mulher, não posso mais brincar com você? — ele olhou pra ela fingindo estar emburrada. Ela deixou escapar uma risadinha de lado que fez ele enche-la de cosquinha.

— Recém casal é tão bonitinho, né? — Gustavo olhou pra mim. — Tão apaixonados...

— Como se eu já não estivesse apaixonado por ela todos esses anos da minha vida. — Mike debochou.

— Aí, romântico. — fiz voz afetada.

— Não, agora é sério, papo foi bom, minha barriga está doendo de tanto que ri hoje, mas acho que vou dormir. — disse Gio bocejando.

— É, tô cheio de sono também. Acordamos cedo porque dormimos aqui fora. — Mike disse colocando o copo no chão e se ajeitando pra levantar.

— E aí, vai dormir lá no quarto comigo? — ela perguntou pra ele.

— Sei lá, acho que vai ficar apertado, não? — ele fez careta.

— Junta a cama dela com a minha, eu durmo na sua. — sugeri.

— Com os moleques? — franziu a sobrancelha.

— E daí? — dei de ombros. — Vai logo antes que eu mude de ideia.

— Humm, tá boazinha hoje. Fui então, boa noite pra vocês. — ele se levantou dando um beijo na minha testa, em seguida Gio me abraçou e deu uma piscadela pra mim.

Sabia que aquela piscada significava que ela achava que ia rolar alguma coisa entre eu e Gustavo, mas isso tava longe de acontecer.

Os dois entraram e o silêncio reinou. Ele ainda encheu mais o copo dele enquanto eu enrolava com o meu nas pontas dos dedos o balançando no ar. Climão.

— É, acho que deu minha hora também. — pulei pra ponta da espreguiçadeira pra levantar.

— Já? — ele fez careta.

— Uhum, segunda, né? — sorri fraco procurando meus chinelos com o pé.

— Ok então. — ele assentiu. Finalmente calcei os chinelos e ameacei levantar. — Estamos bem?

Como consequência Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin