SOPHIA
A correria foi louca e muito mais muito engraçada. Quando começou a chover nós que estávamos do lado de fora saímos catando tudo pra entrar e ver o povo que tava no lago tentando sair foi de mijar de rir, não era brincadeira.
Transferimos pro lado de dentro o nosso dia ensolarado, mas acabou que todo mundo decidiu parar de beber, tomar um banho e descansar pelo resto do dia, afinal, estávamos a três dias seguidos bebendo, além dos estresses que passamos.
Eu estava feliz no dia de hoje, tinha me resolvido com Bernardo, me divertido com a galera e aproveitado sem ansiedade. Claro que eu não estava cem por cento bem, ninguém que gosta de alguém deixa de gostar de um dia para o outro, mas eu tava tentando viver minimamente bem.
O apego que eu criei por Mike foi algo além de mim, sem controle, adotei ele como meu melhor amigo e mais do que isso, alguém que me queria sentimentalmente, mas isso foi algo que idealizei na minha cabeça, já que era o total oposto.
Minha grande inimiga, vulgo minha mente, queria me fazer pensar que eu era uma feia, estúpida, burra, rejeitada, indesejada e todas as outras coisas, mas decidi por hoje não pensar e só viver.
Terminei de tomar meu banho, coloquei uma roupa quentinha, um moletom cinza de calça e casaco cropped, calcei uma meia e sequei meu cabelo pra não pegar resfriado, á noite o frio tinha voltado com tudo.
Luma, Henrique, Theo e Bernardo decidiram jogar banco imobiliário no quarto do trio, Giovana, Laís e Ian voltaram a beber, inclusive levaram cobertor pro lado de fora e estávamos na sala eu, Amanda, Analu e Mike que só estava calado o dia todo.
— Tô com fome! — Amanda reclamou mexendo na barriga.
— E como só você que cozinha está disponível... sobrou pra você. — Analu me olhou fingindo uma cara de anjo.
— O que vocês querem? — ri.
— Que tal um bom macarrão alho e óleo? — Analu sugeriu se deliciando de imaginar.
— Eu faço pra vocês, só não vou acompanhar, ok? — disse me levantando e indo em direção da cozinha.
— Ahhh, por que? — Amanda puxou Analu pra me fazer companhia na cozinha.
— Tô afim de tirar um sono cedo hoje, quero ensaiar amanhã de manhã. — expliquei colocando água na panela e acendendo o fogo.
— Hum, vai rolar outro espetáculo daqueles lá? — Analu perguntou.
— Sim sim, no final do ano. — disse sorrindo. Só de pensar eu me emocionava, quem começou com os espetáculos foi Alicia, ex namorada do meu pai, e tínhamos perdido ela há quinze anos atrás. — Vocês vão, né?
— Claro! — disseram animadas. — Vai ter alguma dança sozinha?
— Aham, é essa que vou ensaiar amanhã, tenho até que baixar o spotify no celular que elas deixaram aí.
Elas assentiram e começamos a conversar sobre as nossas profissões enquanto eu terminava de fazer a janta pra elas.
Eu trabalhava na academia do meu pai como professora de ballet, Analu também trabalhava lá como estagiária e Amanda era assistente da própria mãe, digamos que tínhamos assunto.
KAMU SEDANG MEMBACA
Como consequência
AcakTrancados em uma cabana no meio do nada durante um mês, um grupo constituído por dez jovens adultos que são da mesma família precisam achar meios para se comunicarem e se darem bem, já que eram o total oposto. Dramas românticos, brigas entre amigos...