Possession

By SamiaGreen_

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*Fanfic Ponny (Concluída) Madness... Foi esse o nome que Anahí admitiu após sua vida se perder no mundo e em... More

Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Prefácio
|One Shot| parte 1
|One Shot| parte 2
|One shot| parte 3
|One shot| parte 4
| One shot | Final

Capítulo 42

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By SamiaGreen_

Alfonso Herrera

- Não faça isso com essa criança!

Era tarde demais... Quando me peguei e parei para pensar já estava defendendo aquele menino de olhos mareados, sofridos pelo crime que acabara de cometer.

- Você defende delinquentes? - praguejou o senhor de cabelos grisalhos, dono da loja de roupas.

- Os que roubam roupas de frio, sim.

- É dessa forma que todos começam! Não devia se sujar com isso!

- Quanto custa?

- Não justifique esse moleque...

- Eu perguntei quanto custa! - repeti pesadamente.

O olhar assustado do menino ia de mim ao homem, hora sim hora não, disfarçando o quanto ele se sentia inferior àquela discussão. Dado o valor, puxei minha carteira e paguei. O senhor que discutia comigo não fixou feliz em receber aquele dinheiro. Seu desejo, com toda certeza, era prolongar aquela briga a fim de humilhar ainda mais aquele pobre garoto.

Com o dinheiro em mãos ele contou e entrou dizendo algumas palavras que fiz questão de não dar ouvidos.

Puxando o celular, mandei um torpedo para Suzy com o endereço de onde estava pedindo que o motorista fosse me pegar.

Saindo da minha distração, voltei os olhos para o menino e algo me chamou a atenção. Ele tremia o queixo como se estivesse com frio, mas não era bem aquilo. O motivo estava longe de ser patológico.

- Não me culpe, por favor, senhor! - disse por fim, num grito medroso - Perdoe-me por induzi-lo a me dar o que não tenho e o que não é meu. Eu roubei.

O roubo... Que fins teriam aquele roubo. A definição desse termo está em pegar o que não é seu, mas o que exatamente definem as pessoas ladronas? Se aquele pobre e indefeso garoto era ladrão por furtar roupas de frio, contadas a dedo e numa quantidade pensada, eu também me considerava assim por roubar a minha 'chance', ou quando numa transação faço algo mais barato se tornar mais caro.

- Perceba o erro e serás perdoado. Não sou julgador, sou apenas mais um julgado por entre tantos.

O garoto me olhou, olhou e sorriu discretamente. Um riso agradecido. Como eu podia julgar alguém? Esse poder não era meu.

Por um segundo pensei na minha própria situação... Eu a julguei? Quanta hipocrisia minha.

- Onde você mora? - perguntei dando continuidade, passando a mão no seu rosto entristecido.

- Não sei. Mas dormimos no viaduto a dois quarteirões daqui.

Aquilo me destruiu... O termo "mas" foi o mesmo que "nós" Aquilo confirmou minha dedução sobre haver mais proprietários para aquelas roupas.

- Olhe para mim. - pedi me agachando para ficar no mesmo nível que a criança - Vou exigir que você vá até aquele prédio bem ali, amarelo, está vendo?

Ele se virou e confirmou timidamente com a cabeça.

- Lá você será acolhido, junto da sua família durante esse inverno.

- Como o senhor sabe que esses casacos são para os meus pais?

Dando um simples sorriso, apertei o ombro dele e o garoto também pareceu feliz.

- Eu não sei - respondi e ele abriu os olhos - Confiei em você.

- Mas eu não posso lhe dar nada em troca.

- Pode sim. Indo até onde eu pedi que fosse.

Com um sorriso aberto e contente ele me confirmou várias vezes, balançando a cabeça, que iria até lá. Passei as mãos sobre os seus cabelos e o garoto saiu correndo com a sacola nas mãos. Flutuando pela sua velocidade empolgada.

Foi tudo no mesmo instante. O garoto saiu e o carro que iria me transportar chegou. Meu entusiasmo foi levado para dentro do Mercedes junto da minha disposição em ir fazer uma visita a alguém.

~~~

- Há quanto tempo não nos vemos.

- Eu sei que devia vir antes. - falei me sentando na cadeira do consultório.

Meu médico sempre fazia questão de trocar mensagens comigo, alertando os meus retornos. Mesmo que sempre eu o ignorasse o homem não desistia de forma alguma. Aquilo devia ser positivo.

- Temos um novo tratamento experimental que esta sendo bem efetivo nos nossos pacientes. Gostaria de sugerir que fizesse.

- Não aguento mais aquele coquetel horrível. - frisei sentindo o gosto ruim do medicamento oferecido mais cedo para mim pela empregada.

- Alfonso, nós o colocamos pela sua insistência em não se medicar por via intravenosa. Não me julgue se o gosto é ruim.

- Quando isso acaba?

- Do jeito que você faz, talvez nunca. - alertou ameaçador. - Precisa seguir as orientações arrisca, caso contrário, tudo irá regredir.

- Tudo bem. - concordei nada feliz, porem temente. - Farei esse tratamento experimental.

- Ótimo! Iniciamos semana que vem.

- Mas já?

- Temos que correr contra o tempo Alfonso. Você sabe muito bem disso.

Finalizada a conversa eu saí disposto a retornar, mesmo que ideia não me agradasse em nada. Era o digno a se fazer depois de mais uma vez alguém me mostrar o quanto eu tinha sorte.

No banco detrás do carro, olhei através da janela e me peguei lembrando a primeira vez em que recebi a pilha de papéis que dizia o quanto eu estava fraco. Aquilo foi logo após eu encontrar com a menininha desconhecida, um dos motivos de eu não reencontrá-la depois para oferece-lhe uma ajuda mais justa. Algo além de um simples cobertor e despesas de hospital pagas. Ela merecia ter uma vida resgatada, esperança, principalmente por ser a responsável do meu interesse em participar da ONG e ajudar tantas outras crianças.

Por 'me' ajudar.

A porta de aço do elevador se abriu e eu entrei na minha cobertura. Adentrei o escritório desabotoando as abotoaduras da camisa, mas foi à única coisa que tive tempo da fazer antes dos meus olhos se cruzarem com os azuis hipnotizantes de Anahí. Ela infligiu a minha lei de manter-se distante. Aquele não era o momento para estresse, eu estava fraco demais para discutir, me magoar ou debater com ela. Vidrado no silêncio ensurdecedor dela, aproveitei para terminar de desabotoar a camisa e a tirei pendurando na parede. Anahí apenas me encarava, séria e sem expressão. Parecia assustada, nervosa. Eu não estava diferente, mas não pude transparecer aquilo. Ao passar pelo seu lado, senti uma leve tontura seguido de uma forte dor de cabeça "ciente dos reais motivos daquilo" sentei na cadeira por trás da mesa para disfarçar, e tentei pronunciar alguma coisa que quebrasse aquela agonia.

- Não me lembro de ter lhe dado chaves daqui.

- Carmen me deixou subir e entrar - aquele era o nome da minha governanta. Fiz uma cara ruim e ela logo rebateu - Por favor, não a culpe, eu fui insistente.

- Estou começando a conhecer esse seu lado insistente.

- Queria falar com você.

- Já falamos o suficiente - rebati e ela ficou desnorteada, mas as palavras de Alice ecoaram na minha cabeça e em reflexo apertei os dedos - Fale.

- Se eu tivesse dito antes, o que você teria feito? - a pergunta me pegou de surpresa. Mordi os lábios segurando um grunhido.

- Eu esclareci que não é do meu feitio ficar com mulheres como você.

- Mas ficou.

- Sem saber Anahí.

- Foi diferente? Será que agora meu beijo, meu toque, meu cheiro são diferentes? Deixei de ser quem você conheceu?

- São muitas perguntas - falei tentando manter a imparcialidade.

- E em nem uma delas tenho respostas - retrucou com a voz tremula, porém contida.

- O que realmente quer de mim? Perdão?

- Não - respondeu convicta - Quero verdades.

- Quais? Seja mais clara comigo.

- Sente falta de nós?

Minha boca salivou sedenta por responder o que ela queria ouvir. Eu sabia a real intenção de tudo aquilo. Era a mesma da minha.

Maldita vontade que tenho de você... Temi que ela ouvisse esse pensamento.

_____________________________

Olá amoras(a) !

Já disse que: AMO, AMO, AMO a participação assídua de vocês?

Meu coração acelera, minhas pernas tremem, meu sorriso se arreganha 'igual as pernas na Anahí quando vê o Herrera' hahaha >...<

Quero vocês aqui! Até o fim!

Beijos, e hoje tem mais um!!

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